O morro foi ocupado no século XVII pelos padres franciscanos e por famílias pobres acolhidas pela caridade destes. A igreja e o convento (de 1617), construídos no alto do morro, fizeram a cidade se desenvolver no campo, futuro Largo da Carioca, que se formou no sopé do morro após o aterramento de uma lagoa ali existente. Anos depois foi construído um segundo chafariz (1843), agora de mármore, com a água límpida trazida de Santa Tereza através do Aqueduto da Lapa (de 1750). A circulação de pessoas aumentou consideravelmente também com a construção do Hospital Venerável da Ordem Terceira e, assim, o largo passou a ser um dos mais frequentados da cidade. O comércio e as construções se desenvolveram pelas redondezas.
O morro situava-se entre os seguintes logradouros (nomes atuais): Rua da Carioca (atrás das construões do lado ímpar), Rua do Lavradio (lado ímpar), Rua Evaristo da Veiga (atrás do Quartel General da PM) e Largo da Carioca. As subidas de pedestres, algumas com escadas, eram feitas na confluência das Ruas Senador Dantas e Evaristo da Veiga, Rua Francisco Belisário, Rua Silva Jardim (próxima a Praça Tiradentes) e Beco da Carioca.
Da mesma forma ocorrida no Morro do Castelo, ainda nos anos 20, a idéia de desmontar o Morro de Santo Antônio começou a tomar força. No final dos anos 50 os administradores da cidade estavam certos que seu arrasamento era necessário para a construção de uma larga avenida (Av. República do Chile) ligando o centro da cidade à região da Praça da Cruz Vermelha como forma de desafogar o trânsito da Av. Presidente Vargas. O conjunto arquitetônico sacro composto pelo Convento e Igreja de Santo Antônio e a vizinha Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência foi preservado. O material retirado do morro serviria para o projeto de aterramento da orla da Glória e Flamengo.
O visitante também pode ver algumas fotos dos restos do morro em nossa postagem que aborda a construção da Av. República do Chile, aqui.
2. 1916. É possível ver uma fonte rudimentar de água em meio a barracos frágeis.
3. 1916.
4. 1916.
5. 1916.
6. 1916.
7. 1916.
8. 1916. Casebres construídos com "retalhos" de madeira.
9. 1916. Consta ter havido um incêndio que destruiu diversos barracos.