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Mostrando postagens com marcador Praça XV. Mostrar todas as postagens
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domingo, 5 de abril de 2020

PRAÇA 15

1. Em 1870 o Largo do Paço era um grande vazio que enlameava quando chovia.

1a. Uma aproximação da foto anterior revela detalhes interessantes: o passadiço entre o convento dos Carmelitas e a lateral da torre sineira da Igreja N. Sra. do Carmo, o Hotel De France diante da Igreja da Ordem Terceira do Monte do Carmo e o grande movimento de veículos por tração animal. Clique na imagem para ampliar.

2. Fotografia ao redor de 1890 com indicações dos principais pontos de referência. Antes de se denominar Praça XV de Novembro, foi chamada de Praça Dom Pedro II, Largo do Paço e diversos outros nomes. Observar a quantidade de carroças estacionadas ao lado do chafariz. De certo são para transportar mercadorias do Mercado do Peixe, não visível à direita do chafariz. Clique na imagem para ampliar.

3. Outra tomada do mesmo ângulo, porém mais antiga, talvez por volta de 1885. Observem que aqui as árvores ao redor da praça não estavam crescidas como antes.

4. Esta imagem em sentido oposto às anteriores traz os pontos de referência assinalados, conforme a seguir: 
1) Estação das Barcas;
2) Hotel Pharoux;
3) Chafariz do Mestre Valentim;
4) Coreto diante do Paço Imperial (não visível);
5) Mercado do Peixe;
6) Cais do Peixe;
7) Ministério da Agricultura;
8) Chafariz do Monroe. 
No canto inferior esquerdo está a entrada da Rua do Mercado que faz alinhamento com a Rua Dom Manuel, não visível, do outro lado da praça.

5. Excelente foto de 1908 mostrando, ao centro, a estátua equestre do General Osório, em dia de evento. Observar as pessoas no terraço do prédio e nas varandas decoradas do Paço Imperial. Em torno da estátua notamos militares em formação. Talvez seja a comemoração do Centenário da Abertura dos Portos às Nações Amigas tendo em vista os uniformes da Marinha e o ano.
 
5a.  Foto ao redor de 1903, vendo-se ao fundo o Morro do Castelo.

6. Uma aproximação do monumento em homenagem ao General Manuel Luís Osório instalado na Praça XV de Novembro em 1894 e conservado no mesmo local até hoje. Osório foi herói da Guerra do Paraguai e tornou-se patrono da arma de Cavalaria do Exército Brasileiro.

6a. Outro ângulo do monumento com parte do Paço Imperial e do Convento dos Carmelitas ao fundo. Sem data.
 
6b. 1909.

6c. Imagem extraída de cartão postal, provavelmente contemporânea a foto 5a.

7. Cerimônia de inauguração do Monumento ao General Osório, em 1894.

8. Tomada de 1904 semelhante à foto 4 obtida, provavelmente, de uma das torres sineiras da Igreja da Ordem Terceira do Carmo, na Rua Primeiro de Março (antiga Rua Direita). Além dos pontos já assinalados naquela foto, podemos observar, também, a estátua de Osório e a lateral do Paço Imperial. Curioso notar, no canto inferior direito, a fila de tilburis (os táxis da época) aguardando passageiros.

8a. Imagem colorizada extraída de cartão postal circulado em 1925.

9. Linda imagem colorizada ao redor de 1900. Por este ângulo, em profundidade, vemos a Ilha Fiscal à esquerda do Chafariz de Valentim. Este chafariz e a estátua à Osório fazem alinhamento com a Rua Sete de Setembro (antiga Rua do Cano), não visível.
 
9a. Imagem extraída de cartão postal. Provavelmente foi obtida de alguma janela alto do Convento do Carmo. Ela é maravilhosa porque abrange todos os pontos de referência da praça. Da esquerda para a direita: Mercado Municipal e cais do peixe, Monumento ao General Osório (no centro das árvores), Chafariz do Mestre Valentim, Ilha Fiscal (ao fundo nas águas da baía), Cais Pharoux, Chafariz do Monroe, e por fim, o Paço Imperial na lateral direita.
 
9b. Evento nas alamedas da praça em 1906. À esquerda o Paço Imperial e ao lado, mais distante, o Convento do Carmo.

10. Interessante fotografia sem data. Ampliando é possível observar, à esquerda, sob as árvores, o famosos coreto diante do portão principal do Paço Imperial. Ao fundo o Convento do Carmo e, também, a torre da Igreja de N. Sra. do Carmo já aumentada desde 1905.

11. 1895.

11a. Tendo em vista a posição de todas as árvores vistas, trata-se da mesma sequência da foto anterior. O Arco do Telles é visto na extrema direita.

 

12. Imagem extraída de Cartão Postal sem data.

13. Imagem semelhante, porém da década de 30. Observar no pedestal do monumento, no interior de um círculo, os dizeres "À Osório o Povo". Nas extremidades do gradil as balas de canhão empilhadas.

14. Apresentamos agora uma ampliação de tomada de 1895. Da esquerda para a direita, no centro, vemos o prédio do Arco do Telles, a entrada da Rua do Mercado, o Mercado do Peixe e o Cais do Peixe atrás da pirâmide do Chafariz do Mestre Valentim. É possível ver, ainda, ao ampliar, a estátua de Osório.

15. Foto panorâmica de todo o entorno da Praça XV de Novembro. A foto decerto foi tirada do Morro do Castelo antes de 1894 pois o Monumento ao General Osório ainda não está instalado no centro da praça. Ampliar e verificar as indicações descritas a seguir:
1) Igreja São José;
2) Cadeia Velha;
3) Paço Imperial (visão de fundos);
4) Convento dos Carmelitas;
5) Igreja N. Sra. do Carmo;
6) Igreja da Ordem Terceira do Carmo;
7) Convento de São Bento;
8) Igreja Santa Cruz dos Militares (torre lateral);
9) Hotel De France;
10) Arco do Telles;
11) Mercado do Peixe;
12) Rua do Mercado;
13) Arco da Rua Direita (ligando o Paço ao Convento do Carmo);
14) Ilha das Cobras;
15) Praça XV.

15a. Interessante fotografia datada de 1899. Este grupo de vendedores ambulantes está em frente ao Mercado do Peixe (nº 11 na foto acima). Da esquerda para a direita vemos o prédio do Ministério da Agricultura, as torres da Igreja de São José, o Paço Imperial e, no alto, o Morro do Castelo.
 
16. Foto aérea de 1914. É a imagem complementar à direita da anterior.

17. Mais uma fotografia de ângulo semelhante, agora ao redor de 1910.
 
17a. A construção redonda no centro da praça, em frente ao Paço Imperial, segundo pesquisa realizada, era uma espécie de cinema em formato de rotunda para apresentação de pinturas panorâmicas que davam a impressão ao espectador de estar inserido na obra. Espetáculo bastante comum na virada do século XIX para XX.
 
17b. Foto aérea de 1929.

18. Encerramos com esta excelente imagem aérea dos anos 30 identificada com diversos pontos de referência da região:
1) Cais Pharoux;
2) Praça XV - Chafariz do Monroe (removido);
3) Estação das Barcas;
4) Praça XV - Chafariz do Mestre Valentim;
5) Praça XV - Monumento ao General Osório (vide foto 6);
6) Paço Imperial;
7) Palácio Tiradentes;
8) Igreja de São José;
9) Ministério da Agricultura (demolido);
10) Clube Naval (hoje Museu da Marinha);
11) Caixa Econômica Federal (atual EMERJ);
12) Convento do Carmo;
13) Rua da Misericórdia (extinta)¹;
14) Igreja N. Sra. do Carmo (vide foto 1a.);
15) Igreja da Ordem Terceira do Monte do Carmo (vide foto 1a.);
16) Igreja Santa Cruz dos Militares;
17) Igreja N. Sra. da Lapa dos Mercadores;
18) Tribunal Superior Eleitoral (ex STF, hoje Centro Cultural da Justiça Eleitoral - CCJE);
19) Armazém da Alfândega do Porto (extinta, exceto a atual Casa-França Brasil);
20) Bolsa de Valores do RJ (extinta);
21) Rua do Mercado;
22) Rua Dom Manuel;
23) Hotel Pharoux (extinto);
24) Rua Clapp (extinta);
25) Cais do Peixe (extinto, atual "retângulo" da Praça XV);
26) Mercado do Peixe (parte remanescente já extinta);
27) Rua Primeiro de Março;
28) Rua Sete de Setembro;
29) Rua da Assembleia;
30) Rua São José;
31) Rua do Carmo;
32) Rua do Ouvidor; e
33) Rua da Quitanda.
Obs.: ¹ A Rua da Misericórdia foi a principal artéria viária do extinto Bairro da Misericórdia, um dos primeiros da cidade. Iniciava aos pés do também extinto Morro do Castelo (atrás da Santa Casa de Misericórdia) e terminava em frente à Igreja de São José. Sua continuação natural era a antiga Rua Direita (atual Rua Primeiro de Março). O Bairro da Misericórdia é visto em parte, nesta foto, no canto inferior esquerdo. Possuía uma série de ruelas e becos transversais que são objeto de uma postagem à parte neste blog (vide aqui). Tudo desapareceu aos poucos após o desmonte do Morro do Castelo, em 1922, para a criação do novo Bairro do Castelo e, principalmente, a região no entorno do atual Tribunal de Justiça do RJ.

sexta-feira, 3 de abril de 2020

PRAÇA 15 - Outros locais relevantes

Arco do Telles / Travessa do Comércio

1. Pintura de Debret de 1818 mostrando em primeiro plano o ancoradouro do Largo do Paço (atual Praça XV de Novembro), ao lado do Chafariz do Monroe (não visível). A edificação à direita, entre Rua Primeiro de Março (antiga Rua Direita) e Rua do Mercado (vista na extrema direita) é o casario de três andares de propriedade da família Telles de Menezes. A passagem visível em forma de arco ligava o largo à Travessa do Comércio, daí seu nome: Arco do Telles.

2. Cerca de 1890. Carregadores de cestos de mercadorias na Praça XV diante da Rua do Mercado, ao fundo, próximos ao Mercado do Peixe (não visível). No canto superior esquerdo podemos observa o Arco do Telles.

 
3. Cerca de 1910. O inicio da construção do casario dos Telles de Menezes data de 1743, entretanto um incêndio de grandes proporções em 1790 reduziu-o a cinzas desde a Rua Primeiro de Março até o ponto onde está o Arco.

4. Após o trágico incêndio o local ficou esquecido e frequentado por pessoas de classe baixa ou desclassificadas, desvalorizando este trecho da Praça XV. Imagem sem data.
 
5. Em 1808 com a vinda da família real portuguesa para o Brasil como também pela proximidade do Paço Real (depois Paço Imperial), o local revigorou-se. Visão oposta ao redor de 1922.
 
5a. Sem data. Travessa do Comércio. Até os anos 80/90 esta região era repleta de casas de produtos náuticos, caça submarina e pesca.

5b. Anos 30. A cantora e atriz Carmen Miranda (1909-1955) e sua irmã, Aurora (1915-2005), na porta da residência de sua família, nº 13 da Travessa do Comércio. Este ano (2024) parte do telhado do sobrado desabou após anos de abandono e má conservação. Não houve feridos. O local exato é onde, na foto 6, está a calçada à esquerda do caminhão.
 
5c. 2019. Neste recanto da cidade o tempo não passa.
 
6. Cerca de 1930. Apesar de tudo o local resistiu às demolições que a modernidade do começo do século XX impôs.
 
6a. Precisando de reparos ao redor dos anos 40. O Arco sempre foi utilizado como atalho, através da Travessa do Comércio, por pedestres oriundos da Praça XV que desejavam alcançar a Rua do Ouvidor, ou vice-versa.

7. Sem data, provavelmente anos 40. O prédio onde o Arco se localiza foi considerado patrimônio histórico pelo IPHAN em 1938 e hoje é ponto de atração turística durante o dia.

8. Década de 40.

9. De certo anos 40. À exceção do Arco, a edificação não traz qualquer atrativo arquitetônico e assemelha-se muito ao Convento do Carmo, nas imediações.

10. Anos 50. Nas duas últimas décadas o local tornou-se um point de diversão noturna às sextas-feiras, repleto de bares com música ao vivo e muita animação do pessoal que trabalha no centro da cidade.

11. Anos 60. Ao fundo o antigo prédio da Bolsa de Valores, do outro lado da esquina da Rua do Mercado.

 11a. Pedestres na Travessa do Comércio em 1972.

12. Foto do autor em 2019. Quase nada mudou.

13. Placa descritiva instalada na parede direita da passagem sob o Arco, em direção à Travessa do Comércio. Vide foto 11.

Alfândega


14. A Praça do Comércio foi inaugurada por D. João VI, pouco antes da Independência do Brasil, em 1820. Esta construção localizada no nº 78 da Rua Visconde de Itaboraí, em estilo neoclássico, tornou-se Alfândega do Rio de Janeiro quatro anos depois, assim permanecendo até 1944. Em 1938 o prédio foi tombado pelo IPHAN, entretanto, com o tempo, ficou completamente deteriorado. Em 1951 passou por reformas e durante mais de 20 anos abrigou o 2º Tribunal do Júri até 1978. Foto sem data.
 
14a. Pelas obras em andamento vistas, provavelmente esta foto data ao redor de 1944 quando foi aberta a Av. Presidente Vargas.

15. Imagem de 1954. Na década de 80 novas obras de restauração foram realizadas e, em 1990, o espaço passou a fazer parte do corredor cultural do centro da cidade e ali instalou-se a Casa França-Brasil, local de exposições e múltiplas funções culturais.

16. Anos 50. À direita a parte lateral do prédio do antigo Banco do Brasil, atual CCBB. A Rua Visconde de Itaboraí corre paralela à Rua Primeiro de Março, desde a Rua do Rosário. Observar um bonde duplo parado em frente ao antigo prédio da Alfândega.
 
17. Anos 50. Com a abertura da alça de acesso/saída do Viaduto da Perimetral em 1976 a construção lateral, focada nesta imagem e na anterior, foi demolida.

18. Anos 40.
 
18a. Anos 60 quando funcionava no local o 2º Tribunal do Júri (vide letreiro). No alto, atrás do poste, identifica-se o prédio do extinto Lloyd Brasileiro, sito à Rua do Rosário, nº 1.

18b. Provável anos 60. Fotografia tirada da entrada principal da Igreja da Candelária.
 
19. Esta fotografia aérea dos anos 30, ampliada, mostra a exata localização do antigo prédio da Alfândega conforme vemos assinalado. O trecho entre as linhas amarelas foi demolido na década de 40 para a passagem da Av. Presidente Vargas, exceção feita à Igreja da Candelária. Clique na imagem para ampliar.
 
19a. 1895. Docas da Alfândega. Observar a posição da Igreja d Candelária, ao fundo, para se situar melhor do local. Seria algo próximo à extrema esquerda da foto anterior.

20. Evento cultural sendo realizado em meados de 2019, em foto do autor.
 
Rua do Mercado
 
 
21. Consta ser fotografia de 1922. Não foi possível identificar a esquina vista no canto inferior direito, mas ampliando a imagem vemos o Hospital São Zacharias, no alto do Morro do Castelo ao fundo. É possível também que esta rua, embora identificada como a Rua do Mercado seja alguma viela do Bairro da Misericórdia. A dúvida persiste.

21a. A Rua do Mercado por volta dos anos 50 em trecho não identificado. Ainda hoje existem muitos sobrados do início do século XX.

22. Encerramos a postagem com esta fotografia aérea datada de 1929 da região do entorno da Praça XV com indicações:
1) Praça XV de Novembro;
2) Monumento ao General Osório;
3) Chafariz do Mestre Valentim;
4) Chafariz do Monroe;
5) Paço Imperial;
6) Palácio Tiradentes;
7) Ministério da Agricultura (antigo);
8) Convento do Carmo;
9) Igreja N. Sra. do Carmo;
10) Igreja da Ordem Terceira do Monte do Carmo;
11) Igreja N. Sra. da Lapa dos Mercadores;
12) Igreja Santa Cruz dos Militares;
13) Supremo Tribunal Federal (hoje CCJE);
14) Correios e Telégrafos; e
15) Banco do Brasil (hoje CCBB).