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sexta-feira, 20 de março de 2020

AV. RIO BRANCO - Trecho III (da Rua Buenos Aires a Rua Sete de Setembro)

1. Imagem com indicações mostrando o ponto de partida do trecho desta postagem. Trata-se de uma região com diversos prédios famosos, portanto muito fotografada. Veio a se tornar um dos lugares mais sofisticados da Av. Central, concentrando um comércio variado e ao mesmo tempo fino. Imagem em direção à Cinelândia.

2. Mesmo ângulo em data anterior mostrando o lado ímpar da Av. Central com alguns prédios indicados. Na extrema esquerda está a Casa Garcia, esquina com Rua Buenos Aires.

 3. Ano: 1908. Como era lindo nosso Rio de outrora.

4. São tantas imagens desta região que é impossível encontrar a mais bela.
 
 4a. Foto colorizada extraída de cartão postal circulado em 1915. À esquerda fica a esquina da Rua da Alfândega.

4b. Consta ser dos anos 20.
 
4c. Nºs 99-101. A esquerda fica a Rua Buenos Aires. Este prédio é visto na foto anterior.
 
5. Aqui uma foto de 1905, ano da inauguração da Av. Central. Estamos próximo à Rua Buenos Aires (antiga Rua do Hospício). Os tapumes vistos, à direita, cercam a Igreja N. Sra. da Conceição e Boa Morte situada, lateralmente, com entrada pela Rua do Rosário a seguir. Depois desta rua vemos a próxima quadra ocupada pela Loja "Ao Primeiro Barateiro" que se estendia até a confluência da Rua do Ouvidor com a diagonal Rua Miguel Couto (antiga Rua dos Ourives). Observamos, ainda, que o prédio do Jornal do Brasil ainda não é visto, embora possa estar em construção. No lado ímpar da avenida, à esquerda, diversas obras estão em andamento.

6. Estamos na calçada da Igreja N. Sra. da Conceição, em 1914. Já é possível ver a torre do Jornal do Brasil, ao fundo, um marco na região. No lado oposto da calçada as torres dos prédios da Casa Colombo e do Jornal do Comércio, ambos na esquina da Rua do Ouvidor.
 
6a. 1922. Observar o letreiro do bar e restaurante "A Sympathia" no toldo. Vide fotos 15 e 16.
 
6b. Imagem colorizada de cartão postal datado de 1923. No canto inferior direito está a esquina da Rua Buenos Aires.
 
 
7. Aqui uma imagem de 1925 em ângulo oposto, ou seja, com a câmera voltada em direção à Praça Mauá. As pessoas atravessam a Rua do Rosário, bem na esquina próxima da porta da Igreja N. Sra. da Conceição e Boa Morte. Na lateral direita vemos a esquina da Rua Buenos Aires e o prédio da Casa Garcia.

 
7a. Foto de 1905, ano da inauguração da Av. Central. Observar a quantidade de construções em andamento.

 
7b. Imagem também de 1905, em momento posterior a foto acima.
 
8. Foto de 1907 do mesmo ângulo anterior. À direita da foto aparece lateralmente o Café Persa, belíssima construção em estilo neo-mourisco.
 
 
8a. Aproximação da foto anterior. O prédio (Casa Garcia) com as duas cúpulas arredondadas fica entre as Ruas Buenos Aires e Alfândega.

9. Nesta interessante foto de 1922 é possível ver uma das portas de entrada da igreja, na extrema esquerda. O estacionamento próximo aos canteiros centrais que dividiam as pistas durou décadas.

10. Eis o prédio do Café Persa, em final de construção, situado na esquina da Rua do Rosário, pelo lado ímpar. Apesar do nome, vendia-se de tudo um pouco ali: bebidas, refeições, frutas frescas e artigos para fumantes. Rivalizava com seu vizinho do outro lado da calçada, o Bar "A Sympatia", na atração dos boêmios locais. Vide fotos 16 e 17. O Café Persa resistiu até os anos 50. Hoje há um enorme prédio comercial, nº 103 da Av. Rio Branco.
 
10a. Sem registro de data. Ângulo semelhante ao anterior.
 
10b. Café Persa, nºs 103-105 da avenida. À direita fica a Rua do Rosário.
 
10c. Anos 50. Muitos prédios da primeira geração da avenida não existem mais, todavia o Café Persa ainda resiste na lateral direita desta foto.
 
11. Outro ângulo da mesma esquina com indicações. Não confundir este prédio sede da Guinle & Cia. com o nº 2 na mesma avenida, próximo à Praça Mauá.

12. Realmente construções maravilhosas. Ano: 1907.
 
12a. Guinle & Cia. Nºs 107-109. À esquerda fica a Rua do Rosário.
 
13. Da esquerda para a direita: Café Persa, Guinle & Cia., Casa Colombo e Jornal do Comércio. Maravilha arquitetônica num só quarteirão, entre Rua do Rosário e Rua do Ouvidor, pelo lado ímpar da Av. Central.
 
13a. O mesmo trecho acima nos anos 20.

14. Pintura fiel de 1910.
 
14a. Uma linda pintura de 1914. A imagem mostra o Café Persa ao fundo construído no estilo neo mourisco eclético e, à esquerda, o portão principal da Igreja N. Sra. da Conceição e Boa Morte voltado para a Rua do Rosário, esquina com Rua Miguel Couto (antiga Rua dos Ourives). Um ângulo pouco visto.

15. A Igreja N. Sra. da Conceição e Boa Morte em 1912. Visão completa de sua entrada principal voltada para a Rua do Rosário. Anos depois uma torre sineira seria agregada à parte frontal.

16. Aqui uma visão do famoso Restaurante "A Sympathia" que funcionava na parte lateral da igreja voltada para a Av. Central. Muitos poderão estranhar um bar numa igreja, mas a fachada deste lado é falsa, apenas decorativa, as janelas acima não se abrem. A igreja, embora reduzida de tamanho, foi preservada durante a abertura da Av. Central e sua fachada lateral foi adaptada ao estilo mais neoclássico da nova avenida. Vide foto 5.
 
16a. A lateral "falsa" da igreja. Nºs 94-88 da avenida, onde se localizava o Bar Simpatia (loja da lateral esquerda).
 
17. O Bar "A Sympatia" funcionou ali até 1990, tornando-se ao longo dos anos, ponto de encontro de intelectuais, empresários, artistas, comerciantes e cidadãos comuns. Com suas mesas na calçada, dividindo espaço com os transeuntes, era local preferido na hora do almoço, um chope após o expediente ou um simples café no balcão. Foto de 1939. Hoje no local funcional uma loja de vestuário masculino.

18. Ano: 1959. No fundo a esquina da Rua do Rosário.
 
18a. Provável anos 80. Notar a numeração na parede externa do bar: 92.

18b. Cerca de 1980.

19. Prédio do Jornal do Comércio, localizado na Av. Central, nºs 117-123, esquina da Rua do Ouvidor.

19a. Aproximação do prédio do Jornal do Comércio em imagem colorizada de 1906. Aí também funcionou a sede da Cia. Paulista de Seguros conforme pode ser visto no alto à esquerda ao ampliar a foto.
 
19b. Foto colorizada de 1941. Ao fundo vemos a entrada do prédio do Jornal do Comércio. Confrontar com a imagem anterior. Na calçada está escrito "A Capital" nome da loja que ficava nesta esquina.

19c. Vemos um guarda de trânsito orientando os pedestres a atravessarem a avenida em foto obtida do mesmo ângulo da imagem anterior.
 
19d. Provável anos 40/50. O cruzamento desta belíssima foto colorizada é da Rua do Ouvidor. A Loja A Capital vista no canto superior direito fica em sua esquina. Na parte central da pista ainda há vestígios das "ilhas" que tinham postes e árvores.
 
20. Magazine Colombo e Jornal do Comércio. Sem data.

20a. Uma aproximação da fachada da Casa Colombo em 1926. 
 
20b. Casa Colombo em sua versão original. À direita fica a Rua do Ouvidor. Nºs 111-115. Com entrada também pela Rua do Ouvidor, nºs 110-114.

20c. 1912. Imagem de propaganda da Casa Colombo com os dizeres: "Nos armazéns da Casa Colombo, encontra-se de tudo o que diz respeito a artigos para homens, senhoras, meninos e meninas, desde o mais barato ao mais fino".

21. Imagem abrangendo grande parte do lado ímpar da avenida, entre Rua do Rosário e Rua Sete de Setembro (não visível). As indicações mostram os prédios clássicos do local, entretanto ao ampliar a foto observamos outros detalhes: antes do Jornal do Comércio há o prédio da Seguradora A Equitativa com letreiro no topo e, um pouco mais à direita, outra construção com toldos nas janelas onde funciona a Academia de Línguas.
 
21a. Detalhamento do prédio da Seguradora A Equitativa após acréscimo de pavimentos e modificações da fachada. 

21b. Aqui vemos uma foto de 1935 com destaque para a Cia. Adriática de Seguros, que veio suceder a antiga Seguradora A Equitativa, citada acima. À esquerda vemos parte do prédio do Jornal do Comércio.

21c. 1926. Aqui temos a continuação dos prédios à direita da foto 21: Academia de Línguas, Bazar Estamboul e São Paulo Cia. de Seguros de Vida. Nos andares térreo temos temos: Casa Bazin (à esquerda) e Casa Lohner (no centro).
 
21d. Prédios nº 125 (Seguradora Equitativa em sua versão original) e nº 127 (Casa Mozart/Bazar Estamboul).
 
21e. Prédio de número 129-131. Onde funcionou a Academia de Línguas e Casa Bazin.
 
 
21f. Nº 133. Onde funcionou a Cia. São Paulo de Seguros de Vida, a Casa Bazin e Casa Lohner no térreo e outros estabelecimentos vistos na foto (Camisaria Franceza, Instituto Comercial, Bordemaye&Rossi, Projecto dos Mesmos). Em relação à foto 21c, de época posterior, podemos afirmar que o prédio sofreu modificações de fachada e altura.

22. Jornal do Comércio recém inaugurado por volta de 1908.
 
22a. 1926.

23. Novamente os quatro clássicos da região.

23a. 1918. Aproximação do Magazine Colombo.

24. Voltemos à calçada oposta, no lado par da avenida. A câmera está voltada na direção da Cinelândia. Da direita para a esquerda vemos a Igreja N. Sra. da Conceição e Boa Morte e o Bar "A Sympatia" (com toldos na esquina), a entrada da Rua do Rosário, a Loja "Ao Primeiro Barateiro",  a entrada da Rua do Ouvidor e, no meio da outra quadra, a moderna sede  do Jornal do Brasil. 
 
24a. 1928. Mesmo ângulo da imagem anterior, entretanto aparecendo a esquina da Rua Buenos Aires no canto inferior direito. Observar que a igreja já ostenta sua torre sineira.

24b. Foto colorizada ao redor de 1912. O fotógrafo está no meio da avenida de costas para a Rua Buenos Aires, vendo-se a esquina da Rua do Rosário no primeiro cruzamento.

25. Foto de 1909 com o prédio do Jornal do Brasil em fase final de construção. Ao fundo, conforme indicado, na esquina da Rua Sete de Setembro (antiga Rua do Cano), o prédio do Jornal "O Paiz".

26. Aqui uma foto de 1907 tomada em direção à Praça Mauá. Trata-se da esquina da Av. Central com Rua do Ouvidor, observando-se, à esquerda, em diagonal, a Rua Miguel Couto (antiga Rua dos Ourives) e o prédio da famosa Loja de confecções "Ao Primeiro Barateiro", com endereço a Av. Central, nºs 96-100.

26a. A esquina da Av. Central com Rua do Ouvidor foi considerada pelos cariocas como o local mais chic da cidade devido ao comércio extremamente variado no entorno. No prédio visto à esquerda, na esquina da Rua do Ouvidor, funcionou por muitos anos a Loja "A Capital". Vide foto 19b.

26b. Loja "Ao Primeiro Barateiro" na Av. Central com a tangente da Rua Miguel Couto, vista atrás. Na extrema direita a Igreja N. Sra. da Conceição e Boa Morte.
 
26c. Anos 10. 

26d. Data desconhecida, provável anos 20.

27. Mesmo ângulo, em data anterior, mostrando o Café Persa em construção, à direita, na esquina da Rua do Rosário. O mesmo ocorrendo com o prédio da Guinle&Cia. Notar, ainda, que o Magazine Colombo, não ostenta seu característico espigão no topo, resultado de uma expansão posterior sofrida.
 
27a. 1919.
 
27b. Um dos trechos mais fotografados da avenida.

27c. 1904.
 
27d. Pelos detalhes observados, trata-se de fotografia tirada na mesma ocasião da anterior.
 
27e. Imagem sem data. No canto inferior esquerdo vemos a "agulha" que a Rua Miguel Couto faz ao encontra-se com a Av. Rio Branco, ao lado da Rua do Ouvidor e do prédio da loja "Ao Primeiro Barateiro". Na calçada da direita vemos a esquina do Rua do Rosário e o belo prédio do Café Persa já erguido, assim como o da Guinle&Cia. Comparar com as fotos seguintes.
 
27f. 1918. O mesmo trecho das fotos anteriores, contudo aqui vemos a Igreja de N. Sra. da Conceição da Boa Morte, na esquina da Rua do Rosário. Vide foto 15.
 
27g. Dia 15/11/1905. Rara fotografia da inauguração da Av. Central na "agulha" da Rua dos Ourives (atual Rua Miguel Couto). Chovia na ocasião.

27h. Rara foto de 1905 antes da avenida ser inaugurada. Notar que os operários trabalham apressadamente no acabamento final - colocação de postes, alinhamento da calçada, plantação das árvores e limpeza das pistas, ao mesmo tempo em que vários prédios estão em construção.
 
27i. Prédios nºs 104 e 102. Eles estão visíveis na foto anterior e 27c. À direita fica a Rua do Ouvidor.
 
27j. 1906. A Loja "Ao Primeiro Barateiro" vista lateralmente.

27k. Na parte mais alta, voltada para a avenida, podia-se ler "Ao 1º Barateiro", "Fazendas e Armarinho", "Modas e Confecções", "Rodrigues, Mayrinck & Compª".
  
28. 1906. Um local muito procurado pelos fotógrafos.

28a. 1905.
 
28b. 1904. Foto provavelmente obtida de alguma das duas janelas da Loja "Ao Primeiro Barateiro" voltada para o lado oposto. No canto inferior direito fica a Rua Miguel Couto e um pouco mais acima a entrada da Rua Ouvidor, com a loja "A Capital" na esquina. Notar na lateral oposta da Av. Central a quantidade de construções em andamento.

28c. Av. Rio Branco com Rua do Ouvidor (à direita) em imagem de 1914. É o mesmo local da foto anterior onde a sociedade se reunia regularmente para eventos diversos, na calçada da loja "A Capital".
 
29. Esta foto de 1906 revela fato curioso. Atrás da Loja "Ao Primeiro Barateiro", a Igreja de N. Sra. da Conceição e Boa Morte, cercada por tapumes, ainda esta sendo adaptada ao novo alinhamento da avenida, com sua fachada lateral falsa. Vide texto das fotos 5 e 16.

29a. Esta imagem mostra o primeiro Carnaval na nova avenida em 1906.

29b. Nesta esquina ficou instalada durante anos a estátua do Pequeno Jornaleiro. Esta foto, de 1933, marca o dia da inauguração.

29c. 1938.

29d. Imagem de 1939. Em 1996 a escultura foi transferida para a Rua Sete de Setembro entre a Av. Rio Branco e a Rua Gonçalves Dias, onde ficou até 2016. Após permanecer três anos em depósito público voltou em 2019 a ocupar seu local de origem.
 
29e. Imagem de período eleitoral em 1946.

29f. Sem data. Aqui vemos atrás da estátua o letreiro da afamada Perfumaria Carneiro que funcionou durante anos no térreo do prédio, ainda existente, da esquina da Rua do Ouvidor.
 
29g. Anos 50.

30. Imagem de 1912 tomada em direção à Cinelândia, no lado par da Av. Central. Os prédios mais conhecidos desta quadra são: a já citada sede do Jornal do Brasil, a Associação dos Empregados do Comércio, o Clube de Engenharia e, por fim, após a Rua Sete de Setembro, a sede do Jornal O Paiz.
 
30a. Esta foto mostra a mesma quadra entre Rua do Ouvidor e Rua Sete de Setembro da foto anterior datada dos anos 50. Na lateral esquerda, abaixo da árvore, identifica-se a torre do Hotel Avenida. O único prédio da primeira geração neste trecho é o prédio do Jornal do Brasil, visto na parte central da imagem.

31. Cerca de 1906. Melhor detalhamento das mencionadas construções com setas indicativas.
 
31a. Excelente colorização de foto ao redor de 1911 ao nível da pista em trecho semelhante a foto anterior.

32. 1910. Tomada em sentido oposto com indicações a partir da Rua Sete de Setembro.

32a. Tomada de 1906 em ângulo bastante aproximado da foto anterior. Observamos à esquerda os prédios do Jornal O Paiz e do Clube de Engenharia, ambos na esquina da Rua Sete de Setembro (antiga Rua do Cano). Mais adiante vemos as estruturas da construção do Jornal do Brasil e a ausência do prédio da Associação dos Empregados do Comércio. A esquina vista no canto inferior direito é a Rua da Assembleia e, mais acima, a parte alta do prédio do Cine Odeon também visto nas fotos 51, 52 e 53.

33. A sede do Jornal do Brasil, prédio mais alto da América Latina nos anos 10. Endereço: Av. Central, nº 110.
 
33a. Este belo prédio ficava no lado direito do Jornal do Brasil. Ele pode ser visto nas fotos anterior e 30. No térreo funcionava a famosa Confeitaria Castellões. Nºs 108-106 da avenida.

33b. Preferida da época, a Castellões é vista aqui, aproximada, em horário de intenso movimento. Foi aberta em 1847 na Rua do Ouvidor, mas fechou em 1905. No ano seguinte foi reinaugurada na Av. Central e rapidamente alcançou grande sucesso entre jornalistas, escritores, políticos, pessoas da alta sociedade e até mesmo membros da Família Real. "Era ali onde tudo acontecia", escreveu certa vez um colunista social. No final de 1915 a casa fechou e a clientela transferiu-se para a Confeitaria Colombo, alí bem perto.
 
34. Ano: 1928. A altura do prédio continuava incomparável.
 
34a. Capa de uma das edições da Revista Fon-Fon de 1920. Além da sede do JB, no prédio ainda funcionava a Cia. Comércio e Navegação - CCN.

34b. Foto sem data, com indicação dos principais prédios de referência deste trecho da avenida.
 
34c. Prédis de nºs 116 e 114 da avenida. Localizados entre a Associação dos Empregados do Comércio e a sede do Jornal do Brasil. Podem ser vistos nas três fotos anteriores. No primeiro funcionou o Cinema Pathé. Vide foto 42.
 
35. Entretanto, nos anos 30, o gigantesco prédio do Jornal "A Noite", na Praça Mauá, o superou.

36. Nos anos 60, pouco antes de ser demolido, parecia pequeno ao lado de seus vizinhos. Em seu lugar foi construído o prédio moderno, de 43 andares, Ed. Conde Pereira Carneiro. Observar a descaracterização que a construção sofreu ao longo dos anos com o acréscimo de "puxadinhos" laterais à torre.

37. Outro ícone do local foi o prédio da Associação dos Empregados do Comércio-AEC, aqui visto em 1908. Nº 118-120 da avenida, inaugurado em 1909 e demolido em 1939.

37a. O projeto da fachada foi de autoria do renomado arquiteto espanhol Adolpho Morales de los Rios, já consagrado em obras de notáveis prédios na cidade como o Museu Nacional de Belas Artes, o Centro Cultural de Justiça Federal e o Palácio São Joaquim.
 
37b. Cerca de 1910. Observar a numeração das lojas: 118 (Casa Limonges) e 120 (Bazar Japão).

38. Ano: 1918. No lado esquerdo da associação vemos um prédio menor onde funcionava a Casa Arthur Napoleão (nº 122), que vendia e alugava instrumentos musicais, partituras e músicas de todos os países. Vide foto 38c.

38a. Detalhe aproximado da Sorveteria Alvear, no térreo da AEC, em foto de 1918. Local de encontro da elite carioca.
 
38b. Esta é a nova sede da AEC inaugurada em 1942. Há uma galeria no térreo que se estende até a Rua Gonçalves Dias, nº 40.

38c. Este é prédio (nº 122) da Casa Arthur Napoleão, localizado entre o Clube de Engenharia (à esquerda) e a Associação dos Empregados do Comércio (à direita). Fundada em 1868, funcionou antes na Rua dos Ourives (até 1877) e Rua do Ouvidor (até 1910). Esteve na Av. Rio Branco até a década de 50 quando a loja deixou de existir e o prédio foi demolido para erguer-se no local um grande edifício comercial (Ed. Avenida Rio Branco). Podemos vê-lo nas três fotos anteriores e nas duas posteiores.
 
39. O Clube de Engenharia, na esquina da Rua Sete de Setembro. Na extrema direita o prédio da Associação dos Empregados do Comércio.
 
39a. Cerca de 1909. O Ed. do Jornal do Brasil ainda não foi inaugurado, mas seus vizinhos sim.
 
40. Cerca de 1912, uma beleza estonteante. Av. Central, nºs 126-124.
 
40a. Curiosa foto obtida da calçada ímpar da Av. Rio Branco com a câmera voltada para o prédio do Clube de Engenharia. Parece ser Carnaval.

40b. Capa da Revista Fon-Fon de 1910. É uma aproximação do prédio do Clube de Engenharia, onde vemos além das belas estátuas posicionadas na fachada, a Casa Hermanny no térreo. Embora tenhamos pesquisado, nada encontramos sobre este antigo comércio do local.
 
40c. A entrada da loja em foto sem data.
 
40d. 1918. Multidão se aglomera diante do Clube de Engenharia em comemoração ao fim da 1ª Grande Guerra. Notar que a loja citada na foto anterior deu lugar à Casa Vieira, nº 126 da avenida. Vide foto 53c.

40e. Em 1919 na loja do térreo já funcionava outro tipo de comércio: Joalheira A Nacional.
 
40f. Cerca de 1910. Um fotografia ampliada revela aspectos do cotidiano do centro da cidade, em frente ao prédio do Clube de Engenharia.
 
40g. Outra capa da Revista Fon-Fon em 1920.

40h. 1926. Um curioso posto de observação de trânsito no cruzamento da Rua Sete de Setembro.

41. No final dos anos 40 o prédio foi demolido e construído o atual Ed. Edison Passos. Aqui uma imagem da calçada frontal em 1957, ano de seu lançamento.
 
41a. Imagem contemporânea a anterior mostra a avenida no sentido Praça Mauá. Observem à esquerda o Ed. Edson Passos na esquina da Rua Sete de Setembro. Na sequência está o prédio da Associação dos Empregados do Comércio (nº 120), vide foto 37.

42. Entre a Associação dos Empregados do Comércio e a sede do Jornal do Brasil havia dois prédios baixos, de menor importância, contudo um deles merece atenção. É visto no centro desta foto, de 1914, trata-se do Cine Pathé, o "Pathezinho", localizado no nº 116 da avenida desde 1912. O cinema foi inaugurado em 1907 no nº 147-149 do outro lado da avenida. Permaneceu aqui até 1926, quando finalmente transferiu-se para a Praça Floriano (Cinelândia).
 
42a. Outra foto do cinema onde se identificam os retratos da fachada: o Rei Alberto I da Bélgica, o "Rei Soldado", e sua esposa, a Rainha Elizabeth. O casal esteve em visita oficial ao Rio de Janeiro em 1920.
 
42b. O prédio pertencia ao Comendador Manuel Ferreira Serpa (vide seu nome na fachada), cujo projeto data de 1905. À sua direita, vide foto anterior, está o prédio dos Srs. Costa Pacheco & Cia.
 
43. Calçada movimentada diante do cinema, em 1918. Em cartaz o western Sangue de Fidalgo, estrelado por Tom Mix. Cinema ainda era a maior diversão.

43a. Outra aproximação da entrada do Cine Pathé em 1926.
 
43b. 1922.

44. Atravessando a Rua Sete de Setembro neste mesmo lado par da calçada, encontramos este lindo prédio da sede do Jornal O Paiz.
 
44a. O prédio, ainda com tapumes, em fase final de construção. Nºs 132-130-128 da avenida.
 
44b. Jornal O Paiz e Clube de Engenharia margeando a esquina da Rua Sete de Setembro. Dois ícones neste trecho da avenida.

45. Mais uma maravilha da arquitetura neoclássica da época. Sua torre era vista à distância de vários pontos do centro.

 45a. A sede do jornal em final de construção ao redor de 1905. Os dois outros prédios vistos são: Casa Barbosa Freitas & Cia. e Loja de Madame Rosenvald.

45b. 1918. A lateral do prédio do jornal foi ornamentada com uma bandeira norte-americana após a vitória dos aliados sobre a Alemanha na 1ª Grande Guerra.
 
45b. O prédio de Madame Rosenvald em foto de baixa qualidade. Nº 134 da avenida, local onde funcionou o Cinema Kosmos por curto espaço de tempo (1910-11).
 
45c. Registro magnífico de um sábado à tarde na Av. Rio Branco em 1913. O trecho da avenida é o mesmo da foto 45a, vendo-se ao fundo a esquina da Rua Sete de Setembro. Notar a quantidade de pessoas em momento de descontração sentada na calçada dos cafés. Um tempo que nunca mais voltará...

46. Foto colorizada realçando os detalhes da construção. Av. Central, nº 128.
 
46a. Cerca de 1909. O Hotel Avenida está em cosntrução na extrema esquerda.

47. Um ângulo em direção à Cinelândia. Já é possível observar os fundos do Teatro Municipal e, mais a frente, o torreão do Hotel Avenida, lançado em 1911.
 
47a. Anos 20.

48. Uma foto de 1905, ano da inauguração da Av. Central, no sentido Cinelândia. No quarteirão entre Rua Sete de Setembro e Rua do Ouvidor há inúmeras obras em andamento, em ambos os lados. Aparentemente apenas a construção do prédio do Jornal O Paiz, ao centro, está em fase final. Ampliando a foto observamos que as obras se estendem até a Praça Floriano.

48a. Imagem colorizada extraída de cartão postal. À direita vemos os tapumes da obra de construção do Clube de Engenharia.
 
48b. Cerca de 1908.  Na lateral esquerda vemos o Hotel Avenida, após a Rua São José, ainda em construção.
 
48c. 1910. Esta aproximação revela belos detalhes de ambas construções.

48d. Dia de evento na avenida ao lado do jornal em 1922.
 
48e. 1918. Multidão em busca de notícias em frente à redação do jornal.

49. Em 1930 após a ascensão de Getúlio Vargas à Presidência da República, uma manifestação popular, diante da sede, ateou fogo ao prédio, destruindo-o. O jornal fazia campanha contra Vargas e foi fechado, selando seu destino.

50. Anos depois foi erguido o prédio que mais tarde seria a sede da Generali Seguros. Esta imagem no sentido Praça Mauá, mostra a construção nova do local, a esquina da Rua Sete de Setembro, o velho prédio do Clube de Engenharia, a antiga Associação dos Empregados do Comércio e a sede do Jornal do Brasil (atrás de um prédio da nova geração). Clique sobre a foto para ampliar.
 
 
50a. Provável anos 40. No térreo do novo prédio houve, por algum tempo, um agência da cia. aérea de origem alemã Lufhansa. Hoje, no local, funciona uma loja de jóias da rede H.Stern. Av. Rio Branco, nº 128.

51. Na mesma esquina, pelo lado ímpar da Av. Central, havia o belo prédio onde funcionava, no andar térreo, o antigo Cinematógrafo Odeon. Esta foto, dos anos 10, tirada do meio da Rua Sete de Setembro (antiga Rua do Cano), entre o Clube de Engenharia e o Jornal O Paiz, com a câmera em direção à Praça XV, mostra o prédio no lado esquerdo. Ampliando a foto é possível ver o letreiro da loja à direita "Casa das Fazendas Pretas".

51a. Evento da posse do Presidente Marechal Hermes da Fonseca em dia chuvoso na avenida em 1910. A esquina captada é a da Rua Sete de Setembro, lado ímpar, vendo-se nitidamente o Cine Odeon.

52. Ano: 1915. Há cartazes de filmes diante da entrada. O estilo eclético na arquitetura da época predominou na maior parte das construções.
 
52a. Assim como a anterior, esta foto foi obtida de alguma janela do prédio do Jornal O Paiz. Observar no último andar a sede da Cia. A Mutualidade Goytacaz. Seria no mesmo dia da anterior?
 
52b. Nºs 135-139. À direita está a Rua Sete de Setembro.
 
53. Multidão em dia de estréia de filme.

53a. 1918.
 
53b. Década dos anos 10. Identificações:
1) Prédio da Guinle&Cia;
2) Magazine Colombo;
3) Prédio do Jornal do Comércio; e
4) Prédio do Cinematógrafo Odeon. 

53c. Comemoração da vitória dos Aliados pondo fim à 1ª Grande Guerra em 1918. Ângulo aproximado da foto anterior.

54. Aproximação da portaria do cinematógrafo. Localização: Av. Rio Branco, nº 135. Em cartaz o filme "Maciste".


55. 1955. Após sua demolição, foi construído, em 1929, no local o atual Ed. Guinle visto aqui. O primeiro a ter uma galeria comercial integrada à portaria com duas entradas, pela Av. Rio Branco e pela Rua Sete de Setembro. O antigo cinema transferiu-se para a Cinelândia e lá permanece ainda hoje.
 
55a. 1972. Antiga loja do Café Palheta, localizada no térreo do Ed. Cordeiro Guerra, nº 143.
 
 
56. Cerca de 1906. Sentido Cinelândia, visto da esquina da Rua do Ouvidor. Pela posição da imagem, esta foto parece ter sido tirada de uma janela frontal do prédio da Loja "Ao Primeiro Barateiro". Comparar com foto 28b.

57. Aqui vemos a mesma foto anterior em ampliação para observar os detalhes do cotidiano carioca da época.
 
58. Foto aérea provavelmente da metade dos anos 20. Indicações:
1) Magazine Colombo (esquina da Rua do Ouvidor);
2) Jornal do Brasil;
3) Associação dos Empregados do Comércio;
4) Clube de Engenharia;
5) Jornal O Paiz;
6) Sul América Seguros (Rua da Quitanda, esquina com Rua do Ouvidor);
7) Correios e Telégrafos (Rua Primeiro de Março, em frente à Rua Buenos Aires);
8) STF (Rua Primeiro de Março, esquina da Rua do Rosário);
9) Igreja Santa Cruz dos Militares (Rua Primeiro de Março, esquina da Rua do Ouvidor);
10) Igreja da Ordem Terceira de N. Sra. do Monte do Carmo (em frente à Praça 15); e
11) Ed. Guinle.

59. Fechando esta postagem apresentamos uma panorâmica, possivelmente clicada do alto do prédio do Jornal do Brasil em direção à Praça Mauá. Destacamos: à esquerda, a Rua Miguel Couto (antiga Rua dos Ourives) em diagonal com a Av. Central; o prédio da loja de confecções "Ao Primeiro Barateiro" bem na "agulha" da Rua Miguel Couto onde se encontra com a Rua do Ouvidor; atrás desta, a Igreja de N. Sra. da Conceição e Boa Morte, parcialmente encoberta, voltada para a Rua do Rosário. Pelo lado direito da foto, o prédio baixo do Café Persa, na esquina da Rua do Rosário; a Guinle&Cia, do outro lado desta esquina; o Magazine Colombo já na extrema direita; e, entre as duas torres destes dois últimos, a cúpula da Igreja da Candelária ao fundo.

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