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quinta-feira, 9 de abril de 2020

PRAÇA TIRADENTES - Palacete Visconde do Rio Seco e o Monumento a D. Pedro I

Palacete Visconde do Rio Seco

1. Pintura retratando a edificação em 1840. O solar foi construído no final do século XVIII na esquina do antigo Largo do Rossio (atual Praça Tiradentes) com o Caminho Novo do Conde (atual Av. Visconde do Rio Branco) e pertencia ao presidente do Senado da Câmara, Sr. Antonio Petra de Bittencourt. Em 1811 foi adquirido pelo Visconde do Rio Seco, tesoureiro da Corte que veio para o Brasil junto com a família Real em 1808. Em 1835 o Visconde faleceu e a edificação passou por diversos proprietários até 1853 quando foi alugado para o Clube Fluminense instalar sua sede. 

2. Esta imagem de baixa qualidade, de 1862, fornece com precisão o local do palacete em relação ao entorno da Praça Tiradentes. Observar o Monumento da D. Pedro I no centro do logradouro.

2a. A partir de 1876 funcionaram ali vários órgãos governamentais até 1934 quando passou a abrigar o Departamento de Trânsito (Detran) onde permaneceu por sessenta anos. Durante este período e, principalmente, por falta de manutenção, o prédio ficou em ruínas e permaneceu abandonado por muito tempo.

3. Imagem de 1910. A construção mais antiga da Praça Tiradentes tem a característica de possuir quatro estátuas  em terracota de 2 metros de altura sobre as platibandas representando a Sabedoria, a Indústria, a Agricultura e a Navegação.

4. Imagem de 1906 em dia de evento.

4a. Imagem anterior oposta datada de 1901. Ao fundo temos a entrada da Rua Gonçalves Lêdo (antiga Rua São Jorge).
 
4b. Data desconhecida. Segundo consta, está ocorrendo um incêndio no prédio da esquina da Rua da Constituição. O mesmo prédio onde, décadas depois, abrigaria a Estudantina (Praça Tiradentes, nº 79).

5. Outra foto de 1906. Em 1990 e 1998 o prédio foi tombado em todas as instâncias e, em 2012, passou por uma grande obra de revitalização, recuperando, externamente, toda a fachada original. Duas das estátuas foram substituídas por réplicas, as originais, em situação delicada, estão expostas no andar térreo.

6. Fotografia dos anos 20 quando funcionava o Ministério da Justiça.
 
6a. 1924. Um bonde "barcas" sai da Av. Visconde do Rio Branco e entra na Praça Tiradentes, vendo-se no alto o palacete. O prédio visto na lateral esquerda foi sede da polícia e mais recente foi o 13º Batalhão da PM.

6b. 1906. Vemos um prédio (atual nº 45 da praça) ainda fumegando, destruído que foi por um incêndio durante à noite. Fica próximo ao palacete, mas à esquerda da citada construção policial na foto anterior.
 
6c. Aqui vemos o prédio em detalhes, pouco antes do incêndio. Pertencia à Cia. Telefônica Brasileira - CTB.

6d. Em 1937 novo prédio da CTB foi construído no local.
 
6e. 1910. Aqui está a bela construção do prédio da Assistência Policial, inaugurado em 1908, na Praça Tiradentes, nº 41. Notar, no canto superior direito, uma das estátuas do Palacete Visconde do Rio Seco.
 
7. Foto do autor em 2019. Atualmente abriga o Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro - CRAB.

Monumento a D. Pedro I

8. Cerimônia de inauguração do monumento, ainda coberto por uma manta negra, em 1862. Observa-se ao fundo as torres da Igreja de São Francisco de Paula no largo do mesmo nome e, atrás do pórtico, o Teatro São Pedro.

9. 1862. Posicionado no centro da Praça Tiradentes (antiga Praça da Constituição), foi iniciativa de D. Pedro II. Colocado num posição frontal à atual Rua Imperatriz Leopoldinense (primeira esposa de D. Pedro I), local onde se situava a Academia Imperial de Belas Artes. Como disseram alguns, à época, "foi presente de filho para pai".
 
9a. 1865.

10. Considerado o primeiro grande monumento erguido no Brasil, embora tivesse sido esculpido na França. Faz homenagem a Independência, medindo 15,7 m de altura e cercado por um octógono gradeado com lampiões em cada vértice. Destaca-se no alto a figura de D. Pedro I montado à cavalo com o braço direito erguido, representando o ato da proclamação às margens do Rio Ipiranga. Nas faces do pedestal são vistas alegorias que representam a fauna brasileira, índios e os quatro maiores rios do país: Amazonas, São Francisco, Paraná e Madeira. Foto com data desconhecida.
 
10a. Bela foto de 1908.

11. Ano ao redor de 1914.

12. Imagem colorizada de 1925.

13. Ângulo preferido dos fotógrafos. Foto ao redor de 1905.

14. Imagem extraída de cartão postal dos anos 40.
 
15. Foto de 1885 extraída de cartão postal circulado em 1906. Ao fundo observamos o Morro do Corcovado sem a estátua do Cristo Redentor.

16. Fotografia do autor em 2019. Ampliando a imagem, o visitante poderá identificar o Palacete do Visconde do Rio Seco, ao fundo do monumento. Vide foto 7.

quarta-feira, 8 de abril de 2020

PRAÇA TIRADENTES - Trecho entre Rua Sete de Setembro e Rua da Carioca

1. Foto ao redor de 1904 mostrando o trecho da Praça Tiradentes objeto desta postagem. Na extrema direita a esquina da Rua da Carioca. O belo prédio no centro é o Derby Clube Paulista, de 1889. À sua direita vemos dois sobrados pequenos que resistiram ao tempo e continuam de pé ainda hoje (vide foto 17). Depois, a edificação da esquina onde funcionou por muitos anos a famosa Camisaria Progresso.

 1a. Funeral de José do Patrocínio na praça em 1905.

2. Aqui uma imagem do mesmo local ao redor de 1865. Percebemos que o prédio do Derby Paulista, da foto anterior, era diferente e abrigava o  Hotel des Princes, e a construção da esquina nem existia. Na extrema esquerda nada mudou. Por fim, destacamos parte dos jardins da Praça Tiradentes vista à direita com uma das esculturas no pé da imagem.
 
2a. O mesmo local em foto de 1911. Muitas mudanças ocorreram.

2b. Esta foto sem data mostra a lateral da praça voltada para o casario existente entre Rua da Carioca e Rua Sete de Setembro. É curioso notar que havia um sanitário público num dos vértices do logradouro, visto acima dos tilburis estacionados.
 
2c. Imagem de 1929 captada de uma das janelas do prédio da Camisaria Progresso. Observar no centro da foto o banheiro acima mencionado.
 
2d. Aí está o sanitário em imagem bem aproximada. Uma necessidade que não existe nos dias atuais.

3. Provável fotografia de 1915. No outro lado da esquina da Rua da Carioca vemos já erguido o Rio Hotel, um marco da região. Inaugurado em 1913, visava a aproveitar o grande movimento de pessoas que convergiam para esta região do centro da cidade em busca de entretenimento e meios de transporte público.

4. Um aproximação do Rio Hotel em 1919. A via estreita à sua direita é a atual Rua Silva Jardim. Atentar, ainda, para o prédio da esquerda - Camisaria Progresso.

5. Outra excelente imagem do Rio Hotel, sem data. O empreendimento resistiu ao tempo.

5a. 1913. Ainda hoje está no local.
 
5b. 1922.


5c. Imagem de cartão postal ao nível da rua.

6. Cerca de 1920. Outra excelente imagem da quadra em foco. À esquerda o lindo prédio da Casa Gaspar, localizado na esquina da Rua Sete de Setembro (antiga Rua do Cano).  Depois deste, há duas construções não vistas na foto 2, todavia presentes na foto 3. Na sequência o Derby Clube de São Paulo, os dois sobrados pequenos (ainda existentes, vide foto 17) e a Camisaria Progresso. Por fim, do outro lado da esquina, o Rio Hotel. Chamamos atenção do visitante ao Morro de Santo Antônio ao fundo, demolido na década de 50 para a passagem da Av. República do Chile.

7. Comemoração à data da morte de Tiradentes em 21/04/1922.

 7a. Provavelmente mesmo dia da foto anterior.

 8. Casa Gaspar em 1919 no último andar. No segundo andar ficava a Casa Neval que produzia e vendia perfumes e cosméticos. O prédio continua preservado até os dias atuais. 

9. 1914. A construção vizinha, à direita, não é a mesma das fotos 3, 6, 7 e 8.

10. 1934. O fotógrafo está na esquina da Av. Passos, próximo ao Teatro João Caetano (não visível).

11. Uma imagem de ângulo incomum da década de 20. Visão do interior da Praça Tiradentes com a câmera voltada em direção ao Rio Hotel.

11a. Cartão postal dos anos 20 de ângulo bem próximo a imagem anterior. Observar a escultura de um dos cantos da praça.

12. Outra imagem rara. Estamos no ano de 1953 com o fotógrafo na calçada da praça e sua câmera voltada para a Rua da Carioca. Observar à direita o prédio do Cinema São José (local do atual Hotel Íbis) e, à esquerda, a sempre vista Camisaria Progresso. 

12a. Ponto de "lotação" em 1955. O mesmo trecho da praça visto na foto anterior. No fundo à esquerda fica a Camisaria Progresso.
 
12b. 1958.

12c. Na virada do ano novo em 1958 um grande incêndio destruiu completamente o prédio da Camisaria Progresso. Uma nova edificação foi erguida no local, mas segundo dizem, trata-se de uma obra feia sem harmonia alguma com as construções ao redor. Vide foto 18.

12d. Sem data. O Rio Hotel à direita em foto de ângulo semelhante às anteriores. Ao fundo está a Rua Carioca em seu trecho final.
 
12e. Provável anos 20. Mesmo ângulo.

13. Foto colorizada de 1954 mostrando a Rua Sete de Setembro em profundidade em direção ao Largo de São Francisco de Paula. A Casa Gaspar não mais existe, mas o lindo prédio continua lá. Na extrema esquerda é possível identificar o pedestal da estátua de João Caetano diante do teatro com mesmo nome.

14. Foto colorizada, contemporânea da anterior. Havia uma estação de bondes no trecho visto à direita e no mesmo local da foto anterior.
 
14a. Detalhe da estação de bondes e suas curiosas propagandas em foto de 1950.
 
14b. Interessante imagem extraída de filme datado de 1945. Estamos na pista interna da estação de bondes mencionada na foto anterior. Acima do bonde vemos parte do Teatro João Caetano e a sua direita o Real Gabinete Português de Leitura.

15. 1971. Vide foto 13 do mesmo ângulo.
 
15a. Fotografia contemporânea a anterior obtida da calçada do Teatro João Caetano. Observar a estátua à direita e, ao fundo, o Rio Hotel já pequeno perto de construções maiores.
 
 16. Anos 70.
 
17. Os dois sobrados da Praça Tiradentes - símbolos de resistência centenária. No lado direito parte da construção erguida no local da antiga Camisaria Progresso, também vista na foto a seguir. Imagem recente extraída do Street View.
 
18. O desengonçado prédio da esquina da Rua da Carioca com Praça Tiradentes em imagem recente extraída do Street View.
 
19. Catedral Presbiteriana em foto de 1943 localizada na Rua Silva Jardim, nº 23 (antiga Travessa da Barreira). Após passar por outros endereços, o templo organizado em 1862, estabeleceu-se finalmente em 1870 próximo a Praça Tiradentes. Em 1934 o antigo prédio foi restaurado e mudou totalmente de aparência, segundo mostrado nesta foto. Na década de 60 nova restauração foi executada modificando a altura dos ornamentos sobre as torres, o que deu aparência mais imponente que perdura até os dias atuais.