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domingo, 31 de maio de 2020

EXPO 1922 no Centro

Exposição Internacional de 1922

1. A Exposição realizou-se no período de 07/09/1922 a 24/07/1923 e comemorou o centenário da Independência do Brasil. Com a derrubada do Morro do Castelo, parte do material retirado daquela região foi transportado para a praia de Santa Luzia a fim de realizar o afastamento da Av. Beira-mar criando, desta forma, uma grande área para a realização da exposição. Houve a abertura da Av. das Nações (futura Av. Presidente Wilson) e a construção de diversos pavilhões e edificações conforme mostrado no mapa acima. Os participantes instalaram-se segundo as indicações assinaladas, clique na imagem para ampliar:
1) Caça e Pesca;
2) Estatística;
3) Pequenas Indústrias;
4) Agricultura e Viação;
5) Administração e Distrito Federal;
6) Estados Brasileiros;
7) Grandes Indústrias;
8) Festas;
9) Restaurante Falconi;
10) Parque de Diversões;
11) Portugal;
12) Bélgica;
13) Noruega;
14) Checoslováquia;
15) México;
16) Dinamarca;
17) Itália;
18) Inglaterra;
19) França;
20) Suécia;
21) Japão;
22) Estados Unidos da América;
24) Argentina;
25) Palácio Monroe.

Pórtico Monumental

2. Este enorme portão principal do evento se localizava na AV. Rio Branco ao lado do Palácio Monroe visto na extrema direita da foto.

3. Quase o mesmo ângulo da foto anterior.

4. O Pórtico de 33 metros de altura e o Monroe.

5. Esta foto permite visualizar a real posição do pórtico. Ao fundo vemos o Palácio Pedro Ernesto na Praça Floriano (Cinelândia), a entrada da Rua Treze de Maio (antiga Rua da Guarda Velha) e uma pequena parte do Teatro Municipal na extrema direita. À esquerda o Palácio Monroe e o Parque Centenário (antigo terreno onde existia o Convento da Ajuda e onde seria, na década de 30, construído os prédios famosos da Cinelândia. À direita (não visível) está o começo da Rua Santa Luzia.

6. Imagem esclarecedora. No Palácio Monroe se instalou a Comissão Executiva da Exposição. Com seu término em 1923 passou a abrigar a sede do Senado Federal.

 Avenida das Nações
(futura Av. Presidente Wilson)

7. O visitante da exposição ao caminhar pela Av. Rio Branco, depois de passar pelo pórtico e chegar até o Obelisco, teria esta visão ao olhar para o lado esquerdo onde começa a Av. das Nações. Vide foto anterior.

8. Um dia movimentado em frente ao Pavilhão da Inglaterra (foto 21), próximo à Igreja Santa Luzia (não visível).

9. Clique na imagem para ampliar e identificar ao fundo, da direita para a esquerda, o Museu de Belas Artes, a Biblioteca Nacional, o antigo STF e a Igreja de Santa Luzia. Vemos os Pavilhões do México (foto 25), da Checoslováquia (foto 26) e da Noruega (foto 27), este último mais à direita.
 
9a. O mesmo trecho da avenida visto na imagem acima. Notar ao pé da foto o sistema de transporte de pessoas pela enorme área da exposição.
 
10. Ao longo de um dos lados da via todos os pavilhões internacionais ficaram instalados lado a lado, num total de treze. À exceção foi o Pavilhão da Suécia (foto 19). À esquerda vemos os Pavilhões do Japão (foto 18) e da França (foto 20). Todos os pavilhões tinham estilos arquitetônicos específicos.

11.  À esquerda o Parque de Diversões (foto 47) e à direita o Pavilhão da Noruega (foto 27).

12. À direita os Pavilhões da França (foto 20) e da Inglaterra (foto 21).

13. Identificamos os Pavilhões da França (foto 20), Inglaterra (foto 21) e Itália (foto 22), este último mais à direita.

14. Fotografia em frente ao Pavilhão de Festas (foto 45).

15. Pavilhão de Festas à direita (foto 45) e à esquerda a Cervejaria Brahma (foto 53).

15a. Imagem obtida do alto o Parque de Diversões (foto 47). À esquerda os Pavilhões da Noruega (foto 27) e Bélgica (foto 28).

 Pavilhões Internacionais

16. Argentina (nº 24 no mapa da foto 1). Vide ainda foto 7.

16a. O Pavilhão da Argentina era o primeiro ao entrar na Av. das Nações. Observar ainda à esquerda o Obelisco e o Palácio Monroe. Atrás do pavilhão notamos a cúpula do Pórtico Monumental. Vide foto 7. Atualmente neste local encontra-se o Ed. Brasília.

17. Estados Unidos da América (nº 22 no mapa da foto 1).
 
17a. Cerca de 1950. Após o término da exposição o prédio passou a abrigar a Embaixada dos EUA no Brasil. Em 1952 o antigo prédio foi demolido para a construção do atual. Em 1971 a embaixada foi transferida para Brasilía e o local passou a ser a sede do consulado norte-americano no Rio de Janeiro.
 
 18. Japão (nº 21 no mapa da foto 1).

19. Suécia (nº 20 no mapa da foto 1).

20. França (nº 19 no mapa da foto 1). Uma réplica do Petit Trianon de Versalhes. O prédio foi preservado após o encerramento da exposição e hoje abriga a sede da Academia Brasileira de Letras (ABL), Av. Presidente Wilson, nº 203.

21. Inglaterra (nº 18 no mapa da foto 1).

22. Esta curiosa imagem do Pavilhão da Inglaterra mostra a Igreja de Santa Luzia nos fundos.

22a. O pavilhão inglês era formado por dois blocos. Este da imagem aqui apresentada e o outro da foto anterior. Na foto 21 eles aparecem lado a lado. Notar na lateral direita, atrás, as torres da Igreja de Santa Luzia.

23. Itália (nº 17 no mapa da foto 1).
 
23a. O pavilhão italiano em visão próxima.

24. Dinamarca (nº 16 no mapa da foto 1).

25. México (nº 15 no mapa da foto 1).

26. Checoslováquia (nº 14 no mapa da foto 1).

27. Noruega (nº 13 no mapa da foto 1).

28. Bélgica (nº 12 no mapa da foto 1).

29. Portugal. Localizava-se no outro lado da Av. das Nações, nº 11 do mapa da foto 1.

29a. Uma outra tomada do enorme pavilhão português. Observar o sistema interno de transportes da exposição.

30. Honra de Portugal. Este segundo e menor pavilhão do país localizava-se na Av. das Nações, após o Pavilhão da Bélgica (foto 28), em frente a Santa Casa de Misericórdia. Está identificado no mapa da foto 1 com o nº 11 também.

Pavilhões Nacionais

31. Caça e Pesca (nº 1 no mapa da foto 1). No fundo à esquerda o Pavilhão dos Estados Brasileiros (foto 37). Os pavilhões nacionais foram instalados numa área compreendida entre o antigo Largo do Moura (Mercado Municipal), ao lado da Santa Casa de Misericórdia, ao redor do antigo Forte de São Thiago (atual Museu Histórico Nacional) e a baía. Nos dias atuais esta região seria onde termina a Av. General Justo e começa a Av. Alfred Agache até a Praça Marechal Âncora.

31a. Outra visão do Pavilhão de Caça e Pesca a partir da enseada com o Pavilhão de Estatística (foto seguinte) ao fundo. Vide foto 42.

32. Estatística (nº 2 na foto do mapa 1). Este pavilhão também foi preservado e desde 2001 abriga o Centro Cultural Ministério da Saúde, embora sua fachada tenha sido desfigurada.

33. Os Pavilhões de Estatística (foto anterior) e de Caça e Pesca (foto 31).

34. Pequenas Indústrias (nº 3 no mapa da foto 1).

35. Agricultura e Viação (nº 4 no mapa da foto 1).

36. Administração e Distrito Federal (nº 5 no mapa da foto 1). Esta também foi outra edificação preservada após o evento e transformado, em 1965, no Museu da Imagem e do Som, contudo não manteve sua fachada original.

36a. Museu da Imagem e do Som em 1965. Descaracterizado em relação a arquitetura original.

36b. Dois pavilhões lado a lado: Administração e Distrito Federal (foto anterior) e Agricultura e Viação (foto 35). 
 
36c. Fotografia bastante aproximada da anterior, vendo-se ao fundo o portão principal de entrada para a Praça dos Estados.

37. Estados Brasileiros (nº 6 no mapa da foto 1). Esta linda edificação foi aproveitada para funcionar como sede do Ministério da Agricultura por alguns anos, contudo em 1978 foi definitivamente demolida.
 
37a. Outra tomada do Pavilhão dos Estados a partir da praça de mesmo nome (foto 41).

38. Grandes Indústrias (nº 7 no mapa da foto 1). Após o encerramento da exposição o prédio foi aproveitado para abrigar o atual Museu Histórico Nacional - MHN.

38a. O Pavilhão das Grandes Indústrias posicionava-se diante da enseada artificial conforme visto nesta fotografia. Observar ainda à esquerda o Pavilhão do Serviço Meteorológico (foto 50) e ao fundo central a cúpula do Pavilhão de Festas (foto 45).

39. Portão Colonial do Pavilhão das Grandes Indústrias.

40. Exposições e Indústrias Particulares (ou Pequenas Indústrias). Está sem indicação no mapa da foto 1, contudo localizava-se na lateral do Mercado Municipal. Recebeu um revestimento neocolonial provisório desfeito após o encerramento da exposição. Ao fundo identificamos o torreão central do mercado com seu característico relógio de quatro faces (vide postagem aqui).

41. Praça dos Estados. Vemos da esquerda para a direita: Pavilhão das Indústrias Particulares, Pavilhão de Música (foto 49) e Pavilhão de Estatística (foto 32). Ao fundo, na baía, a Ilha Fiscal.
 
42. Outro ângulo da Praça dos Estados. Vemos ao centro o Pavilhão de Caça e Pesca (foto 31) diante de uma enseada artificial. Atrás identificamos os mesmos pavilhões citados na foto anterior. No fundo ao centro da imagem identificamos a Ponte Almirante Alexandrino que faz a ligação com a Ilha das Cobras.
 
42a. Esta foto deve ter sido tirada do alto do Pavilhão do Serviço Meteorológico (foto 51). Na parte baixa da imagem está o Pavilhão das Grandes Indústrias (foto 38) e, mais além, o Pavilhão dos Estados Brasileiros (foto 37). Na lateral direita está a Praça dos Estados (foto 41), vista também na foto anterior, e mais acima o Pavilhão das Indústrias Particulares (foto 40). Por fim destacamos, na lateral esquerda, os antigos Largo da Misericórdia e a Ladeira de mesmo nome. Ambos aos pés de um Morro do Castelo quase totalmente desmontado.
 
43. Imagem oposta a anterior ao nível do solo, Em primeiro plano vemos o chafariz da Praça dos Estados e ao fundo a torre do Pavilhão do Serviço Meteorológico (foto 50).

44. Portão Colonial Norte localizado próximo aos Pavilhões das Pequenas Indústria (foto 34) e Agricultura e Viação (foto 35).

44a. Outra imagem do mesmo portão revelando sua posição exata. À direita o Pavilhão da Agricultura e Viação, ao fundo o Pavilhão dos Estados e à esquerda o Pavilhão das Pequenas Indústrias. Vide foto 36c.
 
44b. Nesta imagem aérea do setor nacional da Exposição de 1922, obtida no final das construções, podemos ter uma ideia exata do local dos pavilhões. Para que o visitante se posicione chamamos a atenção para a grande construção vista inclinada ao pé da foto, trata-se da Santa Casa de Misericórdia. Começamos pela lateral esquerda da imagem onde pode-se ver os dois torreões do Mercado Municipal que foram adaptados para servir como parte do Pavilhão das Exposições e Indústrias Particulares (vide foto 40). A grande área desocupada em sua frente é a Praça dos Estados (vide fotos 41 e 42). Observar na sequência direita a enseada artificial e o Pavilhão de Caça e Pesca (vide foto 31a). No centro da imagem vemos uma construção com cúpula redonda, trata-se do Pavilhão de Festas (vide foto 45 a seguir). Na extrema direita vemos parte do Parque de Diversões já na Av. das Nações (vide foto 47). Destacamos ainda na parte baixa central da foto uma área restante do desmonte do Morro do Castelo e algumas construções parcialmente demolidas. Por fim, no canto superior direito, vemos parte da baía aterrada, futuro local do Aeroporto Santos Dumont.

Diversos

45. Pavilhão de Festas (nº 8 no mapa da foto 1). O último pavilhão na Av. das Nações e considerado um dos mais belos do evento.

45a. Visão frontal do Pavilhão de Festas. 
 
45b. Esta foto retrata toda a beleza do Pavilhão de Festas. Observar à direita a torre do Pavilhão do Serviço Meteorológico (vide fotos 50 e 51).
 
46. Restaurante Falconi (nº 9 no mapa da foto 1). Ocupava uma área onde hoje fica instalações militares da Força Aérea ao lado do Aeroporto Santos Dumont, na Av. General Justo.

47. Parque de Diversões (nº 10 no mapa da foto 1). Ocupava uma área de 20 mil m², a maior de toda a exposição.

47a. Visão interna do parque. 

47b. Brincadeiras para adultos e crianças.

48. Indústrias Matarazzo. Sem localização, mas decerto na Av. das Nações do lado oposto aos pavilhões dos países convidados. Observar o Morro do Pão de Açúcar à direita.
 
48a. Outra visão do Pavilhão Matarazzo próximo à outras construções menores não identificadas.

49. Música. Localizado na Praça dos Estados. Vide foto 41.

50. O Serviço Meteorológico foi a adaptação do antigo Forte de São Thiago acrescido de uma torre de 35 metros de altura. Ao término da exposição parte deste pavilhão junto com o Pavilhão das Grandes Indústrias (foto 38) foi aproveitado para se transformar no Museu Histórico Nacional - MHN, ainda hoje em funcionamento no local.

 
51. Outra imagem do Pavilhão do Serviço Meteorológico em ângulo mais aberto revelando o Restaurante (foto 46) no contorno da Av. das Nações e a alameda em direção à enseada artificial.

51a. Imagem oposta às duas anteriores. Ao que tudo indica o fotógrafo está de costas para o Restaurante. À direita vemos a enseada artificial e à esquerda o Serviço Meteorológico.
 
51b. Seguir as indicações:
1) Ilha das Cobras;
2) Ponte Almirante Alexandrino;
3) Enseada artificial;
4) Pavilhão de Caça e Pesca;
5) Pavilhão de Estatística;
6) Pavilhão das Indústrias Particulares;
7) Pavilhão do Serviço Meteorológico; e
8) Pavilhão dos Estados Brasileiros.
 
52. Cervejaria Antártica. Localizado próximo ao Restaurante (foto 46).

53. Cervejaria Brahma. Também localizada próximo ao Restaurante (foto 46).
 
53a. Os bares da Antártica e da Brahma, lado a lado.
 
54. Cervejaria e Licores Bols. Localizado no prolongamento da Av. Rio Branco, após o Obelisco. Ficou conhecido como Moinho Holandês.

55. Cervejaria Hanseática à esquerda. Localizado do outro lado da Av. das Nações quase em frente ao Pavilhão do Japão (foto 18). As outras duas pequenas construções são stands de comércio de caldo de cana e bombons.


56. Cidade de Campinas. Localizado em frente ao Pavilhão da Dinamarca (foto 24), do outro lado da Av. das Nações, entre os Pavilhões de Portugal (foto 29) e o Parque de Diversões (foto 47).
 
57. Chalé Moça da Nestlé (Suiça). Não conseguimos identificar sua posição, todavia é provável que fosse próximo aos stands vistos na foto 54.
 
58. A logomarca oficial da exposição. A data do período não se concretizou, pois muitos pavilhões ficaram prontos após a abertura. Terminou de fato em 24/07/1923.
 
59. Mais um cartaz do evento.