Praça Cardeal Arcoverde
1. Foto colorizada de 1901 obtida do alto da Ladeira do Leme (antiga Estrada Real, no Morro de São João Batista). O bairro de Copacabana era um imenso areal. À direita da árvore em destaque na imagem está o terreno da futura praça sem qualquer construção ao redor. Consta ser a praça mais antiga (1894) do bairro, tendo recebido o nome
primitivo do bairro: Sacopenapan. Em 1917 teve o nome trocado para Praça
Martin Afonso e em 1930 mudou para o nome atual em homenagem a morte do primeiro Arcebispo da cidade do Rio de Janeiro.
1a. Ângulo semelhante à foto anterior. Consta ser de 1907.
1b. Foto ao redor de 1922.
1c. Imagem extraída de cartão postal sem data. No alto distingue-se o Pico da Agulhinha.
2. Aqui temos uma imagem dos anos 20 obtida de ponto mais abaixo da Ladeira do Leme. Em primeiro plano vê-se o terreno vazio da praça e, em profundidade, a futura Rua Inhangá. Na extrema esquerda vemos parte da Pedreira do Inhangá e a Rua Barata Ribeiro. O bairro cresceu velozmente em relação à foto 1. A construção mais alta vista no centro da imagem, na orla, é propriedade da Empresa Rocha Miranda & Filhos, localizada na esquina da Rua Siqueira Campos com Av. Atlântica.
2a. Esta foto, contemporânea da foto anterior, mostra a Rua Barata Ribeiro estendendo-se da atual Rua Duvivier (esta ruela de terra batida vista à esquerda) até a depois da atual Rua Inhangá (cuja entrada é vista mais adiante à esquerda em diagonal até a Av. N. Sra. de Copacabana, vide foto anterior). A Rua Rodolfo Dantas nem existia neste trecho, já que a Pedra do Inhangá, bem visível na imagem, impedia seu traçado retilíneo. O terreno da futura Praça Arcoverde está à direita um pouco antes das primeiras construções naquela lateral.
2b. Imagem extraída de cartão postal.
2c. Provável anos 30. Visão do bairro a partir da ladeira.
3. Bela fotografia colorizada de 1940. Observar ao fundo a Ladeira do Leme ainda sem pavimentação e no seu topo pode-se identificar o famoso Arco Duplo (do antigo Forte do Vigia) existente até os dias atuais (vide foto 3b). Na lateral esquerda vemos o começo da Rua Assis Brasil na Rua Tonelero e em primeiro plano o prédio ainda hoje de pé do atual Teatro Gláucio Gil (parte da antiga Escola Dom Aquino Correia, hoje Escola Alencastro Duimarães).
3a. Foto colorizada de 1940. Vemos o começo da Rua Tonelero, ao lado da Praça Arcoverde (à esquerda, fora da imagem) em momento pós chuvarada. Acima da do prédio vemos a ponta do Pico da Agulhinha.
3b. Este é o Arco da Ladeira do Leme citado na foto anterior. Por muito tempo foi o único local de acesso ao bairro de Copacabana antes da abertura do Túnel Velho em 1891.
3c. O lado do Arco voltado para Copacabana em fotografia de 1908.
Construído entre 1769 e 1779 no alto do Morro de São João como parte
integrante de um antigo aqueduto colonial do Forte do Vigia (atual Forte do Leme). Originalmente os
arcos eram de largura diferente, mas depois foram igualados em 3 metros.
No local existe uma Vila Militar com acesso restrito. A pavimentação
das pistas da ladeira ocorreu em 1925. O Arco é tombado como patrimônio
histórico da cidade.
3d. Cerca de 1925. O nome oficial é Rua Coelho Cintra para quem vem de Botafogo, tornando-se Ladeira do Leme na descida para a Praça Arcoverde.
3e. Sem data. Um transeunte atravessa um dos arcos tendo, ao fundo, o bairro de Copacabana.
3f. Provável anos 60.
3g. Anos 30. Conjunto de residências existente na subida da Rua Coelho Cintra.
3h. Outra foto da série anterior. Vemos agora outras residências de uma vila cuja entrada é vista à direita da foto anterior. Uma delas ainda existe onde funciona uma escola de artes.
4. Anos 40. Em 1935 a praça foi urbanizada recebendo jardins, um lago artificial com duas passarelas e uma escola. Vemos, à direita, o prolongamento da Rua Rodolfo Dantas até o início da Rua Tonelero.
5. Final dos anos 40, começo dos 50. Detalhe dos jardins e do lago. O prédio ao fundo (Ed. Haiti) localiza-se na Rua Otaviano Hudson, nº 16 e, mais a sua esquerda, está o antigo Hotel Atlântico (atual Colégio Sacré-Coeur de Marie), visto em algumas fotos da postagem deste blog referente ao Pico do Inhangá (ou da Agulhinha). Vale a pena conferir pois há algumas fotos da praça ainda virgem não postadas aqui.
6. Esta curiosa fotografia dos anos 60 obtida de alguma janela de andar alto de prédio da Rua Barata Ribeiro, mostra a praça ao fundo já cercada por edifícios.
7. Esta imagem de 1971 mostra o cruzamento da Rua Barata Ribeiro com Rua Rodolfo Dantas. O fusca vermelho está seguindo em direção ao começo da Rua Tonelero. No alto, ao fundo, identificamos o Pico do Inhangá. Em 1998 a praça sofreu obras que reduziram sua área para a instalação da primeira estação do Metrô do bairro. Deixou, desde então, de ter característica de praça com crianças brincando e idosos em conversa descontraída, para se transformar em local de pessoas apressadas e camelôs.
7a. 1971. Aqui estamos no final da descida da Ladeira do Leme, em frente a Praça Cardeal Arcoverde. À direita vemos a entrada do antigo Posto Atlantic, hoje com a badeira BR.
7b. 1961. Igreja do Sagrado Coração de Maria, localizada no colégio de mesmo nome, à Rua Tonelero, nº 56, bem próximo à praça.
7c. Alunas do colégio recepcionam a visita da esposa do Presidente de Portugal, Francisco Craveiro Lopes em 1957. O colégio, integrante de uma rede mundial, chegou ao Brasil em 1911.
Praça Serzedelo Correia
8. Esta é a imagem mais antiga conhecida da praça, por volta de 1895. O prédio pontiagudo foi lançado em 1892 como a primeira estação de bondes de Copacabana. Localizava-se na esquina atual da Av. N. Sra. de Copacabana e a Rua Siqueira Campos. Ambas inexistentes nesta imagem. O terreno da futura praça está na lateral esquerda, no mesmo alinhamento da estação.
8a. Cerca de 1904.
9. Aí está a mesma estação vista anteriormente em data posterior. Observar que há um sentido dos trilhos contornando à direita da foto, subindo a Rua Siqueira Campos, em direção ao Túnel Velho.
10. Esta fotografia data ao redor de 1910. A via rudimentar à direita é a atual Av. N. Sra. de Copacabana e o terreno vazio será a futura praça. No fundo à esquerda surge o prédio do antigo Hotel Malvino Reis na esquina da atual Rua Siqueira Campos (antiga Rua Barroso) construído no local da antiga estação que foi deslocada mais para o centro daquela quadra.
11. A praça foi criada em 1893 quando foi aberta a primeira estação de bondes do bairro. Em 1910 recebeu melhoramentos e o Chafariz das Saracuras que antes ficava no interior do Convento da Ajuda, no centro da cidade.
12. Estamos agora em 1915 vendo a praça já com jardins, bancos e árvores. O primeiro nome do logradouro foi Praça Malvino Reis, trocando para o nome atual em 1917.
13. Esta imagem, dos anos 20, destaca o Hotel Malvino Reis citado na foto 10. À sua direita funcionava uma estação de bondes, demolida nos anos 50 para a construção do primeiro prédio voltado para comércio, o atual Centro Comercial de Copacabana.
13a. 1921. O local ficou conhecido popularmente como "ponto dos 100 Réis".
14. Foto contemporânea da anterior. Ao fundo vemos o Morro do Cantagalo.
14a. 1922.
14b. A mesma esquina vista na foto 14, agora em 1939.
14c. Em 1955 os velhos prédios da estação e do hotel foram abaixo. Notar à esquerda o antigo prédio da CTB - Cia. Telefônica Brasileira, ainda hoje no local.
14d. O mesmo trecho na década de 60. Caos total.
15. Bela imagem panorâmica da praça e seu entorno. A via à esquerda, no pé da foto, é a Rua Paula Freitas. A próxima transversal à Av. N. Sra. de Copacabana, onde vemos a torre da primeira versão da Igreja N. Sra. do Bonfim, é a Rua Hilário de Gouveia. Na outra lateral da praça está a Rua Siqueira Campos com o Hotel Malvino Reis mostrado nas fotos anteriores. Identificamos também o começo da Rua Domingos Ferreira, paralela à Av. Atlântica.
16. Foto dos anos 20 da Igreja Matriz de N. Sra. de Copacabana, sucessora da Igreja N. Sra. do Bonfim, em estilo neogótico. Foi construída em 1918 e demolida em 1973 para a construção de um prédio comercial de beleza duvidosa que contorna a esquina com variado comércio no térreo e estacionamento rotativo. A nova e moderna igreja, inaugurada em 1977, está espremida, ao lado do prédio, na Rua Hilário de Gouveia, em frente à praça, .
17. 1958. Nesta época a faixa divisória da avenida já fora removida.
17a. Provável começo dos anos 70.
18. Aqui vemos a Rua Hilário de Gouveia em dia de feira livre em foto provável dos anos 20. O fotógrafo está de costas para a praia apontando sua câmera para a igreja cuja torre vemos à direita. À esquerda vemos as árvores já altas da praça e no alto, acima da torre, identificamos o Pico do Inhangá.
18a. Casarão localizado na Rua Hilário de Gouveia em foto colorizada de 1912. Na foto anteior ele pode ser visto na lateral direita. Demolido para a construção do atual Ed. Windsor (nº 30).
19. Aspecto geral da praça nos anos 40. Observar que havia um lago artificial com ilha em desenho sinuoso. Comparar com as fotos 12 e 15 cuja parte central da praça era diferente. À esquerda está a Rua Hilário de Gouveia em direção à praia.
20. Esta foto provavelmente dos anos 60 revela que a praça sofreu nova modificação urbanística em seu interior. Ao fundo está a Rua Siqueira Campos e em primeiro plano a Rua Hilário de Gouveia. Observar que nesta época havia estacionamento em ambas as ruas na lateral da praça.
21. Data desconhecida. Aspecto do calmo laser dos frequentadores do local. Na década de 50/60 o logradouro recebeu um apelido injusto "Praça dos Paraíbas".
22. Foto de baixa qualidade de 1948. Notar um coreto no centro da praça, algo muito comum neste tipo de logradouro.
23. Outra foto tirada de algum prédio no entorno da praça. Mais uma vez notamos o coreto entre as árvores.
24. Rara fotografia dos anos 40 mostra a Av. N. Sra. de Copacabana a partir da esquina com a Rua Inhangá (canto inferior direito). As ruas transversais a seguir são, pela ordem, Rua República do Peru, Rua Paula Freitas (pouco visível) e Rua Hilário de Gouveia (onde está a torre sineira da Igreja N. Sra. de Copacabana, já na Praça Serzedelo Correia. Ao fundo vemos os Morros do Cantagalo e dos Cabritos.
25. Anos 50. Em 1992 a praça recebeu um horroroso gradeamento que
desfigurou sua utilização como área de laser aberta ao público.
26. 1972. À esquerda vemos a praça ainda sem as grades.
27. 1974. No canto inferior direito está a Rua Hilário de Gouveia com trânsito de veículos inverso ao de hoje.
