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segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Av. FRANCISCO BICALHO

 

1. Iniciamos esta postagem com a foto da Ponte Ferroviária da Central do Brasil no dia de sua inauguração em 1907. Ela passa sobre o início da Rua Francisco Bicalho (antiga Av. do Mangue) no exato local onde o Canal do Mangue faz a curva vindo da Av. Presidente Vargas. Trata-se de uma estrutura metálica em três arcos sustentada por pilastras de concreto. No vão central passa o canal e nos dois laterais as pistas para veículos.

 

2. Esta foto, de 1908, mostra a Av. Francisco Bicalho em final de construção com a Ponte Ferroviária ao fundo.

3. Esta imagem aérea de 1911 mostra o mesmo trecho da foto anterior. O terreno vazio visto na parte central será ocupado pela Estação de Ferro Leopoldina. À esquerda da linha ferroviária fica a região da Praça da Bandeira.
 
  
4. Foto sem data, contemporânea e do mesmo ângulo da anterior. No pé da imagem está a recém entregue Av. Francisco Bicalho indo no sentido da atual Rodoviária Novo Rio para a direita.
 
4a. 1906. No fundo, à esquerda, estão as palmeiras da Av, do Mangue (depois Av. Presidente Vargas).

  

5. 1919. Mesmo ângulo da foto anterior.

5a. Década de 50.

5b. Sem data. Embaixo do arco vemos a antiga versão do Viaduto dos Marinheiros. Vide foto 16.

5c. Foto recente extraída do Street View. Hoje no trecho em questão, além da Ponte Ferroviária e das versões velha e nova do Viaduto dos Marinheiros, ainda há a Ponte do Metroviário em sua linha 2 (no alto da imagem). Como se não bastasse esse emaranhado todo, para piorar o entendimento dos motoristas, existe o Viaduto dos Pracinhas (liga a Av. Francisco Bicalho à Av. Presidente Vargas) e o Elevado Professor Engenheiro Rufino de Almeida Pizarro (liga a Linha Vermelha ao Elevado Engenheiro Freyssinet, este sobre a Av. Paulo de Frontin).

 
5d. Interessante foto sem data. Observar ao fundo a torre sineira da Igreja de São Joaquim na Rua Joaquim Palhares. No canto superior direito vemos parte do Morro do Corcovado.

 

6. Anos 20. Vemos o Canal do Mangue ladeado pelas duas pistas da Av. Francisco Bicalho com a Ponte Ferroviária e o Morro do Corcovado ao fundo.

6a. 1962. Bonde no contra fluxo aqui assim como em vários bairros da cidade.

6b. 1967.

6c. Anos 70.

 
6d. 1952. Por vezes é difícil identificar se a passagem é da Rua Francisco Bicalho ou a outra, próxima à Rua Ceará.

 

7. O mesmo sentido da foto 6 em 1924. Vemos à direita a região do Gasômetro de São Cristóvão, hoje desativado.

 

8. 1911. O mesmo trecho anterior em ângulo oposto.

 

9. Cartão postal sem data. O fotógrafo está de costas para a ponte ferroviária ou sobre ela com sua câmera voltada para a região portuária.

  

10. Aqui vemos a região do gasômetro em foto panorâmica de 1911 com a Av. Francisco Bicalho à esquerda diagonalmente.

10a. O Gasômetro de São Cristóvão foi um complexo utilizado para armazenagem e distribuição de gás manufaturado na cidade do Rio. Inaugurado em 1911 tinha capacidade para fornecer até 180 mil m³ por dia. Foi estatizada em 1969 e em 1997 a Cia. Estadual de Gás (CEG) ganhou a concessão do fornecimento. Com a substituição do gás manufaturado por gás natural, o armazenamento passou a ser feito em reservatórios subterrâneos e o complexo foi desativado em 2005. Desde então, seguem as negociações entre a prefeitura e a iniciativa privada, de olho no terreno de aproximadamente 119 mil m². Há muitas ideias, mas nada de concreto foi firmado.

 

11. Consta ser esta foto de 1899. Vemos que a fábrica de gás ainda não existia assim como a ponte ferroviária que deveria estar ao fundo. O Porto do Rio era o mais movimentado do país, entretanto anteriormente aqui ficava a antiga Praia Formosa.

 

12. Fotografia aérea sem data, contudo podemos inferir 1924 tendo em vista os detalhes observados aqui e na foto 7 do terminal de cargas marítimas. A construção com torre na parte baixa esquerda, na esquina da Av. Francisco Bicalho com Av. Rodrigues Alves, é o quartel do Corpo de Bombeiros. Em seu lugar hoje fica a Rodoviária Novo Rio.

 
13. Cerca de 1900. Aqui vemos a Av. Rodrigues Alves encontrando-se com a Av. Francisco Bicalho estando os armazéns do porto à esquerda e no outro lado, fora da foto, o Corpo de Bombeiros. No pé da imagem vemos as águas do Canal do Mangue.

14. Foto panorâmica aérea dos anos 30. Indicações:
1) Canal do Mangue;
2) Ponte Ferroviária da Central do Brasil;
3) Curva do Canal do Mangue;
4) Av. Presidente Vargas (antiga Av. do Mangue);
5) Av. Paulo de Frontin;
6) Praça da Bandeira;
7) Estação Ferroviária da Leopoldina; e
8) Av. Francisco Bicalho (antiga continuação da Av. do Mangue).
 

15. Agora mostramos o outro lado da Ponte Ferroviária da Central do Brasil, perto da Praça da Bandeira, em foto de data desconhecida. A pista ao fundo é a velha ponte sobre o Canal do Mangue (Viaduto dos Marinheiros).

15a. Data desconhecida. Observar a árvore logo atrás do grupo e comparar com a foto anterior.
 

16. 1946. O viaduto ganhou proteção lateral em arco.

16a. 1951.

 

17. Anos 60.


18. Provável anos 60. Vemos no canto inferior direito a curva do Canal do Mangue e, paralelo à Ponte Ferroviária, o novo Viaduto dos Marinheiros, o primeiro entregue neste trecho do atual conjunto de Viadutos das Forças Armadas ao lado da velha versão. À esquerda da Av. Francisco Bicalho vemos, de perfil, o prédio da Estação Leopoldina.

 

19. 1956.

 

20. Foto de baixa qualidade datada de 1926 onde se vê a construção da Estação de Ferro Barão de Mauá, mais conhecida como Estação da Estrada de Ferro Leopoldina.

 

21. Foto colorizada de 1927.

 

22. Foto contemporânea a anterior.

 

23. Foto colorizada de 1928. Observar o sentido do trânsito.

 

24. Uma excelente panorâmica aérea do entorno da Estação Ferroviária Leopoldina. O prédio foi tombado pelo IPHAN em 1991.

  

25. Anos 50.

 
26. Estação bastante movimentada em foto de 1948. Em 2002 já na gestão da Supervia deixou de receber passageiros e, desde então, ficou abandonada e deteriorada. Atualmente (2024) está sendo restaurada.

26a. Sem data. O belo interior da estação.

 
27. 1958.

 
28. 1962.

 
29. Década de 70. Notar a beleza do relógio e seu adorno no alto da fachada do prédio.

 
30. 1974. Construção da passarela. Quem a atravessa hoje conta que ela treme como vara verde.
 
30a. O interior da estação.

 
31. Anos 80. Locomotiva deixa a Estação da Leopoldina em direção ao Terminal de Cargas da Praia Formosa, atrás da Rodoviária. Havia um sinal ferroviário na Av. Francisco Bicalho para a passagem das composições. Vide foto 22.

 
32. Anos 40. Notar que há um bonde aguardando a passagem da locomotiva.

 
33. Bela colorização em foto datada de 1958.

 
34. Data desconhecida.

 
35. Composição na lateral do prédio da estação em foto sem data.
 
35a. Esta foto de 1915 mostra a Estação da Praia Formosa, pertencente à Estrada de Ferro Leopoldina. Notar ao fundo a ponte ferroviária. Aberta em 1909 como estação provisória para as linhas que seguiam para Petrópolis. Ficava quase em frente a Estação Leopoldina (construída somente em 1926), do outro lado da Av. Francisco Bicalho. As fotos anteriores mostram composições atravessando as pistas da avenida em direção a esta área.

35b. Consta ser foto de 1905, portanto deve ser das obras. Ao fundo está a Pedreira de São Diogo. Após a inauguração da nova estação da E.F. Leopoldina (ou Barão de Mauá), em 1926, a Estação da Praia Formosa passou a ser utilizada somente como terminal de cargas.

35c. Movimento de passageiros da estação ao redor de 1925.
 
35d. Sem data. Notar o letreiro acima do portão na lateral direita. Atualmente há uma estação do VLT chamada Praia Formosa, ao lado de antigos armazéns da velha estação de cargas.
 
35e. Data desconhecida. A estação foi transferida em 1975 para a estatal RFFSA que foi privatizada em 1997. A partir de então as duas estações vizinhas na Av. Francisco Bicalho foram abandonadas e estão deterioradas inclusive com maquinário exposto ao ar livre.

  
36. Foto de 1967 da Rodoviária Novo Rio, localizada na Av. Francisco Bicalho, nº 1, na esquina da Av. Rodrigues Alves.  Inaugurada em 1965 após a superação da Rodoviária Mariano Procópio da Praça Mauá. Continua sendo a mais importante do Rio muito embora esteja sobrecarregada há anos. Vide foto 12.

 
37. Trânsito pesado sem guardas nas imediações da rodoviária em foto de 1970. Notar no canto superior direito as instalações da fábrica de gás da antiga CEG (atual Naturgy), localizada em terreno enorme com entrada pela Rua Pedro II.

 
38. 1971.
 
38a. Foto em sequência da anterior.

 
39. 1971. O fotógrafo provavelmente está numa passarela sobre a Av. Rodrigues Alves. À esquerda, fora da foto, fica a rodoviária e, ao fundo, o gasômetro.

 
40. Av. Rodrigues Alves vista do alto da mesma passarela citada na foto anterior. À direita existia uma movimentada churrascaria atrás da rodoviária. Mais tarde seria incorporada à área da própria rodoviária.

 
41. 1972. Movimento de táxis no setor de embarque da Rodoviária. Pouco mudou comparando ao que existe hoje.
 
41a. Provável anos 70.

41b. Da mesma série das fotos acima.
 
41c. Plataforma de embarque em 1971.

41d. "Profeta Gentileza" (José Datrino, 1917-1996). Andarilho carismático da cidade que escrevia versos de amor e fé nas pilastras do Viaduto do Gasômetro na região da rodoviária, vista ao fundo. Perambulou por mais de 20 anos e deixou uma mensagem que jamais será esquecido: "gentileza gera gentileza".

 
42. 1928. A região do entorno da Av. Francisco Bicalho, assim com a sua vizinha Praça da Bandeira, sofria e ainda sofre com alagamentos em dias de chuvas torrenciais devido ao transbordamento do Canal do Mangue.

 
43. 1956. Mesmo local visto nas fotos 16 e 17.

 
44. 1966. Ano da pior enchente de todos os tempos na cidade do Rio de Janeiro.

 
45. 1966.

 
46. Anos 50.

 
47. 1959.
 
 
48. 1968. Na extrema esquerda está o prédio da Estação Leopoldina. Foto obtida do alto da Ponte Ferroviária.
 
 49. 1968. É curioso observar o guindaste que recolhia o carvão vindo em barcaças pelo Canal do Mangue para o gasômetro.

 
50. 1986. Em frente a Estação Leopoldina.