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quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

TIJUCA - Praça Saenz Peña e arredores

 
1. A Praça Saens Peña começou sua história a partir de uma antiga estamparia instalada na encosta do morro entre as atuais Ruas Bom Pastor e Desembargador Isidro, chamada Fábrica de Chitas. A grande região rural, outrora repleta de chácaras e fazendas, passou a ser conhecida como Largo da Fábrica das Chitas. A foto apresentada, sem data precisa, mostra a extinta fábrica localizada nas imediações de onde hoje fica o Hospital Casa Evangélico, na Rua Bom Pastor, nº 295.

 
2. Outra foto da antiga fábrica já funcionando como hospital. Local hoje do Hospital Casa Evangélico. Rua Bom Pastor, nº 295.
 
 
3. 1905. O casarão visto foi a residência do Desembargador Isidro. A via, antes mesmo dele falecer, em 1890, já levava seu nome. Nº 20 da rua.

 
4. 1910.

 
5. 1910. Rua Desembargador Isidro à esquerda (antiga Travessa do Andaraí, depois Rua da Fábrica de Chitas) e Rua Conde de Bonfim à direita (antigo Caminho do Andaraí Pequeno).

 
6. 1911. Mesmo ângulo da foto acima. Notar o coreto no centro da praça. 

 
7. 1911. Este coreto foi desmontado durante as obras do Metrô nos anos 70 e instalado na Praça Catolé do Rocha em Vigário Geral, onde ainda se encontra.

 
8. 1911. Inauguração do logradouro em homenagem ao ex Presidente da Argentina.

 
9. 1911. O Prefeito do Distrito Federal Bento Ribeiro na cerimônia de inauguração.

 
10. 1915.

 
11. 1915. As torres pontiagudos ao fundo parecem ser da Igreja de Santo Afonso.

 
12. 1915.

 
13. 1915.

 
14. O coreto em foto sem data, provavelmente é sequência das fotos anteriores de 1915.

 
15. Data desconhecida.

 
16. Anos 40. É possível notar o lago artificial com chafariz instalado na praça nessa década. Na ocasião as árvores ainda não eram frondosas.

 
17. Foto da década de 40 provavelmente obtida do alto da Igreja dos Sagrados Corações. A via em profundidade é a Rua Conde de Bonfim no sentido praça. Notar o Cinema Olinda no canto superior direito.

  

18. 1944. O prédio arredondado na lateral direita fica na esquina da Rua General Roca, portanto a Rua Conde de Bonfim passa ao lado. Vide algarismo 2 da foto seguinte.

19. A região do entorno da praça em foto de 1948. Vamos as indicações:

1) Praça Saens Peña (lago);

2) Rua Conde de Bonfim;

3) Rua Desembargador Isidro;

4) Rua General Roca;

5) Rua Major Ávila;

6) Rua Santo Afonso;

7) Igreja de Santo Afonso;

8) Rua Barão de Mesquita;

9) Cinema Olinda (atual Shopping 45);

10) Cinema Carioca (atual Igreja Universal);

11) Cinema América (atua Drogaria Pacheco);

12) Rua Almirante Cochrane;

13) Rua Dr. Pereira dos Santos;

14) Rua Padre Elias Gorayeb;

15) Rua Santa Sofia;

16) Rua Carlos de Vasconcelos;

17) Rua Soares da Costa; e

18) Casa Granado.

 
20. Anos 50. Os homens sentados estão voltados para o lago e de costas para a Rua General Roca. Observar na lateral direita a fachada do Cinema Olinda.

 
21. Destaque para o Cinema Olinda em foto sem registro de data. Ao fundo o maciço da Tijuca.

 
22. 1952. No centro e ao fundo é possível identificar o começo da Rua Major Ávila ladeado pelos cinemas Carioca e América. Na extrema esquerda o prédio do Cinema Metro com as torres da Igreja de Santo Afonso no alto.

 
 
23. Alegria da garotada comemorando no lago do chafariz a conquista da Copa do Mundo de 1958. No centro, ao fundo, é possível ver a fachada do Cinema Metro.
 
23a. Foto de acervo pessoal: à beira do lago artificial em 1959.

23b. 1949. Foto de coleção privada. É curioso notar os desenho característico do calçamento de pedras portuguesas da praça, visto em muitas fotos desta postagem.

 
24. Sem registro de data, mas com o Cinema Metro visto na lateral direita.

 
25. Anos 50. Rua Conde de Bonfim em frente à praça, vista na margem esquerda.
 
 
26. Mesma sequência da foto anterior. Observar à esquerda a torre do Cinema Olinda.

 
26a. Foto provável dos anos 70. Na lateral direita fica a entrada da Rua Major Ávila. A frondosa árvore vista, um jequitibá, foi durante anos um símbolo deste trecho da praça. Ela pode ser observada na foto anterior e em outras fotos desta postagem. Durante as obras do Metrô foi abatida.

 
27. Anos 50. A praça ao fundo vista da esquina da Rua General Roca. Observar que o trânsito de veículos na Rua Conde de Bonfim era neste trecho mão única em direção à Usina e os bondes passavam pela pista próximo à calçada.

 
28. Cerca de 1958. Monumento aos rádio-ginastas, atividade física comum na época. O monumento permanece ainda hoje na praça próximo à saída do Metrô da Rua Carlos de Vasconcelos.
 
28a. Inauguração do monumento em 1957.

28b. Foto familiar de 1958.

 
29. O fotógrafo está de costas para o lago artificial. Assim como em outras praças movimentadas da cidade, a presença dos "lambe-lambe" era comum.

 
30. 1968. Foto em sentido oposto. À direita fica a Rua Conde de Bonfim. Esse balanço infantil tipo "vai e vem" pode ser visto na foto 28.
 
30a. Cena do filme "Macunaíma", de 1968,

  

31. Foto dos anos 50 foca o brinquedo infantil "gangorra". O casarão ao fundo (Cine Tijuca) também pode ser visto nas fotos 22 e 54.

31a. 1968. Foto de acervo familiar.

 
32. 1968. Um "lambe-lambe" na praça. O lago com chafariz está às suas costas, portanto à direita passa a Rua Conde de Bonfim.

 
33. Natal de 1960. Chegada de Papai Noel na Praça Saens Peña. Observar na lateral esquerda o Cinema América e, no outro extremo, uma loja da extinta rede de Supermercado Disco com as torres da Igreja de Santo Afonso no alto. 

 
34. 1969. Confluência da Rua Conde de Bonfim e Rua Almirante Cochrane. Ampliando a imagem é possível identificar o Monumento aos rádio-ginastas no centro da praça. Observar os "taxões" presos no asfalto para separar as pistas, anos depois eles seriam substituídos por "gelos baianos".
 
35. Foto de 1976 nos mostra o final da Rua Almirante Cochrane na Rua Conde de Bonfim, ao lado da Casa Granado, vista na lateral esquerda. O casarão no centro da imagem (nº 290) era, na época, uma agência dos Correios e Telégrafos, tendo ao lado direito o Mercadinho São Lucas, ambos demolidos durante as obras do Metrô (1976-77). Nos fundos deste local hoje existe um horroroso "camelódromo". A parte da frente virou a junção das ruas Heitor Beltrão, Almirante Cochrane e Conde de Bonfim, com uma UPA separando as pistas. O casarão neoclássico foi erguido após a vinda da família real portuguesa para o Brasil em 1808. Após o desmonte do Morro do Castelo e da Igreja de São Sebastião, no centro da cidade, em 1922, o local foi abrigo dos frades capuchinhos e convento provisório. Os religiosos trouxeram para cá os restos mortais do fundador da cidade, Mem de Sá.
 
36. Em 1931 houve o translado dos restos mortais de Mem de Sá para a nova Igreja dos Capuchinhos, na Rua Haddock Lobo.

37. O mesmo casarão em foto de 1922. Rua Conde de Bonfim, nº 290.
 
38. O mesmo trecho visto na foto 35 por outro ângulo em foto de 1970.
 
39. Casa Granado ainda sem o famoso relógio no alto da fachada. Ainda hoje persiste no mesmo endereço: Rua Conde de Bonfim, nº 300. A rede possuía seis lojas na cidade, uma das quais, a sede, na Rua Primeiro de Março, no centro.
 
39a. Ônibus se acidenta e vai parar quase dentro da Casa Granado nos anos 50.

39b. 1918. Inauguração de outra loja na Tijuca, especializada em perfumaria. Este prédio ficava próximo ao mostrado anteriormente.
 
39c. Encontramos esta foto com indicação de ser a filial Tijuca da Casa Granado, entretanto não é o prédio que conhecemos e sim o da foto anterior, cujo endereço correto não identificamos.
 
39d. 1970. Vide foto 35.

39e. Cerca de 1960. Rua Almirante Cochrane esquina com Rua conde de Bomfim. O prédio à esquerda é o da Casa Granado (foto anterior). Para melhor posicionamento, vide foto 35.
  
40. 1968. A Praça Sanes Peña era um lugar agradável e sossegado pra idosos e crianças. Na lateral esquerda vemos o letreiro do Cinema América.
 
41. Em frente ao Cinema Olinda.

42. Anos 60. Foto aérea de parte da praça em frente ao Cinema Olinda.
 
43. Foto obtida da calçada próxima ao Cinema Olinda com a câmera voltada para a Rua Desembargador Izidro esquina com Rua General Roca. O prédio arredondado com janelas em arco visto ao fundo ainda existe. Vide foto seguinte.

43a. Foto do mesmo local anterior, agora em 1966. O prédio citado pode ser visto também na foto 19, entre as ruas 3 e 4.
 
44. Foto recente extraída do Street View.
 
44a. Provável anos 70. Aqui vemos a mesma calçada da foto 43, agora em ângulo oposto, em período posterior. Para posicionar o visitante é preciso observar o prédio mais baixo ao fundo, acima do ônibus da lateral esquerda: é a Casa Granado. O cidadão de braços cruzados, aqui na direita, está em frente a extinta Lanchonete Rick. Depois vem a loja de roupas masculinas Ducal e, mais a frente, na altura dos carros, fica (ou ficava, pois foi demolido por volta de 1973) o Cinema Olinda não visível, próximo à esquina da Rua Soares da Costa. Observar, por fim, diversas pessoas aguardando sua condução no ponto de ônibus olhando em direção à Rua Desembargador Isidro.
 
45. Rua Conde de Bonfim entre o Cinema Metro e a praça em foto de 1967. Trânsito ainda em mão única no sentido Usina. O desenho do calçamento de pedras portuguesas da praça é o mesmo visto na foto anterior.

46. Fotografia colorida do mesmo trecho anterior com maior abrangência em data posterior. Observar à direita o Cinema Olinda, a altura elevada das árvores e o mesmo desenho no calçamento ao redor da praça. Ao fundo identifica-se a Pedra da Babilônia, localizada nas imediações do Colégio Militar.
 
47. Foto contemporânea a anterior.

47a. Foto aérea de 1971 com indicações:
1) Rua General Roca;
2) Rua Conde de Bonfim;
3) Rua Carlos de Vasconcelos;
4) Rua Soares da Costa;
5) Cinema Olinda; e
6) Lago da Praça Saenz Peña.
 
48. Uma rara imagem dos anos 70 quando na praça se realizavam obras para a construção da estação do Metrô. No pé da imagem está a Rua General Roca e à esquerda a Rua Conde de Bonfim já em mão dupla de veículos. No canto superior direito vemos o prédio moderno do Shopping 45 já quase concluído. Observar na "ponta" do lago do chafariz o Monumento aos rádio-ginastas.
 
48a. Um guindaste gigante trabalha durante as obras do Metrô na praça no final dos anos 70. A primeira esquina vista é a Rua Carlos de Vasconcelos e a próxima, no sentido direito, é a Rua Soares da Costa. Observar que o prédio do Shopping 45 já está de pé.
 
49. Vemos nesta foto, do final dos anos 70, o caos em que se transformou o logradouro e adjacências: muita poeira, barulheira, trânsito impedido ou alterado, perda do excelente espaço de lazer, dificuldade de locomoção, prejuízo para os comerciantes, etc. Notar, à esquerda, que o prédio do Cinema Metro já foi derrubado para a construção de outro maior em cujo térreo será aberta uma loja de vestuário da rede C&A.
 
50. Aspecto da festa de inauguração da Estação do Metrô Praça Saens Peña em 1982. No fundo, da esquerda para a direita temos: Café Palheta, Cinema Carioca, entrada da Rua Major Ávila e Cinema América.

50a. 1982. Outro aspecto da solenidade de inauguração. O fotógrafo, provavelmnete, está de costas para o Cinema Carioca.
 
51. Esta foto ao redor de 1985 foi obtida de ângulo semelhante à foto 27. O Metrô já está em funcionamento e o chafariz do lago está jorrando água à distância, sua principal característica. No canto superior direito, antigo local do Cinema Olinda, destaca-se o prédio comercial do atual Shopping 45.
 
52. Aqui vemos como ficou a nova Praça Saens Peña após o término das obras do Metrô. A via da praça que existia como continuação da Rua Desembargador Izidro deixou de ser regular de trânsito, transformando-se apenas em uma ruela de serviço, indo da Rua General Roca (vide foto 44) até a Rua Carlos de Vasconcelos, onde termina.
 
53. Ônibus da linha 638 contorna a curva da Rua Conde de Bonfim ao sair da praça. É o mesmo trecho visto na foto 34.
 
54. O comércio ao redor da praça sempre foi um dos mais vigorosos da Zona Norte do Rio. Nesta foto, do final dos anos 60, vemos a Rua Conde de Bonfim no trecho principal da praça, entre Rua Major Ávila (à direita, hoje conhecida popularmente como "Rua das Flores" neste trecho) e a Rua General Roca. Além de quatro cinemas havia diversas lojas e o badalado Café Palheta (de 1953), ao lado do Cinema Carioca. Funcionou ainda nesta quadra, a partir de 1909, o Cinema Tijuquinha fechado em 1966. Nesta foto o cinema não mais existe e sim um comércio de frutas com o mesmo nome do velho cinema que ficou ali por curto espaço de tempo, pois o prédio velho foi abaixo para ser erguido o atual Shopping 344.

54a. 1970. Foto de baixa qualidade mostra uma Rural Willys batida num poste sobre a calçada diante da loja Tijuquinha Frutas. Comparar com foto anterior.
 
55. Foto sem data. Assistir um bom filme e depois fazer um delicioso lanche no Café Palheta era um programa quase obrigatório nos finais de semana das décadas de 60/70.
 
56. 1983. Mesmo com o declínio dos cinemas de rua a partir dos anos 80, a lanchonete continuou sua história de sucesso na praça tendo em vista a grande quantidade de pessoas que cruzavam sua porta. Rua Conde de Bonfim, nº 340.

57. Além do famoso cafezinho e lanches saborosos havia um concorrido bilhar na sobre loja, uma barbearia e uma charutaria, os quais ao longo dos anos foram extintos para dar mais espaço à lanchonete com mesas e cadeiras. Em 2003 a famosa lanchonete, que tanta lembrança boa traz nas pessoas, encerrou suas atividades e hoje, no local, existe uma loja da Drogaria Venâncio. Apesar da mudança de ramo, o saboroso Café Palheta continua sendo servido num pequeno balcão dentro da farmácia sem o mesmo glamour do passado.
 
58. Foto provável dos anos 60. Vemos o fluxo de pessoas caminhando pela calçada da Rua General Roca, diante da praça (fora da foto à esquerda da imagem). O fotógrafo está de costas para a Rua Conde de Bonfim com sua câmera em direção à esquina da Rua Dr. Pereira dos Santos. Aqui situava-se a famosa loja de departamentos Casa Sloper, após uma agência do Banco do Brasil. Nesta calçada atualmente há uma entrada para o Metrô ocupando toda a quadra. Observar os desenhos do calçamento e comparar com as fotos 16, 20, 22, 24 e 70.

58a. Provável anos 60. Os tapumes vistos aqui parecem ser da construção do prédio visto após a esquina (Rua Dr. Pereira dos Santos) da foto acima. Mais além, para a direita, é o começo da Rua Desembargador Isidro. Notar a cobertura do ponto de ônibus em local que permanece atualmente sendo ponto final de algumas linhas da praça.
 
58b. Cerca d 1962. Ângulo oposto à foto anterior. Ao fundo passa a Rua Conde de Bonfim. Atrás da mulher em primeiro plano é  o final da Rua Dr. Pereira dos Santos. A praça está à direita, fora da imagem.

58c. 1977. Agora o fotógrafo está de costas para a praça com sua Cãmera voltada para a Rua Dr. Pereira dos Santos, em profundidade. Observar a placa indicativa das rua. As obras do local devem ser da nova urbanização após a conclusão das obras do metrô.
 
59. Interessante foto de 1971. Trinta anos antes, em 1941, houve a instalação do chafariz na praça. Em 1977 ele foi desativado para as obras do Metrô e novamente ativado no final destas, em 1982. Em 2017 foi mais uma vez inativado e mais recentemente, em 2022, foi reinaugurado. Ao fundo vemos o Cinema Metro cujo cartaz anuncia o filme de suspense "Nas Sombras da Noite".

60. 1970. Vemos pedestres na calçada da Rua Conde de Bonfim aguardando o sinal para atravessar a Rua General Roca. Trata-se até hoje de uma travessia concorridíssima devido à quantidade de pessoas que circulam pela praça. O prédio ali atrás tem no térreo uma agência do antigo BEG (Banco do Estado da Guanabara, depois Banerj com a fusão dos estados implantada em 1975, atualmente Itaú desde 1996).
 
60a. 1979. Executivos do Metrô vistoriam as obras da estação da praça. Ao fundo vemos a mesma esquina da foto anterior. Agora Banerj.

60b. 1979. Sequência da foto anterior, momentos antes.
 
61. O Cinema Metro, o melhor da praça, foi inaugurado em 1941 na Rua Conde de Bonfim, nº 366. Observar após a Rua General Roca o casarão alto que ali existia naquela esquina.
 
62. Anos 40. O cinema ficou famoso por seu poderoso ar condicionado que fazia as pessoas, em dias de forte calor, pararem em sua porta apenas para aproveitar alguns minutinhos de ar fresco vindo do interior.
 
63. Década de 50.
 
64. 1958. A mulher de saia escura aguarda seu ônibus no canteiro central olhando na direção de onde ele virá. Na pista interna circulam bondes nos dois sentidos. Na calçada do cinema pessoas olham as fotos do filme em cartaz "Árvore da Vida" enquanto meninas em trajes escolares atravessam a via.

64a. Interessante imagem provavelmente da mesma época anterior. As duas pistas da Rua Conde de Bonfim, em frente à praça, eram no sentido Usina conforme aparece em várias fotos desta postagem. O curioso é que, pela placa de trânsito vista, os ônibus deveriam seguir pela faixa da esquerda, enquanto os demais veículos, inclusive bondes, pela outra. Esta norma era necessária para que a divisória das pistas fosse usada como parada de ônibus, conforme vemos aqui e na foto anterior. Notar ainda, na extrema direita, o antigo cinema "Tijuquinha", citado na fotografia 54.

65. Festival Cinematográfico Mundial da Metro Golden Mayer - MGM, um filme novo por dia. Aglomeração de pessoas toma conta das pistas em foto de 1954. Em cartaz o filme "Julio Cesar". Observar à direita do cinema as Lojas Americanas, até hoje estabelecidas ai.

66. Antes das Lojas Americanas começar a funcionar, ao lado do Cinema Metro, havia a famosa Confeitaria Tijuca, aberta em 1943 no nº 352. Decerto esta multidão de pessoas aguardam para entrar no cinema e não na confeitaria.

67. Bonde desce a Rua Conde de Bonfim em direção ao cruzamento com a Rua General Roca em foto de 1958. No alto o letreiro vertical do Cinema Metro.

68. Provável anos 60. Curioso notar que o filme em cartaz traz como ator Sidney Poitier (1927-2022), recentemente falecido aos 95 anos.
 
68a. 1971. Em cartaz o filme "Nas Sombras da Noite".

68b. 1966. Movimento de pessoas na calçada próximo ao cinema Metro (à esquerda da imagem).
 
68c. 1969. Rapazes observam moças na entrada do cinema Metro.
 
69. 1976. No ano seguinte a sala de exibição de filmes desapareceria para sempre, após 35 anos de atividade. Depois de fechado o local foi ocupado por uma loja da rede C&A.
 
70. Foto colorida de 1976, antes do início das obras do Metrô. Trânsito de veículos na Rua Conde de Bonfim ainda em mão única no sentido Usina, embora não tenha mais bondes na faixa interna.

71. Imagem esclarecedora de 1977 mostrando as obras do Metrô em curso e o prédio do Cinema Metro em começo de demolição. Vide foto 49.
 
71a. Com as obras, o caos se instalou nas mediações da praça. Transportes, comércio e moradores foram afetados. Uma obra necessária, contudo à um custo social bem elevado.
 
72. Esta foto é da inauguração do Cinema Carioca em 1941. Luxuoso prédio em art déco da época. Possuía um saguão belíssimo com escadas em mármore de carrara. Situado na Rua Conde de Bonfim, nº 338, na esquina do começo da Rua Major Ávila, à direita da imagem.
 
73. Anos 60. O cinema ficava colado no Café Palheta, conforme visto nas duas fotos seguinte e 54.
 
74. Anos 70. Notar na lateral direita a entrada da Rua Major Ávila ainda sem a grande quantidade de camelôs de plantas e flores existentes no local hoje.

75. Fotografia ao redor de 1985. A Praça Saens Peña chegou a possuir 16 cinemas de rua e ficou conhecida como a "Cinelândia da Tijuca". Em cartaz na Cinema Carioca o filme de aventura fictícia "A Lenda".

76. Nesta foto de 1989 vemos os dois cinemas vizinhos separados pela Rua Major Ávila, já repleta de comércio ambulante: Cinema Carioca (esquerda) e Cinema América (direita). O sinal de pedestres aqui visto continua atualmente com o mesmo movimento.  O prédio foi tombado em 1988 e o cinema fechou suas portas em 2000, passando algum tempo abandonado. Hoje abriga mais uma Igreja Universal do Reino de Deus.

77. Esta rara fotografia, de 1918, mostra o antigo prédio do Cine Teatro América construído três anos antes. Portanto foi o pioneiro da praça.

77a. Foto do mesmo período anterior.

78. Agora estamos nos anos 40 quando foi inaugurado o novo prédio do cinema. Observar o nome no alto da fachada.
 
  
79. Meados dos anos 50. Rua Conde de Bonfim, nº 334.

 
80. Cerca de 1965. A fachada sofreu modificações. 

 
80a. Calçada muito movimentada em 1970, assim como hoje.

 
81. 1983. Mais um filme de sucesso em cartaz.

 
81a. 1985.
 
81b. 1986.

82. Foto de 1987. Dez anos mais tarde o cinema fecharia suas portas, sendo mais uma vítima da decadência do setor. Abriu-se uma loja de tecidos no local que não durou muito e hoje funciona uma filial da Drogaria Pacheco.
 
83. 1988. Em cartaz um filme de suspense muito famoso na época.
 
83a. 1988. Em cartaz um filme com os atores norte-americanos Tom Cruise e Dustin Hofman.
 
84. Foto dos anos 50 em frente ao lago artificial da praça com o Cinema Olinda ao fundo. Ele já foi visto em muitas fotos desta postagem. Vamos falar um pouco dele: inaugurado em 1940, chegou a ser considerado uma das maiores salas de cinema da cidade com capacidade para 3.500 lugares. Em 1972 fechou suas portas e o prédio foi demolido para a construção de um edifício comercial com shopping nos três primeiros andares.
 
85. Provável anos 40 em dia de evento indeterminado diante do cinema. Praça Saens Peña, nº 51.
 
85a. Anos 50. Foto de acervo familiar.
 
86. Década de 50.

87. Anos 70. Em cartaz o filme "O Pássaro das Plumas de Cristal".

88. Foto de 1972, pouco antes de sucumbir.
 
89. Foto contemporânea a anterior. O casarão visto na lateral esquerda também foi derrubado para a construção do centro comercial.
 
89a. 1971.
 
90. Foto ao redor de 1988 mostra a entrada do Bruni Tijuca. Situado dentro de uma galeria comercial (nº 370), de frente para a praça, bem próximo do Cinema Metro. Começou a funcionar em 1968, mas ao contrário de seus vizinhos, possuia uma sala de projeção bem pequena. Na foto 71 temos uma visão mais ampla do local desta galeria.

91. Imagem de 1994. O Bruni situava-se na loja 8, bem no fundo da galeria, na Rua Conde de Bonfim, nº 370. O local ainda existe, contudo o cinema deixou de funcionar por volta de 1997. Hoje, no local, funciona um laboratório de análises clínicas.

92. O Cinema Rio, inaugurado em 1965, era vizinho da Casa Granado, conforme podemos observar nesta foto dos anos 70.

93. Foto dos anos 70. Rua Conde de Bonfim, nº 302A. O cinema fechou as portas em 1978 e há anos uma agência da Caixa Econômica Federal se estabeleceu ali.

94. Anos 90. Outro cinema famoso da região, se bem que fora da quadra da praça foi o Art Palácio Tijuca, localizado na Rua Conde de Bonfim, nº 406.

95. Foto de 1963 com o filme "Garrincha, a alegria do povo". O cinema foi inaugurado em 1960 e fechou as portas em 1999, o último da região a encerrar as atividades.

95a. Desfile de batedores da Polícia do Exército por ocasião do Dia do Soldado de 1965 em frente ao Cinema Art Palácio Tijuca, onde há um palanque com autoridades. Ao fundo vemos a construção de dois famosos prédios nas laterais da Rua General Roca (vide foto 60). Notar ainda o letreiro vertical do Cinema Metro na sequência (vide foto 67 em ângulo semelhante) e os trilhos de bonde ainda fixados na pista.
 
95b. Esta interessante foto é da mesma ocasião anterior. O fotógrafo, próximo ao palanque citado naquela foto, está na pista da Rua Conde de Bonfim em frente ao Cinema Art Palácio Tijuca e aponta sua câmera em direção à Praça Saenz Peña, cujas árvores estão na extrema esquerda. A Guarda-Bandeira do Colégio Militar do RJ, localizado na Tijuca, desfila numa tomada pouco fotografada do comércio existente (e já extinto) na outra calçada. É possível identificar: Sapataria Polar, Banco de Crédito Mercantil, Bamerindus e Casa Garson. No prédio comercial da esquina, à esquerda, há uma agência do Banco do Brasil no térreo, não visível, que está lá ainda hoje. Virando aquela calçada estaremos como visto na foto 58.
 
96. A entrada repleta de camelôs em imagem por volta de 1986.
 
97. 1997. Uma das últimas apresentações da casa. No local atualmente funciona uma filial da Leader Magazine.
 
 
98. Foto de 1955. O Cinema Eskye (aberto em 1956), depois Cinema Tijuca localizava-se na Rua Conde de Bonfim, nº 422, num prédio comercial com galeria no térreo, pouco depois do Art Palácio, na mesma calçada.

99. Cerca de 1973. O cinema foi aberto em 1964 tendo encerrado suas atividades em 1999. Hoje no local existe uma filial da rede Casa & Vídeo. Do outro lado da galeria os visitantes tem acesso à Rua Santo Afonso em frente à Rua Soriano de Souza.

 
100. Vemos, nesta fotografia, da década de 80, que a casa tentou aderir ao modernismo de duas salas exibidoras (Tijuca 1 e 2), mas assim como os demais cinemas de rua, seu destino estava traçado.
 
101. Um pouco mais afastado do burburinho da praça, contudo dentro da grande Saens Peña, existiu o Cinema Tijuca-Palace, localizado no fim da Galeria Caruso na Rua Conde de Bonfim, nº 214, loja 20. Inaugurado em 1967 e fechado em 1993 durante a crise que abalou o setor com a implantação das salas de projeção dentro dos shoppings e o advento de filmes em vídeo cassete alugados, depois DVD, TV à cabo e mais recentemente o streaming. Nesta galeria existiu, por algum tempo, as salas de aula do curso preparatório Miguel Couto, que transformava o local em ponto de encontro de jovens e deixava as lanchonetes cheias.
 
102. Foto de 1984. Quase em frente ao Tijuca Palace ficava o Cinema III que funcionou por curto período (1975 a 1983) dando depois lugar a Danceteria Mamute e, por fim, a Igreja Evangélica Maranata, ainda hoje no local. Rua Conde de Bonfim, nº 229, loja 311.
 
103. Na badalada Danceteria Mamute se apresentaram diversos grupos de rock nacional durante os anos 80. O prédio hoje é o atual Shopping 229.
 
104. Fotografia dos anos 20 foca a Farmácia Santos localizada na Rua Conde de Bonfim, nº 436, esquina com Rua Pinto de Figueiredo. Pertencia ao médico e farmacêutico Dr. José Pereira dos Santos. Após sua morte, em 1954, uma rua do entorno da Praça Saens Peña passou a levar seu nome. Vide fotos 19 (indicação 13) e 58.

105. O prédio centenário continua de pé onde funciona uma filial da Drogaria Pacheco. Imagem recente extraída do Street View.
 
106. Esta foto datada de 1909, ano de sua inauguração, foca a Igreja de Santo Afonso, localizada na Rua Barão de Mesquita, nº 275, contudo sua entrada principal é voltada para a Rua Major Ávila (à esquerda). Havia um córrego a céu aberto ao lado da paróquia que foi anos depois coberto.

107. Ao que aparenta é a celebração da Primeira Comunhão de um grupo de crianças em 1915.
 
108. Foto de baixa nitidez de 1919. O templo religioso foi inaugurado em 1907 pela congregação redentorista.
 
109. Imagem de data desconhecida. A igreja fica a poucos metros da Praça Saens Peña e suas torres altas são vistas em algumas fotos aqui postadas (11, 19 - item 7, 22 e 33).

110. Anos 60.
 
110a. Anos 50.
 
111. Década de 70. Sempre o mesmo ângulo.

112. Esta foto de 1932 mostra a segunda sede do Tijuca Tênis Clube
 
113. Detalhe da porta da varanda vista no alto da foto anterior.
 
114. O clube foi inaugurado em 1915 nas antigas terras do Baronesa de Itacuruçá.  Em 1925 os associados compraram o terreno e construiram o ginásio em 1930. 

115. Anos 40. Rua Conde de Bonfim, nº 451, a duas quadras da Praça Saens Peña.
 
116. Fotografia aérea de 1935. Observar as indicações das ruas do entorno do clube delimitado por linhas pontilhadas em amarelo na parte inferior da imagem. Toda a área atrás do clube até a Rua Desembargador Izidro foi posteriormente adquirida e incorporada ao seu patrimônio. À direita da linha pontilhada vemos a antiga piscina da agremiação, ainda existente.
 
117. Agora estamos em 1950. Observar a expansão da área atrás da antiga piscina do clube. No canto inferior direito vemos a torre da Igreja dos Sagrados Corações. O prédio no lado esquerdo da velha sede foi durante os anos 60 uma garagem e também será incorporada ao clube.

117a. Foto ao redor de 1970. Este casarão fazia parte das dependências do TTC com entrada pela Rua Desembargador Izidro. Conhecido como "Salão Colonial" este espaço destinava-se à festas, teatro, cinema, ginástica e outras atividades. Na foto anterior ele pode ser visto próximo à Rua Silva Guimarães. Foi demolido para a construção do ginásio esportivo.
 
118. 1972. No final dos anos 60 o clube demoliu a velha sede para a construção de uma mais moderna, vista à direita da imagem, assim como uma piscina olímpica. Ao fundo, do outro lado da Rua Conde de Bonfim, está a Igreja dos Sagrados Corações. No canto inferior esquerdo vemos a antiga piscina citada nas duas fotos  anteriores.
 
119. Foto contemporânea a anterior em sentido oposto. Notar a piscina infantil atrás da olímpica. O clube é o maior do bairro da Tijuca e oferece a seus associados uma grande diversidade de esportes aquáticos, tênis, pingue-pongue, lutas, basquete, vôlei, futebol, ginástica, danças e capoeira. Além disso promove cursos de teatro, coral, pintura, meditação e sapateado. Possui quatro piscinas, sete quadras de tênis, dois campos de futebol society, um ginásio poliesportivo e academia de ginástica. Sua programação social é variada e seus salões são disputados para eventos festivos, shows e bailes.

120. Provável final dos anos 60. A piscina infantil ficou pronta antes da olímpica que provavelmente está sendo concluída atrás dos tapumes. Ela pode ser vista nas duas fotos anteriores. Notar ainda a parte alta da Igreja dos Sagrados Corações ao fundo.
 
121. Rua Desembargador Izidro atrás do Tijuca Tênis Clube no sentido Praça Saens Peña. A via na direita, onde há um Posto BR, é a Rua Silva Guimarães.
 
122. Aqui temos outra fotografia do Rua Desembargador Izidro datada de 1933. Ao que tudo indica quem bateu a foto estva de costas para o início da via, na Praça Saens Peña.
 
123. Esta é a Rua Soares da Costa na década de 60. O fotógrafo está de costas para a Praça Saens Peña, vendo-se no alto ao fundo o Morro do Salgueiro. Na época era uma rua sem saída um pouco depois de cruzar o Rio Trapicheiros cuja balaustrada é vista nas laterais das calçadas. Vide foto 19, item 17.

124. Imagem recente extraída do Street View do mesmo local da foto anterior. No ano de 1976 a via foi estendida até encontrar a Rua Dr. Renato Rocco e posteriormente, antes do Rio Trapicheiros, abriu-se no começo dos anos 2000 outra via chamada Av. Gabriela Maia Prado Ribeiro, a qual, neste trecho, é muito procurada para estacionamento, atrás do Shopping 45. Notar que a balaustrada do Rio Trapicheiros à esquerda foi preservada e que o primeiro prédio à direita ainda continua firme no mesmo local.

124. Esta foto de 1992 nos mostra a Sorveteria e Pizzaria Pinocchio, localizada na Rua Santo Afonso, nº 356, próximo à Rua General Roca. Foi aberta em 1982 e se destacou por servir lanches e pizzas saborosas por quase 20 anos. A construção baixa ainda existe e atualmente funciona um loja da rede Droga Raia.
 
125. 1975. Casa Mattos, tradicional loja de material escolar, papelaria e brinquedos. Rua Santo Afonso, nº 101, com entrada também pela rua Conde de Bonfim, nº 318, ao lado da Caixa Econômica Federal

sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

PRAÇA DA REPÚBLICA - Parque (Campo de Santana)

 
1. 1862. O logradouro fazia parte de uma grande região não urbanizada da cidade nos tempos do Brasil Colônia repleta de alagados, brejos e charcos conhecida como Campo da Cidade e mais tarde Campo de São Domingos (devido à igreja de mesmo nome, mais tarde renomeada Igreja de Santana). Com a urbanização do começo do século XVIII, este vasto terreno acabou sendo repartido em três grandes áreas livres: Rossio Grande (futura Praça da Constituição, depois Tiradentes), Largo de São Francisco de Paula e Campo de Santana (futura Praça da Aclamação, depois da República). Vide foto 6.

1a. Data não conhecida.

2. Cerca de 1870. Templo da Vitória em comemoração ao sucesso brasileiro na Guerra do Paraguai, construído na antiga Praça da Aclamação sem qualquer melhoria urbanística. O nome da praça deriva do local onde D. Pedro I foi aclamado Imperador do Brasil em 1822.

3. 1870. Apesar da beleza da construção, ela foi confeccionada apenas em madeira, gesso e lona para durar somente uma semana até o encerramento das festividades.

 
4. 1894. Monumento não reconhecido. 

4a. É importante que o visitante entenda que a área da antiga praça estendia-se da Rua Visconde do Rio Branco (onde fica o quartel do Corpo de Bombeiros) até a Rua São Pedro (extinta via localizada onde hoje fica a pista lateral da Av. Presidente Vargas em frente ao Panteão de Caxias). Nesta foto, ao redor de 1906, vemos no canto superior direito as árvores da praça até onde ela se estendia. No centro ao fundo avista-se a Escola Rivadávia Correia e, no seu lado direito, a extinta sede da Prefeitura separadas pelo final da também extinta Rua São Pedro. Na lateral esquerda da foto está o antigo quartel General do Exército e, fora da foto, no canto inferior esquerdo, a Estação de Trem D. Pedro II cujo movimento de passageiros é visto na parte baixa da imagem.

5. Escultura Luta Desigual em foto ao redor de 1880. O nome Campo de Santana originou-se da igreja de mesmo nome ali construída em 1753 para onde afluíam muitos fiéis que mais tarde seria demolida para a construção da Estação de Trem D. Pedro II em 1858.
 
 5a. 1919.

6. 1880. A partir de então diversos prédios importantes foram se concentrando no entorno da estação: Palácio do Conde dos Arcos (que foi sede do Senado Federal e hoje é a Faculdade de Direito da UFRJ), o prédio do Comando do Exército (que deu lugar ao Palácio Duque de Caxias no final dos anos 30), a sede da Prefeitura (demolida nos anos 40 para a passagem da Av. Presidente Vargas), a Escola Rivadávia Correia, o Quartel do Corpo de Bombeiros, a Casa da Moeda (atual Arquivo Nacional), a Escola de Eletrotécnica, o Conservatório de Música (depois Arquivo Nacional), a casa de Deodoro da Fonseca e a Igreja de São Jorge.

7. Foto de 1885 mostra uma bela ponte. Paisagismo romântico com a Igreja de São Jorge à direita.

8. Cerca de 1890. Notar ao fundo a antiga Casa da Moeda e o Morro do Corcovado no alto.

9. 1880. O Paisagismo dos jardins foi atribuído à Auguste Glaziou iniciado em 1873. Na extrema esquerda está parte do Morro do Senado (local hoje da Praça da Cruz Vermelha) e na direita o antigo Morro do Livramento, hoje Morro da Providência, com a antiga Estação de Trens D. Pedro II aos seus pés.

9a. Cerca de 1885. Morro do Senado no fundo.

10. 1880. Belos jardins arborizados entrecortados por alamedas de areia.

11. 1880. Antiga sede do parque, hoje ocupada pela Fundação de Parques e Jardins.

12. 1880. Cascata artificial em pedras.

12a. 1916. Presépio montado na queda da cascata.
 
12b. Foto colorizada de 1911. Quiosque no interior da praça.

13. 1880. Lagos artificiais com ilhas.

14. 1904. A denominação Praça da República ocorreu devido ao local estar próximo de onde ocorreu a Proclamação da República em 1889, o Quartel General do Exército.

15. Batalha das Flores em 1906. Tradicional desfile de corsos de Carnaval copiado dos moldes europeus realizado nas alamedas da Praça da República.

15a. Esta foto é da primeira Batalha das Flores realizada pela elite da sociedade do Rio de Janeiro em 1903. Segundo historiadores este foi o embrião dos desfiles de carros alegóricos no Carnaval. Os carros, charretes e até bicicletas eram enfeitados de flores e seus ocupantes, fantasiados ou não, lançavam confete, serpentina e principalmente flores nos espectadores ou em outros veículos com os quais cruzavam. Anos depois os corsos foram transferidos para as avenidas Rio Branco e Beira-mar com a mesma alegria e maior participação popular. Esta tradição durou até meados dos anos 20 sendo substituída pela batalha de confetes que também já não existe mais.

16. Um raro quiosque sobrevivente da praça em foto de 1911. Na gestão do Prefeito Pereira Passos a maioria destes pontos de venda insalubres foram extintos das principais vias da cidade.

17. Lazer nos anos 20.

17a. 1920.
 
17b. 1918.

17c. 1918. 
 
17d. 1912.  À esquerda vemos a torre sineira da Igreja de São Jorge.

 
18. 1924. Esta ponte também é vista na foto 8.

18a. Imagem sem data extraída de cartão postal.

19. 1929.

20. 1929.

21. Cerca de 1930. Atualmente o parque é frequentado por usuários de drogas e assaltantes que tem afastado os visitantes ou até mesmo aqueles que o cruzam apenas para encurtar o caminho entre as ruas opostas.
 
21a. 1933.

21b. A Estátua de João Caetano (considerado o "pai do teatro brasileiro") foi fundida em Roma e inaugurada em 1891 na frente da Academia de Belas Artes, próxima à Praça Tiradentes. Mais tarde, por volta de 1908, foi transferida para um canto da Praça de República (foto) e, a partir de 1916, ocupa a entrada do teatro que leva seu nome, na Praça Tiradentes.

22. Monumento a Benjamim Constant instalado em 1945 no centro da praça em foto dos anos 50. Inicialmente o monumento ficava diante do Ministério da Guerra (vide foto 27), mas foi removido para o lugar atual após a abertura da Av. Presidente Vargas e substituído pelo Panteão de Caxias. Além desta obra principal, o parque guarda ainda uma escultura da cabeça do cantor Vicente Celestino de 1970, quatro quiosques antigos, duas pontes de argamassa decorada datadas de 1888 (vide fotos 7, 8 e 18), grutas, pequenos lagos com ilhas (vide fotos 13 e 14), quatro esculturas de 1906 representando as quatro estações do ano, uma escultura representando luta desigual entre homem e felino (vide foto 5) e um conjunto de quatro fontes no centro do parque, entre outras. Vide foto 30 para conhecer a localização.

23. Visão do prédio da Central do Brasil obtida do interior da praça. Observar o belo portão voltado para a Av. Presidente Vargas. São quatro deles, um em cada eixo da praça. No topo de seu ornamento está o brasão da República e a data 1873.

23a. Linda foto recente.

24. Foto colorizada da década de 50. O parque abriga muitos animais que convivem em harmonia há anos: são patos, gansos, pavões, cotias, capivaras, galinhas-d'angola e gatos, muitos gatos.
 
24a. Cerca de 1950.

25. Imagem de ângulo semelhante nos anos 60. Ainda sem grades. O parque é tombado por dois institutos: INEPAC em 1968 e IPHAN em 2012.

25a. Foto colorizada de 1963. Vide foto 22.

25b.Sem data.

26. 1966. Aos domingos, crianças e adultos tinham uma área de lazer muito agradável. São 155 mil m² de área verde.

27. Fotografia obtida do alto do prédio da Central do Brasil em 1941 com indicações:

1) Escola Rivadávia Correia;

2) Prefeitura;

3) Igreja de São Jorge;

4) Ministério da Guerra;

5) Praça da República;

6) Av. Marechal Floriano;

7) Rua São Pedro; e

8) Rua General Câmara.

28. Foto contemporânea a anterior. A praça ainda em seu tamanho original logo perderá parte de sua área para a abertura da Av. Presidente Vargas exatamente neste trecho. A primeira via à direita é a Rua Senador Eusébio que deixará de existir. Em seguida vem a Rua Visconde de Itaúna igualmente desaparecida. Há outras postagens neste blog mostrando mais fotos antigas destas duas vias.

29. Aspecto do cotidiano na praça, ainda sem grades, em foto de 1957. À direita, junto às palmeiras, está a Casa da Moeda (atual Arquivo Nacional). Em 1967 o parque foi definitivamente cercado por gradis.

30. Croqui da Praça da República atual:

1) Sede;

2) Escultura Pescador Napolitano;

3) Busto Sinhô;

4) Vicente Celestino;

5) Ponte de argamassa;

6) Chafariz da Sereia;

7) Escultura Luta desigual;

8) Gruta;

9) Escultura inverno;

10) Escultura primavera;

11) Fonte Stella;

12) Monumento a Benjamim Constant;

13) Escultura outono; e

14) Escultura verão.

31. Encerramos o post com esta rara fotografia ao redor de 1900 tirada do alto do Morro da Providência com a câmera apontada para o Campo de Santana (1). Notamos a antiga Estação de Trens D. Pedro II vista de fundos (2), a velha construção do Quartel General do Exército (3), a Escola Rivadávia Correia (4), o antigo prédio da Prefeitura (5), a Igreja de São Jorge (6), a Igreja do Santíssimo Sacramento (7), o extinto Morro de Santo Antônio (8), o também extinto Morro do Senado (9) e o Morro do Pão de Açúcar (10) ao fundo.