Praça Barão de Drummond
(antiga Praça Sete de Março)
1. Anos 10. O logradouro foi inaugurado em 1898 com o nome de Praça Sete de Março, mas trocou para a denominação atual em 1909, entretanto ainda há moradores que a chamam resumidamente de "Praça Sete".
2. Detalhe do coreto numa das laterais da praça.
3. Em 1922 já havia passado por reurbanização com um chafariz instalado no centro que não mais existe hoje.
3a. 1917. Manifestação popular na praça. Na extrema direita vemos parte do citado chafariz e, ao fundo, o coreto.
4. Uma panorâmica da praça nos anos 20. Ao fundo está o Boulevard 28 de Setembro e no canto superior direito a Pedra da Babilônia.
4a, 1911. Ringue de patinação em Vila Isabel. Não conseguimos confirmar a localização era na praça. Há um coreto no fundo da imagem que pode ser o visto na foto 2.
5. Fotografia datada de 1940 com destaque para o Convento N. Sra. da Conceição d'Ajuda, localizado na Rua Barão de São Francisco, nº 379, em frente à praça. O convento e as construções à sua direita (nºs 399 e 403) ainda permanecem no local.
6. O mesmo ângulo da imagem anterior, agora em 1961. A praça sempre foi ponto final de várias linhas de ônibus.
6a. 1921. Em 1911 o convento foi transferido da Praça Floriano, na atual Cinelândia, para cá.
6b. 1923. Missa campal nas escadarias do convento em comemoração ao jubileu de prata do bairro.
6c. vemos agora uma panorâmica de um trecho do bairro em foto de 1921 onde, possivelmente, a via em profundidade é a Rua Silva Pinto. Observar na extrema esquerda o Convento da Ajuda, na Praça Barão de Drummond. Ao fundo está o Morro dos Macacos.
6d. Anos 20. Ao que parece trata-se de foto panorâmica da mesma série da imagem anterior. A construção maior (Convento da Ajuda), vista aqui no centro, está na lateral esquerda da outra.
7. 1962. Crianças brincam no gramado vendo-se ao fundo a Devoção Particular do Divino Espírito Santo de Vila Isabel (3º prédio a partir da esquerda, nº 17 da praça), ainda hoje existente no local.
8. 1962. Cerimônia realizada na praça em homenagem ao 25º aniversário da morte do poeta Noel Rosa (1910-1937), ilustre morador do bairro. Ao fundo vemos o Boulevard 28 de Setembro e uma antiga construção de esquina ainda existente.
9. Natal de 1963.
9a. 1965. Aposentados jogam cartas em bancos. Ao fundo o Morro dos Macacos.
10. 1983. Os veículos vistos à direita estão na Rua Luís Barbosa, uma das laterais da praça, em direção (à direita) ao começo do Boulevard 28 de Setembro (na época a avenida tinha o trânsito nos dois sentidos). Ao fundo está o Morro dos Macacos.
Boulevard Vinte e Oito de Setembro
11. É a principal avenida do bairro e suas histórias estão entrelaçadas. Foi aberta em 1871-72 no local da antiga Estrada dos Macacos, ligando a Rua São Francisco de Xavier à Praça Sete de Março (atual Praça Barão de Drummond). Até então era a avenida mais larga e moderna da cidade. Nesta foto não foi possível identificar o trecho, datada dos anos 10, mas é, sem dúvida, na direção da praça.
13. Anos 20. Ao que tudo indica este trecho é próximo à Praça Maracanã, localizada no começo da avenida, vendo-se ao fundo a Rua São Francisco Xavier.
13a. 1910. O prefeito do então Distrito Federal Serzedello Corrêa (1858-1932) em cerimônia de inauguração dos novos jardins da Praça Maracanã. Esta praça ainda hoje é pouco conhecida, entretanto é mais lembrada por estar ali situado um reservatório da Cedae (atual Águas do Rio) com uma elevada torre.
14. Década de 20.
14a. Anos 20. Consta ser em frente ao local do futuro Hospital Pedro Ernesto, à esquerda.
15. Mais uma foto da mesma época anterior sem reconhecimento do trecho.
16. Foto contemporânea a anterior. Pela curva que os trilhos fazem parece ser no final da avenida, onde o fotógrafo estaria de costas para a praça. Vide foto 8.
16a. 1923. Trecho não identificado.
17. Esta rara foto de 1926 destaca a garagem de bondes da avenida. Após a desativação dos bondes como meio de transporte público, nos anos 60, a área foi utilizada como garagem de ônibus da Cia. de Transportes Coletivos - CTC. Décadas depois instalou-se ali um posto de vistoria do Detran e atualmente abriga a quadra de ensaios da Escola de Samba Unidos de Vila Isabel. Boulevard 28 de Setembro, nº 382.
17a. Outra foto da garagem de bondes do mesmo ano da anterior, 1926.
17b. Foto aérea sem data conhecida.
18. Imagem do interior da área da garagem de bondes que contava também com oficina mecânica.
18a. Anos 30. Casarão no boulevard, em trecho não definido.
19a. 1935. Casa localizada à Av. 28 de Setembro, nº 15. Hoje no local há um prédio de apartamentos, próximo à pracinha onde fica a estátua de Noel Rosa.
19a. 1937. Cinema Villa Isabel no local onde atualmente há uma loja do Supermercado Extra, próximo à Praça Barão de Drummond. Vide foto 27.
20. 1955.
22. Anos 60. Cada pista num sentido diferente.
24.
1969. Vemos a extinta agência do Banco do Estado do RJ - Banerj, localizada próxima à Igreja Metodista (nº 400 da via). A garagem de ônibus da antiga CTC - Cia. de Transportes Coletivos é vista um pouco antes da igreja, onde há uma entrada de veículos em um muro baixo de concreto com grades. Atualmente neste local está a quadra da Escola de Samba Unidos de Vila Isabel, conforme comentado na foto 17. A igreja foi fundada em 1902, entretanto somente nos anos 20 veio ocupar este terreno da avenida, onde permanece ainda hoje.
26. Ao redor de 1970. Curiosa fotografia obtida de algum prédio com a câmera voltada para as pistas da avenida na altura da Igreja Metodista. Na lateral direita vemos o extinto Supermercado Mar e Terra, depois Casas da Banha, atual Extra. Acima da cúpula da igreja é vista a Pedra da Babilônia.
27. Casas da Banha. Boulevard 28 de Setembro, nº 431, a poucos metros da Praça Barão de Drummond. Vide foto 19a.
29. Outra tomada dos fundos em 1937. As obras levariam quase 20 anos devido à mudanças no projeto que alterou significativamente seu tamanho, tornado-o um dos maiores do país.
30. Fotografia de 1944 mostra a fase final das obras de construção do hospital visto frontalmente. As crianças vistas provavelmente são alunos da Escola Argentina, localizada no lado direito, fora da foto.
31. Sem data. Inaugurado em 1950 e integrado à rede pública de saúde do então Distrito Federal. Em 1962 tornou-se hospital-escola ligado à Universidade do Estado da Guanabara (UEG), localizada a pouca distância dali, dedicando-se as atividades acadêmicas e de pesquisa. Em 1975, com a fusão dos Estados do Rio e Guanabara, transformou-se em hospital universitário agora ligado à UERJ, passando a atender o público em geral.
32. Anos 70. A história do bairro, a partir dos anos 30, está intimamente ligada à música, ao samba, ao carnaval e à boemia. Assim é que muitos bares e restaurantes se espalharam pela região da avenida sendo o mais afamado deles o Petisco da Vila, localizado no nº 238 do Boulevard 28 de Setembro, esquina da Rua Visconde de Abaeté. Ali se concentravam os melhores sambistas cariocas além de outros artistas.
33. Anos 70. A casa passou por grandes reformas ao longo dos anos.
34. Anos 80. Fundado em 1969 como um modesto botequim, foi se transformando aos poucos num local de excelente culinária, chopp gelado e encontro de pessoas amantes do samba e da boemia carioca num trecho do bairro considerado reduto do que havia de melhor. Suas mesas eram disputadas e havia filas de espera nos finais de semana, principalmente em época de Carnaval, quando as pistas da avenida eram interditadas ao trânsito para que as bandas e blocos da região desfilassem. Nos anos em que a Escola de Samba Unidos de Vila Isabel tornava-se campeã do concurso do desfile principal, o Petisco era ponto de comemoração até altas horas. A partir de 2015 o restaurante, símbolo de Vila Isabel, começou a passar por dificuldades financeiras com a queda da clientela decorrente do aumento da violência, greves dos servidores da UERJ e do Hospital Pedro Ernesto, redução da frequência de torcedores no Maracanã, crise econômica, aumento do desemprego, altos tributos, etc. Em 2017 a casa fechou, mas conseguiu abrir as portas por arrendamento, sob outra direção, com novo nome (Boteco Petisco). Pouco tempo depois também foi necessário interromper as atividades, passar por reformas, reabrindo em 2019. No ano seguinte seu antigo proprietário lusitano faleceu deixando o bairro órfão do seu mais ilustre empresário que alterou a forma do carioca olhar para Vila Isabel.
Outros Locais e ruas
35. 1952. Um bonde trafega na Rua Visconde de Santa Isabel em péssimas condições. Não foi possível identificar o trecho.
36. Outro trecho sem identificação da mesma via anterior em foto de 1923. Esta extensa rua faz a ligação da Praça Barão de Drummond até o centro do bairro do Grajaú.
37. Rara imagem do começo dos anos 10, extraída de cartão postal, destaca o antigo Jardim Zoológico existente na Rua Visconde de Santa Isabel, nº 272, esquina com Rua Barão de Bom Retiro. Inaugurado em 1888 por iniciativa do Barão de Drummond (João Batista Viana Drummond), grande idealizador do bairro e que foi homenageado com o nome de sua maior praça. O Barão
de Drummond, administrador do local, com o objetivo de custear alimentos
para os animais e sustentar o Zoológico, teve a ideia de criar um jogo em 1892
para os visitantes baseado em números gravados nos tickets de ingresso que
significavam cada um dos 25 animais ali existentes. Ao final do dia
revelava-se a gravura do animal que havia sido previamente colocada numa
caixa próxima à entrada do parque. O ticket do visitante cuja
numeração era do animal sorteado ganhava um prêmio em dinheiro equivalente a vinte vezes o valor da entrada. Com esta
simples iniciativa o local passou a ter maior frequência e
conseguiu sobreviver à crise da falta de recursos imposta pela queda do
Império, seu principal mantenedor. Assim nascia o "Jogo do Bicho" no Rio de
Janeiro. Após a morte do Barão em 1897, seu sobrinho passou a dirigir o
zoológico, mas sem o mesmo entusiasmo do tio e, em 1945, o Zoo foi
fechado e transferido para a Quinta da Boa Vista, onde permanece.
37a. Desenho sem autoria e data do interior do Zoológico. Ele
uma área de 230 mil m², entre as ruas Visconde de Santa Isabel, Barão
de Bom Retiro e Costa Pereira, no pé da Serra do Engenho Novo, onde
viviam muitos macacos, daí veio o atual nome do Morro dos Macacos.
37b. Foto, sem data, destaca o portão principal do Zoo.
37c. Ao redor de 1915.
37d. 1922.
37d. 1909. Visitantes admiram a jaula do leão.
37e. 1913.
37f. Imagem do Zoo extraída de cartão postal sem data.
37g. Não conseguimos identificar a construção no alto, a mesma da foto anterior.
37h. O Zoo em primeiro plano com o Pico do Papagaio ao fundo.
37i. Provável anos 60. Vemos as pistas duplas da Rua Visconde de Santa Isabel ao lado do muro do antigo Jardim Zoológico. O local hoje abriga o Recanto do Trovador, um parque arborizado
muito agradável utilizado por moradores e crianças da região. Em 1970 foi tombado
pelo patrimônio histórico da cidade. O fotógrafo está de costas para a Rua Barão de Bom Retiro.
38. Década de 30. Residência de Noel Rosa (1910-1937), um dos mais ilustres moradores de Vila Isabel. Rua Teodoro da Silva, nº 130, esquina da Rua Pereira Nunes. A casa desapareceu e no local existe uma oficina mecânica de automóveis. Vide foto 8.
39. Foto provável dos anos 50 mostra a mesma Rua Teodoro da Silva no sentido Grajaú. A escada vista na lateral esquerda leva à Igreja de Santo Antônio Lisboa e Bom Jesus do Monte, localizada no alto de uma elevação.
41a. 1921. Extinto campo do Andarahy. Sem acomodações, o público assistia aos jogos subindo a encosta do morro da igreja.
42. Esta pintura de autoria desconhecida, ao redor de 1911, dá uma boa ideia do campo do Andarahy e da igreja.
43a. Cerca de 1960. Esta é a Rua Pereira Nunes, importante ligação entre o Boulevard 28 de Setembro e a Av. Maracanã, próximo também à Rua Barão de Mesquita, na Tijuca.
43b. 1924. Casarão situado na Rua Barão de Cotegipe, nº 58, em sua primeira quadra.
43c. 1919. Aspecto da mesma rua ainda sem pavimentação em trecho não identificado.
44. 1967. Estamos na Av. Professor Manoel de Abreu, extensão natural da Rua Teodoro da Silva, no sentido do Maracanã, após cruzar a Rua Pereira Nunes. O canal visto à esquerda da pista é o Rio Joana e mais adiante, à direita, fica a Praça Niterói. O prédio acima da caminhonete Rural é o Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes, nos fundos do Hospital Pedro Ernesto.
45. Foto sem data de baixa nitidez da Rua Maxwell mostra a canalização do Rio Joana sendo concluída.
46. Mesma sequência da anterior, agora vendo-se no fundo a chaminé da Fábrica de Tecidos Confiança. Vide fotos 51, 52 e 53.
47. Foto ao redor de 1915 capta a Rua Barão de São Francisco em profundidade no sentido Tijuca/Andaraí. Notar na lateral esquerda a Igreja de Santo Antonio Lisboa, no alto da colina. Aos seus pés está o campo do Andarahy Atlético Clube já citado nas fotos 42 e 42a.
49. Praça Tobias Barreto esquina com Rua Torres Homem em 1964.
51. Sem data conhecida. A fábrica foi fundada em 1885 e fechada em 1964. O belo prédio é tombado pelo patrimônio histórico desde 1992. Nesta foto, apesar da baixa nitidez, é possível observar ao fundo o Pico do Papagaio, localizado na parte alta do Grajaú. Vide foto 46.
51a. Imagem extraída de cartão postal provavelmente circulado em 1908.
52. Imagem recente de ângulo bastante aproximado ao da foto 51. Esta é a lateral voltada para a Rua Maxwell.
53. Rua Maxwell bem antes da duplicação realizada no final dos anos 60 que fez desaparecer o casario à esquerda da imagem.
54. O mesmo trecho acima, agora nos anos 50. Ainda hoje existem muitas casas da vila operária e na área da fábrica funciona o Hipermercado Extra Boulevard, Rua Maxwell, nº 300. A chaminé vista nesta foto ainda hoje permanece no local como símbolo de uma época de grande progresso no bairro.
54a. Cerca de 1960, observar no poste a propaganda eleitoral "Janio UDN". Embora conste ser a Rua Maxwell devido a visão da chaminé da fábrica, há quem afirme não se tratar dela pois alguns detalhes como largura, prédios e a ausência do canal não estão de acordo com o trecho.
55. Fotografia datada de 1958. Esta é a atual Rua Artidoro da Costa e a primeira à direita é a Rua Piza e Almeida que passa na lateral da fábrica, em direção à Rua Maxwell. Vide foto 50.
56. Foto provável de 1983. Estamos vendo agora o final da construção do Condomínio Solaris da Torre, popularmente conhecido por "Tijolinho", cujo endereço oficial é na Rua Maxwell, nº 850. Considerado o maior da Zona Norte à época com 1.232 apartamentos, de um a quatro quartos, distribuídos em 8 blocos de 14 andares. O terreno que ocupa era, no passado, local da extinta Fábrica Têxtil Cruzeiro, de 1895, depois América Fabril. A torre do relógio e a chaminé da fábrica foram preservadas, conforme vistas nesta foto, em local próximo a um parque de lazer para atividades físicas dos moradores do condomínio.
56a. 1982.
57. Fotografia aérea de 1911 destaca a Fábrica Cruzeiro e as casas da vila operária. No canto superior direito nota-se o Pico do Papagaio no alto do Grajaú.
58. Esta foto de 1975 revela as obras de construção do Túnel Noel Rosa. Ele liga os bairros de Vila Isabel e Riachuelo. Após seis anos e muitas intercorrências o túnel foi inaugurado em 1978. São duas galerias de duas pistas sobrepostas com 720 m de extensão e 9 m de largura que atravessam a Serra do Engenho Novo.
59. O começo das obras, em 1972, causou imenso transtorno aos moradores das redondezas da Praça Barão de Drummond e da Comunidade do Morro dos Macacos devido a sequência de explosões diárias para a abertura das galerias.
60. Um comitiva encabeçada pelo governador Chagas Freitas fiscaliza as obras.
61. As duas galerias do Riachuelo já com trânsito funcionando em foto de 1989. O viaduto deste lado chama-se Procurador José Alves de Morais que fez desaparecer quase por completo a Rua São Paulo (foto seguinte).
62. Anos 50. Rua São Paulo. A ladeira ao fundo é no sentido da subida da Serra do Engenho Novo.
63. Foto do Centro Espírita Redentor em 1913. Localizado na Rua Jorge Rudge, nº121, ao lado da sede atual do Racionalismo Cristão, ao qual acabou depois se incorporando.
64. 1929.
65. 1961. Eis a pequena Rua Rocha Fragoso sentido Boulevard 28 de Setembro.
