1. Provável dos anos 30. Aqui vemos o trecho da praia entre a Rua Duvivier e a Rua Ronald de Carvalho (antiga Rua Haritoff). Observar a direita parte do Ed. Ribeiro Moreira (mais conhecido na época como Ed. OK), localizado bem na esquina da Praça do Lido. O outro prédio mais ao centro da imagem é o Ed. Palacete Atlântico. Anos depois foi demolido e no local foi construído outro edifício maior mantendo o mesmo nome.
2. 1924. Ao fundo vemos o Copacabana Palace Hotel e o Palacete Edgard Duvivier localizado na esquina da rua de mesmo nome. Parece ter havia estragos no calçamento da praia provocados por ressaca. À direita do palacete identifica-se o Pico da Agulhinha ou Pico do Inhangá.
3. Outro ângulo do mesmo dia.
4. Aqui o fotógrafo parece estar em frente ao Palacete Duvivier. Observar que entre a Rua Rodolfo Dantas (na lateral do hotel) até a Rua Duvivier não havia qualquer construção além do citado palacete.
5. 1924. Vemos mais uma foto da sequência. O fotógrafo está diante do Hotel Copacabana com sua câmera voltada para o isolado Palacete Duvivier.
5a. 1925. Idem.
6. 1926. O Palacete Duvivier foi erguido em 1917, a primeira casa construída neste trecho da orla. Av. Atlântica, nº 328 (numeração antiga).
6a. O palacete bem aproximado.
7. 1917. Um grupo de crianças na praia do Lido. Observar ao fundo o Palacete Duvivier e a Pedra do Inhangá antes do Copacabana Palace ao seu lado.

8. Foto aérea de 1933. Clique na imagem para ampliar e observar as indicações das ruas do trecho da postagem.
9. Nesta imagem dos anos 30 vemos um grande terreno murado totalmente vazio entre a Rua Rodolfo Dantas e o Palacete Duvivier (fora da foto à direita). Vide fotos 4 e 5.
9a. 1931.
9b. 1933.
9c. Sem data.
9d. 1933. Observar a parte baixa do Palacete Duvivier na extrema direita.
9e. 1933. Em frente ao Ed. Palácio Atlântico.
10. Fim dos anos 20. Esta foto foi obtida de alguma janela do Hotel Copacabana e nos mostra o mesmo terreno livre comentado na foto anterior.
11. 1923. Foto lindamente colorizada também foi tirada a partir do Hotel Copacabana. Vemos em primeiro plano o Palacete Edgard Duvivier, um pouco além a Praça do Lido em sua primeira versão e a residência dos irmãos Bernardelli.
12. 1932. Praia do Lido, vendo-se ao fundo todas as construções da época no trecho da postagem. Identificamos o Hotel Copacabana, o Palacete Duvivier (já sem sua torre pontiaguda) e na lateral direita o Ed. Palácio Atlântico visto na foto 1. O Ed. Ok está sendo construído.
13. 1936. É o sentido oposto da foto anterior. Por algum tempo este trecho da praia ficou conhecido como "posto dois e meio". 13a. Anos 40. No local do casarão ao lado do Palacete Atlântico foi construído o Hotel Ouro Verde, hoje Hotel Atlântico Praia, situado na Av. Atlântica, nº 1456. O casarão citado pode ser visto na foto 12 acima da barraca escura.
14. Cerca de 1925. Imagem da Av. N. Sra. de Copacabana na quadra entre Rua Duvivier e Rua Ronald de Carvalho. O prédio no centro da imagem é o extinto Ed. Império, demolido nos anos 70 para a construção do Ed. Av. Copacabana dotado de salas comerciais e o Shopping Center 195 com galeria nos três primeiros andares. À direita do Ed. Império, na praia, está o Ed. Palácio Atlântico, citado anteriormente em outras fotos.
14a. Sem data. Bela residência localizada na Rua Haritoff, nº 44, atual Rua Ronald de Carvalho, nº 266 (Ed. Tibagy).
15. Esta foto, dos anos 30, mostra o Ed. Itaóca sito à Rua Duvivier, nº 43, esquina da Av. N. Sra. de Copacabana. Aqui cabe um comentário maior: este trecho do bairro é repleto de belos edifícios, todos preservados, a saber:
. Ed. Itaóca de 1928, Rua Duvivier, nº 43;
. Ed. Itahy, de 1932, Av. N. Sra. de Copacbana, nº 252;
. Ed. Guahy, de 1932, Rua Ronald de Carvalho, nº 181;
. Ed. Ophir, de 1934, Rua Ronald de Carvalho, nº 154;
. Ed. Orania, de 1934, Rua Ronald de Carvalho, nº 166;
. Ed. Caxias, do começo dos anos 30, Rua Ministro Viveiros de Castro, nº 116;
. Ed. Tuyuty, de 1931, Rua Ministro Viveiros de Castro, nº 100;
. Ed. Alagoas, de 1933, Rua Ministro Viveiros de Castro, nº 122; e
. Residencial Duvuvier, de 1938, Rua Duvivier, nº 28.
16. Sem data. Observar que o sentido das "ondas" do calçamento é diferente do que é visto hoje. Após uma grande ressaca nos anos 30 que destruiu grande parte da calçada de toda orla, a prefeitura optou, durante a reforma, por alterar o sentido das ondas refletindo a continuidade do que se via no mar. Mais tarde, durante as obras de alargamento definitivo e duplicação das pistas, o paisagista Burle Max manteve o sentido delas que já havia se consagrado mundialmente como símbolo de Copacabana.
16a. Cerca de 1940. A esquina vista adiante é a Rua Duvivier com o antigo palacete ainda de pé. Vide foto 12.
16b. Rara foto do Palacete Duvivier visto de fundos.
16c. 1946. Interessante fotografia apresenta o movimento de pessoas na calçada da orla próximo à Rua Duvivier, cuja esquina é vista na lateral direita. Os tapumes ali vistos cercam o terreno onde havia o Palacete Duvivier. Ao fundo pode-se observar a pedreira do Inhangá ainda avançando até o limite da Av. Atlântica.
16d. 1943. Este é o Wonder Bar, localizado na Av. Atlântica, nº 358. Não conseguimos identificar em qual prédio ele se situava, entretanto pela numeração (antiga) ficava entre o Palacete Duvivier (nº 328) e o Copacabana Palace Hotel.
16e. O estabelecimento, fundado em 1937, gabava-se por ser um dos únicos de Copacabana dotado de sistema de geração própria de energia elétrica, mantendo-se aberto mesmo à noite durante possíveis "apagões" no período da 2ª Guerra Mundial.

17. 1954. Esta curiosa foto mostra o famoso cantor Orlando Silva debruçado sobre a varanda do prédio onde morava voltado para a Rua Rodolfo Dantas, na lateral do Hotel Copacabana Palace. Este prédio foi construído exatamente em parte do terreno vazio citado em fotos anteriores.
18. Anos 60. Este grupo de marinheiros franceses está na altura da Rua Ronald de Carvalho. Um pouco à direita da cabeça do homem voltado para a câmera vemos o famoso Ed. Chopin, ao lado da piscina do Copacabana Palace Hotel (não visível porque fica recuado).
19. 1971. Visão em profundidade da Rua Rodolfo Dantas, vendo-se na esquerda a lateral do Copacabana Palace e na direita o prédio visto na foto 17. Observar que as obras de alargamento da Av. Atlântica ainda não estavam concluídas neste trecho.
19a. 1976. Trânsito na Av. Atlântica. Na extrema direita vemos a esquina da Rua Duvivier. 
20. 1958. Aqui temos uma imagem em sentido oposto. O fotógrafo está na altura da Rua Carvalho de Mendonça (não visível à esquerda). A próxima esquina é a Av. N. Sra. de Copacabana com os fundos do Copacabana Palace à direita.
21. 1928. Este é o final da Rua Ministro Viveiros de Castro ao se encontrar com a Rua Rodolfo Dantas. Observar os trilhos de bonde dobrando em direção à Rua Barata Ribeiro. O fotógrafo está de costas para um trecho da Pedreira do Inhangá.
22. Anos 50. Estamos na Av. N. Sra. de Copacabana. O pedestre atravessa a avenida próximo à esquina da Rua Duvivier. Ao fundo está o cruzamento com a Rua Rodolfo Dantas. A construção mais baixa no alinhamento dos prédios, à esquerda, é os fundos do Copacabana Palace Hotel.
23.
Esta é a pouco conhecida Rua Carvalho de Mendonça. Ela liga a Rua
Duvivier (atrás do fotógrafo) à Rua Rodolfo Dantas (ao fundo). Trata-se de uma pequena rua
atualmente fechada ao trânsito onde somente veículos de carga e descarga trafegam. Nos anos 60 recebeu o singelo apelido de
"Joga a chave meu amor", devido a uma cômica cena. Apenas dois enormes prédios ladeiam o beco que são constituídos de dezenas de apartamentos conjugados e habitados por toda espécie de pessoas. Como tantos outros prédios deste tipo no bairro, acabou sendo transformado em "apartamentos temporários" para encontros furtivos ou na melhor hipótese em "moradia de aluguel dividido" por mulheres da noite.

24. Não muito longe da Carvalho de Mendonça ficava o afamado "Beco das Garrafas", berço da Bossa Nova. Trata-se de uma pequenina viela sem saída com entrada pela Rua Duvivier, entre os prédios de nºs 21 e 37, na quadra da praia. Nas décadas de 50 e 60 o local era ponto de quatro casas noturnas onde se reuniam a nata de cantores e músicos famosos da época. Desses encontros movimentados surgiram grupos musicais fixos que criaram ritmos modernos em tons baixos revolucionando o samba que havia até então na música brasileira. A este novo estilo deu-se o nome Bossa Nova, que ultrapassou nossas fronteiras e ganhou o mundo. Passada a euforia daquela geração, já nos anos 70/80, o beco transformou-se em mais um local de concentração de inferninhos baratos. Hoje, como as sucessivas crises, só restam as lembranças do passado em uma livraria temática na esquina da entrada.
25. Cerca de 1964. O Quarteto em Cy posa diante do Bottle's Bar. Ao fundo aparece outra famosa casa musical do beco: Baccará, vista também em fotos anteriores.
26. 1962. O Bottle's Bar foi fundado em 1957 e por lá passaram grandes expoentes da música brasileira, como Dolores Duran (1930-1959), Elis Regina (1945-1982), Nara Leão (1942-1989), Sylvinha Telles (1934-1966), Claudette
Soares (1937-?), Jorge Ben (1939-?), Marisa Gata Mansa (1938-2003), Doris Monteiro (1934-2023), Wilson Simonal (1938-2000),
Alaíde Costa (1935-?), Leny Andrade (1943-2023), Sérgio Mendes (1941-?), Baden Powell (1937-2000), Johnny Alf (1929-2010),
Chico Batera (1943-?), Wilson das Neves (1936-2017), Durval Ferreira (1935-2007) e Dom Um Romão (1925-2005). A casa está funcionando.
27. 1968. Esquina da Rua Duvivier com Rua Ministro Viveiros de Castro, onde hoje está o Real Palace Hotel, nº 70.
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