1. Registro datado ao redor de 1905 destaca a Igreja Matriz de São Cristóvão. A princípio foi uma pequena capela construída à beira-mar da baía pelos jesuítas, ao redor de 1627. O
Imperador D. Pedro I (1798-1834) promoveu sua restauração por volta de
meados dos anos 20 do século XIX, atendendo os caprichos de sua
preferida, a Marquesa de Santos (1797-1867), também moradora do bairro
entre 1826-29, próximo ao Palácio Imperial da Quinta da Boa Vista. A
primitiva capela estava em estado lastimável de conservação, abandonada
desde 1759 após a expulsão dos jesuítas de Portugal, quando suas
propriedades foram confiscadas por aqui. Em 1865 passou a ser a matriz
do bairro a quem forneceu o nome. Entre 1891-94, portanto já na
República, foi completamente demolida e construído um novo templo
religioso em estilo gótico-romano, visto nesta foto, e existente ainda
hoje.
2. Tela de P. B. Bertichem, datada de 1856 retrata o aspecto da nova igreja construída a pedido de D. Pedro I no mesmo local da antiga e conhecida à época por Igreja de N. Sra. do Socorro.
3. 1915. A igreja ficava diante de um ancoradouro da extinta Praia de São Cristóvão.
4. 1916. A via em profundidade é a Rua da Igrejinha e o sobradão mais alto ao fundo ainda existe, mas encontra-se em ruínas.
5. Imagem extraída de cartão postal com data desconhecida. A Igreja de São Cristóvão marca, ainda hoje, um raro limite de onde atingia as águas da Baía de Guanabara antes dos sucessivos aterros.
6. Cerca de 1901. A igreja tem endereço oficial pelos fundos, na Rua Padre Séve, nº 10. Em frente é a Praça Santa Edwiges.
7. Visão dos fundos, pela Rua Santos Lima.
8. Uma composição de três imagens abrangendo toda a região do entorno da igreja. Para maiores informações desta praia não mais existente, vide o final da postagem "praias extintas", aqui.
8a. Imagem do Campo de São Cristóvão extraída de cartão postal circulado em 1904.
8b. Cerca de 1905. Ângulo semelhante ao foto anterior, pois o Morro do Corcovado está ao fundo de ambas as fotos.
8c. Consta ser esta foto ao redor de 1900 em trecho não identificado.
9. O Campo de São Cristóvão era, antigamente, um
terreno sujo, coberto de capim e com iluminação precária onde o
Exército, por vezes, realizava manobras de treinamento, chamado Campo de Marte. Nesta foto, de 1906, vemos a região em começo de obras de urbanização.
9a. Recrutas do Exército prestam juramento à bandeira. O prédio na extrema direita parece ser o Colégio Pedro II (vide fotos 15, 15a e 15b).
10. Foto de 1910. No final de 1906, na administração do Prefeito Pereira Passos, houve a inauguração do novo espaço público, ajardinado, com alamedas, árvores e bancos, contando ainda com um grande coreto num dos cantos da nova praça denominada Marechal Deodoro.
10a. Foto de cartão postal circulado em 1911. No centro, ao fundo, é possível identificar a igreja por trás.
11. Foto provavelmente obtida na mesma ocasião da anterior. Observar no canto superior direito a torre da Igreja de São Cristóvão e na esquerda o coreto (vide foto 20).
11a. Trecho não identificado.
11b. 1918.
11c. 1918. Escultura não identificada.
11d. 1918. Trecho não determinado.
11e. 1918.
11f. Cerca de 1907. Outro trecho do campo não reconhecido.
11g. 1906. Detalhe da inauguração do coreto. Vide foto 11 e seguinte.
11h. Sem data.
12. Outro aspecto panorâmico da região em 1910. Mais uma vez avistamos a parte alta da Igreja de São Cristóvão ao fundo.
13. Provavelmente trata-se do evento de inauguração da praça em 1906. A construção alta vista à direita é o antigo prédio do Colégio Pedro II e o casario depois é hoje a área do Teatro Mario Lago e da Escola Gonçalves Dias.
14. Imagem recente do mesmo trecho da foto anterior extraída do Street View. Observar a decoração na extremidade da balaustrada em destaque e comparar com as imagens anterior e posterior.
14a. 1906. Internato do Ginásio Nacional, depois Colégio Pedro II.
15. Este é o antigo prédio do Colégio Pedro II localizado no Campo de São Cristóvão, nº 67. Vide foto 13.
15a. Imagem do Colégio Pedro II extraída de cartão postal circulado em 1907.
15b. Cerca de 1920. Imagem do mesmo ângulo das duas anteriores.
15c. Imagem extraída de cartão postal circulado em 1908. No fundo, à direita, o colégio citado antes.
15d. 1909. Eis o prédio do Clube de São Cristóvão Imperial, de 1883, também visto na foto acima. Nº 412 do campo.
15e. Infelizmente a edificação foi demolida para a construção do Teatro Mário Lago, pertencente ao Colégio Pedro II.
16. Escola Gonçalves Dias em fotografia de 1906. Inaugurada em 1872 com o nome de Escola São Cristóvão, ao lado de outra importante instituição de ensino, o Colégio Pedro II. Continua funcionando no local até hoje apesar de algumas reformas que descaracterizaram o projeto inicial.
17. Outro aspecto da escola em foto sem data.
17a. Foto sem data. Observar que a escola, já modernizada, fica em frente a ornamentação da outra extremidade da balaustrada. Pertencia ao grupo de Escolas do Imperador, voltada para o ensino primário de ambos os sexos. Campo de São Cristóvão, nº 115. Tombada pelo município em 1990.
17b. Sem registro de data.
18. Anos 50. Este é o Cinema Fluminense situado no Campo de São Cristóvão, nº 105, colado a Escola Gonçalves Dias. Inaugurado em 1949, funcionou até 1981 quando o prédio foi demolido para a construção do atual estúdio da Rede SBT.
19. Educandário Gonçalves de Araújo em imagem de 1910. A
instituição tem sua origem no Asilo da Infância Desvalida erguido entre
1898-1900 em estilo neogótico com influência portuguesa. Campo de São
Cristóvão, nº 310. Continua de pé ainda hoje. Vide lateral esquerda da
foto 10.
19a. 1918.
19b. Sem registro de data.
19c. Foto extraída de cartão postal sem data.
20. Detalhe do coreto da praça feito com material importado e considerado o maior da cidade à época de sua construção.
21. Foto sem data.
22. Provável anos 50. Atualmente o coreto encontra-se em péssimo estado de conservação, esquecido pela administração pública do município e somente está de pé graças a solidez de sua construção. Tombado em 1985, significa apenas que não pode ser demolido e só!
23. Esta foto de 1964 mostra a praça do Campo de São Cristóvão totalmente abandonada. Este chafariz foi removido para o depósito público em 1992. Ele foi inaugurado em 1906 em frente a Igreja de Santa Rita de Cássia, na atual Av. Marechal Floriano.
24. 1953. Antigo Pavilhão Central do Campo de São Cristóvão construído em 1908. Neste local realizavam-se atividades esportivas e militares assistida por autoridades e espectadores em tribunas e arquibancadas. Permaneceu abandonado por anos até ser completamente demolido no final dos anos 50 para a construção do atual Pavilhão de São Cristóvão. Vide ao fundo da foto 12.
25. Foto de 1917 do velho pavilhão em dia de parada militar comemorativa ao Dia da Independência do Brasil.
25a. 1917. Provavelmente o mesmo dia da foto acima.
26. Foto aérea de 1921 do entorno do Campo de São Cristóvão. Assinalamos:
1) Antiga Praça Marechal Deodoro;
2) Campo de São Cristóvão;
3) Igreja de São Cristóvão; e
4) Praia de São Cristóvão.
26a. 1921. Mais indicações dos pontos de referência ao redor do campo:
1) Campo de São Cristóvão;
2) Educandário Gonçalves de Araújo (vide foto 19);
3) Rua Esberard;
4) Rua General Bruce;
5) Rua Leonor Porto;
6) Rua Bela (atualmente abaixo da Linha Vermelha);
7) Rua Almirante Mariath;
8) Rua 25 de Março;
9) Rua da Igrejinha;
10) Rua Santos Lima;
11) Rua Escobar ;
12) Rua Figueira de Melo (atualmente abaixo da Linha Vermelha);
13) Antiga Praça Marechal Deodoro (Coreto, vide fotos 20-21-22); e
14) Escola Gonçalves Dias (vide foto 17a).
26b. Anos 60. Adegão Português, tradicional restaurante de comida lusitana, ainda existente, situado no Campo de São Cristóvão, nº 212, próximo à Rua Senador Alencar, entre os números 5 e 6 da foto acima.
27. 1966. O novo Pavilhão de São Cristóvão foi construído entre 1957-1960 e inaugurado em 1962 para ser utilizado como centro de convenções e exposições. A arquitetura inovadora da construção surpreendia pela harmonia entre forma e função, destacando-se como um dos maiores vãos livre do mundo.
28. 1971.
29. Fotografia aérea sem data apresenta a arrojada construção e todo seu entorno.
30. Imagem de 1984 mostra a cobertura de placas de plástico em formato hiperbólico-parabólico sustentada por cabos de aço nas extremidades. Destacamos ao fundo o antigo prédio do Jornal do Brasil (atual INTO), a região portuária, a silhueta da Ponte Rio-Niterói no horizonte e, no pé da imagem, uma pequena parte da cobertura do coreto da praça. Em 1977 com a inauguração do Riocentro, em Jacarepaguá, o Pavilhão de São Cristovão caiu no esquecimento e, durante um forte vendaval, em 1986, a cobertura original cedeu. Desde então ficou abandonado e sem manutenção até 2003 quando a prefeitura transformou o local no Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, passando a improvisada feira do lado de fora para o interior reformado, embora sem a intrigante cobertura.
31. Vemos o pavilhão abandonado, a feira nordestina (barracas azuis) ao redor, também conhecida como Feira de São Cristóvão, e os viadutos que cercaram a região. Na lateral esquerda do pavilhão vemos a centenária praça e seu coreto.
32. Aspecto da feira em 1995 e o pavilhão sem uso.
33. Provável anos 90.
34. O novo aspecto do pavilhão com a Feira de São Cristóvão. Comparar com foto 30. Na lateral direita está a Linha Vermelha (pistas nos dois sentidos sobrepostas) que passa sobre a Rua Figueira de Melo (termina no pé da imagem), parte do Campo de São Cristóvão e, por fim, na Rua Bela (na lateral superior direita). As demais vias suspensas são as alças de acesso. No canto superior esquerdo vemos o Posto de Gasolina BR bem próximo à praça.