1. Aquarela de Thomas Ender datada de 1817 revela a antiga construção existente no alto de uma colina em chácara de enorme proporções em São Cristóvão de onde se tinha uma "boa vista" da Baía de Guanabara. Um rico comerciante de escravos, seu proprietário, mandou-a construir em 1803, porém em 1808, com a chegada da família real portuguesa ao Rio de Janeiro, viu-se obrigado à doá-la a D. João VI em troca de outra propriedade, antes que fosse desapropriada. O imperador logo tratou de providenciar reformas e adaptações às necessidades dos integrantes de sua família que ali iriam residir. Foi a primeira de muitas intervenções que o palácio iria sofrer ao longo dos anos.
2. Gravura atribuída ao alemão Karl Robert Barton von Planitz ao redor de 1835/40. Vemos o grande casarão com mais um pavimento e duas alas, produto de mais uma reforma realizada entre 1822 e 1831.
3. Esta foto mostra o casarão ainda sem tratamento paisagístico em 1865. Quatro anos depois, o segundo Imperador, D. Pedro II, trouxe o paisagista Auguste Glaziou para reformar os jardins e implantar o traçado do parque, inaugurado em 1878 e mantido até hoje. Foram incorporados lagos, pontes, cascatas e grutas. O Palácio de São Cristóvão serviu de moradia oficial da família real portuguesa entre 1808 e 1821 (Paço Real). Após a Proclamação da Independência, em 1822, passou a ser a residência da família imperial brasileira (Paço Imperial) até 1889 quando foi proclamada a República.
3a. 1870.
4. Em 1892 o palácio passou a abrigar o Museu Nacional, a mais antiga instituição científica do país, fundada em 1818 por D. João VI no Campo de Santana sob a denominação de Museu Real.
5. O palácio foi tombado pelo patrimônio histórico (IPHAN) em 1938 e incorporado à UFRJ em 1946. Observar nesta foto, ao redor de 1870, a esplanada existente em frente a edificação.
6. O mesmo ângulo da foto anterior, agora em 1887. Ao longo dos anos, devido a seu valioso acervo, o museu tornou-se referência mundial em história natural e antropologia das Américas.
7. Detalhe do Portão da Coroa, o principal de entrada do palácio em foto ao redor de 1870. Ele pode ser visto também, à distância, nas duas fotos anteriores. Observar ainda o lago artificial com uma ilha de pedras, anos depois batizada de Ilha dos Amores.
7a. Esta foto, de 1878, foi obtida provavelmente de uma das janelas do palácio, tal como a anterior. Ao fundo, no começo da alameda principal, observamos o portão monumental. Clique na imagem para ampliar.
7b. Desenho sem data e autoria.
8. Foto de 1906. Quatro anos mais tarde o portão monumental foi transportado para os fundos do palácio, onde depois instalou-se a entrada do zoológico. Vide fotos 89, 90 e 91.
8a. Desenho com data desconhecida.
9. Sem data.
10. 1912.
11. Não há registro de data.
12. 1876. A grande Alameda das Sapucaias, a principal do parque, que liga o portão ao paço.
13. 1878.
13a. Cerca de 1910. Um tropa a cavalo sobe a alameda no sentido palácio, vendo-se ao fundo o portão de entrada da Quinta.
14. Imagem ao redor de 1870.
15. 1872.
16. 1862.
17. 1878.
18. Imagem sem data extraída de cartão postal. O Museu Nacional possui atividade de memória que incluiu vasto acervo bibliotecário, científico e documental. O acervo científico e cultural é um dos maiores da América Latina, pois inclui milhares de exemplares representativos da biodiversidade, fósseis e objetos etnográficos, arqueológicos, antropológicos, botânicos, geológicos, espaciais e paleontológicos. No campo do ensino, através da UFRJ, o museu oferece cursos de pós-graduação em diversas áreas científicas e naturais.
19. 1889. Em setembro de 2018 ocorreu um incêndio de grandes proporções destruindo grande parte do acervo exposto ao público. Uma perda incalculável para o país e o mundo. Não bastasse isso a edificação bicentenária por pouco não colapsou totalmente, já que vinha apresentando sinais evidentes de má conservação devido aos seguidos cortes orçamentários da União.
20. Cerca de 1902.
21. Sem data conhecida.
22. A palmeira à esquerda também é vista em várias fotos.
23. 1904.
24. Data desconhecida.
25. Anos 10. Notar que a ala direita da construção deixou de possuir um sobre teto.
26. 1910. Ano em que ficaram prontas as obras do belo jardim do terraço diante do palácio.
27. Data desconhecida.
28. Evento concorrido nos jardins suspensos do palácio, provavelmente no dia da inauguração em 1910.
29. Anos 30. Quatro esculturas em mármore de carrara representando os quatro continentes enfeitam o jardim. Em 1992, devido ao vandalismo, elas foram retiradas e depois transferidas para o interior do museu.
30. Mesmo período da foto anterior.
31. O Presidente Nilo Peçanha (1867-1924) e comitiva chegam para inaugurar as reformas da Quinta da Boa Vista em 1910.
32. 1911. Enormes vasos decoram as duas escadarias laterais de acesso ao terraço ajardinado.
33. 1915. Mesmo ângulo da foto anterior registra um almoço de caridade.
34. Piso revestido em ladrilho hidráulico e guarda-corpos intercalados por vasos e luminárias.
35. Lado oposto ao anterior.
36. Detalhes dos grades vasos das escadas.
37. 1911. O entrada do palácio está às costas do fotógrafo.
38. Consta ser dos anos 30 esta imagem colorizada.
39. O ajardinamento visto de outro ângulo.
40. Um lindíssimo cartão postal sem data conhecida.
41. É
curioso notar que no circulo gramado dos jardins do terraço havia um busto do
Presidente Nilo Peçanha.
42. A estátua de D. Pedro II instalada na frente dos jardins do palácio.
43. Anos 20.
44. A grande alameda principal em 1935. Comparar com fotos 12 e13.
45. Década de 40.
46. Detalhe da estátua de D. Pedro II nos anos 50. Permanece ainda hoje no local.
47. Anos 70.
48. 1978.
49. Sem data. Portão principal da Quinta da Boa Vista, onde atualmente há uma rotatória do trânsito no começo da Av. D. Pedro II.
49a. Mesmo ângulo da foto anterior.
50. 1915.
51. Sem data.
52. 1910. Visão interna.
53. 1952.
54. Visão interna em foto de 1956.
55. Imagem recente extraída do Street View: O portão solitário no centro da redonda Praça Virgílio de Melo Franco, que de praça nada tem, servindo somente de contorno para a rotatória do trânsito.
56. Fotografia aérea com data desconhecida. Observar no pé da imagem a estátua de D. Pedro II na frente dos belos jardins do palácio.
57. Esta foto provavelmente foi obtida na mesma ocasião da anterior.
58. Apresentamos um mapa da localização dos principais pontos turísticos do interior da Quinta da Boa Vista. Clique na imagem para ampliar.
59. Fotografia de 1911 revela canais e pontes após as reformas do ano anterior.
59a. 1916.
59b. 1916.
59c. 1952.
60. Imagem retirada de cartão postal.
60a. O mesmo local anterior em foto obtida de alguma ponte em 1912.
60b. 1912. Um local muito famoso: a exótica árvore se debruçando sobre o canal.
60c. 1907.
61. A Ilha dos Amores e seu Templo de Apolo em foto de 1911.
62. Detalhe do Templo de Apolo em foto ao redor de 1912.
63. 1915. Vide localização no mapa da foto 58.
64. 1919. A curiosa ponte feita com tronco de árvores e apenas um guarda corpo. Local perfeito para fotos de recordação.
65. Foto com data desconhecida.
66. 1911.
67. Imagem extraída da Revista "Fon-Fon" de 1912.
68. Notar a escultura "Canto das Sereias" nas águas do lago, próxima a Ilha dos Amores.
69. Outra perspectiva do local em foto dos anos 50.
70. 1958.
71. 1960. Notar outra escultura denominada "Serpente" no interior do lago.
72. 1969.
73. Imagem extraída de cartão postal sem data. Mesmo ângulo da foto anterior com maior profundidade. Notar as duas citadas esculturas.
73a. 1910.
74. 1910.
75. Mesmo trecho anterior em 1911.
76. 1911.
76a. Visão do lago com vitórias-régias em 1912.
76b. 1914. Piquenique à beira do lago.
77. 1914. O mesmo trecho da foto anterior.
78. 1912. Paz à margem do lago com cisnes.
79. 1911.
80. Anos 20.
80a. 1910.
81. Anos 20.
82. Década de 30. O lago era pano de fundo para diversas fotografias.
83. Anos 60.
84. Uma das alamedas arborizadas em imagem ao redor de 1910.
85. Fotografia com data próxima a 1920.
86. Data desconhecida.
87. Anos 50.
88. Antiga capela da residência imperial em foto de 1917. Tornou-se o Restaurante da Quinta da Boa Vista em 1954. Vide localização no mapa da foto 58, próximo ao Jardim Zoológico.
89. Vista do portão do Jardim Zoológico em foto sem data conhecida. Anteriormente funcionava em Vila Isabel desde 1888 quando foi transferido para cá em 1945.
90. 1969. Vide mapa da foto 58, atrás do prédio do Museu Nacional.
91. Dia concorrido no Zoo em 1970.
91a. Anos 60. Concentração de vendedores ambulantes na entrada do Zoo.
92. A Estação de Trem da Quinta da Boa Vista, ou Estação Imperial, inaugurada em 1859 exclusivamente para atender à família imperial brasileira. Acredita-se que após a Proclamação da República, em 1889, ela tenha sido fechada, entretanto a construção continua ainda hoje de pé em péssimo estado de conservação, separada da linha férrea por um muro alto. Chegou a ser utilizada com escritório da Central do Brasil a partir de 1907 até os anos 30.
92a. Cerca de 1880.
93. A estação vista por outro ângulo em imagem sem data.
94. 1925.
95. O coreto do Pagode Chinês também foi uma das inovações da grande reforma paisagística de 1910.
96. Sua localização no parque está descrita na foto 58, próximo ao estacionamento da entrada principal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário