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terça-feira, 5 de maio de 2020

AV. PRESIDENTE VARGAS - Igrejas demolidas para sua passagem

1. Fotografia aérea da região onde se situavam as quatro igrejas demolidas durante as obras de construção da Av. Presidente Vargas durante o início dos aos 40. Clique na imagem para ampliar ainda mais e orientar-se pelas indicações das vias assinaladas em branco. As duas linhas paralelas em vermelho delimitam o trecho totalmente colocado abaixo. Observem as quatro igrejas assinaladas em vermelho e sublinhadas em amarelo: Igreja N. Sra. da Conceição, Igreja de São Domingos, Igreja do Bom Jesus Senhor do Calvário e Igreja de São Pedro dos Clérigos. A Igreja da Candelária, em primeiro plano, como sabemos, não foi demolida e está assinalada apenas para orientar a localização do visitante.

2. Esta fotografia nos mostra o trecho da nova avenida quase que totalmente demolido restando apenas duas das citadas igrejas: no alto a Igreja Bom Jesus Senhor do Calvário e no canto inferior direito a Igreja de São Pedro dos Clérigos.
 
2a. Imagem em sentido oposto a anterior obtida provavelmente do alto do prédio da Central do Brasil.

3. As mesmas duas igrejas mencionadas antes em foto de ângulo mais baixo.
 
3a. Esta foto é oposta a anterior. À direita esta a Rua General Câmara e, à esquerda, a Rua São Pedro, ambas extintas após a abertura da nova avenida. No fundo, ao alto, vemos a cúpula e as torres da Igreja de N. Sra. da Candelária. A larga construção em sua frente é a Hasenclever & Cia. que logo irá abaixo.

4. Excelente imagem nos mostra as demolições ao lado da Igreja da Candelária, vista aqui na extrema esquerda. Ao fundo a Igreja de Bom Jesus Senhor do Calvário (esquerda) e Igreja de São Pedro dos Clérigos, na frente.

5. Igreja de N. Sra. da Conceição. Localização: Rua da Conceição esquina com Rua General Câmara (antiga Rua do Sabão). Anos 20.

6. Imagem de 1942 mostra operários em trabalho de demolição no alto da Igreja N. Sra. da Conceição. À esquerda e ao fundo a Igreja de São Francisco de Paula no largo do mesmo nome.

7. Igreja do Bom Senhor Jesus do Calvário. Outra joia rara colocada abaixo. Localização: Rua General Câmara (no canto esquerdo) com Rua Uruguaiana (no canto direito). No prédio colado à direita funcionava o Hospital da Ordem Terceira do Bom Jesus e Via Sacra, também demolido para a passagem da nova avenida.
 
7a. Triste fim...

8. 1898. Igreja de São Pedro dos Clérigos. Localização: Rua Miguel Couto esquina com Rua São Pedro.

9. Imagem ao redor de 1920. Construída entre 1732 e 1740 a Igreja de São Pedro, em estilo barroco, foi uma das últimas construções a ser demolida. Vide fotos 2 e 3.

10. Excelente foto do mesmo templo religioso contemporânea da anterior. Rua São Pedro à esquerda e Rua Miguel Couto à direita.

11. A mesma igreja em fase de demolição. Ao fundo a cúpula da Igreja da Candelária. Trata-se de imagem oposta da foto 4.
 
11a. À esquerda fica a extinta Rua São Pedro.
 
11b. Observar as indicações consideando que o prédio da Cia. Theodor Wille localizava-se na Rua General Câmara (extinta) esquina com Av. Rio Branco. Já a Igreja de São Pedro ficava na rua de mesmo nome, também extinta, esquina com Rua dos Ourives (atual Rua Miguel Couto).
 
12. Observar o eufemismo na placa da Prefeitura à época da demolição: "remoção da Igreja de São Pedro".

13. Rua Miguel Couto.
13a. Mesmo ângulo da foto 12.
 
13b. O local demarcado de onde ficava a igreja. No pé da foto passa a Av. Rio Branco  e onde está um grupo de pessoas, à direita, fica a Rua Miguel Couto. Comparar com foto 1.
 
14. Fotografia de 1928 revelando o péssimo estado de conservação da Igreja de São Domingos de Gusmão. Localização: Rua São Pedro esquina com Av. Passos, no extinto Largo de São Domingos.

 15. Outra foto da Igreja de São Domingos em 1942. Convido o visitante e ver outras imagens desta igreja em postagem própria relativa à Av. Passos aqui.

sábado, 2 de maio de 2020

PRAÇA 11 e seu entorno

1. Visão geral da Praça 11 de Junho, antigo Largo do Rossio Pequeno, em 1915. As via laterais são: à esquerda Rua Visconde de Itaúna e à direita Rua Senador Euzébio, ambas extintas durante as obras de abertura da Av. Presidente Vargas na década de 40. A praça foi reduzida e preservada, contudo perdeu totalmente sua originalidade e sua fama ligada ao nascimento do samba, do começo do século XX. Ao fundo a Escola Benjamim Constant e a Avenida do Mangue.

1a. Imagem de baixa qualidade de solenidade escolar na praça em 1905.

2. Imagem contemporânea da foto 1 em direção à Zona Norte. Observar o chafariz no centro da praça instalado em 1842.

3. Década de 10. Aproximação do belo prédio da Escola Benjamin Constant. As palmeiras ao fundo margeiam o Canal do Mangue na antiga Av. do Mangue.

3a. Sem data conhecida.

4. Anos 20. A Escola São Sebastião foi inaugurada pelo Imperador D. Pedro II em 1872 como a primeira instituição de ensino primário da cidade em prédio próprio. Em 1897, já na República, teve sua denominação alterada para Benjamim Constant. Observar a beleza do ornamento superior, uma obra de arte.
 
4a. Foto de 1918 durante a epidemia da gripe espanhola quando a escola foi transformada em posto de assistência. Aqui podemos ver claramente, ao fundo, as palmeiras na margem do Canal do Mangue.

4b. Seria demolida em 1938 como parte das obras de abertura da Av. Presidente Vargas.

5. Fotografia dos anos 30 mostrando o aspecto geral do logradouro à época. O chafariz foi projeto do famoso arquiteto Grandjean de Montigny, autor de várias obras na cidade.
 
5a. Foto de 1928 com baixa nitidez. As vias em sentido transversal eram Rua de Santana, vista aqui em primeiro plano, e Rua Marquês de Pombal, no alinhamento da Escola Benjamim Constant. Vide mapa da foto 22.
 
5b. 1913. Cortejo fúnebre do ex prefeito Pereira Passos.
 
6. Aproximação do chafariz do centro da praça. Ao fundo a Rua Visconde de Itaúna.
 
6a. Detalhe do chafariz em 1929. O sobrado ao fundo aparece em algumas fotos desta postagem.

6b. Cerca de 1922. Este chafariz foi transportado, no início dos anos 40, para a Praça Afonso Vizeu, no Alto da Boa Vista, durante as obras de abertura da Av. Presidente Vargas.
 
6c. Curiosa fotografia mostra em primeiro plano o chafariz da praça de um raro ângulo. À esquerda já vemos os prédio da Central do Brasil e do Palácio Duque de Caxias, ou seja estamos no final dos anos 30.

7. Imagem de 1939. O prédio da escola foi demolido no ano anterior. Observar ainda o velho casario da Rua Visconde de Itaúna ao lado da praça. O chafariz também foi removido.

8. Imagem oposta dos anos 30 revelando o casario do outro lado, ou seja, na Rua Senador Euzébio.
 
8a. Foto de 1928. O trecho visto é a extensão da foto anterior a direita.
 
9. Anos 30.

10. 1928.
 
10a. Anos 40. Vemos a praça em começo de redução de tamanho para a passagem da Av. Presidente Vargas.

11. A praça ao redor de 1961 parecia abandonada e com entulhos. O velho casario na Rua Visconde de Itaúna permanece. Vide foto 6. Ao fundo o prédio do Ed. Presidente Fontini (mais conhecido como "Balança Mas Não Cai"), na Rua de Santana.
 
11a. Foto dos anos 40. O velho casario da praça permaneceu ainda de pé por alguns anos mesmo depois da abertura da Av. Presidente Vargas. Observar que o bloco central do Edifício "Balança" não havia sido erguido, ao contrário da imagem anterior.

12. 1941.
 
 
13. Final dos anos 30. O fotógrafo está no limite da calçada da Praça XI com sua câmera voltada para a Zona Norte, no exato local onde existia a escola.
 
 
13a. O mesmo local anterior.
 
 
13b. Provável anos 30/40. O poste de iluminação visto onde o Canal do Mangue passa a ficar subterrâneo também é visto na foto 12.

 
14. Imagem do final dos anos 40 em ângulo inverso à foto anterior. Exato local onde o Canal do Mangue deixa de ser a céu aberto. A praça totalmente descaracterizada começa após os veículos vistos estacionados. No fundo vemos o prédio da Central do Brasil e seu relógio característico e na sequência o Palácio Duque de Caxias, antigo Ministério da Guerra, depois do Exército.
 
15. O primeiro dos três blocos do "Ed. Balança" em final de construção. Av. Presidente Vatgas, nº 2.700.

15a. Fotografia aérea de 1942 quando a praça vivia seus íltimos momentos. Observar as indicações para um melhor entendimento. À exceção da Igreja de Santana (alto à direita) quase todas as contruções antigas foram demolidas.
 
15b. Fotografia aérea de 1950, nos mostra o que restou da Praça XI entre as pistas da nova Av. Presidente Vargas. À esquerda o prédio do "Ed. Balança" ainda sem seu terceiro bloco intermediário na Rua de Santana. Todo o velho casario visto a seguir nesta lateral será removido e hoje abriga a Escola Municipal Tia Ciata e o Terreirão do Samba, até a Av. Marquês de Sapucaí.

16. Foto de 1952 mostra na extrema direita um parte do pouco que restou da Praça XI. Observar o casario naquela lateral do logradouro visto também nas fotos 6, 7 e 11. 
 
16a. Trânsito pesado próximo a praça em 1953. Mesmo sentido da foto de antes.

16b. 1953. Acidente com caminhão na entrada da Rua de Santana. Nesta época a rua atravessava a Av. Presidente Vargas. Observar ao fundo todas as antigas construções naquela lateral da Praça XI. Vide as duas fotos anteriores.

16c. 1951. Um grupo de estudantes universitários posa na calçada da Av. Presidente Vargas do outro lado do "Ed. Balança". Observar a antiga construção à direita também vista nas três fotos anteriores.

17. Fotografia de 1978 com a praça abandonada após as últimas obras da passagem do Metrô na região. Observar à direita que o casario daquela lateral já foi demolido e no local há um grande terreno vazio onde logo será instalado um circo por algum tempo e, mais tarde, o Terreirão do Samba. Notar ainda que quase todas as palmeiras que adornavam as margens do canal já morreram devido à poluição e outras árvores acabaram de ser plantadas.

18. Foto colorida contemporânea da anterior em ângulo semelhante. Observar que foi criado um lago artificial e um chafariz na praça. Parece que teve vida curta.

19. Ano: 1971. A praça, apesar de bela e arborizada, não possui nenhum atrativo e tampouco facilidade de acesso, parecendo isolada entre duas pistas de trânsito pesado. Hoje em dia a praça apenas possui um monumento alusivo ao escravo Zumbi dos Palmares.

20. Cine Rio Branco nos anos 70. Ao que tudo indica se localizava na Av. Presidente Vargas, pista lateral em direção à Zona Norte. Observar a placa de sinalização de trânsito que estava ali para ser vista pelos veículos oriundos da Rua de Santana. Todo esse casario viria em breve a ser demolido para dar lugar ao Centro de Manutenção do Metrô bem como da pista de acesso ao trevo em direção ao Viaduto São Sebastião.

21. Imagem de 1967. No canto inferior direito vemos parte da Praça XI e o começo do Canal do Mangue à céu aberto. O prédio grande à direita já foi ocupado pela antiga TELERJ e atualmente abriga uma unidade da Universidade Estácio de Sá. Todo o casario antes deste prédio foi removido para a construção do trevo de acesso/saída ao Viaduto São Sebastião que cruza sobre a Av. Presidente Vargas e se une a Av. Trinta e Um de Março, na lateral do Sambódromo (Rua Marquês de Sapucaí), em direção ao Túnel Santa Bárbara, no Catumbi. Ao fundo vemos os viadutos dos Marinheiros e dos Pracinhas.

22. Apresentamos, ao finalizar esta postagem, este mapa antigo para melhor posicionar o caro visitante:
1) Praça XI;
2) Escola Benjamin Constant (extinta);
3) Rua Visconde de Itaúna (extinta);
4) Rua Senador Euzébio (extinta);
5) Canal do Mangue;
6) Rua General Pedra (extinta);
7) Rua Marquês de Pombal;
8) Rua de Santana;
9) Rua Benedito Hipólito;
10) Rua Marquês de Sacupai;
11) Rua Comandante Maurity;
12) Antiga fábrica de gás;
13) Rua Carmo Neto;
14) Rua João Caetano.