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sábado, 20 de março de 2021

Av. PRESIDENTE VARGAS - Cidade Nova

 Rua Senador Eusébio 

(antiga Rua São Pedro da Cidade Nova)

1. Casa Silva localizada no nº 154 da rua. Observar os detalhes da arquitetura da construção.
 
1a. Anos 20 em trecho indefinido.

1b. Mesmo local da foto acima.
 
1c. Mais uma imagem da mesma série.

1d. 1924. Bonde Barcas à caminho do Largo de São Francisco.

1e. Foto de 1942. Esta foi uma das principais vias extintas durante a abertura da Av. Presidente Vargas no começo dos anos 40. Ela ficava paralela ao Canal do Mangue, começando na altura da Praça da República até próximo à Av. Francisco Bicalho, ou seja é exatamente a pista lateral da Av. Presidente Vargas após a Rua de Santana, Próximo à Praça XI.
 
1d. 1924. Bondes parados em algum local não identificado da Rua Senador Eusébio. Estaria faltando luz?

2. Outra foto da mesma sequência da anterior. Este território da cidade era muito discriminado pelos administradores e classes mais altas devido às diversas origens de seus moradores e comerciantes. Segundo historiadores ali se concentravam judeus, nigerianos, escravos libertos, comunistas, sambistas, prostitutas, malandros e desocupados. Embora fossem diversos grupos distintos, eles procuravam ficar isolados em feudos, mantendo seus costumes, religião e tradições. Uma classe de pessoas considerada de difícil convívio até mesmo entre eles.
 
3. Nesta foto vemos o Cinema 11 de Junho, localizado no nº 132 da via, bem próximo à Praça XI.

4. O mesmo local na década de 70. Após a inauguração da avenida que extinguiu a Rua Senador Euzébio, o cinema trocou de nome três vezes até encerrar suas atividades como Cinema Bruni Rio Branco. Pela placa de sinalização de trânsito vista (Rodoviária e Av. Brasil) pode-se concluir que o local exato do cinema era no alinhamento da Rua de Santana. Todo este casario irá em breve desaparecer para dar lugar ao Centro de Manutenção do Metrô assim como as pistas de acesso ao Viaduto São Sebastião.
 
5. Interessante fotografia do começo dos anos 40. À direita vemos um ônibus "chopp duplo" entrando na Rua Senador Eusébio vindo da Central do Brasil. 
 
6. Fotografia de 1941 no mesmo trecho visto na imagem anterior. Esta enorme construção localizava-se na quadra entre Rua Visconde de Itaúna e Rua Senador Euzébio, exatamente em frente a Praça da República. Pouco tempo depois seria tudo demolido para a abertura da Av. Presidente Vargas.

6a. 1943. O mesmo trecho visto nas duas fotos anteriores. Notar o prédio à esquerda já cercado por tapumes a ser demolido dando passagem a abertura da Av. Presidente Vargas. À direita o velho casario com propagandas no alto em frente à Estação da Central do Brasil, fora da foto.
 
6b. Foto de 1943 da mesma série anterior em sentido oposto. Ao fundo identifica-se as árvores da Praça da República no trecho que será extinto. O prédio comprido na frente é o mesmo citado antes.

7. Trecho da via na altura da Praça XI com a numeração de seus imóveis.

7a. Foto do início dos anos 30 mostra o Cinema Centenário, sito no nº 188 da rua. Inaugurado em 1920, funcionou até 1954. Com as obras do Metrô, nos anos 70, o prédio foi desapropriado e demolido.
 
7b. Conforme descrito na foto, trata-se da esquina da Rua de Santana, próxima da foto 7.
 
8. Apresentamos um mapa antigo do entorno da Rua Senador Euzébio para facilitar o entendimento do caro visitante. Destacamos a via em amarelo e a linha de trem em preto. Clique na imagem para ampliar ainda mais e observar a quantidade de pequenas ruas existentes na margem direita da via em direção à Av. Francisco Bicalho.
 
8a. Anos 30. Esta foto foi obtida com a Estação de Trem da Central atrás do fotógrafo. As duas vias laterais à linha férrea estão identificadas no mapa da imagem anterior (a extinta Rua João Caetano, à esquerda, e a Rua Nabuco de Freitas, à direita). O que vemos ali chamado de Morro do Pinto é a atual Favela do Morro da Providência, vista aqui no centro alto até a lateral direita. Ao fundo vemos a Pedreira de São Diogo, nas proximidades da Av. Francisco Bicalho.
 
8b. Nesta foto, sem data, é possível ver melhor o que restou da Pedreira de São Diogo. Em primeiro plano estão as águas do Canal do Mangue. No mapa da foto 8, alto direito, está claramente indicada esta pedreira.

8c. Imagem recente do mesmo local.
 
8d. Cerca de 1942. Demolições na Rua Senador Eusébio para a abertura da Av. Presidente Vargas.
 
Rua Visconde de Itaúna
(antiga Rua Conde d´Eu)

8e. Um registro fantástico da Rua Visconde de Itaúna por volta do final do século XIX. Um bonde puxado à burros segue no sentido do Campo de Santana. À direita está o Canal do Mangue com suas palmeiras.

9. Esta rua também desapareceu com a abertura da Av. Presidente Vargas. Esta foto, de 1941, mostra o aspecto da mesma com seu casario antigo. O nº 119 assinalado foi residência da famosa Tia Ciata, personagem folclórica do bairro por incentivar o samba considerado à época prática clandestina. No mapa da foto 8 vemos esta via paralela à Rua Senador Euzébio, margeando o Canal do Mangue.

9a. Trecho provável próximo à Praça XI. Os veículos estão no sentido Zona Norte.

10. Data desconhecida.
 
11. Anos 40. Imóveis numerados. Nada mais existe.
 
11a. 1943. A via em profundidade no sentido da Praça da República. As construções à esquerda estão em fase de demolição para a abertura da Av. Presidente Vargas. O prédio da Central do Brasil (Ed. D. Pedro II) ainda não foi concluído já que o relógio, de quatro faces, ainda não foi instalado no topo  da torre. As árvores da praça, ao fundo, serão sacrificadas.

Rua Rodrigues dos Santos

11b. Cerca de 1970.

Rua General Pedra
 
 
12. Foto de 1903. Esta via não existe mais. Na imagem da foto 8 ela corre paralela à Rua Senador Euzébio, pelo lado direito. Atualmente no local existe parte do trevo de acesso/saída do Elevado São Sebastião, aliás aquele trecho chama-se Praça General Pedra, que de praça nada tem, somente um posto de gasolina.
 
13. Antigo comércio já decadente da via em foto sem data. A grande reforma de revitalização na Cidade Nova e no que restou do entorno da Praça XI durante os anos 70 liquidou todas as construções da região, algumas centenárias. 
 
14. Imagem dos anos 60 quando estava em curso a construção dos acessos ao Elevado São Sebastião e a criação da Praça General Pedra. O casario irá sumir do mapa dando lugar ao Centro de Manutenção do Metrô. Ao fundo vemos a Pedreira de São Diogo, próxima da Av. Francisco Bicalho. Merece destaque também a Capela de N. Sra. de Montserrat no alto do Morro do Pinto. Vide foto 32.

14a. 2004. Aspecto da área vista na foto anterior.

15. Vemos nesta foto a esquina da Rua Luis Pinto. Podemos identificá-la no mapa da foto 8, logo após o prédio antigo da CEG, onde há três vielas paralelas ligando a Rua General Pedra à Rua Senador Euzébio. Também desapareceu.

Rua João Caetano

 
16. 1958. Outra via que desapareceu da cidade por ocasião da construção do Centro de Manutenção do Metrô. Observar no mapa da foto 8, ao lado da linha de trem, correndo paralela à Rua General Pedra, pelo lado direito. Ao fundo da imagem vemos o Morro de São Diogo.
 
Rua Comandante Maurity

16a. Sem data. Esta rua começa na Av. Presidente Vargas (altura do nº 2.535) e termina colada à extinta fábrica da Brahma (hoje Ed. Eco Sapucaí), cuja chaminé é vista ao fundo. Fica paralela a Rua Marquês de Sapucaí.
 
16b. anos 50.

Rua Afonso Cavalcanti

16c. 1922. Esta rua, no mapa da foto 8, é paralela a Rua Visconde de Itaúna, continuação da Rua Benedito Hipólito, após a Rua Carmo Netto. Atualmente é a rua que passa em frente a Prefeitura do Rio de Janeiro (nº 455), ou atrás do prédio dos Correios.

Rua General Caldwell

 

17. Trecho e data indefinidos, contudo é possível visualizar a silhueta do Morro da Providência ao fundo.

18. 1912. À direita o cruzamento em "X" com a Rua Moncorvo Filho.

Rua Marquês de Sapucaí

 

19. Imagem sem data conhecida vendo-se ao fundo a antiga fábrica da Cervejaria Brahma.

20. Anos 20. Os fotógrafos da época pareciam ter atração por registrar quiosques.

20a. 1977. Vemos no pé da imagem a Rua Catumbi. Após o cruzamento começa a Rua Marquês de Sapucaí. Nos anos 60 ela foi parcialmente desfigurada por desapropriações para a construção das vias de acesso ao Túnel Santa Bárbara. Vinte anos depois outra grande obra, de importância vital para a cidade, transformou a rua em "Avenida dos Desfiles", o Sambódromo. Nome oficial: Passarela Professor Darcy Ribeiro. O ângulo é o mesmo da foto 23a.

   

21. Ângulo semelhante à foto 19 datado de 1983 durante as obras de construção do Sambódromo. Ao fundo vemos o Morro da Coroa, acima do Túnel Santa Bárbara.


22. 1983. Levantam-se as estruturas das arquibancadas.
 
22a. À direita a extinta fábrica da Brahma e ao fundo o Morro da Mineira.

  

23. Fase final em 1983. Aceleram-se as obras para o Carnaval de 1984. Em primeiro plano vemos o local da Praça da Apoteose.

23a. Em 1974, devido às obras do Metrô, na Av. Presidente Vargas, o desfile das Escolas de Samba aconteceu na Av. Presidente Antônio Carlos, no Castelo, ficando no local até o Carnaval de 1977. No evento do ano seguinte foi para a Marquês de Sapucaí onde permaneceu até 1983. Esta foto, ao redor de 1980, mostra a estrutura da arquibancada ainda desmontável, antes da construção do Sambódromo. À direita da imagem vemos o Viaduto 31 de Março ao lado do Batalhão de Choque da PM e, à esquerda, ao fundo, a extinta fábrica da Cervejaria Brahma (implodida em 2011). Ao fundo fica o Morro do Pinto.
 
23b. Montagem do arco na praça de encerramento dos desfiles.

23c. O sambódromo completou 40 anos.
 
23d. 1984. O arquiteto e sua obra concluída.
 
23e. 1978. Construção do Viaduto 31 de Março que liga o Túnel Santa Bárbara ao Santo Cristo. Ele corre paralelamente à Rua Marquês de Sapucaí, antes de atravessar a Av. Presidente Vargas. Vide foto 23a.

 Hospital Escola São Francisco de Assis

24. Inaugurado por D. Pedro II em 1879 como asilo aos pobres da corte. No ano de 1922 foi transformado em hospital escola após reformas em suas instalação, recebendo o nome atual. Em 1978 foi desativado e seu corpo de funcionários transferidos para o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, recém inaugurado na Ilha do Fundão (UFRJ). Uma década depois voltou a funcionar como centro acolhedor de desabrigados e logo após com atendimento ambulatorial em diversos campos da reabilitação. Em 1997 passou a ser referência no tratamento de portadores do vírus HIV. Nos primeiros anos do novo século a instituição lutou para conseguir recursos a fim de executar uma restauração total do conjunto arquitetônico que é tombado como patrimônio histórico. Atualmente grande parte de seus blocos estão desativados por estar em péssimo estado de conservação, correndo o risco de desabamento. 

24a. 1904. Vemos obras de substituição das pontes antigas (provavelmente da Rua Carmo Neto) próximas ao hospital, visto à esquerda. O Morro do Corcovado está no alto, ao fundo.

24b. 1938. Imagem de baixa qualidade.

 

25. Foto sem data. Localização: Av. Presidente Vargas, nº 2.863, próximo à Rua Carmo Neto.

25a. Anos 50. Garagem localizada na Av. Presidente Vargas, nº 2.683, pista lateral no sentido Candelária. É o local hoje onde está o prédio da CEDAE, pouco após o citado hospital escola.

 Cia. Estadual de Gás

26. Imagem das instalações da Cia. de Gás situada na atual Av. Presidente Vargas, nº 2.610 com o Morro do Pinto ao fundo. O prédio foi erguido em 1854 quando iniciou-se a história da iluminação à gás na cidade. Hoje, quase 170 anos depois, o prédio neoclássico está em estado de abandono, subutilizado e em área degradada.
 
26a. Cerca de 1870. O local era conhecido como Caminho da Aterrado, depois torneou-se Rua Senador Euzébio. Esta última foi extinta nos anos 40 para a passagem da Av. Presidente Vargas até o Viaduto dos Marinheiros, próximo à Praça da Bandeira.
 
26b. O gasômetro em litografia sem data.

27. 1907. Aqui vemos a CEG em imagem de perfil de baixa qualidade. A característica principal da construção é o relógio de quatro faces instalado numa pequena torre no bloco principal. A via observada à direita é a pequena Rua Comandante Maurity, paralela a Av. Marquês de Sapucaí, na pista lateral da Av. Presidente Vargas (sentido Av. Francisco Bicalho). Grande parte do paredão até a esquina foi derrubada nos anos 60 para construiu-se um prédio comercial que já foi da extinta TELERJ (antiga CTB) e atualmente pertence à Universidade Estácio de Sá. No outro extremo da área da fábrica de gás fica a Rua Carmo Neto. Observar no mapa da foto 8 o desenho da CEG ao lado da palavra "Visconde".

28. Fotografia de 1909. Esta é a ponte da Rua Carmo Neto que atravessava o Canal do Mangue. Atrás das palmeiras, à direita, vemos a fábrica de gás. 

 
28a. Provável anos 50.

 

29. Foto recente. Em 1995 o prédio passou a abrigar o Museu do Gás e em 2012 a empresa o vendeu após um período de longo abandono.

30. Esta foto do final dos anos 60 esclarece algumas dúvidas que possam surgir a respeito desta parte da região da Cidade Nova. Esta é a Av. Presidente Vargas no sentido Praça da Bandeira. O Viaduto São Sebastião está sendo construido. O prédio grande que vemos à direita é onde hoje funciona uma unidade da Universidade Estácio de Sá. Logo após está a antiga fábrica de gás da ex-CEG (vide fotos anteriores). Todas as construções antigas vistas na lateral da avenida irão desaparecer para a criação do trevo de acesso ao viaduto. Será criada a Praça General Pedra, que de praça só tem o nome, além de um posto de gasolina. O casario do canto inferior esquerdo também vai sumir até a Rua de Santana (fora da foto). Pode-se notar, após o viaduto, uma ponte sobre o Canal do Mangue cruzando a avenida com trânsito de veículos: é a Rua Marquês de Sapucaí, a qual após as obras, mudará de nome no lado da nova praça (Rua Pereira Franco).

30a. Quase o mesmo ângulo da foto anterior em 1967. Observar que o Viaduto São Sebastião ainda não foi construído sobre a Av. Presidente Vargas. A Praça XI é vista no canto inferior direito. A Pedra de São Diogo também pode ser notada no canto superior direito, atrás do prédio comentado também na foto acima.

31. Aspecto da Av. Presidente Vargas em 1969. À exceção do Hospital São Francisco de Assis, visto no canto inferior esquerdo, e do prédio da antiga Cia. de Gás (depois CEG, fora da foto) todo o resto do antigo casario às margens da avenida desapareceu.

 Outros locais

 

32. Esta outra foto com data posterior a de antes, obtida certamente do alto do viaduto inacabado, revela toda a área livre das antigas construções para a criação da Praça General Pedra e o trevo das pistas de entrada/saída do viaduto. No canto superior esquerdo está o prédio citado anteriormente. Vide fotos 14 e 14a.
 
33. Foto panorâmica dos anos 80 do trecho do bairro que foi revitalizado. No pé da imagem vemos o conjunto de viadutos do Trevo das Forças Armadas e suas diversas opções de trânsito em direção à Praça da Bandeira, Av. Presidente Vargas e Av. Francisco Bicalho. Vemos o prédio novo da Prefeitura (Centro Administrativo São Sebastião - CASS) em final de construção, o grande prédio dos Correios e, atrás deste, o Condomínio do Ed. Cidade Nova. Na lateral direita ainda há o velho casario que logo será extinto e, antes do prédio dos Correios não existia ainda o Teleporto que somente foi instalado em 1993.

34. Foto obtida de alguma janela alta do Centro Administrativo São Sebastião (sede da Prefeitura) nos anos 80. Na lateral direita vemos parte do prédio novo dos Correios e Telégrafos ainda sem seu futuro vizinho Teleporto a ser construído no gramado adjacente. Ao fundo vemos as oficinas do Centro de Manutenção do Metrô e o Morro da Providência mais acima. É o mesmo trecho da foto anterior visto de outro ângulo.
 
34a. Provável anos 20. Canal do Mangue esquina com Rua Conselheiro Pereira Franco adiante. Na lateral direita está a entrada das oficinas da Estação de Bondes de São Cristóvão. Esta rua desapareceu durante as obras do metrô.

34b. O mesmo trecho visto na foto anterior por outro ângulo. O fotógrafo está de costas para o Canal do Mangue.
 
34c. 1921. Rua Conselheiro Pereira Franco sentido Canal do Mangue. Esta rua praticamente despareceu com a abertura dos viadutos São Sebastião e São Pedro-São Paulo e suas alças de acesso à Av. Presidente Vargas, na altura do Centro de Manutenção do Metrô.
  
34d. 1964. Trecho não identificado da Rua Senhor de Matosinhos, onde moradores a decoram para uma festa junina. Ela fica próxima ao Sambódromo, paralela a Rua Frei Caneca e Rua Salvador de Sá. É uma região abandonada pelo poder público, cheia de sobrados mal conservados ocupados por famílias de baixa renda e um série de oficinas mecânicas que atendem os carros nas ruas.
 
Zona do Meretrício
 
34e. Imagem extraída de filme de 1953 da Rua Pinto de Azevedo. Nesta rua e em outras próximas existiu durante anos a Zona do Meretrício. As velhas construções do século anterior serviam para que "moças atendessem cavalheiros". Era uma região imunda e fétida, repleta de maus elementos e pessoas estranhas que procuravam se esconder das câmeras como se estivessem fazendo alguma coisa errada. A prefeitura instalou outdoors na entrada das vielas a fim de ocultar dos veículos que trafegavam pela Av. Presidente Vargas as vergonhas da prostituição (vide foto 34j). Notar no alto da imagem a caixa d'água no local onde hoje funciona o Hospital da Polícia Militar. Para que o visitante tenha uma idéia de onde hoje seria este local, já que todo o velho casario  desapareceu, imagine que o fotógrafo aqui está de costas para a Av. Presidente Vargas e à esquerda seja o prédio do Teleporto estando à direita a área externa do Centro Administrativo da Prefeitura, o conhecido "Piranhão", cujo apelido tem origem claramente definida. No mapa antigo da foto 8 esta rua, ainda existente, está indicada a partir da letra Z de Euzébio (destacada em amarelo), perpendicularmente.
 
34f. 1966.

34g. Aspecto do movimento de "clientes" em 1980. Entre 1994-95, ante a extinção das ruas para a revitalização da Cidade Nova, a também conhecida como "Zona do Mangue" foi transferida, em 1996, para as Ruas Sotero dos Reis, Ceará e outras, próximas à Praça da Bandeira, do outro lado da linha férrea. E lá continua como "Vila Mimosa".
 
34h. Aspecto das "vergonhas da prostituição" em 1975.

 34i. 1979. Mulheres expostas como mercadoria.
 
34j. 1979.

34k. 1950. Rua Visconde de Duprat.
 
34l. Vejam esta curiosa foto de 1915 quando a "profissão mais antiga do mundo" ainda era cheia de preconceitos. Uma fachada falsa foi erguida diante das casas de prostituição do Mangue a fim de esconder as vergonhosas cenas. Nos anos 60, tapumes com painéis publicitários tinham o mesmo objetivo.
 
Trevo das Forças Armadas
 
35. 1904. A lendária Ponte dos Marinheiros ao final da Rua Senador Eusébio antes das obras do novo porto que remodelaram o Canal do Mangue e a Av. Francisco Bicalho.

36. Visão do mesmo local após as citadas obras.
 
37. Construção do Viaduto dos Marinheiros, o primeiro do trevo a ser concluído.
 
38. No começo dos anos 60 tornou-se prioritária a construção de viadutos que fizessem a ligação das principais vias que convergiam para esta área. Nesta foto, de 1965, vemos o primeiro destes viadutos já entregues ao transito - o Viaduto dos Marinheiros que liga a Av. Presidente Vargas à Praça da Bandeira. No canto inferior direito está o Canal do Mangue no começo de sua "curva" em direção à Av. Francisco Bicalho. No centro da imagem, ao fundo, está a Estação da Estrada de Ferro Leopoldina.
 
39. Esta foto, ao redor de 1966, vemos, em final de obras, o Viaduto dos Pracinhas, que faz a ligação da Av. Francisco Bicalho à Av. Presidente Vargas no sentido Centro da cidade. Na lateral esquerda o já citado Viaduto dos Marinheiros em ângulo oposto ao da foto anterior.

40. 1967. Agora estamos no trecho final da Av. Presidente Vargas. No término do alinhamento das árvores vistas no centro da imagem está o início da subida do Viaduto dos Marinheiros. Do outro lado do Canal do Mangue está quase pronto o Viaduto dos Pracinhas e, mais à esquerda, o Viaduto dos Fuzileiros já em operação, fazendo o sentido oposto do Viaduto dos Marinheiros, ou seja, da Praça da Bandeira à Av. Presidente Vargas.
 
41. Foto aérea de 1969 apresenta o conjunto de viadutos já entregues ao trânsito:
1) Viaduto dos Marinheiros (concluído em 1965);
2) Viaduto dos Fuzileiros (concluído em 1965);
3) Viaduto dos Pracinhas (concluído em 1967); e
4) Viaduto dos Aviadores (concluído em 1968), ligando a Av. Paulo de Frontin à Praça da Bandeira.
A título complementar, esclarecemos a aparição nesta foto das alças de acesso a saber: entre os algarismos 1 e 4, passando sob os viadutos, está a pista que liga a Av. Francisco Bicalho à Av. Paulo de Frontin; na lateral esquerda está a Rua Elpídio Boamorte que começa no fim da Av. Francisco Bicalho (após a ponte ferroviária) em direção à Praça da Bandeira e à direita do algarismo 2 está a pista que leva o trânsito da Praça da Bandeira à Av. Paulo de Frontin, passando ao lado do grande Condomínio do Ed. Estácio de Sá.

42. Outra foto aérea, agora de 1968, mostra o trevo ainda sem o Viaduto dos Aviadores (nº 4 da foto anterior). No canto inferior direito está o canteiro de obras do já citado Condomínio Estácio de Sá.
 
43. Excelente imagem de 1969. Em ambos os lados da Av. Presidente Vargas ainda está presente o velho casario da Cidade Nova que logo irá desaparecer completamente.

44. 1976. O Trevo das Forças Armadas, apesar de haver facilitado o trânsito, não resolveu o eterno problema dos engarrafamentos nas horas de pico. Em destaque a descida dos Viadutos dos Pracinhas (centro) e dos Fuzileiros (esquerda) em direção à Av. Presidente Vargas (vide foto 40). No alto da imagem já se observa o Elevado Engenheiro Rufino Pizzaro, que liga o Viaduto Paulo de Frontin (Elevado Engenheiro Freyssinet) à Linha Vermelha.

45. Apresentamos, por fim, esta foto aérea ao redor de 1968 mostrando parte da região do entorno do Trevo das Forças Armadas com a Av. Francisco Bicalho em profundidade. Pontos de referência:
1) Ponte da Linha Férrea da Central do Brasil;
2) Viaduto dos Marinheiros;
3) Canal do Mangue (em curva);
4) Ponte dos Marinheiros (antiga);
5) Fábrica de Açúcar Pérola, aos pés da Pedreira de São Diogo (à direita, não visível na foto);
6) Estação da Estrada de Ferro Leopoldina; e
7) Gasômetro.

sexta-feira, 12 de março de 2021

COPACABANA - Trecho IV - Entre Praça do Lido e Rua Rodolfo Dantas

 
1. Esta foto provável dos anos 30 mostra o trecho da praia entre a Rua Duvivier e a Rua Ronald de Carvalho (antiga Rua Haritoff). Observar a direita parte do Ed. Ribeiro Moreira (mais conhecido na época como Ed. OK), localizado bem na esquina da Praça do Lido. O outro prédio mais ao centro da imagem é o Ed. Palacete Atlântico. Anos depois foi demolido e no local foi construído outro edifício maior mantendo o mesmo nome.

    

2. Nesta fotografia de 1924 estamos na mesma altura do trecho acima descrito. Ao fundo vemos o Copacabana Palace Hotel e o Palacete Edgard Duvivier localizado na esquina da rua de mesmo nome. Parece ter havia estragos no calçamento da praia provocados por ressaca. À direita do palacete identifica-se o Pico da Agulhinha ou Pico do Inhangá.

   

3. Outro ângulo do mesmo dia.

 
4. Aqui o fotógrafo parece estar em frente ao Palacete Duvivier. Observar que entre a Rua Rodolfo Dantas (na lateral do hotel) até a Rua Duvivier não havia qualquer construção além do citado palacete.

 
5. Vemos mais uma foto da sequência da ressaca de 1924. O fotógrafo está diante do Hotel Copacabana com sua câmera voltada para o isolado Palacete Duvivier.

 
6. 1926. O Palacete Duvivier foi erguido em 1917, a primeira casa construída neste trecho da orla. Av. Atlântica, nº 328 (numeração antiga).
 
6a. O palacete bem aproximado.

 
7. Um grupo de crianças na praia do Lido em foto de 1917. Observar ao fundo o Palacete Duvivier e a Pedra do Inhangá antes do Copacabana Palace ao seu lado.

8. Foto aérea de 1933. Clique na imagem para ampliar e observar as indicações das ruas do trecho da postagem.

 
9. Nesta imagem dos anos 30 vemos um grande terreno murado totalmente vazio entre a Rua Rodolfo Dantas e o Palacete Duvivier (fora da foto à direita). Vide fotos 4 e 5.

 9a. 1931.

  

9b. 1933.

9c. Sem data.
 
9d. 1933. Observar a parte baixa do Palacete Duvivier na extrema direita.
 
9e. 1933. Em frente ao Ed. Palácio Atlântico.

  
10. Esta foto do final dos anos 20 foi obtida de alguma janela do Hotel Copacabana e nos mostra o mesmo terreno livre comentado na foto anterior. 

 
11. Esta foto lindamente colorizada, de 1923, também foi tirada a partir do Hotel Copacabana. Vemos em primeiro plano o Palacete Edgard Duvivier, um pouco além a Praça do Lido em sua primeira versão e a residência dos irmãos Bernardelli.

  

12. Esta foto é de 1932 obtida da Praia do Lido, mas ao fundo observamos todas as construções da época no trecho da postagem. Identificamos o Hotel Copacabana, o Palacete Duvivier (já sem sua torre pontiaguda) e na lateral direita o Ed. Palácio Atlântico visto na foto 1. O Ed. Ok está sendo construído.

13. 1936. É o sentido oposto da foto anterior. Por algum tempo este trecho da praia ficou conhecido como "posto dois e meio".

 
13a. Anos 40. No local do casarão ao lado do Palacete Atlântico foi construído o Hotel Ouro Verde, hoje Hotel Atlântico Praia, situado na Av. Atlântica, nº 1456. O casarão citado pode ser visto na foto 12 acima da barraca escura.

14. Cerca de 1925. Imagem da Av. N. Sra. de Copacabana na quadra entre Rua Duvivier e Rua Ronald de Carvalho. O prédio no centro da imagem é o extinto Ed. Império, demolido nos anos 70 para a construção do Ed. Av. Copacabana dotado de salas comerciais e o Shopping Center 195 com galeria nos três primeiros andares. À direita do Ed. Império, na praia, está o Ed. Palácio Atlântico, citado anteriormente em outras fotos.
 
14a. Sem data. Bela residência localizada na Rua Haritoff, nº 44, atual Rua Ronald de Carvalho, nº 266 (Ed. Tibagy).

 
15. Esta foto, dos anos 30, mostra o Ed. Itaóca sito à Rua Duvivier, nº 43, esquina da Av. N. Sra. de Copacabana. Aqui cabe um comentário maior: este trecho do bairro é repleto de belos edifícios, todos preservados, a saber:
. Ed. Itaóca de 1928, Rua Duvivier, nº 43;
. Ed. Itahy, de 1932, Av. N. Sra. de Copacbana, nº 252;
. Ed. Guahy, de 1932, Rua Ronald de Carvalho, nº 181;
. Ed. Ophir, de 1934, Rua Ronald de Carvalho, nº 154;
. Ed. Orania, de 1934, Rua Ronald de Carvalho, nº 166;
. Ed. Caxias, do começo dos anos 30, Rua Ministro Viveiros de Castro, nº 116;
. Ed. Tuyuty, de 1931, Rua Ministro Viveiros de Castro, nº 100;
. Ed. Alagoas, de 1933, Rua Ministro Viveiros de Castro, nº 122; e
. Residencial Duvuvier, de 1938, Rua Duvivier, nº 28.

 
16. Fotografia sem data. Observar que o sentido das "ondas" do calçamento é diferente do que é visto hoje. Após uma grande ressaca nos anos 30 que destruiu grande parte da calçada de toda orla, a prefeitura optou, durante a reforma, por alterar o sentido das ondas refletindo a continuidade do que se via no mar. Mais tarde, durante as obras de alargamento definitivo e duplicação das pistas, o paisagista Burle Max manteve o sentido delas que já havia se consagrado mundialmente como símbolo de Copacabana.

 
16a. foto ao redor de 1940. A esquina vista adiante é a Rua Duvivier com o antigo palacete ainda de pé. Vide foto 12.
 
16b. Rara foto do Palacete Duvivier visto de fundos.

  
16c. Interessante fotografia de 1946 apresenta o movimento de pessoas na calçada da orla próximo à Rua Duvivier, cuja esquina é vista na lateral direita. Os tapumes ali vistos cercam o terreno onde havia o Palacete Duvivier. Ao fundo pode-se observar a pedreira do Inhangá ainda avançando até o limite da Av. Atlântica.

 
16d. 1943. Este é o Wonder Bar, localizado na Av. Atlântica, nº 358. Não conseguimos identificar em qual prédio ele se situava, entretanto pela numeração (antiga) ficava entre o Palacete Duvivier (nº 328) e o Copacabana Palace Hotel.
 
16e. O estabelecimento, fundado em 1937, gabava-se por ser um dos únicos de Copacabana dotado de sistema de geração própria de energia elétrica, mantendo-se aberto mesmo à noite durante possíveis "apagões" no período da 2ª Guerra Mundial.

17. Esta curiosa foto de 1954 nos mostra o famoso cantor Orlando Silva debruçado sobre a varanda do prédio onde morava voltado para a Rua Rodolfo Dantas, na lateral do Hotel Copacabana Palace. Este prédio foi construído exatamente em parte do terreno vazio citado em fotos anteriores.

 
18. Anos 60. Este grupo de marinheiros franceses está na altura da Rua Ronald de Carvalho. Um pouco à direita da cabeça do homem voltado para a câmera vemos o famoso Ed. Chopin, ao lado da piscina do Copacabana Palace Hotel (não visível porque fica recuado).

 
19. Visão em profundidade da Rua Rodolfo Dantas em 1971, vendo-se na esquerda a lateral do Copacabana Palace e na direita o prédio visto na foto 17. Observar que as obras de alargamento da Av. Atlântica ainda não estavam concluídas neste trecho.

19a. Trânsito na Av. Atlântica em 1976. Na extrema direita vemos a esquina da Rua Duvivier.

 

20. Aqui temos uma foto de 1958 em sentido oposto. O fotógrafo está na altura da Rua Carvalho de Mendonça (não visível à esquerda). A próxima esquina é a Av. N. Sra. de Copacabana com os fundos do Copacabana Palace à direita.

 
21. Este é o final da Rua Ministro Viveiros de Castro ao se encontrar com a Rua Rodolfo Dantas em fotografia de 1928. Observar os trilhos de bonde dobrando em direção à Rua Barata Ribeiro. O fotógrafo está de costas para um trecho da Pedreira do Inhangá.

 
22. Estamos na Av. N. Sra. de Copacabana em foto dos anos 50. O pedestre atravessa a avenida próximo à esquina da Rua Duvivier. Ao fundo está o cruzamento com a Rua Rodolfo Dantas. A construção mais baixa no alinhamento dos prédios à esquerda é os fundos do Copacabana Palace Hotel.

 
23. Esta é a pouco conhecida Rua Carvalho de Mendonça. Ela liga a Rua Duvivier (atrás do fotógrafo) à Rua Rodolfo Dantas (ao fundo). Trata-se de uma pequena rua atualmente fechada ao trânsito onde somente veículos de carga e descarga trafegam. Nos anos 60 recebeu o singelo apelido de "Joga a chave meu amor", devido a uma cômica cena. Apenas dois enormes prédios ladeiam o beco que são constituídos de dezenas de apartamentos conjugados e habitados por toda espécie de pessoas. Como tantos outros prédios deste tipo no bairro, acabou sendo transformado em "apartamentos temporários" para encontros furtivos ou na melhor hipótese em "moradia de aluguel dividido" por mulheres da noite.

24. Não muito longe da Carvalho de Mendonça ficava o afamado "Beco das Garrafas", berço da Bossa Nova. Trata-se de uma pequenina viela sem saída com entrada pela Rua Duvivier, entre os prédios de nºs 21 e 37, na quadra da praia. Nas décadas de 50 e 60 o local era ponto de quatro casas noturnas onde se reuniam a nata de cantores e músicos famosos da época. Desses encontros movimentados surgiram grupos musicais fixos que criaram ritmos modernos em tons baixos revolucionando o samba que havia até então na música brasileira. A este novo estilo deu-se o nome Bossa Nova, que ultrapassou nossas fronteiras e ganhou o mundo. Passada a euforia daquela geração, já nos anos 70/80, o beco transformou-se em mais um local de concentração de inferninhos baratos. Hoje, como as sucessivas crises, só restam as lembranças do passado em uma livraria temática na esquina da entrada.
 
25. O Quarteto em Cy posa diante do Bottle's Bar em foto ao redor de 1964. Ao fundo aparece outra famosa casa musical do beco: Baccará, vista também em fotos anteriores.
 
26. 1962. O Bottle's Bar foi fundado em 1957 e por lá passaram grandes expoentes da música brasileira, como Dolores Duran (1930-1959), Elis Regina (1945-1982), Nara Leão (1942-1989), Sylvinha Telles (1934-1966), Claudette Soares (1937-?), Jorge Ben (1939-?), Marisa Gata Mansa (1938-2003), Doris Monteiro (1934-2023), Wilson Simonal (1938-2000), Alaíde Costa (1935-?), Leny Andrade (1943-2023), Sérgio Mendes (1941-?), Baden Powell (1937-2000), Johnny Alf (1929-2010), Chico Batera (1943-?), Wilson das Neves (1936-2017), Durval Ferreira (1935-2007) e Dom Um Romão (1925-2005). A casa está funcionando.
 
27. 1968. Esquina da Rua Duvivier com Rua Ministro Viveiros de Castro, onde hoje está o Real Palace Hotel, nº 70.