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domingo, 18 de abril de 2021

AV. REPÚBLICA DO CHILE

1. Antes de mostrarmos fotografias desta avenida do centro da cidade é preciso falarmos do Morro de Santo Antônio. Ele foi mais um dos acidentes geográficos arrasados para permitir o desenvolvimento da cidade. Nesta foto, dos anos 20, apresentamos a região circundante do morro onde a nova avenida será construída entre as paralelas em amarelo assinaladas. Clique na imagem para ampliar e observar as indicações descritas a seguir:
1) Teatro Municipal;
2) Palácio Pedro Ernesto;
3) Liceu de Artes e Ofícios;
4) Hotel Avenida;
5) Imprensa Nacional; 
6) Chafariz do Largo do Machado;
7) Teatro Lírico;
8) Convento de Santo Antônio;
9) Quartel General da Polícia Militar;
10) Passeio Público;
11) Largo da Lapa;
12) Morro de Santo Antônio;
13) Praça Tiradentes; e
14) Arcos da Lapa.
Todavia não foi apenas o morro a desaparecer quase completamente. Toda a área em ambas as laterais da nova avenida, até a Rua do Lavradio, coberta do casario centenário, haveria de ceder espaço à grandiosas construções: Petrobrás, BNDES, BNH (depois Conjunto Cultural da CEF), Catedral de São Sebastião do RJ, Rio Metropolitan e mais o recente Ventura Corporate Towers.

1a. Outra fotografia aérea por volta de 1960 com indicações:

1) Aeroporto Santos Dumont;

2) Ilha de Villegagnon (Escola Naval);

3) Museu de Arte Moderna - MAM (em construção);

4) Monumento aos Mortos da 2ª Guerra Mundial (em construção);

5) Praça Paris;

6) Passeio Público;

7) Av. República do Chile (futura);

8) Tabuleiro da Baiana;

9) Liceu de Artes e Ofícios (em demolição);

10) Ed. Avenida Central (em construção);

11) Largo da Carioca;

12) Rua Carioca;

13) Rua Sete de Setembro;

14) Praça Tiradentes;

15) Rua do Lavradio;

16) Ed. Marquês do Herval;

17) Ed. Gustavo Capanema (Ministério da Educação e Saúde);

18) Ministério da Fazenda;

19) Palácio Monroe; e

20) Largo da Lapa.

 

1b. Encontramos também este mapa ao redor de 1910 o qual ampliamos e trocamos os nomes das ruas para as denominações atuais. Assinalamos:

1) Largo da Carioca;

2) Largo de São Francisco de Paula;

3) Praça Tiradentes;

4) Futura Av. República do Chile; e

5) Futura Av. República do Paraguai.

2. Foto obtida de alguma janela alta do Ed. Marquês do Herval, localizado na Av. Rio Branco. Vemos a demolição do Morro de Santo Antônio em andamento com uma grande área livre por onde será construída a nova Av. Chile. No canto inferior esquerdo vemos o teto do "Tabuleiro da Baiana" que em breve também virá abaixo. A avenida começará exatamente neste trecho.
 
3. Foto de 1959 em ângulo bastante aproximado da foto anterior. Ao fundo delineia-se a Av. Chile.
 
3a. Cerca de 1960. As duas pistas da nova  avenida, em linha reta, ligam a Av. Almirante Barroso à Rua da Relação (ao fundo). 

3b. Cerca de 1960. Observar no canto inferior esquerdo o telhado do "Tabuleiro da Baiana" e a entrada da Rua Senador Dantas. Mais adiante, no mesmo alinhamento, os terrenos do futuro prédio da Petrobrás e da Igreja Metropolitana do RJ.

4. Nesta outra foto de 1969 podemos notar que o "Tabuleiro da Baiana" já foi retirado. É o exato ponto onde começa a Av. Chile e termina a Av. Almirante Barroso, bem próximo à esquina da Rua Senador Dantas, vista à esquerda desta imagem. A primeira passarela sobre a recente avenida está concluída e ficará diante da entrada do edifício-sede da Petrobrás.
 
5. Foto de 1958 obtida de algum ponto elevado da altura da Rua da Relação com a câmera voltada em direção à nova avenida. Ao fundo destacamos o Ed. Marquês do Herval, a cúpula do Liceu de Artes e Ofícios (futuro prédio da CEF) sem seu famoso vizinho, o Ed. Avenida Central. Em primeiro plano está o final da Rua da Relação em seu encontro com a Rua do Lavradio. Observar que o velho casario existente no local está sendo demolido.
 
6. Operários trabalham no alinhamento da nova avenida ainda sem as pistas de rolamento e calçadas. Foto de 1958 no mesmo sentido da imagem anterior.
 
7. Nesta tomada já vemos ao centro o Ed. Avenida Central concluído e o prédio da CEF em final de construção. Na esquerda está o Ed. De Paoli também em obras, situado no final da Av. Nilo Peçanha. Em primeiro plano notamos uma das pistas da nova avenida já com tráfego enquanto operários trabalham na outra.

8. 1960. A avenida sem as passarelas e ainda virgem de construções. À direita podemos perceber o que restou do Morro de Santo Antônio na ocasião.

9. A avenida em sua fase final em 1969. Foi uma boa alternativa para o trânsito proveniente da Zonal Norte em direção ao Centro.
 
10. Vista da construção da Av. República do Paraguai cruzando por cima da Av. Chile.

11. Percebe-se claramente nesta imagem que a avenida ainda não foi entregue ao tráfego, pois uma das suas pistas está tomada por estacionamento e a outra sem uso. Ao fundo vemos a Rua da Relação em profundidade ao chegar à Rua do Lavradio.
 
12. Urbanização pronta e postes preparados para receber luminárias.

12a. 1969.
 
13. Foto provavelmente obtida do alto da passarela vista na foto 11. É curioso notar os terrenos na lateral direita já delimitados para a construção da Catedral Metropolitana e do prédio da sede da Petrobrás, embora haja restos do Morro de Santo Antônio.

13a. Cerca de 1966. Operários trabalham no calçamento próximo de onde será construída a nova catedral. Notar, ao fundo, o canteiro de obras do novo prédio da Petrobrás.
 
14. Nesta imagem de 1964 vemos o lançamento da pedra fundamental da nova Catedral Metropolitana de São Sebastião. Destacamos no fundo o prédio da Loja Mesbla (Rua do Passeio) e sua famosa torre com relógio vistos por trás. A obra foi somente concluída em 1979.

14a. Imagem aérea da obra de construção da catedral. No canto superior direito está os fundos do Quartel General da PM (localizado na Rua Evaristo da Veiga, nº 78) e no alto à esquerda o prédio da Petrobrás também sendo erguido. O novo templo católico em forma de cone ocupa uma área total de 8 mil m² com 75 metros de altura externa e um diâmetro na base de 106 metros. Comporta 20 mil pessoas de pé e 5 mil sentadas. Seu interior tem as paredes curvas ornadas por 4 vitrais gigantes coloridos e mosaicos. Av. República do Chile, nº 245.

14b. Foto de 1967 apresenta o começo das fundações do novo prédio da Petrobrás. Na esquerda está a hoje espremida Rua Lélio Gama (nos fundos do grande Ed. Santos Vahlis com entrada pela Rua Senador Dantas, nº 117) e na extrema direita vemos parte da nova catedral da cidade também sendo construída. Entre os dois prédios está sendo aberta a Av. República do Paraguai, que fará a ligação da Lapa (próxima aos Arcos) à Rua da Carioca (próximo à Praça Tiradentes), passando por cima da Av. República do Chile.
 
15. 1971. Novamente o edifício-sede da Petrobrás (Edise) sendo construído no nº 65 da nova avenida. Obra de engenharia arrojada iniciada em 1967 e concluída sete anos depois.

15a. Estrutura moderna formada por cubos separados geometricamente por espaços vazios onde ficam os conhecidos "jardins suspensos" projetados pelo paisagista Roberto Burle Marx.
 
15b. 1974. Um ângulo pouco comum. Observar as indicações para melhor posicionamento. Abaixo da sigla BNH está a Catedral Presbiteriana e, em sua frente, o extinto Rio Hotel, hoje abandonado.
 
16. Foto ao redor de 1980 após as obras do Metrô no Largo da Carioca ao lado da Av. Chile.
 
17. Outra fotografia da mesma série anterior, vendo-se o prédio da Petrobrás com o novo Largo da Carioca em primeiro plano. Destacamos ainda, no alto à esquerda, o recém erguido prédio do Banco do Brasil na Rua Senador Dantas e, à direita do prédio do BNDES, o antigo prédio do BNH, e o Convento de Santo Antônio.

18. 1971. Prédios da Petrobrás e do extinto BNH (em cosntrução).

RUA DO OUVIDOR

1. Consta ser esta imagem ao redor de 1890.
 
1a. Cerca de 1860. Trecho de difícil identificação.
 
2. Uma imagem de 1890 sem identificação do trecho da via.
 
3. Esta imagem consta ser de 1863! Há controvérsias.
 
3a. Imagem extraída de cartão postal circulado em 1904. Qual seria a esquina vista adiante?
 
4. Imagem da esquina da Rua Primeiro de Março (antiga Rua Direita) em data desconhecida. O fotógrafo está de costas para a Igreja Santa Cruz dos Militares.
 
4a. A rua era local de concentração de sedes de diversos jornais e tipografias durante o Império: Jornal do Comércio, Cidade do Rio, Gazeta de Notícias, O Paiz, Diário de Notícias, entre tantos outros. Consta ser esta foto do dia da Libertação dos Escravos:13/05/1888.

4b. Esta era a sede do Jornal O Paiz, antes de se mudar para a Av. Central, esquina com Rua Sete de Setembro.
 
5. Este é o final da Rua do Ouvidor visto do Largo de São Francisco de Paula.
 
6. Confeitaria Paschoal, na esquina da Rua Gonçalves Dias em 1905. Não foi possível identificar o sentido.

7. Casa Botelho na esquina da Rua do Carmo em 1909. Vide indicações nas calçadas para entender melhor. À esquerda em direção à Rua Primeiro de Março.

8. Imagem sem data em trecho não identificado. Consta que estes prédios foram abaixo para a passagem da Av. Central, portanto a foto é anterior à 1904.

9. Imagem de cerca de 1890. Vemos ao fundo a Escola Politécnica no Largo de São Francisco. 
 
9a. 1890. Trata-se do mesmo local da foto anterior.
 
9b. 1890. Não foi possível identificar o trecho da rua.

9c. 1890. Águia de Ouro, moda feminina, infantil e variedades.

10. Cerca de 1890. Trecho não identificado.

10a. 1918. Trecho de difícil identificação.
 
 11. Obras na via em 1929.

12. Imagem colorizada de 1941, entre Av. Rio Branco e Rua da Quitanda no sentido Rua Primeiro de Março. Ampliando a foto é possível identificar ao fundo o relógio do prédio da Sul América Seguros. Vide foto 22.

12a. 1952. Aspecto de incêndio em um velho sobrado entre a Rua do Mercado e a Travessa do Comércio.
 
 
13. Esta foto ao redor de 1933 mostra a tumultuada esquina da Rua do Ouvidor com Av. Rio Branco. O prédio em destaque ainda hoje existe onde funciona uma Loja Borelli.
 
13a. Cerca de 1930. 

13b. Foto de 1924 destaca o prédio da elegante Loja A Capital após remodelação.
 
  
13c. 1942. Loja A Capital na esquerda (Av. Rio Branco, nº 102) e Perfumaria Carneiro (Rua Miguel Couto, nº 1) na direita.

  
14. Aí está o prédio citado acima em foto do autor de 2019.

15. Imagem de pedestres atravessando a Av. Rio Branco na década de 50. Ao fundo a Rua do Ouvidor em direção à Rua Gonçalves Dias e à direita, não visível, fica o começo da Rua Miguel Couto. O prédio visto na foto anterior não está visível totalmente.
 
16. 1954.

16a. 1957.
 
 
17. Foto de 1961 ao que tudo indica da mesma esquina das três fotos anteriores.
 
18. A mesma esquina anterior em 1961. Ao que parece a direção à direita é no sentido Rua da Quitanda. Atravessando a rua, de chapéu, vemos o cantor e compositor Zé Keti (1921-1999).
 
18a. O final da Rua do Ouvidor ao chegar no Largo de São Francisco em foto do final dos anos 50. No fundo vemos a lateral da igreja, na Rua Ramalho Ortigão.

18b. O mesmo local anterior em foto de 1957 obtida de outro ângulo.
 
19. Década de 50. Pela numeração exposta em um letreiro trata-se da quadra entre Av. Rio Branco e Rua Gonçalves Dias (ao fundo, não visível).
 
20. Anos 50 em mesmo ângulo da imagem anterior, porém mais aproximado. Movimento intenso de pessoas.

21. Anos 50.
 
22. Visão de 1954 próxima à Rua da Quitanda, sentido Av. Rio Branco. À direita vemos o prédio da Sul América Seguros e seu característico relógio na fachada. Vide foto 12.
 
22a. Esta é a portaria do prédio da Sul América Seguros localizada na esquina da Rua da Quitanda (à esquerda) com Rua do Ouvidor (à direita). Observar o famoso relógio na fachada lateral, ainda hoje do mesmo jeito, pois o prédio foi tombado e a seguradora não ocupa mais este endereço há mais de 10 anos. No local funciona um shopping de moda sofisticada, o Ed. Galeria. A foto apresentada é oposta a anterior em data mais distante.
 
23. 1954. Fazer compras na Rua do Ouvidor já foi símbolo de status. No fundo vemos uma das várias lojas da Casa Olga, especializada em meias para senhoras, próximo à Av. Rio Branco.

 
24. Imagem de 1960 da esquina da Rua Gonçalves Dias. 

 
24a. Movimento intenso no Natal de 1959.
 
25. Final dos anos 60 na esquina da Rua Gonçalves dias, sentido Rua Uruguaiana. Observar o desenho do calçamento e confrontar com a foto anterior. Curioso notar, ainda, o sentido para pedestres pintado na pista.
 
26. Imagem da via em 1964. Ao fundo é possível que seja a Escola Politécnica no Largo de São Francisco. Vide foto 9.
 
27.  Esta imagem de 1973 mostra a travessia de pedestres na esquina da Rua do Ouvidor (ao fundo) com Rua Primeiro de Março. O guarda de trânsito à direita está próximo à Igreja Santa Cruz dos Militares, não visível na foto. Comparar com foto 4.