1.
Antes de mostrarmos fotografias desta avenida do centro da cidade é
preciso falarmos do Morro de Santo Antônio. Ele foi mais um dos
acidentes geográficos arrasados para permitir o desenvolvimento da
cidade. Nesta foto, dos anos 20, apresentamos a região circundante do
morro onde a nova avenida será construída entre as paralelas em amarelo
assinaladas. Clique na imagem para ampliar e observar as indicações
descritas a seguir: 1) Teatro Municipal;
2) Palácio Pedro Ernesto;
3) Liceu de Artes e Ofícios;
4) Hotel Avenida;
5) Imprensa Nacional;
6) Chafariz do Largo do Machado;
7) Teatro Lírico;
8) Convento de Santo Antônio;
9) Quartel General da Polícia Militar;
10) Passeio Público;
11) Largo da Lapa;
12) Morro de Santo Antônio;
13) Praça Tiradentes; e
14) Arcos da Lapa.
Todavia
não foi apenas o morro a desaparecer quase completamente. Toda a área
em ambas as laterais da nova avenida, até a Rua do Lavradio, coberta do
casario centenário, haveria de ceder espaço à grandiosas construções:
Petrobrás, BNDES, BNH (depois Conjunto Cultural da CEF), Catedral de São
Sebastião do RJ, Rio Metropolitan e mais o recente Ventura Corporate
Towers.
1a. Outra fotografia aérea por volta de 1960 com indicações:
1) Aeroporto Santos Dumont;
2) Ilha de Villegagnon (Escola Naval);
3) Museu de Arte Moderna - MAM (em construção);
4) Monumento aos Mortos da 2ª Guerra Mundial (em construção);
5) Praça Paris;
6) Passeio Público;
7) Av. República do Chile (futura);
8) Tabuleiro da Baiana;
9) Liceu de Artes e Ofícios (em demolição);
10) Ed. Avenida Central (em construção);
11) Largo da Carioca;
12) Rua Carioca;
13) Rua Sete de Setembro;
14) Praça Tiradentes;
15) Rua do Lavradio;
16) Ed. Marquês do Herval;
17) Ed. Gustavo Capanema (Ministério da Educação e Saúde);
18) Ministério da Fazenda;
19) Palácio Monroe; e
20) Largo da Lapa.
1b. Encontramos também este mapa ao redor de 1910 o qual ampliamos e trocamos os nomes das ruas para as denominações atuais. Assinalamos:
1) Largo da Carioca;
2) Largo de São Francisco de Paula;
3) Praça Tiradentes;
4) Futura Av. República do Chile; e
5) Futura Av. República do Paraguai.
2.
Foto obtida de alguma janela alta do Ed. Marquês do Herval, localizado
na Av. Rio Branco. Vemos a demolição do Morro de Santo Antônio em
andamento com uma grande área livre por onde será construída a nova Av.
Chile. No canto inferior esquerdo vemos o teto do "Tabuleiro da Baiana"
que em breve também virá abaixo. A avenida começará exatamente
neste trecho.
3. Foto de 1959 em ângulo bastante aproximado da foto anterior. Ao fundo delineia-se a Av. Chile.
3a. Cerca de 1960. As duas pistas da nova avenida, em linha reta, ligam a Av. Almirante Barroso à Rua da Relação (ao fundo).
3b. Cerca de 1960. Observar no canto inferior esquerdo o telhado do "Tabuleiro da Baiana" e a entrada da Rua Senador Dantas. Mais adiante, no mesmo alinhamento, os terrenos do futuro prédio da Petrobrás e da Igreja Metropolitana do RJ.
4.
Nesta outra foto de 1969 podemos notar que o "Tabuleiro da Baiana" já
foi retirado. É o exato ponto onde começa a Av. Chile e termina a Av.
Almirante Barroso, bem próximo à esquina da Rua Senador Dantas, vista à
esquerda desta imagem. A primeira passarela sobre a recente avenida está
concluída e ficará diante da entrada do edifício-sede da Petrobrás.
5.
Foto de 1958 obtida de algum ponto elevado da altura da Rua da Relação
com a câmera voltada em direção à nova avenida. Ao fundo destacamos o
Ed. Marquês do Herval, a cúpula do Liceu de Artes e Ofícios (futuro
prédio da CEF) sem seu famoso vizinho, o Ed. Avenida Central. Em
primeiro plano está o final da Rua da Relação em seu encontro com a Rua
do Lavradio. Observar que o velho casario existente no local está sendo
demolido.
6.
Operários trabalham no alinhamento da nova avenida ainda sem as pistas
de rolamento e calçadas. Foto de 1958 no mesmo sentido da imagem
anterior.
7.
Nesta tomada já vemos ao centro o Ed. Avenida Central concluído e o
prédio da CEF em final de construção. Na esquerda está o Ed. De Paoli
também em obras, situado no final da Av. Nilo Peçanha. Em primeiro plano
notamos uma das pistas da nova avenida já com tráfego enquanto
operários trabalham na outra.
8.
1960. A avenida sem as passarelas e ainda virgem de construções. À
direita podemos perceber o que restou do Morro de Santo Antônio na
ocasião.
9.
A avenida em sua fase final em 1969. Foi uma boa alternativa para o
trânsito proveniente da Zonal Norte em direção ao Centro.
10. Vista da construção da Av. República do Paraguai cruzando por cima da Av. Chile.
11.
Percebe-se claramente nesta imagem que a avenida ainda não foi entregue
ao tráfego, pois uma das suas pistas está tomada por estacionamento e a
outra sem uso. Ao fundo vemos a Rua da Relação em profundidade ao
chegar à Rua do Lavradio.
12. Urbanização pronta e postes preparados para receber luminárias.
12a. 1969.
13.
Foto provavelmente obtida do alto da
passarela vista na foto 11. É curioso notar os terrenos na lateral
direita já delimitados para a construção da Catedral Metropolitana e do
prédio da sede da Petrobrás, embora haja restos do Morro de Santo
Antônio.
13a. Cerca de 1966. Operários trabalham no calçamento próximo de onde será construída a nova catedral. Notar, ao fundo, o canteiro de obras do novo prédio da Petrobrás.
14.
Nesta imagem de 1964 vemos o lançamento da pedra fundamental da nova
Catedral Metropolitana de São Sebastião. Destacamos no fundo o prédio
da Loja Mesbla (Rua do Passeio) e sua famosa torre com relógio vistos
por trás. A obra foi somente concluída em 1979.
14a. Imagem aérea da obra de construção da catedral. No canto superior direito está os fundos do Quartel General da PM (localizado na Rua Evaristo da Veiga, nº 78) e no alto à esquerda o prédio da Petrobrás também sendo erguido. O novo templo católico em forma de cone ocupa uma área total de 8 mil m² com 75 metros de altura externa e um diâmetro na base de 106 metros. Comporta 20 mil pessoas de pé e 5 mil sentadas. Seu interior tem as paredes curvas ornadas por 4 vitrais gigantes coloridos e mosaicos. Av. República do Chile, nº 245.
14b. Foto de 1967 apresenta o começo das fundações do novo prédio da Petrobrás. Na esquerda está a hoje espremida Rua Lélio Gama (nos fundos do grande Ed. Santos Vahlis com entrada pela Rua Senador Dantas, nº 117) e na extrema direita vemos parte da nova catedral da cidade também sendo construída. Entre os dois prédios está sendo aberta a Av. República do Paraguai, que fará a ligação da Lapa (próxima aos Arcos) à Rua da Carioca (próximo à Praça Tiradentes), passando por cima da Av. República do Chile.
15.
1971. Novamente o edifício-sede da Petrobrás (Edise) sendo construído no nº
65 da nova avenida. Obra de engenharia arrojada iniciada em 1967 e concluída
sete anos depois.
15a. Estrutura moderna formada por cubos separados geometricamente por espaços vazios onde ficam os conhecidos "jardins suspensos" projetados pelo paisagista Roberto Burle Marx.
15b. 1974. Um ângulo pouco comum. Observar as indicações para melhor posicionamento. Abaixo da sigla BNH está a Catedral Presbiteriana e, em sua frente, o extinto Rio Hotel, hoje abandonado.
16. Foto ao redor de 1980 após as obras do Metrô no Largo da Carioca ao lado da Av. Chile.
17.
Outra fotografia da mesma série anterior, vendo-se o prédio da
Petrobrás com o novo Largo da Carioca em primeiro plano. Destacamos
ainda, no alto à esquerda, o recém erguido prédio do Banco do Brasil na
Rua Senador Dantas e, à direita do prédio do BNDES, o antigo prédio do
BNH, e o Convento de Santo Antônio.
18. 1971. Prédios da Petrobrás e do extinto BNH (em cosntrução).
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