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terça-feira, 8 de junho de 2021

COPACABANA - Trecho XVII - Cassino Atlântico e Clube Marimbás

 Cassino Atlântico

 
1. O prédio do luxuoso Cassino Atlântico foi inaugurado em 1934 e permaneceu no local até que o jogo fosse proibido no país em 1946. O cassino atraía um grande público da sociedade carioca e de outros locais do Brasil e exterior.

 
2. Imagem de baixa qualidade dos anos 40. O Cassino Atlântico acompanhou o sucesso de outros dois famosos cassinos da cidade: o Cassino da Urca e o Cassino do Copacabana Palace Hotel.

 
3. Foto de 1935. Além da jogatina a casa dispunha de salão para apresentações teatrais, musicais e de dança. Um suntuoso restaurante servia jantares finos regados à champagne.

4. 1936. Artistas famosos se apresentaram ali para o público como Carmem Miranda, Grande Otelo e Emilinha Borba entre tantos outros que marcaram a época de ouro do rádio.

 
5. Sem data certa. Decorado para o Carnaval. Av. Atlântica, nº 4264, esquina da Rua Francisco Otaviano.

 
6. O glamouroso cassino visto da praia em 1936.
 
6a. Foto familiar de 1939 obtida a partir de um barco da Colônia dos Pescadores do Posto VI.

6b. Foto sequencial a anterior. Alguns detalhes chamam atenção: Havia degraus no trecho próximo a Colônia dos Pescadores. À direita é possível observar a entrada da Rua Francisco Otaviano somente com casarões.
 
7. Fotografia aérea de 1936 mostra a casa de diversão e as ruas adjacentes indicadas. Observar as amendoeiras plantadas junto da areia que se tornaram marca registrada neste trecho da orla de Copacabana.

7a. 1972. Esta casa foi vizinha do Cassino Atlântico e pode ser vista na foto anterior, em seu lado direito. Desde os anos 60 ali funcionava a sede da Cultura Inglesa. Em 1972 houve sua demolição, junto com o cassino para a construção do Hotel Rio Palace (depois Sofitel, atual Fairmont) e do Shopping Cassino Atlântico existentes hoje ali. Esta casa pode ser vista também nas fotos 6 e 7.

8. Carnaval dos anos 50 em frente ao antigo prédio do cassino. O fim do jogo no país, alguns anos antes, deixara muitos desempregados não só aqui, mas também por onde houvesse cassinos no Brasil.

9. Ilustração de revista publicada em 1955. Neste ano o prédio do cassino foi ocupado por uma das primeiras redes de televisão brasileira, a TV RIO canal 13.

 
10. A TV Rio ficou no ar até 1977 dando grande impulso ao entretenimento domiciliar com sua programação de grande sucesso no segmento esportivo, humorístico, musical, teatral, telenovelas, filmes e jornalístico. Alguns famosos programas ainda estão na memória de muitos daqueles que viveram sua época.

11. TV Rio em foto do final dos anos 60. Nesta ocasião a concorrência com a iniciante TV Globo fez seus índices de audiência despencarem.

12. Foto de 1971 mostra o prédio sem manutenção e abandonado, pois a TV Rio, atolada em dívidas, mudara-se para outro local. Em pouco tempo a antiga construção seria demolida para dar lugar a um grande hotel (Rio Palace, depois Sofitel Rio) e ao Shopping Cassino Atlântico que ocupariam mais da metade do quarteirão até os fundos na Av. N. Sra. de Copacabana. Na extrema esquerda da imagem está o Forte de Copacabana e ao seu lado tapumes marcam o começo de uma construção.
 
12a. Aspecto da demolição em 1972.

Clube dos Marimbás

13. Interessante foto dos anos 30 mostra parte do prédio do clube à esquerda com o Cassino Atlântico ao fundo, ao lado da Rua Francisco Otaviano, em profundidade, ainda com seus casarões antigos.

14. Anos 30. O clube foi fundado em 1932 voltado principalmente para a caça submarina, mas somente em 1941 conseguiu a posse definitiva deste belo prédio em estilo modernista, projetado pelo famoso arquiteto Lúcio Costa, no Posto VI.

 
15. Década de 30. A arquitetura do prédio lembra um navio ancorado.

16. 1936. Varandas debruçadas para o mar proporcionam aos frequentadores uma vista deslumbrante da Praia de Copacabana e, durante as festas de réveillon seus espaços são muito disputados.

17. Uma ótima fotografia de 1937 captando o clube, seu famoso vizinho, o Forte de Copacabana e o velho cais.

18. A praia ao lado do clube tornou-se ponto da prática de esportes: jogos de vôlei, muita malhação, caça submarina e as famosas pescarias de arrastão.
 
18a. 1962. Foto tirada da varanda do clube.

19. Anos 70. Endereço: Praça Coronel Eugênio Franco, nº 2.

20. O mesmo local em imagem recente extraída do Street View. O forte, o cais, o clube e, abaixo das amendoeiras, a Colônia dos Pescadores.

segunda-feira, 7 de junho de 2021

COPACABANA - Trecho XVI - Igrejinha e Forte de Copacabana

 
1. A Igreja de N. Sra. de Copacabana em foto ao redor de 1895. A entrada principal era voltada para o mar. Para se ter uma ideia de sua posição basta ver na lateral esquerda a Pedra do Arpoador e a Praia do Diabo.
 
2. A chamada "igrejinha" teria sido construída por volta de 1745 a partir de uma pequenina capela primitiva levantada em 1732. A origem da santa vem do povo inca peruano/boliviano, contudo não se sabe ao certo como sua imagem veio parar em nossa cidade. Há muita história fantasiosa envolvendo milagre alcançado, porém sabe-se apenas que foi transportada da Igreja de N. Sra. de Bonsucesso, ao pé do Morro do Castelo, para cá. Esta foto, de data não conhecida, é de ângulo semelhante à foto 1. Observar à direita o Morro Dois Irmãos e a Pedra da Gávea mais além.

3. 1905. Entre 1885-87 importantes melhoramentos foram executados dando aspecto final ao templo visto nestas fotos.
 
4. Foto de 1889 mostra a sacristia do templo nos fundos. O nome Copacabana, segundo historiadores, é uma derivação da palavra indígena inca sacopenapan (caminho dos socós, ave pernalta muito comum nas restingas da cidade).

5. Cerca de 1890.
 
6. Sem data.

7. Ângulo semelhante ao anterior.
 
8. Imagem colorizada.

9. 1905.
 
9a. 1910.
 
10. Imagem de 1905 bem aproximada.
 
11. Visão da vegetação nativa próxima às areias da Praia da Igrejinha. Observar à direita um caminho íngreme para os fiéis alcançarem a igreja.
 
12. 1906.

12a. Belíssima colorização com aproximação da foto anterior.
 
13. 1907. Barcos pesqueiros começariam a ser uma marca deste trecho da praia. Isto dura até os dias atuais.
 
14. Sem data.
 
15. Na direita vemos a colônia dos pescadores.
 
16. Cerca de 1910. A igreja em meio às obras de construção do forte iniciadas em 1908.

17. 1912.

18. Arrastão de rede de pesca em 1912. Ao fundo a construção do forte em ritmo acelerado e a igreja ainda de pé.
 
19. Foto de 1912. A igrejinha foi demolida totalmente em 1919, cinco anos após a inauguração do Forte de Copacabana.

20. Fotografia de 1911 mostra a construção de casa matas onde serão instalados os canhões Krupp de 305 mm trazidos da Alemanha. No canto superior direito vemos a igreja frontalmente, um pouco acima do canteiro de obras. No alto e fundo está a Pedra do Arpoador.

21. Aqui a igreja não é vista, contudo deve estar nas costas do fotógrafo. Segundo consta a indenização recebida pela Mitra, após a demolição do templo religioso centenário, possibilitou a construção da Igreja de N. Sra. da Paz em Ipanema.
 
22. Aspecto da muralha da fortificação de 12 metros de espessura.
 
22a. Esta foto, datada de 1916, mostra os canhões do forte em exercício de tiro numa parte das pedras mais próxima da água, com a igreja ainda ao lado. Portanto, fica aqui provado que o forte não foi construído no local da igreja. Sua demolição foi necessária, segundo técnicos da época, para evitar seu desmoronamento devido às fortes trepidações do terreno provocados pelos disparos das peças de artilharia. Vide foto 20.

23. 1919. A fortificação quase totalmente pronta e o cais onde aportaram as embarcações que trouxeram as peças de artilharia desmontadas da Alemanha. Até hoje permanece no local.

23a. 1922.

23b. Revolução de 1922. Um ângulo pouco comum do final da Av. Atlântica e do Forte de Copacabana.

24. As obras duraram de 1908 à 1914, mas o pórtico de entrada visto nesta foto somente foi construído em 1920 juntamente com o quartel de artilharia instalado no local e responsável pelo manuseio dos canhões.
 
25. Foto de 1922.

26. A cerimônia de inauguração do maior forte da América Latina até então contou com a participação do Presidente da República, Marechal Hermes da Fonseca, principal responsável pela sua construção.
 
27. Visão do portão interno da casa mata onde ficam a câmara de tiro, os mecanismos de giro dos canhões e o paiol.
 
27a. 1932. Visita do Presidente Getulio Vargas ao forte.
 
28. Um fim de tarde em 1968, pois as sobras dos prédios se estendem até a beira d'água.
 
29. Imagem recente do pórtico de entrada. Em 1987 as instalações do forte foram transformadas em espaço cultural designado Museu Histórico do Exército. Depois de intenso e prolongado trabalho de catalogação, o museu foi aberto ao público em 1992. Atualmente o acervo variado conta com quinze mil peças entre indumentárias, armamentos e diversos objetos raros de uso pessoal. O público visitante desfruta de uma inigualável vista do Pão de Açúcar, Praia de Copacabana e Praia do Diabo. Programa turístico imperdível.

30. Ponto privilegiado.