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domingo, 31 de outubro de 2021

GÁVEA - Outros locais

1. Rua Marquês de São Vicente em fotografia dos anos 60. O segundo caminhão estacionado à esquerda está diante do portão da Igreja de N. Sra. da Conceição, logo após a um Posto Atlantic. As árvores densas vistas ao fundo estão no terreno do futuro Shopping da Gávea, em frente à Rua Artur Araripe e a "Rural" subindo a rua, à direita, está em frente ao extinto Supermercado Mar e Terra.

2. Foto sem data conhecida da Igreja de N. Sra. da Conceição, localizada na Rua Marquês de São Vicente, nº 19.
 
2a. Foto sem registro de data.

 
3.1972. Trecho da Rua Marquês de São Vicente próximo ao nº 188. Observar à esquerda o canal do Rio Rainha que corre lateralmente a via à céu aberto. O rio nasce no Maciço do Tijuca, passa pelo Parque da Cidade, escorre pela principal rua do bairro ao lado da PUC, cruza o Parque Proletário da Gávea, atravessava a Rua Artur Araripe (ao lado do prédio nº 63) e deságua no Canal da Av. Visconde de Albuquerque. A partir dos anos 30 o rio começou a ser usado como depósito de lixo e esgoto lançados ao longo de seu percurso e hoje está totalmente poluído.

3a. 1928. Rua dos Oitis.

4. Foto ao redor de 1954 mostra a Parque Proletário Provisório da Gávea. Era uma série de barracões construídos em 1942 destinada a famílias de baixa renda desalojadas de favelas removidas de outros cantos da cidade, principalmente a do chamado Largo da Memória onde hoje se localiza o 23º BPM, entre a Av. Visconde de Albuquerque e a Av. Bartolomeu Mitre. A promessa era que ali fosse erguido um conjunto habitacional para estas famílias, o que nunca aconteceu. Havia três destes parques: este da Gávea (nº 1), um no bairro do Caju (nº 2) e outro entre a Favela da Praia do Pinto e o Clube Flamengo, no Leblon (nº 3).
 
5. Fotografia aérea dos anos 60 mostra a região inicial da Rua Marquês de São Vicente e todo seu entorno. Observar as indicações para se posicionar. No canto superior esquerdo, onde a Rua Artur Araripe se encontra com a Av. Visconde de Albuquerque, existe hoje a Praça Sibélius que é cortada pela Autoestrada Lagoa Barra em direção ao Túnel Acústico. O trecho onde se localizava a Fábrica de Tecidos Sudantex e três laboratórios (Park-Davis,  Moura Brasil e Merrel) foi extinto e ocupado, nos anos 70/80, por prédios modernos na atual Rua Vice Governador Rubens Berardo e Rua Professor Manoel Ferreira. Já o extinto Parque Proletário, no canto superior direito, foi removido no começo da década de 70 para dar lugar ao Planetário da Gávea.
 
6. Agora estamos em 1975 vendo alunos da PUC entrando na universidade pelo portão da Rua Marquês de São Vicente, nº 225.

6a. 1968. Um "lotação" Mercedes parado em frente ao portão da PUC aguarda enquanto passageiros embarcam.

 
7. Aqui vemos uma foto do local de largada de uma prova automobilística do Circuito da Gávea de 1940. O casarão à esquerda é hoje ocupado pelo Departamento de Serviço Social da PUC, nº 215 da Rua Marquês de São Vicente.

 
8. 1937. A largada do GP, em frente à antiga sede do Automóvel Clube do Brasil- ACB, patrocinador do evento. O circuito possuía 11 quilometros e contornava o Morro Dois Irmãos, partindo da Rua Marquês de São Vicente e seguindo pela Av. Bartolmeu Mitre, Av. Visconde de Albuquerque, Av. Niemeyer e Estrada da Gávea.

8a. Provavelmente o mesmo dia da foto anterior, momentos antes da largada.
 
8b. A largada do circuito em 1936. As provas foram disputadas entre 1933 e 1954.
 
8c. 1952.

8d. Sem data.

8e. Largada em dia chuvoso.
 
8f. Foto colorizada da prova de 1938.
 
9. 1980. Aspecto da entrada da Pontifícia Universidade Católica - PUC pela Av. Padre Leonel Franca. À esquerda o Ed. Cardeal Leme e à direita a Ala Frings.

10. Dia da inauguração da PUC em 1955.

11. Anos 50.
 
12. 1970. Bar da universidade no térreo do Ed. Cardeal Leme.
 
13. Anos 70. Pilotis JFK. Local de encontros, concentração e protestos.
 
14. Fotografia aérea do campus da PUC em 1974. No canto superior direito vemos o Parque Proletário da Gávea na atual área onde se encontra o estacionamento para estudantes.

15. Aqui temos uma outra foto da mesma sequência da anterior em outro ângulo. Vemos no pé da imagem uma grande parte do Parque Proletário e no canto superior direito a Rua Marquês de São Vicente.
 
16. Nesta foto próxima de 1950 vemos o primeiro bloco do Conjunto Residencial Marquês de São Vicente sendo construído. Av. Padre Leonel Franca, nº 261. O planejamento previa a entrega de oito blocos destinados à famílias de baixa renda que seriam remanejadas de outros cantos da cidade e também do Parque Proletário ao lado, mas apenas este principal bloco foi entregue em 1952 e os terrenos destinados aos demais acabaram servindo a outras finalidades como
o Planetário, inaugurado em 1971, ou vendidos para a construção de prédios para a classe média. Curioso observar em primeiro plano alguns barracos ao redor do parque o que acabou transformando-o numa grande favela. Os moradores para cá vieram na esperança de obter um apartamento no conjunto residencial. No alto vemos o Morro Dois Irmãos em ângulo incomum.
 
17. 1968. Flagrante do dia a dia da favela incrustada num dos locais mais valorizados da Zona Sul. Famílias de baixa renda viviam em barracos com péssimas condições sanitárias. A exemplo de outras tantas foi totalmente removida no decorrer dos anos 70, sob protestos.

18. Outro aspecto das obras do conjunto residencial. Apartamentos com no máximo 45 m². A exemplo de São Paulo, aqui também ficou conhecido como "Minhocão da Gávea".
 
19. Esta interessante foto, ao redor de 1952, mostra no fundo o Conjunto Residencial Marquês de São Vicente e em primeiro plano alguns barracões do Parque Proletário.
 
20. Aspecto do desmonte de alguns barracões do Parque Proletário em 1970 vendo-se no canto superior direito parte do conjunto residencial anteriormente citado.
 
20a. Parte do conjunto residencial foi sacrificado para a passagem da Autoestrada Lagoa-Barra.
 
21. Aqui temos uma foto aérea do trecho do conjunto residencial em meados dos anos 80. A lateral direita da imagem composta pelos algarismos 5, 6 e 8 era ocupada pelo Parque Proletário da Gávea. Vamos as indicações:
1) Av. Padre Leonel Franca;
2) Conjunto Residencial Marquês de São Vicente;
3) Túnel Acústico Rafael Mascarenhas;
4) Centro Municipal de Saúde Píndaro de Carvalho Rodrigues;
5) Rua Vice-governador Rubens Berardo;
6) Planetário da Gávea;
7) Terminal de ônibus da PUC;
8) Estacionamento para estudantes; e
9) PUC.
Em 1982 o sinuoso prédio perdeu parte de dois andares mais baixos para a passagem da Autoestrada Lagoa Barra, principal elo de ligação entre a Zona Sul e a Barra da Tijuca.
 
21a. 1982. Operários fazem a limpeza da pista antes da inauguração do trecho da autoestrada (Túnel Acústico) que passa sob o conjunto residencial.

22. Escola Municipal Luiz Delfino, localizada no nº 238 da Rua Marquês de São Vicente, em frente ao portão da PUC, onde há um sinal para pedestres. Fundada em 1874 como nome de Escola da Freguesia de N. Sra. da Conceição da Gávea, ainda existe.
 
23. Foto ao redor de 1976 no auge das danceterias. Aqui vemos a The Frenetic Dancin'Days, discoteca famosa da época localizada no Shopping da Gávea (inaugurado em 1975). Hoje no local funciona o Teatro dos Quatro. Rua Marquês de São Vicente, nº 52.

24. Começo dos anos 50. Não foram encontradas fotos antigas disponíveis na web do Parque da Cidade. No local ficava a antiga propriedade rural do Marquês de São Vicente (1803-1878) que deu nome a principal rua do bairro, e sua residência hoje abriga o Museu Histórico da Cidade. No começo dos século XX a área pertencia a tradicional família Guinle que doou as terras à prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. O parque foi aberto pouco depois e localiza-se no final da Estrada Santa Marinha, uma saída da Estrada da Gávea. O extenso parque com muitas vias pavimentadas é um agradável local à visitação pública e com excelente preservação ambiental. Infelizmente ao longo dos últimos vinte anos uma comunidade se formou e continua crescendo às margens da estrada de acesso ao parque o que tem afastado os turistas.
 
25. Foto colorizada de 1951.
 
26. Antiga Estação de Bondes do bairro. Localizada na Rua Marquês de São Vicente, em frente à atual PUC, na altura da Rua Duque Estrada. Conhecida como Estação de Olaria, foi contruída por volta de 1875 para servir a linha 10 (Carioca x Gávea). Demolida na primeira metade do século 20 para dar lugar a um prédio de apartamentos.

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

GÁVEA - Jockey Club Brasileiro e Praça Santos Dumont

Jockey Club Brasileiro

  

1. Rara imagem do começo dos anos 20 no aterro feito às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas onde será construído o Hipódromo da Gávea do Jockey Club em obra que levaria seis anos. É de se supor que a fumaça vista à direita está sendo emitida pela Fábrica de Tecidos Corcovado. Nota-se ainda as palmeiras do Jardim Botânico na lateral esquerda.

2. As tribunas sendo construídas em panorama traseiro. Ao fundo vemos o Morro do Corcovado sem a estátua do Cristo Redentor.

 
3. 1926.

 
3a. 1926.

 
4. 1926. A pista da grande reta de chegada já está delineada diante da tribuna.

4a. O prado em 1925.
 
5. Inaugurado em 1926. Sua arquitetura destaca-se pela originalidade.

5a. 1926.

6. A entrada social do clube já pronta com a famosa estátua equestre vista à direita. Quase nada mudou em relação aos dias de hoje.

 
7. Visão frontal.
 
8. Uma obra belíssima como resultado final. Praça Santos Dumont, nº 31.

9. Foto de 1926. O Jockey Club Brasileiro nasceu da fusão do Derby Club com o Jockey Club em 1932. Ambos tinham suas sedes,  lado a lado, na esquina da Av. Rio Branco com Av. Almirante Barroso, no centro. O prado do Derby Club ficava localizado onde foi construído do Estádio do Maracanã em 1950.
 
10. Cerca de 1927. O hipódromo tem capacidade para 80 mil pessoas, 3 mil assentos, tribunas para 2.300 pessoas, casa de apostas, vila hípica, clube social, escola para aprendizes de jóquei, escola pública primária, galeria de arte, palco para diversos eventos e restaurantes famosos. O prado dispõe de duas pistas: uma de grama com 2.200 metros e outra de areia com 2.040 metros.
A área total alcança 640 mil m².
 
11. 1932. Comparar com foto 2.

12. Um ângulo pouco comum. O fotógrafo está provavelmente numa das torres da entrada principal com sua câmera voltada para a futura Praça Santos Dumont. Vemos ao fundo a Rua Marquês de São Vicente em profundidade com a torre da Igreja de N. Sra. da Conceição na calçada esquerda, nº 19.
 
13. Dia de corrida em 1926.

14. Visão oposta e contemporânea a anterior.

15. Casa lotada nos anos 30. Observar um fotógrafo no alto da cobertura.

 
16. A linha de chegada de um grande prêmio disputado em 1932.
 
17. Anos 30. O primeiro Grande Prêmio Brasil foi disputado em 1933.

 
18. O famoso relógio.
 
18a. 1926. O Jockey é hoje o palco mais tradicional do turfe no Brasil.
 
19. Década de 30.

 
20. 1954.
 
20a. Grande Prêmio do Brasil 1955.
 
 
20b. Idem.

 
21. 1957.
 
22. Data desconhecida.

23. 1946.
 
23a. Imagem colorizada de 1949.

24. Anos 40/50.

24a. Idem.

24b. Idem.

24c. Imagem oposta a anterior com o Morro Dois Irmãos ao fundo.

25. Anos 30. Vide foto 7.

26. Anos 40.

27. Anos 50.

28. Elegância feminina no Grande Prêmio Brasil de 1941.

 
29. Imagem aérea sem data. Observar a proximidade da margem da Lagoa. Não existia a Av. Borges de Medeiros e para contornar era necessário seguir pela Rua Jardim Botânico a partir da Ilha do Piraquê.

30. Outra panorâmica de 1954.

31. Imagem obtida a partir do Morro do Corcovado nos anos 30.

31a. Outra foto em ângulo semelhante tirada do Corcovado.

 Praça Santos Dumont
 (antiga Praça Artur Bernardes)

 
32. A praça foi construída logo após a conclusão do Hipódromo da Gávea. Nesta foto de 1926 a Rua Marquês de São Vicente é identificada ao fundo no centro da imagem.
 
33. O matagal que ali existia era conhecido anteriormente como Largo das Três Vendas e depois Largo de N. Sra. da Conceição. Ao fundo vemos o Jockey Club já totalmente construído quando a praça estava na fase final de urbanização.

  
34. Final dos anos 20. A praça tornou-se naturalmente o local dos carrões de luxo estacionarem para que seus donos pudessem assistir as corridas do hipódromo.

35. Inauguração dos prédios masculino e feminino da Escola Profissional Álvaro Batista. Em 1927 o prédio à esquerda, para meninos, transformou-se na atual Escola Júlio de Castilho e, em 1935, o prédio à direita, para meninas, foi ocupado pela atual Escola Manoel Cícero. Ambos ainda existem e foram tombados em 1990 pelo patrimônio histórico e cultural da cidade. Praça Santos Dumont, nºs 86 e 96, ladeando a Rua Orsina da Fonseca.