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quinta-feira, 18 de novembro de 2021

JARDIM BOTÂNICO - Parque, rua e arredores

Parque

 
1. 1863. Fundado pelo Príncipe Regente D. João VI em 1808 como o nome de Real Horto Botânico.
 
2. Cerca de 1860. Inicialmente seu objetivo básico era a criação de um jardim de aclimatação para sementes e mudas assim como pesquisa botânica de diversas espécies de plantas nativas das Índias Orientais e o cultivo de chá, cana, noz moscada, cravo, canela e outras lavouras com finalidade econômica.

3. Portão de entrada em foto de 1862. Ao longo dos anos o Jardim Botânico passou a receber visitação de pessoas da alta classe para aproveitar o excelente lazer do local.
 
4. O mesmo portão anterior em 1867. Após a Proclamação da Independência, em 1822, o horto passou a se chamar Real Jardim Botânico e pessoas de qualquer classe social podiam visitá-lo. O nome do bairro teve origem aí. Hoje em dia o local é uma das atrações preferidas de turistas nacionais e internacionais.
 
4a. 1880. A antiga entrada.
 
4b. 1904. A entrada vista por dentro em foto extraída de cartão postal.

 
4c. 1904. Foto em visão oposta a anterior.

4d. 1906.
 
 
5. 1875. Diversidade de flores, plantas e animais.
 
6. 1880. O Jardim Botânico tem uma área de 540 mil m² e mais de 3.400 espécies de plantas de várias partes do planeta.

6a. 1882. A famosa aleia das palmeiras imperiais que chegam a medir a altura de um prédio de 15 andares.

7. 1885. A quantidade de vegetação e a proximidade da Lago Rodrigo de Freitas dão ao bairro um clima agradável.

7a. 1885.
 
8. Foto ao redor de 1890. Ao que parece, ao fundo fica a entrada do parque. Seria o lado oposto das fotos 3 e 4.
 
9. 1894. Patrimônio nacional preservado pelo Iphan desde 1937 e também reserva da biosfera pela Unesco em 1991.

9a. 1890. Uma das belas alamedas do local. Observar à esquerda uma planta com placa identificadora.

10. 1890. Montículo Frei Leandro em homenagem a seu primeiro diretor.

10a. 1904.
 
11. Sem data.
 
11a. 1909.

11b. 1918.

11c. 1875.
 
12. 1890. Área dos enormes bambuzais.
 
13. 1897. Há diversos caminhos por onde se pode circular observando a beleza das plantas cultivadas.
 
14. 1890.

15. Aleia da palmeiras imperiais ao redor de 1908.
 
16. Aleia Barbosa Rodrigues, a principal do parque, em imagem de 1893. 

16a. Excursão escolar ao Jardim Botânico em 1909.
 
16b. 1909. Elegantes senhoras chegam para visitar o parque.
 
17. Anos 20. O parque é um santuário ecológico.

18. 1903. Lago Frei Leandro ou Lago da Vitória Régia.
 
19. Cerca de 1920. Planta aquática típica da região amazônica.

19a. 1914.
 
18b. 1914.

20. Sem data conhecida.
 
20a. Não temos a data desta foto. Há no local orquídeas, bromélias, cactos e pequenos animais silvestres.
 
21. O belo Chafariz das Musas localizado no cruzamento de duas aleias em foto de 1914. Instalado em 1905, permanece no local ainda hoje. Anteriormente estava no Largo da Lapa.

22. O mesmo trecho anterior ao redor de 1920.
 
22a. Sem data. O chafariz em detalhes.
 
23. Sem data. Em 2023 o parque completou 215 anos !
 
24. O mesmo local da foto anterior em foto ao redor de 1930.

25. Anos 40. Monumento não identificado.
 
25a. 1918.

26. Policiamento no parque em 1958.

Rua Jardim Botânico e arredores

 
27. 1889. À esquerda vemos o portão de entrada do Parque (vide fotos 3 e 4). Ao fundo está o Morro do Corcovado. 

 
28. 1885. Ao fundo o Morro Dois Irmãos no Leblon.
 
28a. 1885. Provavelmente o mesmo dia da foto anterior.
 
29. Linda pintura de 1880 captando o mesmo ângulo da foto acima.

30. 1909.
 
30a. Cerca de 1900.
 
31. A nova entrada do parque em foto ao redor de 1914. Rua Jardim Botânico, nº 1.008.

32. Anos 20. Nos dias atuais pouco mudou.

 
32a. 1918. Visão lateral da entrada do parque. A Rua Jardim Botânico corre à direita.

  

32b. 1955.

 
33. Alargamento da Rua Jardim Botânico. As pistas eram divididas ao meio por uma estreita calçada com postes de iluminação.
 
33a. Década de 20.

34. A via teria um canteiro central.
 
35. Início dos anos 20 no cruzamento da Rua Pacheco Leão, à direita. Observar à esquerda o muro do Jóquey Club em construção.

35a. Outra foto contemporânea. Bonde 61 atravessa o cruzamento com a Rua General Garzon, à esquerda.

36. O mesmo trecho da foto acima em data posterior. O muro do Jóquei já está pronto após a atual Rua General Garzon.
 
37. Imagem recente do mesmo local extraída do Street View.
 
38. Uma família posa para uma foto em 1936 na Rua Jardim Botânico. Ao fundo o Morro do Corcovado.

39. Anos 60.
 
40. Temporal de 1988. A rua sempre sofreu com alagamentos.

40a. 1988. Problema insolúvel ainda hoje.

41. Cinema Floresta, funcionou de 1960 a 1976. Antigo cinema Jussara, aberto em 1922. Rua Jardim Botânico, nº 674, hoje Centro Empresarial Jardim Botânico, ao lado do Supermercado Pão de Açúcar.
 
42. Cinema Jussara, sucessor do Floresta em foto ao redor de 1964. Fechou as portas em 1972 e foi demolido posteriormente.
 
43. 1971. Torcedores do Fluminense em um Opala entrando na Rua Lopes Quintas no ano em que o clube foi campeão carioca. O Posto Shell visto na direita não mais existe.

44. Anos 60. Foto do mesmo trecho da Rua Jardim Botânico, entretanto o fotógrafo está com sua  câmera voltada para as palmeiras do Jardim Botânico, após a Rua Pacheco Leão, ao fundo.
 
45. Década de 60, época na qual o bairro ainda era bem tranquilo. Após a inauguração do Túnel Rebouças, em 1968, o trânsito da Rua Jardim Botânico tornou-se intenso.

45a. 1960. Outro aspecto da rua no mesmo trecho visto na foto anterior.
 
46. Anos 70. A primeira sede da TV Globo localizada na Rua Von Martius, nº 22 (à esquerda), esquina com Rua Pacheco Leão.
 
47. Anos 70. Com o crescimento da TV, mais dois escritórios foram abertos ao longo da Rua Jardim Botânico e um na Rua Lopes quintas.
 
48. Construção da TV Globo em foto de 1963. O prédio antigo visto à direita logo vai desaparecer. A emissora foi inaugurada dois anos depois.
 
49. Anos 90. Teatro Fênix, pertencente à TV Globo, onde se faziam programas como Domingão do Faustão (vide letreiro), Show da Xuxa e a Discoteca do Chacrinha, antes da inauguração do Projac em 1995. O teatro era mais conhecido como Central Globo de Produções e começou a funcionar em 1972. Av. Lineu de Paula Machado, nº 1.000, próximo à Rua General Garzon. No local hoje existe um moderno prédio residencial, Condomínio Lagoa Stylus.
 
50. Anos 50. Nesta foto, dos anos 50, vemos o maior posto de gasolina do bairro. Posto Shell, localizado na Rua Jardim Botânico, nº 568, em frente ao Hospital da Lagoa (antigo Hospital dos Bancários), na quadra entre as estreitas Ruas Conde Afonso Celso (ao fundo) e Oliveira Rocha. Desapareceu em 2012 para dar lugar a um enorme prédio comercial de 5 andares e diversas lojas no térreo, chamado Touch Escritórios Inteligentes. O prédio antigo de 2 andares visto ao fundo ainda está de pé.

50a. Provável início dos anos 60. Estamos diante de uma concessionária Volkswagem existente na Rua Jardim Botânico, nº 705. Além da venda de veículos, havia também oficina mecânica cujo portão de entrada tinha como decoração original um "fusca" cortado ao meio em plano elevado. 
 
50b. Em 1968, após reforma do prédio, substituiram o "fusca" por um Puma, entretanto os novos proprietários revendiam este famoso carro esportivo como também motos Honda. Na década de 90 voltou a ser novamente concessionária VW, a Jardim Botânico Veículos. Atualmente no local, agregando áreas adjacentes, existe um enorme condomínio residencial envidraçado (Ed. JB, nº 695) com entrada pela Rua Sturnino de Brito.
 
51. Cerca de 1910. Fábrica de Tecidos e Fiação Carioca, localizada na Rua Pacheco Leão, nº . Fundada em 1890, trinta anos depois foi comprada pela América Fabril. Junto com a Fábrica Corcovado, nas imediação, fez com que o bairro se tornasse industrial com a concentração de muitos operários que acabaram procurando residência nas proximidades, formando vilas.
 
52. Cia. de Fiação e Tecelagem Corcovado, fundada em 1889 e situada na Rua Jardim Botânico, nº 418, aproximadamente no atual trecho da Sociedade Hípica Brasileira.
 
52a. Foto de Marc Ferrez obtida da altura da Fonte da Saudade mostra a fábrica de tecidos acima citada do outro lado da Lagoa.

52b. Esta foto aérea, ao redor de 1921, é bastante interessante porque capta o famoso "Chapéu do Sol", mirante existente no alto do Morro do Corcovado, antes da instalação, em 1931, da estátua do Cristo Redentor. O panorama abaixo mostra:
1) Ilha do Piraquê;
2) Fábrica de Tecidos Corcovado; e
3) Local do futuro Jockey Clube.
 
53. Foto de 1942 mostra um veículo movido à gasogênio estacionado na Rua Nascimento Bitencourt, nº 74, próxima ao Parque Laje. A casa não existe mais e no local foi erguido um prédio residencial (Ed. Villa Verde).
 
54. Estamos em 1966 em foto obtida do final da Rua Humaitá vendo-se ao fundo o Viaduto Saint Hilaire que conduz o trânsito ao Túnel Rebouças. É interessante observar a placa indicativa vista na lateral esquerda: em frente: Túnel Rebouças, Jardim Botânico e Jóquei Club; sentido à esquerda: Fonte da Saudade, Igreja Santa Margarida Maria e Avs. Borges de Medeiros/Epitácio Pessoa.
 
54a. Novamente estamos no enontro da Rua Jardim Botânico (à esquerda, fora da foto) com Rua Humaitá (à direita). A via perpendicular na extrema esquerda é a pequena Rua Frei Veloso, hoje uma alça de acesso ao Túnel Rebouças para quem vem do Humaitá, sem passar pelo viaduto. O casarão de pedras visto foi demolido no começo dos anos 2.000 para a construção do Ed. Portal da Lagoa, Rua humaitá, nº 422.
 
55. 1937. Esta é a extinta Praça Piaçava, localizada no encontro das Ruas Jardim Botânico, Humaitá e Fonte da Saudade até às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas. Com a construção dos acessos viários aos Viadutos Saint Hilaire e Engenheiro Humberto Vital Bandeira de Melo, nos anos 60 e 80, que fazem entrada no Túnel Rebouças, sobre a Rua Jardim Botânico (foto anterior), a praça desapareceu. Hoje na região da antiga praça existem três: Praça Marcos Tamoyo, Praça Henrique Brito e Cunha e Praça Quintino Bocaiuva. No fundo da foto, provavelmente, é o Morro da Saudade. 
 
56. Fotografia aérea ao redor de 1930 mostra toda a área do Parque Henrique Lage, localizado na Rua Jardim Botânico, nº 414. No pé da imagem, da esquerda para a direita, está a região atual da Hípica (parcialmente no canto) e do Clube Militar da Lagoa. Originalmente, no século XVI, era um engenho de açúcar. Ao redor de 1840 as terras então pertencentes ao militar Rodrigo de Freitas (que deu nome à Lagoa) mandou reformar o terreno que era florestal em belos jardins entrecortados por aleias sinuosas, vendendo parte da propriedade à família Martins Lage em 1859. Na década de 20 o casarão principal foi construído em estilo eclético para ser a residência de um dos membros da família que acabara de se casar. Em 1957 a chácara foi tombada pelo Iphan e em 1966 o casarão passou a ser sede do Instituto de Belas Artes, sucedido pela Escola de Artes Visuais - EAV em 1975. No ano seguinte o parque finalmente passou ao domínio da União e hoje pertence ao Ibama.

57. Visão aérea recente. Fica localizado aos pés do Morro do Corcovado, numa área de 210 mil m². Abriga jardins, florestas, grutas, lagos, ilhas, represas, aquário, chafariz, pontes, playground, área para piquenique e o citado casarão visto bem nesta imagem. Na área central descoberta do palacete há um bistrô avarandado onde é possível desfrutar refeições, lanches ou café às margens de uma piscina muito charmosa. Local de visitação pública muito procurado por turistas à semelhança do Jardim Botânico, a poucos quilômetros dali.
 
58. Nesta outra foto aérea sem data conhecida vemos a região em frente ao Parque Laje (fora da imagem), do outro lado da Rua Jardim Botânico. A grande mansão no centro da foto ficou conhecida como Solar Monjope, entretanto não resistiu à especulação imobiliária e foi demolida para a construção de oito prédios de apartamentos com dois andares (nºs 321, 315, 311, 309, 305, 301, 295 e 291)
1) Terreno da futura sede esportiva do Clube Militar da Lagoa (nº 391);
2) Rua Doutor Neves da Rocha;
3) Av. Lineu de Paula Machado;
4) Rua Jardim Botânico;
5) Terreno do futuro Posto Ipiranga; e
6) Rua Carlos Esmeraldino.

domingo, 31 de outubro de 2021

GÁVEA - Outros locais

1. Rua Marquês de São Vicente em fotografia dos anos 60. O segundo caminhão estacionado à esquerda está diante do portão da Igreja de N. Sra. da Conceição, logo após a um Posto Atlantic. As árvores densas vistas ao fundo estão no terreno do futuro Shopping da Gávea, em frente à Rua Artur Araripe e a "Rural" subindo a rua, à direita, está em frente ao extinto Supermercado Mar e Terra.

2. Foto sem data conhecida da Igreja de N. Sra. da Conceição, localizada na Rua Marquês de São Vicente, nº 19.
 
2a. Foto sem registro de data.

 
3.1972. Trecho da Rua Marquês de São Vicente próximo ao nº 188. Observar à esquerda o canal do Rio Rainha que corre lateralmente a via à céu aberto. O rio nasce no Maciço do Tijuca, passa pelo Parque da Cidade, escorre pela principal rua do bairro ao lado da PUC, cruza o Parque Proletário da Gávea, atravessava a Rua Artur Araripe (ao lado do prédio nº 63) e deságua no Canal da Av. Visconde de Albuquerque. A partir dos anos 30 o rio começou a ser usado como depósito de lixo e esgoto lançados ao longo de seu percurso e hoje está totalmente poluído.

3a. 1928. Rua dos Oitis.

4. Foto ao redor de 1954 mostra a Parque Proletário Provisório da Gávea. Era uma série de barracões construídos em 1942 destinada a famílias de baixa renda desalojadas de favelas removidas de outros cantos da cidade, principalmente a do chamado Largo da Memória onde hoje se localiza o 23º BPM, entre a Av. Visconde de Albuquerque e a Av. Bartolomeu Mitre. A promessa era que ali fosse erguido um conjunto habitacional para estas famílias, o que nunca aconteceu. Havia três destes parques: este da Gávea (nº 1), um no bairro do Caju (nº 2) e outro entre a Favela da Praia do Pinto e o Clube Flamengo, no Leblon (nº 3).
 
5. Fotografia aérea dos anos 60 mostra a região inicial da Rua Marquês de São Vicente e todo seu entorno. Observar as indicações para se posicionar. No canto superior esquerdo, onde a Rua Artur Araripe se encontra com a Av. Visconde de Albuquerque, existe hoje a Praça Sibélius que é cortada pela Autoestrada Lagoa Barra em direção ao Túnel Acústico. O trecho onde se localizava a Fábrica de Tecidos Sudantex e três laboratórios (Park-Davis,  Moura Brasil e Merrel) foi extinto e ocupado, nos anos 70/80, por prédios modernos na atual Rua Vice Governador Rubens Berardo e Rua Professor Manoel Ferreira. Já o extinto Parque Proletário, no canto superior direito, foi removido no começo da década de 70 para dar lugar ao Planetário da Gávea.
 
6. Agora estamos em 1975 vendo alunos da PUC entrando na universidade pelo portão da Rua Marquês de São Vicente, nº 225.

6a. 1968. Um "lotação" Mercedes parado em frente ao portão da PUC aguarda enquanto passageiros embarcam.

 
7. Aqui vemos uma foto do local de largada de uma prova automobilística do Circuito da Gávea de 1940. O casarão à esquerda é hoje ocupado pelo Departamento de Serviço Social da PUC, nº 215 da Rua Marquês de São Vicente.

 
8. 1937. A largada do GP, em frente à antiga sede do Automóvel Clube do Brasil- ACB, patrocinador do evento. O circuito possuía 11 quilometros e contornava o Morro Dois Irmãos, partindo da Rua Marquês de São Vicente e seguindo pela Av. Bartolmeu Mitre, Av. Visconde de Albuquerque, Av. Niemeyer e Estrada da Gávea.

8a. Provavelmente o mesmo dia da foto anterior, momentos antes da largada.
 
8b. A largada do circuito em 1936. As provas foram disputadas entre 1933 e 1954.
 
8c. 1952.

8d. Sem data.

8e. Largada em dia chuvoso.
 
8f. Foto colorizada da prova de 1938.
 
9. 1980. Aspecto da entrada da Pontifícia Universidade Católica - PUC pela Av. Padre Leonel Franca. À esquerda o Ed. Cardeal Leme e à direita a Ala Frings.

10. Dia da inauguração da PUC em 1955.

11. Anos 50.
 
12. 1970. Bar da universidade no térreo do Ed. Cardeal Leme.
 
13. Anos 70. Pilotis JFK. Local de encontros, concentração e protestos.
 
14. Fotografia aérea do campus da PUC em 1974. No canto superior direito vemos o Parque Proletário da Gávea na atual área onde se encontra o estacionamento para estudantes.

15. Aqui temos uma outra foto da mesma sequência da anterior em outro ângulo. Vemos no pé da imagem uma grande parte do Parque Proletário e no canto superior direito a Rua Marquês de São Vicente.
 
16. Nesta foto próxima de 1950 vemos o primeiro bloco do Conjunto Residencial Marquês de São Vicente sendo construído. Av. Padre Leonel Franca, nº 261. O planejamento previa a entrega de oito blocos destinados à famílias de baixa renda que seriam remanejadas de outros cantos da cidade e também do Parque Proletário ao lado, mas apenas este principal bloco foi entregue em 1952 e os terrenos destinados aos demais acabaram servindo a outras finalidades como
o Planetário, inaugurado em 1971, ou vendidos para a construção de prédios para a classe média. Curioso observar em primeiro plano alguns barracos ao redor do parque o que acabou transformando-o numa grande favela. Os moradores para cá vieram na esperança de obter um apartamento no conjunto residencial. No alto vemos o Morro Dois Irmãos em ângulo incomum.
 
17. 1968. Flagrante do dia a dia da favela incrustada num dos locais mais valorizados da Zona Sul. Famílias de baixa renda viviam em barracos com péssimas condições sanitárias. A exemplo de outras tantas foi totalmente removida no decorrer dos anos 70, sob protestos.

18. Outro aspecto das obras do conjunto residencial. Apartamentos com no máximo 45 m². A exemplo de São Paulo, aqui também ficou conhecido como "Minhocão da Gávea".
 
19. Esta interessante foto, ao redor de 1952, mostra no fundo o Conjunto Residencial Marquês de São Vicente e em primeiro plano alguns barracões do Parque Proletário.
 
20. Aspecto do desmonte de alguns barracões do Parque Proletário em 1970 vendo-se no canto superior direito parte do conjunto residencial anteriormente citado.
 
20a. Parte do conjunto residencial foi sacrificado para a passagem da Autoestrada Lagoa-Barra.
 
21. Aqui temos uma foto aérea do trecho do conjunto residencial em meados dos anos 80. A lateral direita da imagem composta pelos algarismos 5, 6 e 8 era ocupada pelo Parque Proletário da Gávea. Vamos as indicações:
1) Av. Padre Leonel Franca;
2) Conjunto Residencial Marquês de São Vicente;
3) Túnel Acústico Rafael Mascarenhas;
4) Centro Municipal de Saúde Píndaro de Carvalho Rodrigues;
5) Rua Vice-governador Rubens Berardo;
6) Planetário da Gávea;
7) Terminal de ônibus da PUC;
8) Estacionamento para estudantes; e
9) PUC.
Em 1982 o sinuoso prédio perdeu parte de dois andares mais baixos para a passagem da Autoestrada Lagoa Barra, principal elo de ligação entre a Zona Sul e a Barra da Tijuca.
 
21a. 1982. Operários fazem a limpeza da pista antes da inauguração do trecho da autoestrada (Túnel Acústico) que passa sob o conjunto residencial.

22. Escola Municipal Luiz Delfino, localizada no nº 238 da Rua Marquês de São Vicente, em frente ao portão da PUC, onde há um sinal para pedestres. Fundada em 1874 como nome de Escola da Freguesia de N. Sra. da Conceição da Gávea, ainda existe.
 
23. Foto ao redor de 1976 no auge das danceterias. Aqui vemos a The Frenetic Dancin'Days, discoteca famosa da época localizada no Shopping da Gávea (inaugurado em 1975). Hoje no local funciona o Teatro dos Quatro. Rua Marquês de São Vicente, nº 52.

24. Começo dos anos 50. Não foram encontradas fotos antigas disponíveis na web do Parque da Cidade. No local ficava a antiga propriedade rural do Marquês de São Vicente (1803-1878) que deu nome a principal rua do bairro, e sua residência hoje abriga o Museu Histórico da Cidade. No começo dos século XX a área pertencia a tradicional família Guinle que doou as terras à prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. O parque foi aberto pouco depois e localiza-se no final da Estrada Santa Marinha, uma saída da Estrada da Gávea. O extenso parque com muitas vias pavimentadas é um agradável local à visitação pública e com excelente preservação ambiental. Infelizmente ao longo dos últimos vinte anos uma comunidade se formou e continua crescendo às margens da estrada de acesso ao parque o que tem afastado os turistas.
 
25. Foto colorizada de 1951.
 
26. Antiga Estação de Bondes do bairro. Localizada na Rua Marquês de São Vicente, em frente à atual PUC, na altura da Rua Duque Estrada. Conhecida como Estação de Olaria, foi contruída por volta de 1875 para servir a linha 10 (Carioca x Gávea). Demolida na primeira metade do século 20 para dar lugar a um prédio de apartamentos.