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segunda-feira, 27 de junho de 2022

ATERRO DO FLAMENGO - Museu de Arte Moderna e Monumento aos Mortos da II Guerra Mundial

 Museu de Arte Moderna - MAM

 
1. 1954. Placa indicativa do terreno onde será construído o museu.
 
1a. O museu foi criado em 1948 e provisoriamente instalado em salas da sede do Banco Boavista. Quatro anos mais tarde foi transferido para o Palácio Capanema, sede do Ministério da Educação e Saúde, na Av. Graça Aranha, no Castelo. Em 1963, já no Aterro do Flamengo, a sede definitiva do museu foi inaugurada num terreno de aproximadamente 4 mil m². O conjunto é composto por dois blocos - Bloco Exposição e Bloco Escola.

2. Foram 9 anos até a conclusão dos dois blocos.
 
3. Este é o chamado Bloco Escola, anexo ao museu, inaugurado em 1958 e local provisórios de diversas exposição até a conclusão do Bloco Exposição em 1963, cujos andaimes da obra ainda podem se vistos na lateral direita desta foto.
 
4. Obra em andamento em foto sem data. Endereço: Av. Infante Dom Henrique, nº 85 - Parque do Flamengo.

5. Foto obtida do terraço anexo.
 
5a. Cerca de 1964. Passarela em fim de construção.

6. Cerca de 1962. Visão obtida sob a passarela em frente ao museu.

7. As colunas modernas inclinadas.
 
 
8. Chama a atenção a sinuosidade das escadas.

 
9. A conclusão do Bloco Exposição em 1963.

10. Um clássico da arquitetura modernista brasileira, projeto creditado a Affonso Eduardo Reidy (1909-1964). Vide foto 3.

11. Os fundos do museu em foto com data desconhecida.

12. Prédio anexo em foto dos anos 60. Vide fotos 3 e 10. 

13. Paisagismo à cargo de Roberto Burle Max (1909-1994). É o lado oposto da foto anterior.

14. Excelente panorâmica aérea de 1972 revela com exatidão a posição do MAM. Observar a passarela sobre as pistas ligando o museu até a Av. Beira-mar. Vide foto 6.

14a. Foto aérea do final dos anos 60.
 
14b. 1973.

14c. 1967.

15. Em 1978 um violento incêndio destruiu 90% do acerto do museu. Um perda irreparável para a arte e a cultura brasileiras. A estrutura do prédio resistiu e pode ser restaurada, mas o museu para continuar a existir teve de ser reinventado.

15a. 1990. Dez anos após o incêndio, o MAM estava de volta ao cenário cultural da cidade.
 
16. Foto recente. O acervo do museu conta com mais de 7 mil obras de arte moderna e contemporânea nacionais e internacionais. Há também 6.600 obras em regime de comodato e coleção de fotografias.

16a. Em 2006 a Casa de Show Vivo Rio foi inaugurada no local anexo ao MAM.

Monumento Nacional aos Mortos da II Guerra Mundial

16b. Aqui vemos uma imagem de 1955 quando a Enseada da Glória ainda não havia sido aterrada. Este trecho, pela distância do Hotel Glória ao fundo, deve ser nas proximidades da Igreja de Santa Luzia, onde havia uma praia no começo do século XX. Vide postagem .

17. O obras de construção do monumento iniciaram-se em 1957. Observar que nas imediações havia um parque de diversões funcionando provisoriamente. Ao fundo identifica-se a Igreja N. Sra. da Glória do Outeiro.

18. 1958. O monumento possui dois pilares paralelos de 31 metros de altura revestidos de granito com uma placa aberta em "v" de 220 m² assentada no alto. Simboliza dois braços levantados com as mãos abertas suplicando graças aos céus.

18a. Uma tomada pelos fundos do monumento, vendo-se ao longe a Igreja de N. Sra. da Glória do Outeiro.
 
19. Fotografia aérea de 1959 mostra a posição exata do monumento no Aterro do Flamengo: em frente à Praça Paris. Av. Infante Dom Henrique, nº 75.

 
20. A inauguração ocorreu em agosto de 1960.
 
20a. 1958. As pistas ainda em construção.
 
21. 1960. As pistas de rolamento ainda não estavam prontas. Na extrema esquerda vemos parte do MAM.

21a. 1960. Esta foto aérea é bastante esclarecedora. Vemos o monumento na parte baixa da imagem e o MAM no alto à direita. No canto superior esquerdo fica o Passeio Público e, em sua frente, a Praça Paris e a Av. Beira-mar. O Palácio Monroe é visto à direita do Passeio, onde termina a Av. Rio Branco, na Cinelândia. Chamamos sua atenção para o fato do Aterro do Flamengo já estar concluído neste trecho, entretanto as pistas de automóveis não. Atrás do monumento vemos uma pista sinuosa e provisória, de mão dupla, passando em frente ao MAM até a entrada da Av. Presidente Antônio Carlos. Na foto anterior também é possível vê-la sem movimento.

 22. Inauguração da Av. Infante Dom Henrique em 1960.
 
23. Visão completa do Monumento. Além das escadarias e seu pórtico, o conjunto dispões de um mausoléu, um museu e duas obras de arte, vistas à direita. Popularmente ficou mais conhecido como Monumento dos Pracinhas.
 
24. Anos 60. Detalhe da escultura metálica de autoria de Julio Catelli Filho representa, de forma abstrata, através de suas formas triangulares repetitivas, a guerra aérea sob o ponto de vista do observador em terra. No fundo da imagem, da esquerda para a direita, vemos o prédio da extinta Loja Mesbla (hoje C&A) e sua característica torre com relógio, o Ed. Francisco Serrador, na esquina da Rua Senador Dantas, o Ed. Odeon e o Palácio Monroe.

24a. Foto tirada dos jardins ao redor do monumento no final dos anos 60. Vemos os prédios acima das árvores do Passeio Público e parte da Cinelândia. Reconhecemos, a partir da esquerda: Ed. do Cinema Plaza, Ed. Boavista Seguros (Cinema Metro), Ed. Mesbla (com seu característico relógio), Ed. Francisco Serrador (na época hotel), Ed. Odeon (o mesmo do cinema homônimo), Monumento ao Marechal Deodoro da Fonseca, Palácio Monroe, Ed. São Borja e, ao lado, Ed. Brasília, já na extrema direita.
 
24b. Flagrante extraído de filme de 1968 por ocasião da visita da Rainha da Inglaterra, Elizabeth II (1926-2022), ao museu, quando depositou junto com seu esposo, Philip, Duque de Edimburgo (1921-2021), uma cora de flores aos soldados brasileiros tombados na 2ª Guerra Mundial. Notar no fundo, à direita, parte da mesma sequência de prédios vista na foto anterior.
 
25. Foto mais recente destaca a escultura em granito, atribuída a Alfredo Ceschiatti, homenageando três soldados, um de cada força: Marinha, Exército e Força Aérea.
 
26. Eis a cerimônia da chegada dos restos mortais dos soldados mortos ao monumento, transladados que foram do cemitério de Pistoia, na Itália. No subsolo, as urnas com os despojos foram depositadas nos respectivos jazigos do mausoléu.

27. O então Presidente da República, Sr. Juscelino Kubitschek de Oliveira (1902-1976), esteve presente a cerimônia.

28. Provável meados dos anos 60.
 
29. Domingo no Parque do Flamengo.

30. Tomada de 1965, ano comemorativo ao IV Centenário da fundação da cidade do Rio de Janeiro.
 
31. Foto sem data revela os belos jardins em desenho de ondas localizados entre o monumento e o MAM. No alto, à direita, identifica-se a Igreja N. Sra. da Glória do Outeiro.
 
31a. Anos 70. 

31b. 1971. Uma bela panorâmica com a parte superior do monumento e seu jardim no pé da imagem. Atrás vemos as instalações, lado a lado, das extintas companhias aéreas Varig e Vasp, próximas a cabeceira do Aeroporto Santos Dumont e, ao fundo, a cidade de Niterói, do outro lado da Baía de Guanabara.
 
32. Todo primeiro domingo de cada mês ocorre a mudança da tropa de guarda do monumento, a cargos das Forças Armadas. Nesta foto, de 1982, vemos um grupamento de Fuzileiros Navais marchando diante do monumento nesta cerimônia. A edificação cilíndrica na lateral direita é prédio do Ed. Santos Dumont, inaugurado em 1975, na Rua Santa Luzia, nº 651, esquina com Rua Calógeras.

32a. 1981.
 
33. Esta bela foto aérea abrange o MAM em primeiro plano, o Monumento dos Pracinhas, mais ao fundo e as pistas de rolamento da Av. Infante Dom Henrique. Notar ainda o gramado em formato de ondas citado na foto 30.
 
34. Provável 1970. No pé da imagem está a cúpula do Palácio Monroe, demolido em 1976. Observar também que a Marina da Glória não existia (atrás do Monumento aos Mortos).
 
35. Década de 80. Esta foto, de ângulo semelhante a pós anterior, abrange também a Marina da Glória.

domingo, 5 de junho de 2022

ILHA DO GOVERNADOR - Aeroporto do Galeão

 

1. Foto de 1952 mostra a entrada principal da estação de passageiros do Aeroporto. A história dele começa na década de 20 quando as operações aeronáuticas militares tiveram início no país. Em 1923 alguns terrenos da Ilha do Governador foram desapropriados pelo Governo Federal para construir-se o Centro de Aviação Naval do RJ e, no ano seguinte, a Escola de Aviação Naval foi transferida para o local, oriunda do antigo Arsenal de Marinha desde 1916. A Base de Aviação Naval teve sua denominação alterada, em 1941, para Base Aérea do Galeão, da Força Aérea Brasileira, onde funciona até hoje. Na década seguinte, até meados de 1935, a Base expandiu-se velozmente com a criação de oficinas, hangares, quartéis e alojamentos, além da criação do Correio Aéreo Nacional - CAN - e da primeira Fábrica Nacional de Aviões. Também, no local, instalaram-se as primeiras montadoras aeronáuticas internacionais que produziram aviões de uso civil e militar. Em 1945 a Base Aérea, impulsionada pelo crescimento do trânsito mundial de aeroplanos, foi elevada a categoria de Aeroporto Internacional do Galeão, em condições de receber novos e maiores aviões. Desde então a precariedade do embarque e desembarque de passageiros culminou, em 1952, com a inauguração da estação de passageiros, a qual agora passamos a mostras fotos.

2. Esta foto é do dia da inauguração do novo terminal de passageiros. O acesso ao aeroporto inicialmente era feito de forma bastante improvisada: através de lancha partindo do Terminal de Hidroaviões, na Baia de Guanabara, ao lado do Aeroporto Santos Dumont, até a ponte de desembarque do Galeão, na Ilha do Governador, e depois de ônibus até a estação de passageiros.
 
2a. Outro aspecto do dia da inauguração.

3. Data desconhecida. Pouco movimento ainda.

 
4. Idem.

5. 1952.

5a. Ao redor de 1955.

 
6. 1961.
 
7. Provável anos 60.
 
7a. 1966.
 
8. Anos 70. O movimento do aeroporto aumentara muito sobrecarregando suas instalações.

9. Foto contemporânea a anterior.
 
10. Esta foto, também dos anos 60, revela o lado oposto das imagens anteriores. É o local voltado para o pátio de manobras e as pistas. É bastante semelhante aquela, entretanto possui uma varanda onde o público pode assistir aos pousos e decolagens das aeronaves.

10a. Data desconhecida.
 
10b. Flagrante da varanda em 1959.
 
11. 1952. Embarque de passageiros.
 
12. 1954. A varanda de observação está lotada de pessoas. Notar as escalas preparadas para encostar nas aeronaves.

13. 1958. Os aviões estacionavam bem próximo ao saguão de desembarque.
 
14. Imagem de baixa qualidade de 1961, entretanto com boa amplitude permitindo conhecer melhor este lado da estação.
 
14a. 1964.

15. Outra foto de 1961 mostra um avião da Varig não identificado desembarcando passageiros pela porta traseira da barriga.

16. Aspecto do saguão de passageiros e check-in em dia de muito movimento.

17. Bancos de espera, comércio de joias e escadas para o andar superior.

18. 1952. Local para despachar malas e bagagens.

18a. 1952. Sem esteiras rolantes.

19. 1952. Os guichês das companhias aéreas à direita e, lá no fundo, o setor de despacho de bagagens visto nas fotos anteriores.
 
19a. Anos 60. Guichê da Varig.
 
20. 1952. Cafezinho e bate-papo.

21. 1952. Restaurante no segundo andar. Visão privilegiada do pátio e das pistas de pouso e decolagem.

21a. O projeto do novo Galeão datado de 1971. A parte baixa é o velho e a de cima o novo. É evidente que o projeto foi alterado, já que os semi círculos à direita não foram executados.

22. No começo dos anos 70 era notório que o Aeroporto do Galeão precisava ser expandido. Nesta foto vemos a fase inicial das obras de construção do chamado Terminal 1.
 
23. Aspecto das obras em foto de 1973. O projeto inicial previa a entrega do novo aeroporto em meados de 1974, entretanto o Terminal 1 foi entregue em janeiro de 1977 e o Terminal 2, vinte e dois anos mais tarde, em 1999.
 
24. Cerca de 1975. O projeto seguiu o que havia de mais moderno na época para aeroportos internacionais. A enorme área escolhida, no lado oposto à Base Aérea, onde foi erguido o novo empreendimento, exigiu o aterramento e extinção do antigo bairro Itacolomi da Ilha do Governador, distante 20 km do centro da cidade. Pouco mais de 20 anos depois da inauguração, em 1999, o Terminal 2, dos quatro inicialmente projetados, foi entregue e todo o complexo passou a se chamar Aeroporto Internacional Tom Jobim. Em 2016 uma área anexa ao Terminal 2, chamada Píer Sul, foi inaugurada, segundo exigência contratual da concessão feita em 2014, com mais de 100 mil m² para atender mais aeronaves em 26 novas pontes de embarque. Meses depois, devido a queda da demanda de passageiros, o já obsoleto Terminal 1, apesar de uma série de reformas realizadas para a Copa do Mundo - 2014 e as Olimpíadas - 2016, foi desativado concentrado-se ali apenas atividades administrativas, bancárias e da Polícia Federal. A maioria das lojas fechou as portas.

24a. Cerca de 1977. O Terminal 1 em funcionamento. No alto da imagem vemos a silhueta da Ponte Rio-Niterói.
 
 24b. Anos 80. Imagem oposta a anterior.

25. Em 1977, após a inauguração do Terminal 1, o avião supersônico francês Concorde fez seu primeiro voo ao Brasil. Em 2003 a aeronave gigante foi aposentada. Ao fundo vemos a Igreja de N. Sra. da Penha.
 
25a, Cerca de 1978.
 
26. Em destaque o Terminal 1 com o Terminal 2 ao fundo.
 
27. Nesta imagem aérea do projeto de expansão para 2016, vemos integralmente o Aeroporto Internacional Tom Jobim. Do alto esquerdo para o baixo direito estão: Terminal 1 e Terminal 2 com sua extensão - Píer Sul. Consta que a concessionária RioGaleão, que o administra, fechou também em 2020 o Píer Sul devido a queda da demanda causada pela pandemia do Covid-19. Todos os vôos domésticos e internacionais foram concentrados no Terminal 2.

28. Voltemos a 1927. Esta foto aérea mostra um hidroavião atracado no velho Centro de Aviação Naval na Ponta do Galeão, citado na foto 1. Notar que a ponte de atracação estava sendo construída.
 
29. Outro aspecto aéreo da base em 1931.

30. 1939. Vários T-6 da aviação naval.

31. 1939. Prédio principal da base.

32. 1932. Acidente com duas vítimas fatais próximo ao prédio principal.

33. 1944. Hidroavião norte-americano em patrulha antissubmarina durante a 2ª Guerra Mundial na rampa da base do Galeão.