Translate

sexta-feira, 12 de março de 2021

COPACABANA - Trecho IV - Entre Praça do Lido e Rua Rodolfo Dantas

 
1. Esta foto provável dos anos 30 mostra o trecho da praia entre a Rua Duvivier e a Rua Ronald de Carvalho (antiga Rua Haritoff). Observar a direita parte do Ed. Ribeiro Moreira (mais conhecido na época como Ed. OK), localizado bem na esquina da Praça do Lido. O outro prédio mais ao centro da imagem é o Ed. Palacete Atlântico. Anos depois foi demolido e no local foi construído outro edifício maior mantendo o mesmo nome.

    

2. Nesta fotografia de 1924 estamos na mesma altura do trecho acima descrito. Ao fundo vemos o Copacabana Palace Hotel e o Palacete Edgard Duvivier localizado na esquina da rua de mesmo nome. Parece ter havia estragos no calçamento da praia provocados por ressaca. À direita do palacete identifica-se o Pico da Agulhinha ou Pico do Inhangá.

   

3. Outro ângulo do mesmo dia.

 
4. Aqui o fotógrafo parece estar em frente ao Palacete Duvivier. Observar que entre a Rua Rodolfo Dantas (na lateral do hotel) até a Rua Duvivier não havia qualquer construção além do citado palacete.

 
5. Vemos mais uma foto da sequência da ressaca de 1924. O fotógrafo está diante do Hotel Copacabana com sua câmera voltada para o isolado Palacete Duvivier.

 
6. 1926. O Palacete Duvivier foi erguido em 1917, a primeira casa construída neste trecho da orla. Av. Atlântica, nº 328 (numeração antiga).
 
6a. O palacete bem aproximado.

 
7. Um grupo de crianças na praia do Lido em foto de 1917. Observar ao fundo o Palacete Duvivier e a Pedra do Inhangá antes do Copacabana Palace ao seu lado.

8. Foto aérea de 1933. Clique na imagem para ampliar e observar as indicações das ruas do trecho da postagem.

 
9. Nesta imagem dos anos 30 vemos um grande terreno murado totalmente vazio entre a Rua Rodolfo Dantas e o Palacete Duvivier (fora da foto à direita). Vide fotos 4 e 5.

 9a. 1931.

  

9b. 1933.

9c. Sem data.
 
9d. 1933. Observar a parte baixa do Palacete Duvivier na extrema direita.
 
9e. 1933. Em frente ao Ed. Palácio Atlântico.

  
10. Esta foto do final dos anos 20 foi obtida de alguma janela do Hotel Copacabana e nos mostra o mesmo terreno livre comentado na foto anterior. 

 
11. Esta foto lindamente colorizada, de 1923, também foi tirada a partir do Hotel Copacabana. Vemos em primeiro plano o Palacete Edgard Duvivier, um pouco além a Praça do Lido em sua primeira versão e a residência dos irmãos Bernardelli.

  

12. Esta foto é de 1932 obtida da Praia do Lido, mas ao fundo observamos todas as construções da época no trecho da postagem. Identificamos o Hotel Copacabana, o Palacete Duvivier (já sem sua torre pontiaguda) e na lateral direita o Ed. Palácio Atlântico visto na foto 1. O Ed. Ok está sendo construído.

13. 1936. É o sentido oposto da foto anterior. Por algum tempo este trecho da praia ficou conhecido como "posto dois e meio".

 
13a. Anos 40. No local do casarão ao lado do Palacete Atlântico foi construído o Hotel Ouro Verde, hoje Hotel Atlântico Praia, situado na Av. Atlântica, nº 1456. O casarão citado pode ser visto na foto 12 acima da barraca escura.

14. Cerca de 1925. Imagem da Av. N. Sra. de Copacabana na quadra entre Rua Duvivier e Rua Ronald de Carvalho. O prédio no centro da imagem é o extinto Ed. Império, demolido nos anos 70 para a construção do Ed. Av. Copacabana dotado de salas comerciais e o Shopping Center 195 com galeria nos três primeiros andares. À direita do Ed. Império, na praia, está o Ed. Palácio Atlântico, citado anteriormente em outras fotos.
 
14a. Sem data. Bela residência localizada na Rua Haritoff, nº 44, atual Rua Ronald de Carvalho, nº 266 (Ed. Tibagy).

 
15. Esta foto, dos anos 30, mostra o Ed. Itaóca sito à Rua Duvivier, nº 43, esquina da Av. N. Sra. de Copacabana. Aqui cabe um comentário maior: este trecho do bairro é repleto de belos edifícios, todos preservados, a saber:
. Ed. Itaóca de 1928, Rua Duvivier, nº 43;
. Ed. Itahy, de 1932, Av. N. Sra. de Copacbana, nº 252;
. Ed. Guahy, de 1932, Rua Ronald de Carvalho, nº 181;
. Ed. Ophir, de 1934, Rua Ronald de Carvalho, nº 154;
. Ed. Orania, de 1934, Rua Ronald de Carvalho, nº 166;
. Ed. Caxias, do começo dos anos 30, Rua Ministro Viveiros de Castro, nº 116;
. Ed. Tuyuty, de 1931, Rua Ministro Viveiros de Castro, nº 100;
. Ed. Alagoas, de 1933, Rua Ministro Viveiros de Castro, nº 122; e
. Residencial Duvuvier, de 1938, Rua Duvivier, nº 28.

 
16. Fotografia sem data. Observar que o sentido das "ondas" do calçamento é diferente do que é visto hoje. Após uma grande ressaca nos anos 30 que destruiu grande parte da calçada de toda orla, a prefeitura optou, durante a reforma, por alterar o sentido das ondas refletindo a continuidade do que se via no mar. Mais tarde, durante as obras de alargamento definitivo e duplicação das pistas, o paisagista Burle Max manteve o sentido delas que já havia se consagrado mundialmente como símbolo de Copacabana.

 
16a. foto ao redor de 1940. A esquina vista adiante é a Rua Duvivier com o antigo palacete ainda de pé. Vide foto 12.
 
16b. Rara foto do Palacete Duvivier visto de fundos.

  
16c. Interessante fotografia de 1946 apresenta o movimento de pessoas na calçada da orla próximo à Rua Duvivier, cuja esquina é vista na lateral direita. Os tapumes ali vistos cercam o terreno onde havia o Palacete Duvivier. Ao fundo pode-se observar a pedreira do Inhangá ainda avançando até o limite da Av. Atlântica.

 
16d. 1943. Este é o Wonder Bar, localizado na Av. Atlântica, nº 358. Não conseguimos identificar em qual prédio ele se situava, entretanto pela numeração (antiga) ficava entre o Palacete Duvivier (nº 328) e o Copacabana Palace Hotel.
 
16e. O estabelecimento, fundado em 1937, gabava-se por ser um dos únicos de Copacabana dotado de sistema de geração própria de energia elétrica, mantendo-se aberto mesmo à noite durante possíveis "apagões" no período da 2ª Guerra Mundial.

17. Esta curiosa foto de 1954 nos mostra o famoso cantor Orlando Silva debruçado sobre a varanda do prédio onde morava voltado para a Rua Rodolfo Dantas, na lateral do Hotel Copacabana Palace. Este prédio foi construído exatamente em parte do terreno vazio citado em fotos anteriores.

 
18. Anos 60. Este grupo de marinheiros franceses está na altura da Rua Ronald de Carvalho. Um pouco à direita da cabeça do homem voltado para a câmera vemos o famoso Ed. Chopin, ao lado da piscina do Copacabana Palace Hotel (não visível porque fica recuado).

 
19. Visão em profundidade da Rua Rodolfo Dantas em 1971, vendo-se na esquerda a lateral do Copacabana Palace e na direita o prédio visto na foto 17. Observar que as obras de alargamento da Av. Atlântica ainda não estavam concluídas neste trecho.

19a. Trânsito na Av. Atlântica em 1976. Na extrema direita vemos a esquina da Rua Duvivier.

 

20. Aqui temos uma foto de 1958 em sentido oposto. O fotógrafo está na altura da Rua Carvalho de Mendonça (não visível à esquerda). A próxima esquina é a Av. N. Sra. de Copacabana com os fundos do Copacabana Palace à direita.

 
21. Este é o final da Rua Ministro Viveiros de Castro ao se encontrar com a Rua Rodolfo Dantas em fotografia de 1928. Observar os trilhos de bonde dobrando em direção à Rua Barata Ribeiro. O fotógrafo está de costas para um trecho da Pedreira do Inhangá.

 
22. Estamos na Av. N. Sra. de Copacabana em foto dos anos 50. O pedestre atravessa a avenida próximo à esquina da Rua Duvivier. Ao fundo está o cruzamento com a Rua Rodolfo Dantas. A construção mais baixa no alinhamento dos prédios à esquerda é os fundos do Copacabana Palace Hotel.

 
23. Esta é a pouco conhecida Rua Carvalho de Mendonça. Ela liga a Rua Duvivier (atrás do fotógrafo) à Rua Rodolfo Dantas (ao fundo). Trata-se de uma pequena rua atualmente fechada ao trânsito onde somente veículos de carga e descarga trafegam. Nos anos 60 recebeu o singelo apelido de "Joga a chave meu amor", devido a uma cômica cena. Apenas dois enormes prédios ladeiam o beco que são constituídos de dezenas de apartamentos conjugados e habitados por toda espécie de pessoas. Como tantos outros prédios deste tipo no bairro, acabou sendo transformado em "apartamentos temporários" para encontros furtivos ou na melhor hipótese em "moradia de aluguel dividido" por mulheres da noite.

24. Não muito longe da Carvalho de Mendonça ficava o afamado "Beco das Garrafas", berço da Bossa Nova. Trata-se de uma pequenina viela sem saída com entrada pela Rua Duvivier, entre os prédios de nºs 21 e 37, na quadra da praia. Nas décadas de 50 e 60 o local era ponto de quatro casas noturnas onde se reuniam a nata de cantores e músicos famosos da época. Desses encontros movimentados surgiram grupos musicais fixos que criaram ritmos modernos em tons baixos revolucionando o samba que havia até então na música brasileira. A este novo estilo deu-se o nome Bossa Nova, que ultrapassou nossas fronteiras e ganhou o mundo. Passada a euforia daquela geração, já nos anos 70/80, o beco transformou-se em mais um local de concentração de inferninhos baratos. Hoje, como as sucessivas crises, só restam as lembranças do passado em uma livraria temática na esquina da entrada.
 
25. O Quarteto em Cy posa diante do Bottle's Bar em foto ao redor de 1964. Ao fundo aparece outra famosa casa musical do beco: Baccará, vista também em fotos anteriores.
 
26. 1962. O Bottle's Bar foi fundado em 1957 e por lá passaram grandes expoentes da música brasileira, como Dolores Duran (1930-1959), Elis Regina (1945-1982), Nara Leão (1942-1989), Sylvinha Telles (1934-1966), Claudette Soares (1937-?), Jorge Ben (1939-?), Marisa Gata Mansa (1938-2003), Doris Monteiro (1934-2023), Wilson Simonal (1938-2000), Alaíde Costa (1935-?), Leny Andrade (1943-2023), Sérgio Mendes (1941-?), Baden Powell (1937-2000), Johnny Alf (1929-2010), Chico Batera (1943-?), Wilson das Neves (1936-2017), Durval Ferreira (1935-2007) e Dom Um Romão (1925-2005). A casa está funcionando.
 
27. 1968. Esquina da Rua Duvivier com Rua Ministro Viveiros de Castro, onde hoje está o Real Palace Hotel, nº 70.
 

quinta-feira, 4 de março de 2021

FLAMENGO - Morro da Viúva, Av. Rui Barbosa, Praça do Índio e Av. Oswaldo Cruz

 

1. Foto dos anos 10 mostra o final da Enseada de Botafogo e o Morro da Viúva sem nenhuma construção ao redor. No começo dos anos 20 construiu-se a pista de rolamento que circunda o morro, chamada de Av. do Contorno (futura e atual Av. Rui Barbosa).

  

2. Fotografia aérea de 1922 capta a região de outro ângulo. A via em profundidade ligando a Praia do Flamengo à Praia de Botafogo inicialmente era conhecida como Av. de Ligação e mais tarde renomeada Av. Oswaldo Cruz. Destacamos ainda a Enseada de Botafogo e o Pavilhão de Regatas. No canto superior esquerdo identificamos um pequeno trecho da Praia de Copacabana.

3. Foto aérea de 1929 revela no começo da Av. Oswaldo Cruz, a Praça do Índio e o Monumento a Cuauhtemoc. Na margem direita da avenida é possível identificar o "castelinho francês", até hoje no local, embora abandonado.

4. Inauguração do citado monumento em 1922. Trata-se de uma obra mexicana em homenagem à amizade entre os dois países doado ao Brasil por ocasião do centenário de nossa independência. A praça oficialmente chama-se Cuauhtemoc, entretanto é popularmente conhecida como "Praça do Índio". Apesar do nome, o "índio" foi o último imperador asteca que combateu os invasores espanhóis no século XVI, tornando-se herói nacional mexicano.
 
4a. Sem data. À direita vemos o "castelinho francês", tal qual na foto anterior.
 
4b. Sen registro de data.

5. Anos 50.
 
6. Uma corrida de carros em 1935 próxima a Praça do Índio. A árvore vista à esquerda, curiosamente, deu nome durante muitos anos a curva que fazia a ligação entre a Av. Rui Barbosa e a Av. Oswaldo Cruz: "Curva da Amendoeira".
 
7. Imagem de 1961 obtida de alguma janela alta do prédio vizinho ao "castelinho francês" cuja parte superior observamos no canto inferior esquerdo. Percebemos que as obras de aterramento do da Praia do Flamengo estão em curso. Na lateral direita o famosa "Curva da Amendoeira" e o Posto Texaco que durante anos foram uma marco neste trecho do bairro.
 
7a. 1959. Mesmo trecho, outra perspectiva.

8. Fotografia de 1961 com destaque para o gigantesco Ed. Barão de Laguna, sito à Av. Rui Barbosa, nº 21, um marco em qualquer foto voltada para este lado da Praia do Flamengo. Vide foto 42a.

8a. 1961. Foto em ângulo oposto ás duas anteriores. Vemos a Av. Rui Barbosa em seu trecho final ao encontra-se com a Av. Oswaldo Cruz na lateral esquerda da imagem. À direita pode-se perceber o a conclusão das obras da criação do Aterro do Flamengo assim como o contorno do trânsito oriundo da Av. Rui Barbosa em direção à Praia do Flamengo. Por fim destacamos a Praça do Índio e, na extrema esquerda, o castelinho francês.
 
9. 1967. 
 
9a. 1971. O monumento não é visível, entretanto está um pouco mais à direita da imagem. Na lateral esquerda está a Av. Oswaldo Cruz em profundidade.

 
10. Esta outra foto é bastante semelhante a foto 1, porém em data posterior desconhecida. Percebe-se que o morro já apresenta algumas construções baixas no final da enseada, todavia o contorno continua livre. Em primeiro plano o bairro de Botafogo já bastante ocupado por edificações.

 
11 Nesta foto, de 1927, vemos uma aproximação do contorno do morro com algumas construções já erguidas e as pistas já arborizadas. No alto ao fundo, o bairro da Urca, criado através de aterramento. Observar ainda, no alto do morro, uma construção. Falaremos dela a partir da foto 34.

 

12. Esta fotografia apresenta as obras de criação da Av. do Contorno. Observar que há operários e máquinas aparando a base do morro. Neste espaço serão erguidos os altos edifícios de apartamentos que ocultarão o morro para sempre.

 

13. 1921. A pista já está plana, embora sem pavimentação.

 
14. Vestígios do corte parcial do monte para a abertura da nova via.

 
15. Outro aspecto dos trabalhos em 1922. Observar, por este lado do morro, construções já erguidas mais próximas à Enseada de Botafogo. No alto vemos o Morro do Corcovado.

 
16. 1923. Calçamento da nova avenida.

16a. 1922.

 
16b. 1922. Pela posição do Morro do Corcovado, este trecho é próximo à Av. Osvaldo Cruz. Vide foto 12.
 
16c. 1922. Vide fotos 27 e 29. 

16d. 1925. Foto extraída de cartão postal.
 
  
17. Esta foto de 1926 apresenta o Hotel Balneário Sete de Setembro construído como parte das obras realizadas na cidade para as comemorações do Centenário da Independência do Brasil em 1922. Poucos anos depois o hotel foi desativado e em suas instalações funcionou a Escola de Enfermagem Anna Nery de 1926 até 1973. A partir de então abrigou a Casa do Estudante Universitário (CEU) da UFRJ, até 1995 e, após reformas, funciona no local o Colégio Brasileiro de Altos Estudos da mesma universidade. Av. Rui Barbosa, nº 762.

 
18. Aqui vemos as obras de construção do hotel à direita.
 
19. Sem data. Conjunto arquitetônico de dois prédios interligados.

19a. 1922.
 
19b. 1922.

 
20. 1922. Obras conclusas.
 
 21. Data desconhecida. O belo prédio foi preservado até os dias atuais.

22. Cerca de 1975. Casa do Estudante Universitário.
 
23. Outra construção da primeira geração do contorno do morro foi a residência do Sr. Avelino Mesquita, empresário no ramo de fabricação de calçados. 

24. Embora tivesse sido construída nas anos 20 a residência tinha traços modernistas, bem à frente da arquitetura de seu tempo.

25. Anos 30. Infelizmente não resistiu a especulação imobiliária e foi abaixo em 1952 para dar lugar a um prédio residencial entregue em 1957, o Ed. Zamudio. Um dos endereços mais caros do Rio de Janeiro por conta da vista privilegiada.

 
26. Nesta foto vemos a bela paisagem da Enseada de Botafogo a partir da Av. Rui Barbosa. O aterro definitivo da orla ainda não havia sido feito. Ao fundo identifica-se o Morro do Corcovado e a Basílica da Imaculada Conceição.
 
26a. Final dos anos 30 em foto de ângulo semelhante a anterior. O prédio em destaque na orla de Botafogo é o Ed. Pimentel Duarte, construído em 1936, na esquina da Rua Marquês de Olinda. Hoje no local está o Centro Empresarial Botafogo - CEB, nº 300.
 
 
27. 1951. A mureta era muito procurada para momentos de laser, aproveitando a refrescante brisa do mar.
 
27a. Pintura atribuída a Felizberto Ranzini datada de 1943.

 
28. O local também era um dos preferidos para pescaria.
 
28a. Ao que tudo indica trata-se do mesmo local da foto anterior em outro ângulo. Observar a excelente visão da orla de Botafogo ao fundo.

29. Anos 50. A paisagem ao fundo inspirava até mesmo fotógrafos amadores.

 
30. O local atraia casais apaixonados.

 
31. A beleza do panorama retratada em cores vivas. 
 
31a. Década de 50.
 
31b. Idem.

 
32. Esta foto consta ser de 1885. Vemos o Morro da Viúva sem nenhuma urbanização ou construção a não ser o que restou de uma antiga fortificação de artilharia que acabara de ser desarmada. Com a abertura da Av. do Contorno, em 1920, o restante da pequena fortaleza foi demolido.

32a. Pintura sem autoria datada ao redor de 1887. É o exato local do atual Ed. Barão de Laguna.
 
33. As ruínas em foto de 1906. O fortim foi erguido em 1863 para ajudar na defesa da Praia do Flamengo e da Enseada de Botafogo até o Passeio Público. 
 
33a. Cerca de 1920.
 
33b. Data não identificada.
 
34.
Em 1878 foi inaugurado, um pouco mais acima do forte, um reservatório de água para abastecimento dos bairros de Botafogo, Praia Vermelha e Leme. Esta é uma rara fotografia sem data conhecida.

34a. Imagem aérea em aproximação no sentido oposto a foto anterior. Não há registro de data, contudo posterior a foto acima.
 
34b. Vista obtida do reservatório no alto do morro ao redor de 1900.

34c. Cerca de 1900.
 
34d. Esta imagem dos anos 20 foi obtida do terreno ocupado pelo antigo reservatório. Em 1970 foi desativado, mas suas ruínas permanecem abandonadas no local até os dias atuais, uma vez que foi tombado pelo INEPAC. 

34e. Esta imagem, extraída de um vídeo feito em 2019, nos mostra o local do antigo reservatório. O acesso é feito pela Travessa Acaraí, localizada no final da Av. Oswaldo Cruz, nº 175, onde há uma estreita escadaria aberta à visitação, embora não tenha nenhum amparo turístico.
 
  
35. Esta fotografia aérea de 1931 mostra o citado reservatório na parte alta do morro voltada para a Enseada de Botafogo. Vides fotos 11 e 17.

 
36. Esta outra foto aérea de 1921 apresenta o morro e os pontos de referência no seu entorno devidamente identificados:
1) Reservatório de água (vide foto 34);
2) Hotel Sete de Setembro (vide fotos 20 e 21);
3) Av. do Contorno (em construção, atual Av. Rui Barbosa);
4) Castelinho francês;
5) Local da futura Praça do Índio (vide foto 9);
6) Av. de Ligação (atual Av. Oswaldo Cruz); e
7) Palacete Martinelli (vide fotos 43 e 44). 

 
37. Agora estamos nos anos 50 olhando o entorno do morro totalmente coberto por arranha-céus. Os prédios foram construídos lado a lado e quem está ao nível do solo não sabe da existência da elevação geográfica atrás.

 
38. Outra foto aérea da mesma época anterior, contudo revelando o lado mais longo do morro. No canto direito identificamos a Praça do Índio e o começo da Praia do Flamengo. No alto à esquerda vemos o reservatório de água no topo do morro e, mais abaixo, a Escola de Enfermagem Anna Nery (antigo Hotel Sete de Setembro). Vide fotos 15 e 36.
 
39. Anos 50.

39a. 1959. Ainda sem o Aterro do Flamengo.
 
39b. 1959. Ed. Barão de Laguna, Av. Rui Barbosa, nº 60.

  
40. Provavelmente anos 60, pois o aterro definitivo já foi realizado. O prédio visto de frente, na Av. Rui Barbosa, é o Ed. Hilton Santos, lançado em 1953, após 8 anos de obras. Foi sede do Clube Flamengo durante anos, antes de se transferir para a Lagoa. Após um período de abandono, a construtora que o adquiriu está reformando a fim de transformá-lo em prédio residencial. Av. Rui Barbosa, nº 218.
 
41. Estamos em 1966. Comparar com foto 39.

42. Aqui vemos, em 1965, parte do morro pelo lado da Av. Oswaldo Cruz. Observar o galpão da Propac, famosa revenda de automóveis, localizado no sopé do morro, ao lado da "Curva da Amendoeira". Poucos anos depois a loja foi desativada e, no grande terreno que ocupava, construi-se o Ed. Royal Place. Av Oswaldo Cruz, nº 61.
 
42a. Esta foto, dos anos 50, esclarece o posicionamento dos pontos de referência antes citados: No alto, à esquerda, vemos o Ed. Barão de Laguna. À sua direita o famoso Posto Texaco com uma propaganda dos pneus Pirelli na encosta do morro. A seguir vemos o extenso galpão da Propac com a amendoeira, à sua frente, já ultrapassando o telhado. Por decreto municipal de 2003 a centenária árvore não pode ser cortada.
 
 
43. Este é o Palacete Martinelli em foto de 1952, localizado na Av. Oswaldo Cruz, nº 149. Em estilo neogótico foi uma obra de reforma do polêmico arquiteto Antônio Virzi de 1919.

44. Em 1976 a casa foi vendida e derrubada. No local foi erguido um arranha-céu de 25 andares, o Ed. Signore del Bosco. Nos fundos do condomínio existe um jardim, antes um quintal pertencente à antiga moradia do Comendador Martinelli (1870-1946). Somente moradores e convidados tem acesso à esta área privada, dotada de um túnel escavado na rocha e um elevador para se chegar ao topo do Morro da Viúva, onde se encontra uma pequena capela  e uma fonte.

 
45. Esta era a casa existente no local, antes da reforma de Virzi. Pertencia ao banqueiro Custódio de Almeida Magalhães. Após sua morte a casa foi vendida para o Comendador Martinelli. Embora existissem muitas construções famosas na antiga Av. da Ligação, não foram achados registros fotográficos nem históricos em nossas pesquisas.
 
46. Foto extraída de cartão postal mostra a antiga Av. da Ligação em profundidade no sentido Praia do Flamengo. O Morro da Viúva pode ser visto ao fundo no centro da foto com algumas construções mais abaixo.

47. Esta foto extraída de cartão postal ao redor de 1930 foi obtida do alto do Morro da Viúva abrangendo toda a área da lateral da Av. Oswaldo Cruz. A via perpendicular em profundidade na direção do Morro Azul, à direita, parece ser a Rua Barão de Icaraí.
 
48. Esta foto, de 1906, obtida de uma das laterais do Morro da Viúva, mostra as obras de abertura da Av. Beira Mar na Praia do Flamengo. Em primeiro plano está a antiga Av. da Ligação, atual Av. Oswaldo Cruz.

49. Outra foto tirada do mesmo local em data pouco anterior.
 
50. 1904. Outra foto tirada do Morro da Viúva durante a construção das pistas da orla da praia.

51. 1929. Aspecto do asfaltamento da Av. Oswaldo Cruz.
 
52. Postal de 1910 com imagem obtida do alto do Morro da Viúva.
 
53. Outra foto obtida do mesmo ângulo, porém em dos anos 30.
 
54. Este casarão localizava-se na Av. Oswaldo Cruz, nº 20, Ed. Abade Vinci, esquina com Rua Samuel Morse. Ele pode ser visto no canto inferior esquerdo da foto anterior.

55. Este outro era vizinho do Castelinho Francês, visto atrás à esquerda. O fotógrafo está na confluência das ruas Senador Euzébio, Gabriela Mistral e Samuel Morse, apontando sua câmera para o Morro da Viúva, ao fundo. Notar a foto 52, a qual nos mostra outra construção, com torre pontiaguda, no mesmo local desta residência. Rua Samuel Morse, nº 12, Ed. Correa do Lago.