Translate

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

BARRA DA TIJUCA e RECREIO DOS BANDEIRANTES

1. Foto ao redor de 1890 mostra parte da região da Fazenda da Restinga de Jacarepaguá, antiga denominação do futuro bairro da Barra da Tijuca.
 
1a. Cerca de 1920. Ao fundo a Pedra da Gávea.

 

2. Foto de 1939 tirada do alto da Pedra da Gávea. Lagoa de Marapendi no centro esquerdo, Lagoa da Tijuca na lateral direita e Lagoa de Jacarepaguá mais acima.

3. 1949. Dez anos depois, quase nada mudou.
 
3a. 1932.

4. Foto aérea ao redor de 1950 em sentido oposto a foto acima, ou seja, vemos em primeiro plano a Pedra do Pontal (hoje Pontal Tim Maia) e o final da praia do Recreio dos Bandeirantes. Vide outras imagens deste trecho a partir da foto 88.
 
4a. Foto colorizada contemporânea a anterior.

5. Esta foto recente, de ângulo semelhante ao anterior, revela a gritante diferença.

6. Em 1956 uma estreita estrada estava aberta ao longo da praia sem qualquer urbanização ou construção ao redor. Depois seria renomeada Av. Sernambetiba (atual Av. Lúcio Costa).

7. Anos 60. À direita está a Lagoa de Marapendi.

8. Outra foto obtida da Pedra da Gávea, agora em 1967. Observar o Quebra-mar à esquerda, avançando sobre as ondas.

9. 1941. A construção do Quebra-mar foi a primeira intervenção humana no bairro. Uma estrutura de pedras e concreto com 50 metros de extensão que adentra ao mar junto ao Canal da Joatinga. O objetivo da obra, naturalmente, era proteger a orla das oscilações da maré e das ressacas, impedindo a erosão costeira.

9a. Outro aspecto das obras. Ao fundo vemos a Ilha de Alfavaca e Ilha Pontuda.
 
9b. Escavadeira em ação.

9c. Atualmente o Quebra-mar está modernizado com calçamento de pedras portuguesas, iluminação nova e bancos ao longo para admirar o lindo visual ao redor. É uma excelente atração turística, pouco conhecida até mesmo dos cariocas.

10. Anos 60. Vemos um posto de salvamento nas proximidades do Quebra-mar.

11. Nesta foto, contemporânea a anterior, se destaca ao fundo o citado "postinho" cujo nome, durante algum tempo, ficou associado a este trecho da praia. Construído nos anos 40 com a mesma arquitetura dos demais postos de Copacabana e Ipanema, foi o único local de assistência de guarda-vidas em toda orla, perdido no meio da vegetação natural. Devido a este isolamento o velho posto foi atingido por duas ressacas que destruíram sua infraestrutura. No final dos anos 60 foi demolido.

12. 1967. Barracas rudimentares de beira de estrada vendiam produtos aos poucos visitantes.

13. O mesmo local das fotos acima, agora em 1972. Atualmente este trecho chama-se Praia do Pepê. Adiante comentamos nas fotos 20, 21 e 22.

14. 1958. O fotógrafo está de costas para as águas da atual Praia do Pepê focalizando a Pedra da Gávea ao fundo. A pista de terra batida, em profundidade, é a futura Av. Érico Veríssimo que atravessa a "Praça do Ó" (atual Praça São Perpétuo) e termina na Paróquia de São Francisco de Paula (vide fotos de 80 a 83).

15. Vemos aqui o mesmo trecho da foto anterior em imagem recente. A construção à direita é o Hotel Praia Linda. Av. do Pepê, nº 1.430. A construção foi demolida em 2021 onde será construído um moderno prédio residencial.

16. O mesmo Hotel Praia Linda em foto de 1969, ano de sua inauguração. Notar que primitivamente havia apenas dois pavimentos.

17. Durante algum tempo nos anos 60/70 o bairro, por ser pouco movimentado, foi palco da realização de competições de velocidade de automóveis, a famosa Corrida das 100 Milhas da Guanabara. Notar a direita o Hotel Praia Linda.

18. Anos 70. O mesmo trecho da futura Praia do Pepê. Observar no fundo, à esquerda do mastro do centro da imagem, o letreiro do famoso Restaurante Farol da Barra e, no outro lado, o já citado hotel.

19. Foto do Restaurante Farol da Barra em 1976. Fez muito sucesso na época pela excelente culinária baiana, bom atendimento e piano bar. Foi fechado há mais de 20 anos e no local foi erguido um luxuoso prédio residencial (Ed. Port Brise). Av. Sernambetiba (atual Av. Lúcio Costa), nº 1.700, esquina com Av. Érico Veríssimo.
 
20. Aqui vemos a famosa Barraca do Pepê em foto de 1981. Pedro Paulo (1957-1991), o carioca Pepê, foi um excelente surfista e piloto campeão de voo livre, apaixonado por esportes desde criança. Além destas qualidades, inovou no empreendedorismo gastronômico quando lançou uma nova visão de alimentação natural na praia voltada para jovens, esportistas e principalmente surfistas. A chamada "geração saúde" passou a frequentar seu ponto de venda, inicialmente em São Conrado, depois na Barra da Tijuca, na altura da Rua Noel Nutels. Frequentar a praia em frente a Barraca do Pepê passou a ser o novo point de preferência dos jovens. O sucesso veio rápido e mais um ponto de venda foi aberto no Barra Shopping. Pepê nos deixou muito cedo em acidente de asa delta durante campeonato mundial no Japão e, em sua homenagem, aquele local da praia da Barra da Tijuca foi oficialmente alterado para Praia do Pepê e a continuação da Av. Lúcio Costa até o Quebra-mar passou a ser Av. do Pepê.
 
21. Pepê diante de sua barraca na qual vendia sanduíches naturais e sucos de frutas diversas.

22. Foto recente. Apesar de sua ausência o negócio continua prosperando até hoje. A pequena barraca transformou-se num verdadeiro restaurante à beira-mar.
 
23. Foto de baixa qualidade dos anos 60. Outro famoso restaurante na orla da Praia da Barra foi o Dinabar. Posteriormente saiu da orla e mudou de nome para Dina Bar.

24. Ao redor de 1967.  Aqui vemos um aspecto da fase inicial da construção da Ponte da Joatinga, quando tratores fizeram a terraplanagem por onde passaria a ponte na saída do Túnel do Joá.

24a. 1967.

25. Foto de 1969 durante a construção da Ponte da Joatinga. Fará parte da futura Autoestrada Lagoa-Barra que mudará para sempre a história do bairro. O Quebra-mar está à direita, fora da foto.

26. Os pilares de sustentação da ponte violaram a beleza natural da Praia dos Amores e do Canal da Joatinga.

27. 1971. A Ponte da Joatinga quase entregue ao trânsito, oriunda do Túnel do Joá, destaca-se na paisagem de um bairro onde a especulação imobiliária caminha a passos largos. É interessante observar algumas casinhas de pescadores na Praia dos Amores, altura do Quebra-mar. Muitas das quais preservadas ainda hoje, às margens do Canal da Joatinga sobre o qual atravessa a ponte.

28. Agora estamos em 1972 com a Ponte da Joatinga já funcionando. Na parte baixa da imagem vemos a Praia dos Amores e a colônia de pescadores antes citadas.

29. Foto de 1977 de ângulo semelhante ao anterior.
 
 29a. 1982.

30. 1972 em sentido oposto às imagens anteriores.

31. Esta outra foto aérea sem data, mas provavelmente dos anos 40/50, mostra o mesmo local da foto acima antes da abertura dos túneis que ligarão a Barra da Tijuca à São Conrado. A Praia de São Conrado é vista no alto direito da imagem até encontrar a base do Morro Dois Irmãos.  No centro direito vemos a pequenina Praia da Joatinga e uma parte da Ponta do Marisco onde está hoje o Costa Brava Clube. Vide fotos .

32. 1973. No alto, ao fundo, vemos a cúpula redonda da Paróquia de São Francisco de Paula. Vide fotos 80 a 83.

33. Anos 70. A Praia dos Amores é vista nesta foto com perfeição. Trata-se desta faixa de areia que está sob a ponte, começando próxima ao Quebra-mar, visto na lateral esquerda da imagem, e terminando no meio deste trecho da Lagoa da Tijuca, à direita da ponte.
 
33a. 1971. Observar a saída à direita sendo construída em direção à Barrinha pela Rua Maria Luiza Pitanga.
 
34. Nesta outra foto é possível visualizar, ao fundo, as duas pontes sobre a Lagoa da Tijuca e a Ilha da Coroa mais abaixo.

34a. Foto contemporânea a anterior em ângulo oposto. Notar no centro esquerdo o Motel Playboy (vide foto 87), na Estrada da Barra da Tijuca.

35. Uma foto de ângulo pouco comum na década de 70. Em primeiro plano algumas casas da Joatinga com a ponte ao fundo e o Quebra-mar mais à esquerda.

36. Vemos o barracão de entrada do futuro Costa Brava Clube no início dos anos 60. Para se chegar a esta entrada era necessário subir a Estrada da Joatinga e, num dos pontos mais altos, acessar uma variante (Rua Pascoal Segreto), passar por cima do Túnel do Joá e, por fim, a Rua Sargento José da Silva.

37. 1962. A primeira instalação a ser construída no novo clube foi a piscina de pedra e água salgada, localizada sobre as rochas da encosta onde as ondas do mar batiam constantemente nas pedras abaixo. O nome do clube veio dai: Costa Brava.

38. Seguem as obras em 1963. No outro lado da piscina, voltado para o mar de lá, foi construído um pequeno campo de futebol de areia inicialmente onde as "peladas" de sexta-feira à noite fizeram fama com a participação de jogadores dos clubes cariocas e até da seleção brasileira.

39. Depois de pronta, a piscina passou a ser frequentada por gente famosa, artistas e jogadores de futebol. Logo tornou-se um dos clubes mais badalados da cidade numa época que a Praia da Barra da Tijuca possuía ainda difícil acesso. Para quem gosta de mergulhar em dia de mar calmo e admirar as belezas do fundo do oceano é possível descer uma escada até as pedras abaixo da piscina. Ao fundo, tudo leva crer que são as Ilhas Alfavaca e Pontuda.

40. 1964. O funcionamento da piscina não impediu a continuação da construção das outras dependências do clube na parte alta da chamada Ponta do Marisco, vista à direita. Vejam mapa da foto 111 .

41. A qui vemos a construção da grande passarela sobre o istmo, concluída em 1965.

42. Foto aérea ao redor de 1968 captando o outro lado do clube. Vemos a ponte já concluída assim como as demais instalações no alto da Ponta do Marisco. Ali há uma piscina de água doce e sauna no 3º andar e dois salão de festas com bar e restaurante e outras dependências na parte inferior onde das janelas se vislumbra um panorama magnífico do Elevado do Joá e da orla da Barra do Tijuca. Notar mais abaixo o citado campo de futebol de areia cercado por gradil alto.

43. Provavelmente uma foto da mesma ocasião da anterior. No canto inferior direito vemos a estradinha de acesso ao clube já pavimentada vista na foto 36.
 
 43a. Foto oposta a anterior, provavelmente da mesma série. Notar no alto da imagem as torres de alguns prédios sendo construídos. Vide foto 53.
 
44. Um linda imagem recente da Ponta do Marisco e o Costa Brava. A faixa de areia vista à esquerda é a pequenina Praia da Joatinga e, ao fundo, está a Praia de São Conrado e o Morro Dois Irmãos.

45. Cerca de 1970. Não podemos falar da Barra da Tijuca sem mencionar a construção do Elevado das Bandeiras, mais conhecido como Elevado do Joá. Liga o Túnel de São Conrado ao Túnel da Joatinga. Trata-se de duas pistas sinuosas sobrepostas que margeiam o relevo rochoso junto ao mar. A pista superior faz o sentido Barra da Tijuca e o inferior o sentido São Conrado. 

46. Aspecto da construção do elevado em 1969. As obras começaram em 1967 e terminaram em 1971.

47. Foto aérea de 1969. Notar que os pilares de sustentação estão fincados nas rochas.
 
47a. 1969. Túnel da Joatinga.

48. Imagem oposta a anterior em 1970.

49. Engenharia arrojada e complexa.

50. Curiosa foto de 1972. Após a abertura do elevado ao trânsito, alguns motoristas imprudentemente paravam seus carros a fim de observar o belo panorama do mar abaixo. A imagem mostra a pista inferior no sentido São Conrado.
 
50a. 1981. Foto obtida de um carro em movimento no sentido São Conrado.
 
51. Toda a deslumbrante beleza do elevado depois de pronto. 
 
51a. 1972.

52. Como preparativo das melhorias do trânsito da cidade para os Jogos Olímpicos de 2016, houve a duplicação paralela do elevado com mais uma pista no sentido Barra da Tijuca. Para tanto foi necessário abrir mais uma galeria dos túneis de São Conrado e do Joá. A construção levou 2 anos, de 2014 a 2016.
 
53. 1971. Voltemos ao lado da Barra. O Quebra-mar em primeiro plano e ao fundo alguns prédios tipo torre em construção. A orla da praia, apenas com prédios baixos e muitos terrenos vazios, iria experimentar um crescimento veloz após a inauguração da Auto Estrada Lagoa-Barra em 1974.

54. 1971. Os prédios em construção da foto anterior são vistos aqui mais aproximados. As torres vistas juntas na margem da Av. das Américas e a outra, mais ao fundo, próxima à orla, pertencem ao Conjunto Residencial Athaydeville.
 
54a. 1976.

55. 1974. Inicialmente o projeto chamado Centro da Barra deveria dispor de apartamentos, lojas e escritórios. A história da construção e do lançamento deste empreendimento é cheia de atrasos, tropeços jurídicos e muita dor de cabeça para quem investiu na aquisição de uma unidade. As falhas na administração da obra atrasou em muitos anos a entrega de apenas duas das três torres de um  projeto já totalmente alterado. A Torre Ernest Hemingway, na Av. Lúcio Costa, nº 3400, por exemplo, foi entregue somente em 1994 (21 anos depois de iniciadas as obras) e a Torre Charles de Gaulle (Av. das Américas, nº 1245) em 1990. A Torre Abraham Lincoln, vizinho desta última, cuja obra começou em 1970, continua inconclusa e sem habite-se. Alguns classificam como o maior golpe imobiliário da história da cidade.
 
55a. O projeto ambicioso oferecia 76 torres cilíndricas residenciais de 36 andares combinadas com áreas de lazer, comércio e serviços.

56. Anos 70. Uma foto aérea obtida da altura da Praia do Recreio (Reserva) no sentido da Pedra da Gávea. Paisagem quase virgem ainda.

57. Anos 70. Observar no canto superior esquerdo a Ponte da Joatinga.

58. Outra foto aérea agora de 1972. Dia de praia cheia.

59. Observar o crescimento do bairro por volta de 1985.

60. Vemos nesta imagem de 1981 o início da construção do Condomínio Alfa Barra I em área aterrada da Lagoa de Marapendi, ao lado da Av. Ayrton Senna (antiga Via 11).

60a. Consta ser década de 50, entretanto parece ser anterior, pois ainda não aparece o quebra-mar no canal da Joatinga construído em 1941.
 
60b. Data desconhecida.

61. Década dos anos 60. Estamos vendo a futura Av. das Américas, aqui um primitivo caminho de terra batida em meio ao nada !
 
61a. Data desconhecida.

6ab. 1968. A partir dos anos 70 o bairro vai experimentar um crescimento vertiginoso.

62. Em 1972 a Av. das Américas já fora alargada e asfaltada, mas continuava sem iluminação cruzando um território totalmente desabitado.

63. A Av. das Américas atravessando o Recreio dos Bandeirantes, um território ainda rural em 1969.

64. 1969. Av. das Américas passando sobre o Rio Morto, trecho próximo ao atual Recreio Shopping. 

65. Agora estamos em 1975 vendo o primitivo cruzamento (atual "Cebolão") da Av. das Américas com a Via 11, depois Av. Ayrton SennaNo alto da imagem está a Lagoa de Jacarepaguá.

66. Foto provável da mesma séria anterior. Vemos a Via 11 em profundidade no sentido Jacarepaguá. É o trecho onde cruza a Lagoa de Marapendi. Ao fundo está o mesmo cruzamento objeto da foto acima e depois os terrenos dos atuais Bosque da Barra e Aeroporto de Jacarepaguá.

67. Foto de 1993 vendo em primeiro plano parte do "cebolão". Notar como o bairro se desenvolveu. No centro esquerdo vemos um Barra Shopping ainda sem as ampliações sofridas e no lado oposto os blocos do Condomínio Jardim Europa.

67a. O "cebolão", agora visto em foto provável anos 80. Um dos trechos mais movimentados do bairro: cruzamento da Av. das Américas com Av. Airton Senna (antiga Via 11).

68. Foto de 2008 mostra a construção da Cidade da Música bem no centro do "Cebolão". O empreendimento começou em 2002 para ser entregue em dois anos, contudo sofreu alteração de custo, o cronograma foi modificado e a obra atrasou. A inauguração oficial data de 2013 com outro objetivo, o complexo cultural Cidade das Artes Bibi Ferreira. Av. das Américas, nº 5300. Do outro lado da Av. das Américas fica o Terminal Alvorada do BRT. A área verde no canto inferior direito é o Bosque da Barra e no lado oposto fica o Hipermercado Carrefour. Ao fundo vemos a Lagoa de Marapendi sendo atravessada pela Av. Ayrton Senna até a Av. Lúcio Costa (antiga Av. Sernambetiba), ao lado do Condomínio Alfa Barra. Vide foto 60.

69. Foto aérea recente da Cidade das Artes. Arquitetura moderna, mas uma obra polêmica considerada desnecessária por muitos.
 
69a. O Parque de Diversões Terra Encantada, localizado na  Av. Ayrton Senna, 2800 (antiga Via 11).

69b. 200 mil m² de área construída.

69c. O parque foi inaugurado em 1998 para ser o mais moderno do país. Foi projetado com o tema da miscigenação das raças que compuseram a população brasileira e previa a instalação de 30 atrações, algumas radicais como a montanha-russa Makaya e a torre de queda-livre Cabhum, entretanto muitas delas sequer foram concluídas. Havia também a Rua Principal do parque com lojas, bares e restaurantes, assim como um lago artificial com show aquático, área para shows, uma pista de kart e um rio selvagem com corredeiras. Sua localização privilegiada num bairro de classe alta, que crescia rapidamente, foi fundamental para que a fama se espalhasse pela cidade numa época carente de grandes parques (O Tivoli, da Lagoa Rodrigo de Freitas, havia fechado em 1975)..

69d. 2005.
Infelizmente os problemas financeiros do parque começaram logo após a inauguração, pois a capacidade de público prevista nunca foi alcançada e as dívidas se acumularam. O preço também afastou parte das pessoas já que o passaporte custava ao redor de US$ 30. Após pequenos acidentes e uma briga generalizada durante um show de rock, em 2002, com quebra-quebra deixou 61 feridos. Estes episódios trouxeram reputação negativa, contudo o pior aconteceu em meados de 2010 quando o parque fechou as portas por autoridades municipais de segurança após um acidente fatal com uma visitante que caiu de 10 metros de altura enquanto se divertia numa das três montanhas-russas. O parque ficou abandonado e o terreno foi vendido em 2013. Os brinquedos foram desmontados e vendidos para outros parques e, em 2016, as construções foram demolidas. Triste fim.
 
 
70. Foto ao redor de 1980 mostra a construção do Barra Shopping, o maior da cidade, com a Lagoa da Tijuca atrás. Inaugurado em 1981.

71. Uma aventura em 1966: surfistas em busca das ondas perfeitas na Macumba.

72. Fotografia ao redor de 1970 revela a primitiva Av. Sernambetiba em provável trecho do Recreio. Uma pista asfaltada de mão dupla em meio ao areal e a vegetação litorânea.

73. Foto de 1971 com a Pedra da Gávea ao fundo.

74. Dia de praia deserta. Tocar violão, boa companhia e varas de pescar fincadas na areia.

75. Bela foto de 1974 mostra a Av. Sernambetiba em trecho da Reserva ainda sem iluminação ou acostamento, mas com trailers para venda de bebidas e pratos à base de peixe e frutos do mar.
 
75a. Cerca de 1970.

75b. Anos 60.
 
75c. 1967. Muito antes dos trailers fixos e dos modernos quiosques. Apenas barraquinhas de feira improvisadas com isopor e bancos de madeira.
 
76. Final de 1975. O movimento de veículos na orla foi intenso após a abertura da Autoestrada Lagoa-Barra, contudo não havia estacionamento suficiente para os banhistas oriundos da Zonas Sul e Oeste. Um problema insolúvel até os dias atuais.

77. Anos 90. A região da praia do bairro cresceu muito: pistas alargadas e duplicadas, canteiro central, iluminação moderna, postos de salvamento e uma grande quantidade de prédios luxuosos à beira-mar. Entretanto o problema crônico da falta de estacionamento persiste.

78. 1968. Trecho não identificado revela o Recreio dos Bandeirantes em desenvolvimento. Somente casas.
 
78a. Foto provável de meados dos anos 80 destaca  a região do Recreio onde se localiza a Pedra de Itaúna, acidente geográfico situado na margem da Av. das Américas, altura do nº 12.600. Ao fundo vemos a Lagoa de Marapendi e a Praia da Reserva. A pista dupla na lateral direita é a Rua Pedra de Itaúna e a mais perto da pedra, à esquerda, é a Av. Luís Aranha. No grande areal em destaque vemos as ruas já demarcadas que serão ocupadas por grandes casas do luxuoso Condomínio Pedra de Itaúna (antigo Nova Gávea) que dispõe de clube privativo, horta comunitária, bosque, parque infantil e um serviço de balsa exclusivo para moradores atravessarem a lagoa em direção à praia. Atualmente tudo está urbanizado e ocupado por construções, exceto o entorno da pedra que fica em área de preservação ambiental. 
 
78b. O mesmo local nos anos 70.
 
79. Estamos em 1940 observando do alto o Canal da Joatinga e Ponte Velha cruzando para a Estrada da Barra. A via de terra batida em profundidade, no alto da imagem, vai no sentido do atual Largo da Barra (vide foto 87). À direita não existe nada além da vegetação litorânea em direção à praia. Ali será o local do valorizado Jardim Oceânico.
 
80. Uma imagem mais aproximada da mesma região anterior. Destaca-se a Paróquia de São Francisco de Paula, inaugurada em 1956, situada no centro da Praça Euvaldo Lodi lançada em 1969. Observar que, após a construção da Ponte da Joatinga, no começo dos anos 70, a praça foi reduzida de tamanho para a passagem da Av. Ministro Ivan Lins e, sua continuação, a Av. Armando Lombardi. Ver foto seguinte.
 
81. O mesmo trecho anterior, em sentido oposto, agora visto em 1980. Destacamos o templo religioso às margens da Lagoa da Tijuca (Av. Ministro Ivan Lins), próximo às pontes que ligam à Estrada da Barra da Tijuca. Interessante notar as duas principais ilhas da lagoa: Ilha da Gigoia no canto superior direito e, abaixo desta, a Ilha dos Pescadores onde se encontra o sofisticado Marina Barra Clube.

82. A paróquia em detalhes em data desconhecida.

83. Provável anos 70.

84. Interessante foto aérea dos anos 50 da chamada Vila Balneário. Depois de loteada transformou-se no Largo da Barra. Vejam as indicações:
1) Canal da Joatinga;
2) Ilha da Coroa;
3) Praça Desembargador Araújo Jorge;
4) Estrada da Barra da Tijuca;
5) Estrada do Joá;
6) Local da futura Ponte Velha;
7) Local da Praça Euvaldo Lodi e Paróquia São Francisco de Paula;
8) Av. Vitor Konder;
9) Rua Professor Ferreira da Rosa;
10) Av. Fleming;
11) Rua Einstein;
12) Rua Conde d'Eu;
13) Rua Correia de Araújo;
14) Praça Professor Velho da Silva;
15) Rua Sorimã;
16) Rua Intendente Costa Pinto; e
17) Ilha dos Pescadores.

85. Foto de 1972. Vemos parte da Praça Desembargador Araújo Jorge, trecho mais conhecida como "Barrinha" ou Largo da Barra. Nesta época concentravam-se na região diversos restaurantes, boates, barzinhos e motéis. Na esquerda está o Restaurante La Violetera que permanece no local ainda hoje. A praça continua com comércio variado atualmente e conta até com a 16ª Delegacia de Polícia.

86. A "Barrinha" nos anos 60, ao pé da Pedra da Gávea.

87. Anos 70. Estrada da Barra da Tijuca, a rua dos motéis. Começa no Itanhangá Golf Clube e termina na "Barrinha", ao fundo desta imagem. Atualmente ainda há muitos motéis no local, mas nenhum dos vistos aqui resistiu.
 
87a. 1975.

87b. 1974. Cena de filme national.
 
87c. Sem data. Estrada do Itanhangá, ao lado d Lagoa de Jacarepaguá com a Pedra da Gávea ao fundo.

87d. O mesmo trecho da estrada provavelmente nos anos 80. Observar as elevações ao fundo.
 
88. Imagem sem data mostra o final da Praia do Recreio. Sem frequentadores e com trailers fechados podemos induzir tratar-se de dia de semana. Ao fundo a Pedra do Pontal.

89. 1974.

90. O trecho final da Av. Sernambetiba, quase no Pontal em foto da década de 70.
 
91. Consta ser uma rara foto aérea de 1936. Vemos o final da Praia do Recreio dos Bandeirantes, a Pedra do Pontal e parte da Praia do Pontal.

92. Foto aérea de 1935 com indicações dos nomes atuais:
1) Canto do Recreio;
2) Pedra do Pontal;
3) Praia do Pontal;
4) Praça do Pontal;
5) Av. Armando Ribeiro;
6) Ciclovia;
7) Estrada do Pontal;
8) Av. Gilka Machado;
9) Ciclovia; e
10) Av. Lúcio Costa.

93. 1931. Um grupo de mulheres na areia do trecho final da Praia do Recreio com a Pedra do Pontal ao fundo. Fotos desta época e local são raríssimas.

94. 1955. Foto obtida do alto da Pedra do Pontal em direção ao final da Praia do Recreio.

95. Anos 70. Outra visão panorâmica do alto da Pedra do Pontal em direção à futura Praça do Pontal. À esquerda começa a Praia do Pontal e à direita é o chamado Canto do Recreio. A via em profundidade na direção ao interior do Recreio dos Bandeirantes é a Av. Gilka Machado (vide fotos 92 e 109).

96. Data desconhecida.

97. Agora uma foto aérea do mesmo trecho na década de 70. No alto da imagem está a Pedra do Pontal e a estrada em profundidade parece ser a Estrada Benvindo de Novaes, que termina na Praça do Pontal. O único prédio visto é o atual Hotel Atlântico Sul.

98. Anos 60. Este é o Bar e Restaurante Âncora do Recreio, localizado no Canto do Recreio. Especializado em frutos do mar, fez muito sucesso nesta época por ser o pioneiro do local.

99. Outra imagem do restaurante ao redor dos anos 70. Percebe-se que, pelo aumento da clientela, houve acréscimo de outro andar. Atualmente não existe mais.

100. Anos 70. Restaurante Ostal, localizado em frente ao Restaurante Âncora, seu concorrente.

101. Anos 70. Imagem mais à esquerda da foto anterior.

102. Anos 70. Segundo consta, havia um camping ao lado do restaurante. Não encontramos fotos dele.

103. Anos 80. O Canto do Recreio, como ficou conhecido, era muito procurado por surfistas atrás de boas ondas.

104. Garimpamos esta foto na web, mas ao que tudo indica não é na orla e sim numa via interna. Parece ser dos anos 50.

105. Curiosa fotografia de um barracão da Sérgio Castro para venda de lotes do Recreio dos Bandeirantes. Observar que ele aparece na extrema direita da foto anterior.

106. 1958.

107. Sem data. Seriam estas árvores as mesma vistas à direita da foto 102?

108. Data desconhecida. O fotógrafo está na areia da Praia do Pontal com a câmera voltada em direção à Pedra do Pontal. Quando a maré está cheia a pequena faixa de areia (acidente geográfico chamado tômbolo) que liga a pedra à praia desaparece.

108a. Foto sem data, porém recente da Praia do Pontal, a partir da pedreira existente no começo da Praia da Macumba.

109. Anos 60. Vemos a Av. Gilka Machado em profundidade no sentido Pedra do Pontal. Vide foto 95.

109a. Sem registro de data, mas ainda sem qualquer intervenção humana. Vide foto 4.
 
109b. Anos 60.

110. Aqui temos uma foto dos anos 70 obtida de ângulo pouco comum. A elevação vista na parte baixa à esquerda é o Parque Nacional da Prainha com a Av. Estado da Guanabara atravessando por cima e, no pé da imagem, está uma pequena parte das areias da Prainha. Em profundidade estão a Praia da Macumba e a Praia do Pontal até chegar a Pedra do Pontal. Depois vem a curvatura da Praia do Recreio dos Bandeirantes e da Barra da Tijuca até encontrar a base da Pedra da Gávea. Vide mapa da foto 114.
 
110a. Anos 70. O primeiro trailer da Prainha, ainda virgem. Recanto dos surfistas. Vide posicionamento na foto 114.

110b. Outro aspecto da Prainha em 1972. Observar, no canto inferior esquerdo, um fusca estacionado à margem da estrada rudimentar de acesso ao local.
 
110c.1973. ângulo oposto ao anterior. Observar que as pistas já foram urbanizadas.
 
111. Apresentamos um mapa ilustrativo apresentando todo o bairro da Barra da Tijuca com as principais praias e lagoas assinaladas além outros pontos de referência.
1) Sub-bairro Jardim Oceânico;
2) Paróquia de São Francisco de Paula; e
3) Ilha dos Amores.

112. Este outro mapa é do final do Recreio dos Bandeirantes e das praias após a Pedra do Pontal, complementando o mapa anterior. Clique na imagem para ampliar ainda mais e observar os detalhes assinalados.

113. Uma boa foto aérea recente com indicações:
1) Lagoa de Marapendi;
2) Praia do Recreio (Reserva);
3) Canto do Recreio;
4) Pedra do Pontal Tim Maia;
5) Praia do Pontal;
6) Praia da Macumba;
7) Canal das Taxas;
8) Lagoinha das Taxas;
9) Ilha das Palmas;
10) Ilha das Pecas;
11) Parque Nacional da Prainha;
12) Barra de Guaratiba; e
13) Av. das Américas.

114. As praias da orla, da esquerda para a direita: Barra de Guaratiba, Grumarí, Abricó (não assinalada), Prainha, Macumba, Pontal, Recreio dos Bandeirantes e Reserva. As praias da Barra da Tijuca e Pepê estão fora da imagem, mas podem ser vistas no mapa da foto 111.
 
115. Esta foto, com data desconhecida, revela a área do Autódromo Nova Caledônia, às margens da Lagoa de Jacarepaguá, em Curicica, Zona Oeste da cidade. Havia um circuito bastante rudimentar em formato oval.
 
116. Foto ao redor de 1966 apresenta o mesmo autódromo com algumas intervenções no circuito. Pouco mais de uma década depois alterou sua denominação para Autódromo Internacional Nelson Piquet ou simplesmente Autódromo de Jacarepaguá.

117. Fotografia aérea de 1972.
 
118. Outra imagem aérea contemporânea a anterior. A via em diagonal que passa na frente do autódromo é a Av. Abelardo Bueno. No canto superior direito vemos a Av. Salvador Allende e o terreno do futuro Rio Centro. No alto está a Praia do Recreio.
 
119. Dia de corrida automobilística em 1967 ainda com instalações improvisadas. A partir de 1978, após reformas para se enquadrar às exigências da FIA, o autódromo sediou o Grande Prêmio de Fórmula 1 do Brasil onde permaneceu até 1989, à exceção de 1979-80 quando o GP foi disputado em Interlagos, São Paulo. Depois deste período o autódromo foi utilizado para disputas de Cart (atual Fórmula Indy), Moto velocidade, Stock Car, Fórmula Truck e Fórmula 3. Para os Jogos Pan-Americanos de 2007 na cidade, o autódromo passou por modificações para dar lugar ao Complexo Esportivo do qual fazia parte o Parque Aquático Maria Lenke. Em 2012, após 35 anos, o autódromo deixou de existir quando foi construído o Parque Olímpico que sediou as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. Atualmente o local tem sido utilizado para as edições recentes do Rock in Rio.
 
120. Aspecto do Autódromo de Jacarepaguá durante o GP de Fórmula 1 de 1986. Saiu vencedora a "dobradinha" de pilotos brasileiros Nelson Piquet (1º lugar) e Ayrton Senna (2º lugar). Entretanto o maior vencedor dos GPs no Brasil foi o piloto francês Alain Prost com seis vitórias.
 
121. Esta fotografia aérea, do final de 1984, mostra uma área sendo preparada para a primeira apresentação do Rock in Rio ocorrida no começo do ano seguinte. Situava-se na Av. Salvador Allende, ao lado do Rio Centro (à direita, fora da foto), nas proximidades do autódromo. Na foto 118 vemos este terreno ainda virgem na lateral direita, à margem da lagoa. 

122. A "Cidade do Rock", como ficou conhecida, dispunha de um terreno de 250 mil m² onde foi construído um enorme palco de 5 mil m². A área também possuia dois fast food, dois shoppings com 50 lojas, dois centros médicos de urgência e uma infra estrutura capaz de atender um público ao redor de 1,5 milhão de pessoas.
 
123. O evento ocorreu durante dez dias do mês de janeiro de 1985 com a apresentação de diversas bandas de rock nacional e internacional. O sucesso foi absoluto e repetido em outras 21 edições no país (Maracanã, Praça da Apoteose, Parque Olímpico e São Paulo) e no exterior (Portugal, Espanha e EUA). O ponto negativo da primeira edição foi a forte chuva de verão que desabou tornando o local do público num grande lamaçal.
 
124. Rara foto da Praia de Grumarí datada de 1920.

125. A mesma praia anterior, agora em 1972.

Nenhum comentário:

Postar um comentário