Arco do Telles / Travessa do Comércio
1. Pintura de Debret de 1818 mostrando em primeiro plano o ancoradouro do Largo do Paço (atual Praça XV de Novembro), ao lado do Chafariz do Monroe (não visível). A edificação à direita, entre Rua Primeiro de Março (antiga Rua Direita) e Rua do Mercado (vista na extrema direita) é o casario de três andares de propriedade da família Telles de Menezes. A passagem visível em forma de arco ligava o largo à Travessa do Comércio, daí seu nome: Arco do Telles.
2. Cerca de 1890. Carregadores de cestos de mercadorias na Praça XV diante da Rua do Mercado, ao fundo, próximos ao Mercado do Peixe (não visível). No canto superior esquerdo podemos observa o Arco do Telles.
3. Cerca de 1910. O inicio da construção do casario dos Telles de Menezes data de 1743, entretanto um incêndio de grandes proporções em 1790 reduziu-o a cinzas desde a Rua Primeiro de Março até o ponto onde está o Arco.
4. Após o trágico incêndio o local ficou esquecido e frequentado por pessoas de classe baixa ou desclassificadas, desvalorizando este trecho da Praça XV. Imagem sem data.
5. Em 1808 com a vinda da família real portuguesa para o Brasil como também pela proximidade do Paço Real (depois Paço Imperial), o local revigorou-se. Visão oposta ao redor de 1922.
5a. Sem data. Travessa do Comércio. Até os anos 80/90 esta região era repleta de casas de produtos náuticos, caça submarina e pesca.
5b. Anos 30. A cantora e atriz Carmen Miranda (1909-1955) e sua irmã, Aurora (1915-2005), na porta da residência de sua família, nº 13 da Travessa do Comércio. Este ano (2024) parte do telhado do sobrado desabou após anos de abandono e má conservação. Não houve feridos. O local exato é onde, na foto 6, está a calçada à esquerda do caminhão.
5c. 2019. Neste recanto da cidade o tempo não passa.
6. Cerca de 1930. Apesar de tudo o local resistiu às demolições que a modernidade do começo do século XX impôs.
6a. Precisando de reparos ao redor dos anos 40. O Arco sempre foi utilizado como atalho, através da Travessa do Comércio, por pedestres oriundos da Praça XV que desejavam alcançar a Rua do Ouvidor, ou vice-versa.
7. Sem data, provavelmente anos 40. O prédio onde o Arco se localiza foi considerado patrimônio histórico pelo IPHAN em 1938 e hoje é ponto de atração turística durante o dia.
8. Década de 40.
9. De certo anos 40. À exceção do Arco, a edificação não traz qualquer atrativo arquitetônico e assemelha-se muito ao Convento do Carmo, nas imediações.
10. Anos 50. Nas duas últimas décadas o local tornou-se um point de diversão noturna às sextas-feiras, repleto de bares com música ao vivo e muita animação do pessoal que trabalha no centro da cidade.
11. Anos 60. Ao fundo o antigo prédio da Bolsa de Valores, do outro lado da esquina da Rua do Mercado.
11a. Pedestres na Travessa do Comércio em 1972.
12. Foto do autor em 2019. Quase nada mudou.
13. Placa descritiva instalada na parede direita da passagem sob o Arco, em direção à Travessa do Comércio. Vide foto 11.
Alfândega
14. A Praça do Comércio foi inaugurada por D. João VI, pouco antes da Independência do Brasil, em 1820. Esta construção localizada no nº 78 da Rua Visconde de Itaboraí, em estilo neoclássico, tornou-se Alfândega do Rio de Janeiro quatro anos depois, assim permanecendo até 1944. Em 1938 o prédio foi tombado pelo IPHAN, entretanto, com o tempo, ficou completamente deteriorado. Em 1951 passou por reformas e durante mais de 20 anos abrigou o 2º Tribunal do Júri até 1978. Foto sem data.
14a. Pelas obras em andamento vistas, provavelmente esta foto data ao redor de 1944 quando foi aberta a Av. Presidente Vargas.
15. Imagem de 1954. Na década de 80 novas obras de restauração foram realizadas e, em 1990, o espaço passou a fazer parte do corredor cultural do centro da cidade e ali instalou-se a Casa França-Brasil, local de exposições e múltiplas funções culturais.
16. Anos 50. À direita a parte lateral do prédio do antigo Banco do Brasil, atual CCBB. A Rua Visconde de Itaboraí corre paralela à Rua Primeiro de Março, desde a Rua do Rosário. Observar um bonde duplo parado em frente ao antigo prédio da Alfândega.
17. Anos 50. Com a abertura da alça de acesso/saída do Viaduto da Perimetral em 1976 a construção lateral, focada nesta imagem e na anterior, foi demolida.
18. Anos 40.
18a. Anos 60 quando funcionava no local o 2º Tribunal do Júri (vide letreiro). No alto, atrás do poste, identifica-se o prédio do extinto Lloyd Brasileiro, sito à Rua do Rosário, nº 1.
18b. Provável anos 60. Fotografia tirada da entrada principal da Igreja da Candelária.
19. Esta fotografia aérea dos anos 30, ampliada, mostra a exata localização do antigo prédio da Alfândega conforme vemos assinalado. O trecho entre as linhas amarelas foi demolido na década de 40 para a passagem da Av. Presidente Vargas, exceção feita à Igreja da Candelária. Clique na imagem para ampliar.
19a. 1895. Docas da Alfândega. Observar a posição da Igreja d Candelária, ao fundo, para se situar melhor do local. Seria algo próximo à extrema esquerda da foto anterior.
20. Evento cultural sendo realizado em meados de 2019, em foto do autor.
Rua do Mercado
21.
Consta ser fotografia de 1922. Não foi possível identificar a esquina
vista no canto inferior direito, mas ampliando a imagem vemos o Hospital São Zacharias, no alto do Morro do Castelo
ao fundo. É possível também que esta rua, embora identificada como a Rua do Mercado seja alguma viela do Bairro da Misericórdia. A dúvida persiste.
21a. A Rua do Mercado por volta dos anos 50 em trecho não identificado. Ainda hoje existem muitos sobrados do início do século XX.
22. Encerramos a postagem com esta fotografia aérea datada de 1929 da região do entorno da Praça XV com indicações:
1) Praça XV de Novembro;
2) Monumento ao General Osório;
3) Chafariz do Mestre Valentim;
4) Chafariz do Monroe;
5) Paço Imperial;
6) Palácio Tiradentes;
7) Ministério da Agricultura (antigo);
8) Convento do Carmo;
9) Igreja N. Sra. do Carmo;
10) Igreja da Ordem Terceira do Monte do Carmo;
11) Igreja N. Sra. da Lapa dos Mercadores;
12) Igreja Santa Cruz dos Militares;
13) Supremo Tribunal Federal (hoje CCJE);
14) Correios e Telégrafos; e
15) Banco do Brasil (hoje CCBB).
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