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segunda-feira, 8 de junho de 2020

LARGO DA CARIOCA - Confluência da Rua da Carioca, Rua Uruguaiana e Rua da Assembléia

 Imagens com o Largo da Carioca em primeiro plano

1. O fotógrafo está no chafariz do largo apontando sua câmera para o Rua Uruguaiana, vista conforme a seta indicada. O prédio em destaque foi ocupado durante anos pela Alfaiataria do Povo.
 
1a. 1905. Foto obtida do centro da praça do largo.
 
2. 1907. Aproximadamente o mesmo ângulo da imagem anterior.


3. Esta foto sem data, mas provavelmente contemporânea das duas anteriores, nos mostra o Largo da Carioca visto de ângulo elevado. No canto inferior esquerdo vemos o jardim diante do chafariz. Pouco mais acima identifica-se o Hospital e a Igreja da Ordem Terceira da Penitência. No fundo, ao lado do hospital, observamos as torres da Igreja de São Francisco de Paula. Por fim, no canto inferior direito vemos parte do Hotel Avenida.

4. Ângulo semelhante a foto 2, contudo vemos no centro do largo uma luminária maior. Observa-se ainda ao fundo da Rua Uruguaiana a torre da Igreja do Rosário no alinhamento esquerdo da via.

5. Foto de 1929.

Imagens com a Rua da Carioca ao fundo

6. Fotografia de 1905.

7. Outra de 1906.

8. Observar as setas indicativas para melhor se posicionar.

 
9. 1897. O prédio na extrema direita abriga a loja Alfaiataria do Povo. Ela aparece em várias imagens desta postagem. Na esquerda vemos a construção do novo prédio no local do antigo hospital, onde funcionaria a sede do Jornal Correio da Manhã e a Seguradora Cruzeiro do Sul.
 
9a. 1908.

9b. Cerca de 1908. Observar o comércio no térreo do prédio em destaque: "O Tombo do Rio - Chapeos e Roupas Feitas" e, na sobreloja, "Dentista Silvino Mattos".

9c. Cerca de 1922.

10. Sem data. Sempre movimentada.

10a. Nesta imagem, igualmente sem data, vemos a Rua da Carioca em profundidade. Destaque também para as torres da Igreja de São Francisco de Paula no alto à direita.

11. Anos 30/40. À esquerda Rua da Carioca e à direita Rua Uruguaiana. O prédio em destaque é sempre visto também nas fotos anteriores.

12. Imagem recente do mesmo local extraída do Street View. O prédio comentado na foto anterior continua no mesmo local, embora tenha sofrido modificações.

Imagens com a Rua da Assembleia ao fundo

13. Fotografia de 1910. Ampliando a imagem é possível reconhecer o prédio da esquina da Av. Rio Branco.

14. 1925. Observar a "Alfaiataria do Povo" (Largo da Carioca, nº 24) vista aqui à esquerda. A loja seguinte, na mesma construção da quadra, é a loja Torre de Belém, de igual ramo de atividade.

15. Imagem colorizada de cartão postal com data indefinida. A loja da direita chama-se Bazar Francês, famoso comércio de brinquedos. No térreo funcionava o Café Paris (Largo da Carioca, nº 20).

16. Sem data. A Rua da Assembleia, neste trecho, se caracterizava pelo comércio de vestuário masculino, feminino e infantil.
 
17. Data desconhecida. Os trilhos de bonde indicam à esquerda o sentido Rua Uruguaiana e em frente para a Rua da Carioca, ao pé da imagem. O casario visto no centro foi todo demolido para o prolongamento da Av. Nilo Peçanha até o largo nos anos 70. Por último, o Hotel Avenida no alto à direita.

domingo, 7 de junho de 2020

LARGO DA CARIOCA - Tabuleiro da Baiana

1. Fotografia de 1939. A estação de bondes do Largo da Carioca começou a operar em 1937 como parada obrigatória para os bondes que vinham da Zona Sul e a para lá voltavam. Ocupava a quadra inteira entre a Av. Treze de Maio e Rua Senador Dantas, diante do prédio do Liceu Literário Português, único erguido na ocasião. Este local foi escolhido pelos administradores de trânsito em virtude da existência do Morro de Santo Antônio onde terminava a Av. Almirante Barroso.

2. Outra foto da mesma época anterior de um ângulo onde vemos ao fundo o Morro de Santo Antônio. Ele seria quase que totalmente demolido até o final dos anos 50 para a abertura da Av. República do Chile. O prédio visto lá no alto é o local onde funcionou a extinta Polícia Especial, (1932 - 1960), tropa de elite da Polícia Civil.

3. 1952. A arquitetura simples da estação composta de uma laje suportada por dezoito pilares finos dispostos em três fileiras de seis dava-lhe uma aparência de tabuleiro. A criatividade do carioca logo a apelidou de "Tabuleiro da Baiana", nome que rapidamente se tornou popular.
 
 
3a. Cerca de 1964. Ângulo semelhante ao anterior.

3b. Imagem frontal à distância. À esquerda a Av. Treze de Maio e na extrema direita a Rua Senador Dantas. Pela primeira os bondes oriundos da Zona Sul chegavam e pela segunda eles retornavam.

4. Imagem de 1958. Era comum nas estações de bonde ter os espaços superiores ocupados por painéis publicitários. Observar no alto em primeiro plano uma das laterais do prédio do Liceu de Artes e Ofícios e atrás o Ed. Marquês do Herval (local do antigo Hotel Palace). Bonde da linha 13 (Ipanema) parado na estação.

5. Imagem da década de 50. Vemos a Av. Treze de Maio onde um bonde começa a contornar a esquina para entrar na estação. O prédio ao lado é o Ed. Itu ainda não erguido nas imagens das fotos 1, 2 e 3.
 
5a. Ao redor de 1956. Av. Treze de Maio em profundidade sentido Cinelândia.
 
5b. Década de 50 destaca a Av. Treze de Maio pelo lado oposto da foto anterior. O bonde está entrando no Tabuleiro da Baiana, vai parar para embarque e desembarque de passageiros e seguirá rumo à Zona Sul, entrando pela Rua Senador Dantas, do outro lado. Ao fundo está o Largo da Carioca e um grande estacionamento de carros. Vide fotos 12 e 13.
 
6. Fotografia de 1958. Observar a quantidade de cartazes emporcalhando o local. No fundo à direita a Av. Treze de Maio. Bonde da linha 2 (Laranjeiras) parado na estação.
 
6a. 1959. 

7. Dia de forte chuva no Largo da Carioca em 1958. A foto foi obtida a partir da esquina da Rua Senador Dantas (para onde os carros se dirigem). Observar o hidrante na calçada submersa. Ao fundo identificamos o Convento de Santo Antônio visto de perfil e, mais à direita, o Ed. Ordem Terceira em cujo térreo havia a estação de bondes para Santa Teresa.
 
7a. Cerca de 1962. Observar, ao fundo, o Ed. Av. Central já entregue e o da Caixa Econõmica, seu vizinho, está em construção. O "Tabuleiro" está sendo utilizado como ponto final de ônibus.
 
8. Foto colorizada de 1959. Bonde da linha 4 (Praia Vermelha) parado na estação.

9. Anos 50. Notem a quantidade de propaganda sobre o teto da estação.

10. Provável década de 50. Bonde da linha 2 (Laranjeiras).

 10a. Foto do acervo de O Globo em 1963.
 
10b. Um bonde da linha 3 (Águas Férreas) parado na estação provavelmente numa madrugada dos anos 50. Notar o trabalho frenético de jornaleiros preparando a dobradura dos cadernos da versão matutina antes de colocá-los expostos à venda. Esta atividade era muito comum na época e exigia muita rapidez. Ao que me consta não havia jornal por assinatura nem entrega domiciliar neste período.

11. Obras de urbanização no Largo da Carioca diante do Tabuleiro em 1941. Lembramos ao visitante que esta área livre até meados dos anos 30 era ocupado pelo Teatro Lírico e a Imprensa Nacional.
 
11a. 1942. Em primeiro plano vemos o estacionamento formado no Largo da Carioca com o "tabuleiro" ao fundo. Na extrema esquerda está o Liceu de Artes e Ofícios na esquina da Av. Almirante Barroso e, no centro da imagem, está a Av. 13 de Maio em profundidade até a Cinelândia. Lá é possível identificar o belo prédio do antigo STF, hoje Centro Cultura da Justiça Federal.
 
12. Anos 50. Como de costume no centro do Rio qualquer área livre transformava-se num imenso estacionamento. No fundo à direita a torre do relógio do prédio da Mesbla (lançado em 1934), na Rua do Passeio.
 
12a. Foto panorâmica do largo em 1956. A Av. Treze de Maio é vista em profundidade em direção à Cinelândia no meio da imagem. Reparem no movimento de pessoas e a quantidade de automóveis estacionados, tal qual visto na foto anterior.

12b. Este registro mostra um bonde de Santa Teresa passando no largo em direção à estação localizada embaixo do Ed. da Ordem Terceira (fora da foto, à esquerda). O "Tabuleiro" era ponto de parada obrigatória dos bondes oriundos da Zonal Sul. Vinham pela Av. Treze de Maio e retornavam pela Rua Senador Dantas. Os entulhos vistos aqui são decerto da demolição do Morro de Santo Antônio.
 
13. Bela imagem do Largo da Carioca com a estação de bondes ao fundo. À esquerda observamos o Hotel Avenida e o Liceu de Artes e Ofícios. Entre ambos está a pequenina Rua Bittencourt da Silva, onde hoje existe uma entrada/saída da Estação Carioca do Metrô, entre o Ed. Av. Central e a antiga sede da Caixa Econômica Federal.
 
13a. Anos 40.

13b. O Largo da Carioca em 1956. Vemos o "Tabuleiro da Baiana" no canto inferior  esquerdo. e no alto o Mosteiro de Santo Antônio e a Igreja da Ordem Terceira da Penitência.

13c. Interessante fotografia de 1959 obtida do alto do Ed. Marquês do Herval. Em primeiro plano vemos o Liceu de Artes e Ofícios e, no alto, as obras em curso do arrasamento do Morro de Santo Antônio. À direita destas, identifica-se parte do Convento de Santo Antônio e, no canto inferior esquerdo, o final da Av. Treze de Maio e o "Tabuleiro da Baiana".

14. 1954. Tudo indica que ainda estamos em um momento antes do término do desmonte do Morro de Santo Antônio. Ao fundo, onde vemos árvores, está a entrada da Rua Senador Dantas.
 
 
14a. Uma foto encantadora de 1955. A construção ao fundo, sobre o Morro de Santo Antônio, será demolida dentro de poucos anos para a passagem da Av. República do Chile.

 15. Cerca de 1960.

16. Excelente imagem panorâmica dos anos 60 do trecho ocupado pela estação do Largo da Carioca. Clique na imagem para ampliar. Ao que tudo indica o Morro de Santo Antônio já foi demolido tendo em vista a completa urbanização do largo. Vemos ao fundo a Av. Treze de Maio e à esquerda o prédio do Liceu de Artes e Ofícios.

17. Outra imagem de ângulo semelhante. Ao que parece o fotógrafo estava diante do Convento de Santo Antônio.

18. Esta imagem de 1958 nos mostra em primeiro plano as escadas da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência tendo ao fundo o "Tabuleiro da Baiana".

19. Início dos anos 60. O final das obras de demolição do Morro de Santo Antônio estão em andamento, bem como a abertura da Av. República do Chile.

20. Nesta imagem observamos a larga Av. República do Chile já aberta ao trânsito. Em breve começarão a construção dos principais pontos de referência do local: Banco Nacional de Habitação - BNH, Banco de Desenvolvimento Econômico - BNDE, Petrobrás e Catedral Metropolitana do RJ. E com o final da utilização dos bondes como meio de transporte público o "Tabuleiro da Baiana" foi demolido em 1968, deixando o aspecto da via como se fosse continuação da Av. Almirante Barroso.
 
20a. Esta foto dos anos 50 mostra uma passagem subterrânea para pedestres sob a Rua Treze de Maio. Segundo consta, em jornais da época, não era muito utilizada. Na foto anterior podemos ver que a saída era ao lado do "Tabuleiro". A mulher vista nesta foto está olhando o trânsito de veículos oriundo do largo (Rua Uruguaiana) para atravessar a Rua Treze de Maio sem usar a passagem subterrânea. Mais adiante outras pessoas agiram da mesma forma.
 
 21. Imagem de posição similar á pós anterior.

22. 1967. Provavelmente o "tabuleiro" já foi desativado e aguarda sua demolição, o que ocorreria no começo do ano seguinte.
 
23. Mesma época da foto anterior em imagem captada de helicóptero. 

24. Encerramos a postagem com esta foto de 1970 mostrando um aglomerado de carros parados em um sinal de trânsito no exato local onde havia o Tabuleiro.