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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

APÊNDICE XII - Aterramentos da orla

Região do Centro e Zona Portuária
 
  
 
1. Este mapa ilustrativo fornece uma ideia exata de todas as áreas da orla do centro da cidade aterradas ao longo do século XX. Além das descrições, assinalamos para melhor localização do visitante:
1) Morro do Castelo (extinto em três etapas: a 1ª em 1904, a 2ª entre 1921-22 e a última em 1927);
2) Morro de Santo Antônio (extinto quase totalmente entre 1959-61);
3) Morro de Santa Teresa;
4) Morro do Senado (extinto entre 1880-1913);
5) Morro de São Bento;
6) Morro da Conceição; e
7) Morro do Livramento.

2. Temos aqui um outro antigo mapa de toda a região central e portuária da cidade com sobreposição de imagem por satélite evidenciando os aterros em toda a orla. A Enseada da Glória vista aqui no canto inferior direito está, no mapa anterior, no canto superior esquerdo. Marcamos, com linhas tracejadas, as duas principais artérias viárias: A Av. Rio Branco e, perpendicularmente, a Av. Presidente Vargas, a fim de facilitar o entendimento. Chamamos a atenção do visitante para a região portuária vista na parte superior esquerda. A intervenção do homem ao longo dos anos é impressionante.
 
 Santa Luzia, Lapa e Enseada da Glória

 

3. A área da Praia de Santa Luzia ficava compreendida entre a Ponta do Calabouço (vide foto anterior, uma ponta que se estende em direção ao Aeroporto Santos Dumont) e o começo da Praia da Lapa (vide foto seguinte). O primeiro aterramento foi feito entre 1904-06, durante a administração do Prefeito Pereira Passos. Alguns anos depois a Av. Beira-mar foi estendida até a Ponta do Calabouço. Contudo a grande intervenção veio entre 1921-22 quando o Morro do Castelo foi demolido e sua terras foram lançadas nesta região para que fossem erguidos os pavilhões da Exposição Internacional Comemorativa ao Centenário da Independência.

4. A extinta Praia da Lapa ficava em frente ao Passeio Público. A primeira intervenção humana foi a construção, por volta de 1860, de uma mureta de concreto que servia de quebra-mar e uma estreita pista utilizada por carroças e, mais tarde, por bondes e carros. O local era apenas utilizado pela atividade pesqueira. De 1904 a 1906, foi criada a Av. Beira-mar, afastando o mar alguns metros adentro. A foto aqui apresentada mostra a região do aterramento estendendo-se até a Enseada da Glória com o terreno da futura Praça Paris já delineado para urbanização.
 
 
5. Nesta fotografia, de 1905, vemos as obras de aterramento da orla da Glória próximas ao morro de mesmo nome.
 
Flamengo e Botafogo
 
6. O aterramento da orla do Flamengo foi feito na mesma ocasião do realizado na Lapa e na Glória. Tratava-se, naturalmente, da continuação da Av. Beira-mar. Antes as águas calmas da praia do Flamengo iam até as poucas construções que ali existiam. Nesta foto, ao redor de 1906, vemos uma comissão de responsáveis inspecionando o resultado do aterro que permitiu a construção de duas pistas e um muro onde as águas do mar batiam.

7. Aqui vemos a Praia de Botafogo, por volta de 1904, sendo aterrada. Tal qual a Praia do Flamengo foi a extensão natural da Av. Beira-mar. As duas praias se uniam pela antiga Av. da Ligação (atual Av. Oswaldo Cruz), já que ao redor do Morro da Viúva não existia caminho. Isto somente foi realizado nos anos 20, quando parte deste morro foi "aparado" para a passagem de uma pista para carros inicialmente denominada Av. do Contorno (atual Av. Rui Barbosa). Este foi o derradeiro trecho da grande obra do Prefeito Pereira Passos na orla da cidade que começava na Ponta do Calabouço e terminava nos pés do Morro do Pasmado, de onde provavelmente esta foto foi tirada.

Copacabana

8. A orla de Copacabana em foto ao redor de 1900. Um local de difícil acesso e com anseios para pessoas abastadas construirem casas de veraneio.

9. Leme em 1915. Em 1905 o primeiro alargamento necessitou de 6 metros para a abertura de uma pista de rolamento precária com iluminação pobre. Quase não há tráfego de veículos.

 
10. Em 1919 uma pista de mão dupla com canteiro central e iluminação moderna exigiu o afastamento do mar para 12 metros. Agora vemos algumas construções baixas e esparsas.

11. O Posto V ao redor de 1956. Um paredão de prédios ocupa toda a orla, o canteiro central desapareceu e novos postes de iluminação retornaram para a calçada, entretanto a pista de automóveis permanece na mesma largura.

 
12. Foto entorno de  1975. Após o alargamento definitivo de 1969-71 o mar foi afastado para 93 metros! São duas pistas em cada sentido com três faixas de rolamento e um grande canteiro central sob o qual foi instalado um enorme emissário submarino. A calçada junto aos prédios também foi alargada. Havia (e ainda há), em alguns locais, postos de gasolina no canteiro central, assim como estacionamento nas calçadas junto aos prédios e próximo a areia, sendo este último extinto no começo dos anos 90 para a instalação de uma ciclovia. Os veículos sobre as calçadas, vistos nesta imagem, estão em flagrante infração de trânsito. A magnitude desta obra maravilhosa e cinquentenária trouxe um aspecto modernista ao bairro que atrai turistas do mundo todo.

Parque Brigadeiro Eduardo Gomes e Parque Carlos Lacerda 

(Mais conhecido como Aterro do Flamengo)

Outra obra de aterramento de grande envergadura foi realizada no período compreendido entre o final dos anos 50 e começo dos 60 nas orlas da Glória e Flamengo. Ao terminar o tráfego de veículos entre Copacabana e o Aeroporto Santos Dumont transformou-se em free way. Convidamos o caro visitante a conferir nossa postagem sobre estes fatos aqui.  

 Outros aterramentos

Outros aterros em regiões de orla da cidade foram realizados por conta da abertura da Av. Brasil e das alças de acesso à Ponte Rio Niterói. Favor visitar a postagem do Apêndice V (Praias extintas) aqui.

segunda-feira, 2 de maio de 2022

SÃO CRISTOVÃO - Outras ruas e locais, Caju e Benfica

 

1. Este é o estádio do São Cristovão Atlético Clube, localizado na Rua Figueira de Melo, nº 200, em foto de 1916, ano da inauguração. É o estádio mais antigo do Rio de Janeiro conhecido hoje como Estádio Ronaldo Nazário de Lima, em homenagem ao craque de futebol "Ronaldo Fenômeno" revelado pelo clube em 1990.

1a. O menino Ronaldo na portaria do clube. Rua Figueira de Melo, nº 200.

 
2. Outro aspecto do estádio em foto provável dos anos 20. O clube foi criado em 1943 a partir da fusão de dois clubes: o São Cristovão Atlético Clube, de 1909, e o São Cristovão Futebol e Regatas, de 1898. O nome do mais antigo prevaleceu. O time de futebol do clube marcou presença constante na série A do campeonato carioca até o final dos anos 70. A partir de então entrou em decadência e não consegue retornar a elite do futebol do Rio, alternando sempre as série C e B da competição. Sua maior glória foi o campeonato carioca de 1926.
 
2a. 1922. Foto colorizada da Rua Figueira de Melo em trecho não identificado.
 
3. Rua Bela em foto dos anos 70 ainda sem a Linha Vermelha passando por cima que a descaracterizou completamente desde 1990. Esta é a esquina com a Rua Almirante Mariath (à direita), próximo ao Campo de São Cristovão. A construção em destaque, de 1906, continua ainda hoje de pé.
 
3a. Encontramos esta outra fotografia de Malta do ano de 1909 mostrando o mesmo local anterior.
 
4. 1967. Rua José Clemente vendo-se a Rua Bela ao fundo. O bairro já era esquecido pelas autoridades municipais há anos.
 
5. Escola Nilo Peçanha inaugurada em 1910 na Av. D. Pedro II, nº 398. No começo dos anos 20 sofreu acréscimo de dois pavimentos. Fica próxima à entrada principal da Quinta da Boa Vista. O prédio foi tombado pelo patrimônio histórico do município em 1990.
 
5a. A escola em foto da provável década de 30.

6. Anos 60. Este prédio fica na Av. Pedro II, nº 400, ao lado da escola acima comentada. Este local é exatamente na praça existente diante do portão principal da Quinta da Boa Vista, onde há uma rotatória no trânsito. Nesta época funcionava aqui o Depto. de Patrimônio Histórico e Artístico, contudo hoje abriga a Imprensa da Cidade do Rio de Janeiro.
 
6a. 1970. Casa da Marquesa de Santos, localizada à Rua D. Pedro II, nº 293. A suntuosa casa foi presente do Imperador D. Pedro I à sua amante, Domitila de Castro, em 1827. Hoje o local abriga o Museu da Moda Brasileira que veio a suceder o Museu do Primeiro Reinado. A construção é tombada desde 1938.
 
7. Rua São Januário em foto de 1966. Trata-se de trecho próximo à Igreja de São Januário e Santo Agostinho (nº 249), cuja torre sineira vemos na lateral esquerda da imagem.

7a. Anos 50. Rua São Cristovão em trecho não identificado.

8. Av. do Exército ao redor dos anos 60. É curioso notar que havia uma enorme árvore no meio da pista atrapalhando o trânsito. Um sinal luminoso piscante chamava a atenção dos motoristas conforme pode ser visto na imagem. Antigamente a região fazia parte da Quinta da Boa Vista e somente em 1922 a via foi criada para fazer a ligação com o Campo de São Cristovão, preservando-se a imensa tamarineira. Nos anos 90 um raio a atingiu mortalmente e ela foi retirada. Virou lenda.
 
8a. 1968. Pela posição dos carros estacionados no fundo à esquerda parece ser o mesmo dia da foto anterior.

9. Aqui vemos uma imagem colorizada do Largo da Cancela da provável década de 60. Este importante logradouro fica entre a Quinta da Boa Vista e o Campo de São Cristovão e, durante muitos anos, havia ponto de bondes e depois de vários ônibus que partiam para  bairros da Zona Norte mais afastados, como Penha, Cascadura, Realengo, Bonsucesso, Ramos e Olaria. O abrigo de passageiros foi desativado nos anos 80. A principal via do largo é a Rua São Luiz Gonzaga que parte do Campo de São Cristovão e termina em Benfica. Vide foto 27, indicação nº 12.
 
9a. 1967. Mesmo ângulo da foto anterior, embora mais afastado. O "fusca" aqui à esquerda segue rumo a Benfica.

9b. 1933. Prédio localizado e ainda existente na Rua São Luiz Gonzaga, nº 305, esquina com Rua Chaves Faria (à direita). Nas duas fotos anteriores ele pode ser identificado ao longe.
 
9c. O Largo da Cancela ao fundo em foto colorizada dos anos 30.

9d. 1929.
 
9e. 1953. Rua São Luiz Gonzaga, próximo ao Largo de Benfica.
  
10. Igreja da Imaculada de N. Sr. do Bonfim e N. Sra. do Paraíso, localizada na Rua Monsenhor Manuel Gomes, nº 241, próximo à Av. Brasil. Esta rua é mais conhecida por ser a principal via do complexo de cemitérios do Caju, entretanto ela possui um grande trecho no Bairro de São Cristovão, pois começa ao lado da Igreja de São Cristovão, junto à Praça Padre Séve.
 
10a. Provável anos 50. A origem do templo começa com um pequena capela fundada em 1851 por devotos do Senhor do Bonfim. Notar que a igreja possui apenas uma torre sineira com a outra inconclusa. Atualmente a igreja passa por um longo processo de restauração.

11. Nesta foto de 1974 podemos ver com exatidão a Igreja
do Bonfim e a Rua Monsenhor Manuel Gomes "atravessando" a Av. Brasil no sentido dos cemitérios do outro lado, no Caju. A pista lateral com veículos no canto inferior direito é a Rua do Bonfim. O elevado que começa na Av. Brasil é a alça de acesso à Ponte Rio-Niterói (Ponte Presidente Costa e Silva) e a via no canto inferior esquerdo é o final da Rua Conde de Leopoldina. Observar que a Linha Vermelha não havia sido construída, portanto a sua alça de acesso à ponte, que passa neste trecho, não é vista, assim como sua outra alça de acesso ao Viaduto do Gasômetro.

12. Foto do Dia de Finados de 1909 destacando a entrada principal do Cemitério São Francisco Xavier, localizado na Rua Monsenhor Manuel Gomes, nº 311. Muito embora fique localizado no bairro do Caju, estamos incluindo aqui por se tratar de rua que se inicia em São Cristovão.
 
12a. Provável anos 20.

13. Foto contemporânea a anterior captando o cemitério por outro ângulo. É mais conhecido como "Cemitério do Caju".
 
13a. Foto sem registro de data, mas revelando a nova fachada do cemitério sem os muros altos com janelas. Encontramos indicações que primitivamente chamava-se Cemitério da Ordem Terceira da Penitência.

13b. 1958. Antiga Praia de São Cristóvão. À esquerda o portal do cemitério.
 
14. Imagem dos anos 20 destaca o Mercado das Flores existente na Rua Monsenhor Manuel Gomes. Não é possível afirmar com certeza, mas parece se tratar da construção vista na foto anterior, em meio às palmeiras, no lado esquerdo da imagem, diante do portão principal do cemitério.

14a. Fotografia aérea de 1921 abrange toda a região dos cemitérios nas laterais do antigo Caminho da Praia de São Cristóvão, renomeada Rua Monsenhor Manuel Gomes em 1962. Notar a proximidade das águas da Baía de Guanabara antes dos aterros realizados na orla. Sugerimos ao caro leitor visitar nossa postagem sobre as praias extintas da cidade aqui.
 
14b. Concessionária Gastal da fábrica Willys Overland do Brasil, localizada na Av. Brasil, nº 2.268, sentido Zona Oeste, entre as Ruas Carlos Seidl e Peter Lund, montadora norte-americana dos modelos Jeep, Rural e Aero Willys. O prédio, lançado no começo dos anos 60, uma obra de arte arquitetônica, possuia as vigas de sustentação em formato de "WO", por motivos óbvios. Ao fechar as portas, outras empresas se instalaram no local por curtos períodos, pois a região tornara-se perigosa devido ao crescimento de favelas ao redor. O belo prédio foi abandonado e invadido por moradores de rua. O terreno foi desapropriado pela prefitura e a construção acabou demolida em 2004 para a construção de um  acesso a Linha Vermelha.
 
15. Vemos agora as obras de construção do Centro de Abastecimento do Estado da Guanabara - CADEG, em foto de 1961. O Cadeg é o sucessor do extinto Mercado Municipal da Praça XV (de 1907), demolido em parte no começo dos anos 60 para a construção do também extinto Elevado da Perimetral. Localiza-se na Rua Capitão Félix, nº 110, no bairro de Benfica. Ocupa o terreno de uma antiga fábrica de cigarros existente na encosta do Morro do Tuiuti.

16. 1962. Imagem aérea panorâmica de todo o mercado que ocupa uma área de 100 mil m² com 714 lojas e salas. Não sofreu modificações estruturais significativas desde sua inauguração, em 1962, apenas o corredor central foi coberto por um toldo metálico, contudo a fachada encurvada voltada para a Rua Capitão Félix é a mesma. A parte de trás atualmente concentra grande comércio de plantas e flores além do estacionamento para clientes. Os blocos de lojas são padronizados nas laterais do corredor central terminando em frente a uma torre com caixa de água no topo.

17. Foto obtida do Morro do Tuiuti nos fundos da central de abastecimento. Observar a torre da caixa d'água e a grande quantidade de caminhões que trouxeram mercadorias para as lojas.
 
18. Aqui vemos uma imagem do corredor central ainda sem a cobertura. Clientes e carregadores circulam pelo mesmo espaço. Anos depois, a fim de evitar acidentes, foi feita uma demarcação de área para circulação de clientes e transportadores de mercadorias. Além disso, foi instalada escadas rolantes para acesso à sobre loja, área bem maior e mais movimentada. Atualmente, além das lojas tradicionais de todo tipo de produto, há bares e restaurantes tradicionais da culinária portuguesa, muito procurados na hora do almoço.
 
18a. 1962.

18b. 1925. Largo do Pedregulho. Este largo, pouco conhecido, inicia no nº 1.492 da Rua São Luiz Gonzaga.
 
18c. 1938. União Fabril Exportadora - UFE, fabricante do Sabão Português, localizada na Rua da Alegria, 145, Benfica. Transferiu-se em 1941 para a Av. Brasil, nº 2.251. A fábrica foi desativada em 2011 e o prédio demolido em 2018 para a construção de mais um ponto de venda do Assaí Atacadista (Av. Brasil, nº 2.391, Benfica, próximo à Linha Vermelha).

18d. 1957. Viaduto Ana Neri.
 
18e. 1956. Prestes a inaugurar. A construção à direita é a antiga fábrica da Gillette do Brasil.
 
19. Estádio de São Januário, sede do Clube de Regatas Vasco da Gama. Rua General Almério de Moura, nº 131, em São Cristovão.

19a. Aspecto da construção das arquibancadas.
 
19b. Festejos em comemoração ao Dia da Independência de 1942.
 
20. Foto de 1937 mostra uma corrida rústica por fora do estádio do Vasco. O clube foi fundado em 1898 e o estádio foi construído entre 1926-1927. Nos anos 50 foram incorporados um parque aquático e um ginásio, transformado-se num complexo esportivo e social.

21. Fachada do estádio em estilo neocolonial tombada pelo IPHAN.

22. Fotografia aérea do jogo inaugural do estádio em 21/04/1927: Vasco 3 x 5 Santos. Os refletores somente foram instalados em 1928 ocasião na qual a arquibancada atrás do outro gol já havia sido concluída. O recorde de público foi atingido em 1978 quando 40.209 espectadores lotaram o estádio no jogo contra o Londrina.
 
22a. Outra foto aérea, agora de 1941, com maior amplitude. No canto superior esquerdo está o Campo de São Cristóvão, na lateral direita o Reservatório do Pedregulho e na parte baixa da imagem a Barreira do Vasco.
 
22a. A partida de estreia em andamento.
 
22b. Outro aspecto da festa de inauguração em 1927.
 
22c. Anos 50. Conjunto de casas populares na Favela da Barreira do Vasco. Ao fundo identificamos a entrada do estádio.
 
23. Cerca de 1922. Este é o Observatório Nacional, localizado a Rua General Bruce, nº 586. Prédio tombado pelo IPHAN em 1987. Oficialmente criado como Imperial Observatório em 1827, voltado quase exclusivamente para o aprendizado de alunos das escola militares. Ocupou alguns endereços antes de se fixar no Morro do Castelo, no centro da cidade, por volta de 1848. É portanto uma das instituições científicas mais antigas do país.
 
24. Após o arrasamento do Morro do Castelo, o observatório foi transferido para o Morro de São Januário, em São Cristovão, onde ocupa um área ao redor de 40 mil m². Esse campus, ao longo dos anos, cresceu consideravelmente e hoje além da edificação principal (Museu de Astronomia desde 1985), vista na foto anterior, ainda possui a Casa Branca, a Casa da Hora, oficinas, alojamentos e equipamentos científicos para estudos da astronomia, meteorologia e geofísica.
 
25. Este é o belo prédio do Pavilhão Central do Hospital Central do Exército, localizado na Rua Francisco Manuel, nº 126, em Benfica. O hospital foi criado em 1768 nas casas do antigo Colégio dos Jesuítas no Morro do Castelo. Em 1830 o local foi considerado inadequado e transferido para o Campo da Aclamação (Campo de Santana). Com a República urgiu-se modernizar o Exército e o seu serviço médico com o lançamento em 1892 da pedra fundamental do novo hospital em uma grande área de 79 mil m² em Benfica. Dez anos depois, em 1902, foi inaugurada a moderna instituição médica com apenas três pavilhões dos oito inicialmente planejados. Os demais foram entregues em 1913 (foto), 1915, 1916 e 1922. O hospital foi modernizado ao longo de muitos anos e hoje apenas o Pavilhão Central continua de pé.
 
26. Rua São Cristovão em foto de 1970.
 
27. 1922. Rua São Cristóvão esquina com Rua Escobar (em profundidade à esquerda).

28. Aspecto da Rua Francisco Eugênio e a Escola de Menores Abandonados (antigo Serviço de Assistência ao Menor - SAM) em foto com datada de 1934. As construções à esquerda foram extintas a partir do final dos anos 30 para a canalização do último braço do Rio Maracanã antes de encontra-se com o Canal do Mangue na Av. Francisco Bicalho. Esta edificação é ocupada hoje pelo 4º Batalhão da PM no nº 228 da via, próximo ao trecho final da Rua São Cristóvão.
 
29. 1910. Cia. Fábrica de Vidros e Crystaes do Brasil, localizada na Rua General Bruce, nºs 1-6, esquina com atual Rua Esberard, atrás do Educandário Gonçalves de Araujo. Foi fundada em 1878 e funcionou até a década de 40.

30. Esquema ilustrativo dos principais pontos de referência de São Cristovão:
1) Museu Militar Conde de Linhares ;
2) 1º Batalhão de Guardas do Exército;
3) Campo de São Cristovão;
4) Colégio Pedro II;
5) Clube de Regatas Vasco da Gama;
6) Observatório Nacional;
7) Museu de Astronomia, Ciência e Afins;
8) Pavilhão de São Cristovão (Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas);
9) Quinta da Boa Vista;
10) Museu Nacional;
11) Igreja de São Cristovão; e
12) Largo da Cancela.