1. Fotografia de 1893 focando à direita os pequenos morros que compõem a Pedreira do Inhangá numa praia completamente virgem.
1a. Esta foto de 1895 mostra a orla de Copacabana como Deus criou. No centro da imagem está um grupo de pequenos montes que compunham a chamada Pedreira do Inhangá. Sua parte mais avançada em direção ao mar, em maré alta, era banhada pelas ondas.
1b. Data desconhecida.
2. Estamos agora diante de uma imagem da virada do século XIX para XX. Esta é a ponta da pedreira que atingia a areia da praia. Uma foto única com mais de 120 anos. Um homem serviu de modelo para registrar esta parte mais extrema do acidente geográfico que em breve irá desaparecer para sempre.
3. Estamos agora em 1907 captando o morrote avançado por trás.
4. Uma captação mais à direita da imagem anterior.
5. Provavelmente estas três últimas fotos, de 1907, foram obtidas em sequência. Esta revela a lateral esquerda da pedreira, ainda vista por trás, onde podem ser observadas algumas construções no bairro próximas à orla sem qualquer urbanização. No fundo à direita está a Pedra do Leme.
5a. Esta foto tem como data 1906.
6. Esta foto sem data decerto foi clicada do atual Morro do Chapéu Mangueira no Leme. Podemos notar, bem ao fundo, a pedreira do Inhangá e sua ponta avançada em direção ao mar.
7. Aqui vemos uma panorâmica da praia em ângulo mais elevado da foto de antes. No centro da imagem observamos a ponta avançada. Vide foto 2.
8. Consta ser de 1913 esta foto. Algumas construções aglomeradas podem ser notadas na lateral direita. O bairro começa seu desenvolvimento.
9. Aqui vemos uma panorâmica em sentido oposto, talvez clicada do alto do Morro dos Cabritos. Ao que parece a Av. Atlântica (antiga Rua da Praia) já foi aberta e o bairro já possuiu as ruas internas traçadas e com diversas casas. Ampliando a imagem é possível ver, após a ponta avançada da Pedra do Inhangá, a residência dos irmãos Bernardelli ao lado da futura Praça do Lido completamente virgem ainda.
10. Esta foto, de 1916, mostra a Av. Atlântica já com iluminação em ângulo bem aproximado. Também vemos que foi necessário cortar um trecho da parte avançada da pedra, contudo, curiosamente, restou um pedaço na areia. Um muro cerca a pedreira no alinhamento da nova via neste trecho. Por fim, no centro da imagem, vemos o Palacete Edgard Duvivier localizado na esquina da rua de mesmo nome, uma das primeiras construções da orla de Copacabana.
10a. Ressaca de 1921 diante da Pedra do Inhangá e os estragos causados no calçamento.
11. Uma imagem ao redor de 1912 em sentido oposto ao anterior mostra a pista da Av. Atlântica já alargada para 12 metros, embora ainda sem a famosa calçada de "ondas". No alto, à direita da Pedreira do Inhangá, podemos identificar o Morro Dois Irmãos, no Leblon.
12. Nesta foto sem data conhecida vemos em primeiro plano um conjunto de casas na altura do Lido estando a Pedra do Inhangá ao fundo. Clique na imagem para ampliar e observe a indicação das vias assinaladas.
13. Esta foto mostra que a Av. Atlântica foi duplicada ganhando nova iluminação em postes no centro. A Pedra do Inhangá é vista em primeiro plano. Decerto esta imagem foi obtida de uma janela lateral do Copacabana Palace Hotel, inaugurado em 1923.
14. Outra foto captada de local semelhante à foto anterior. Agora vemos que a famosa calçada da orla em pedras portuguesas já foi feita. A primeira via após a pedreira é a atual Rua Fernando Mendes.
14a. Fotografia datada de 1906 obtida de algum ponto da Pedreira do Inhangá com a câmera voltada para o Posto VI. Observar que a Rua Fernando Mendes não existia e a Av. N. Sra. de Copacabana fazia o contorno da pedreira conforme visto na lateral direita.
14b. Aqui temos outra foto de mesmo ângulo da anterior, contudo datada dos anos 20. Observar que a Rua Fernando Mendes já foi aberta e a quantidade de residências do bairro cresceu consideravelmente.
15. Esta foto aérea dos anos 20 mostra o recente inaugurado Copacabana Palace Hotel ao lado da Pedra do Inhangá. A Rua Fernando Mendes, citada acima, parece estar sendo aberta. A Av. N. Sra. de Copacabana também exigiu o arrasamento de parte da pedreira que ficava em seu caminho. Vide foto 12.
16. Um aglomerado de pessoas é visto diante do hotel. Observar a proximidade da pedreira na lateral esquerda.
16a. Uma visão traseira do Copacabana Palace Hotel captando os morrotes ao redor ainda pouco destruídos. Na lateral esquerda vemos a Rua Barata Ribeiro encontrado-se com a Rua Duvivier. É curioso notar que ao final da Rua Ministro Viveiros de Castro há uma via em diagonal até a Av. N. Sra. de Copacabana esquina com Rua Rodolfo Dantas. É bom lembrar que na época a avenida tinha mão dupla e a Rua Rodolfo Dantas ainda não a atravessava, pois a Pedreira do Inhangá impedia seu traçado retilíneo até a Rua Barata Ribeiro. Vide fotos 18 e 19.
17. Outra visão semelhante em data posterior. O morro atrás do hotel já foi (ou está sendo) aparado na lateral voltada para a Rua Rodolfo Dantas e ao fundo para a Rua Barata Ribeiro.
18. Esta foto de baixa qualidade de 1928 merece estar na postagem visto que mostra claramente que a Rua Rodolfo Dantas, vista aqui em profundidade, exigiu para sua total abertura novo recorte na Pedra do Inhangá. A via em primeiro plano é a Rua Barata Ribeira que na época possuia uma divisória central, tal como a Av. N. Sra. de Copacabana.
19. Outra foto esclarecedora decerto de data pouco anterior a foto acima. A construção de fundos vista em primeiro plano tem seu portão frontal voltado para a Rua Tonelero. Mais acima está o terreno vazio da futura Praça Cardeal Arcoverde seguida pela Rua Barata Ribeiro. Observar mais uma vez a Pedreira do Inhangá, atrás do Hotel Copacabana, impedindo o total alinhamento da futura Rua Rodolfo Dantas.
20. Estamos em 1931. O bairro cresceu muito na última década, pois muitas construções estão praticamente lado à lado. Alguns prédios de 5 a 8 andares já podem ser observados ao redor da Praça do Lido, vista aqui na extrema esquerda da orla. Para melhor posicionar o visitante identificamos no canto inferior direito a Rua Barata Ribeiro com sua divisória central. Observar, por fim, o quanto o Morro do Inhangá foi sendo aos poucos reduzido em nome do progresso do bairro. A parte na lateral do Hotel Copacabana vai resistir por pouco tempo. Comparar com foto 12.
21. Cerca de 1935. Estamos aqui ao nível da Av. N. Sra. de Copacabana. Ela parece interditada para o arrasamento de parte da Pedreira do Inhangá, ao fundo, que obstrui a abertura da Rua Fernando Mendes.
22. Operários trabalham nas escavações da pedreira.
23. Esta fotografia de 1939 mostra a pequena Rua Fernando Mendes em
profundidade no sentido praia. À esquerda ainda resiste parte da Pedra
do Inhangá que irá desaparecer no começo dos anos 50 para a construção dos
famosos edifícios nesta lateral da via.
24. Estamos em 1941 na praia diante do Hotel Copacabana (não visível à direita). Atrás vemos a parte avançada da pedreira no limite da Av. Atlântica. Comparar com foto 10. O prédio visto ao fundo é o mesmo da foto anterior.
24a. Foto familiar colorizada de 1946 mostra uma moça sentada no banco da praia em um lindo dia ensolarado. Na lateral direita, acima do que parece ser uma babá caminhando, está a Pedra do Inhangá.
25. 1934/35. Nesta foto aérea vemos as obras de construção da piscina do hotel após novo "corte" na Pedra do Inhangá. A piscina foi aberta aos hóspedes em 1939.
26. Anos 40. Um evento se desenrola no balcão do hotel tendo ao fundo a pedreira vizinha. O bairro está quase totalmente verticalizado na orla ao fundo.
27. Anos 50. A piscina do hotel já está construída, embora não seja possível vê-la nesta imagem. Observar após o hotel a pedreira ainda presente neste trecho da praia. Alguns anos depois o restante da pedreira desapareceu da orla definitivamente para a construção dos enormes prédios naquele local.
27a. O único trecho da Pedreira do Inhangá que restou após tantos recortes está totalmente cercado por prédios. Localiza-se entre a Av. N. Sra. de Copacabana e a Rua Barata Ribeiro exatamente em frente à Rua Fernando Mendes onde há uma escadaria de acesso ao lado do antigo Cinema Ricamar (atual Sala Baden Powell). A foto de 1982 mostra, à esquerda, esta escadaria. Pelo lado da Rua Barata Ribeiro há uma via de acesso por automóvel, a Rua General Azevedo Pimentel, na altura da Praça Cardeal Arcoverde. No alto desta rua, em ladeira ascendente, começa a Rua General Barbosa Lima em formato de caracol até alcançar o topo da pedreira. No trajeto há prédios de no máximo cinco andares, algumas casas dos anos 50 e os fundos de outros prédios voltados para a Rua Inhangá e Av. Copacabana. Um local privilegiado para morar.
27b. Outra imagem em profundidade da Rua Fernando Mendes nos anos 70. O Cinema Ricamar está do outro lado, na Av. N. Sra. de Copacabana, nº 360-B. Funcionou de 1958 a 1994. O sentido do trânsito visto é invertido atualmente.
27c. Esta foto aérea da década de 50 esclarece o que estamos tentando explicar. Clique na imagem para ampliar e observar as vias assinaladas em amarelo e os trechos remanescente do Morro do Inhangá:
1) Parte mais avançada da pedreira que originalmente estendia-se até a areia (vide foto 2) e foi ao longo dos anos sendo aparada para:
a) abertura da Av. Atlântica,
b) passagem da Av. N. Sra. de Copacabana pelos fundos do Copacabana Palace Hotel,
c) construção da piscina do hotel e, finalmente,
d) construção dos edifícios ao lado da piscina que puseram fim ao restante;
2) Parte mais afastada da pedreira, aparada para a construção de prédios voltados para a Av. N. Sra. de Copacabana e para a Rua República do Peru. Hoje resta um pequeno trecho arborizado cercado de prédios, mas ainda visível na área onde se encontra o Colégio Estadual Pedro Álvares de Cabral;
3) Parte maior remanescente do Morro do Inhangá também aparada ao longo do tempo para a passagem da Av. N. Sra. de Copacabana, Rua Barata Ribeiro e Rua Rodolfo Dantas. No canto direito inferior da foto vemos a rua de acesso a este trecho do morro e, mais à esquerda, a sinuosa Rua General Barbosa Lima, citada na foto 27a.
27d. Década de 30. Os três morrotes do Inhangá numerados como na foto anterior e com a indicação das ruas ao seu redor. Clique na imagem para ampliar.
Pico do Inhangá
28. O Pico do Inhangá é um acidente geográfico característico existente próximo ao final da Rua República do Peru. Nesta foto, ao redor de 1880, o fotógrafo está provavelmente no alto da Pedreira do Inhangá, com sua câmera voltada para o Morro dos Cabritos, visto ao fundo. A Rua Barata Ribeiro, em terra batida, corre paralelamente à Rua Tonelero em igual situação (na lateral direita da imagem, margeando o Morro de São João). Um pouco mais abaixo está um dos cantos da futura Praça Cardeal Arcoverde (antiga Praça Martin Afonso), onde hoje localiza-se o Teatro Gláucio Gil. O citado pico, no alto, parece admirar um bairro com poucas construções em fase de crescimento.
28a. Estamos ao redor de 1905 no terreno da futura Praça Cardeal Arcoverde. No alto da Pedreira do Inhangá, à esquerda, vemos o Pico ou "Agulhinha". A construção observada à direita é a Pensão Oceânica (depois hotel), segundo pesquisa feita. No local foi construído o atual Colégio Sacré-Couer de Marie.
28b. Foto sem data.
29. 1907.
30. Outra foto de 1907 com indicações. Abaixo do Pico identifica-se a Pensão Oceânica citada na foto 28.
31. Esta foto decerto faz parte da mesma série da anterior e foi captada da descida da Ladeira do Leme. Destaque para o terreno da futura Praça Cardeal Arcoverde à esquerda da parte baixa da árvore.
32. Foto obtida próxima da Rua Tonelero em 1907.
33. 1907.
33a. Sem data conhecida.
34. Outra foto batida próxima ao terreno da futura Praça Arcoverde. Vide foto 28.
34a. 1908. Praia ainda virgem. Da esquerda para a direita vemos os seguintes morros: Cantagalo, Dois Irmãos (no Leblon), Cabritos, Pico do Inhangá e Pedreira do Inhangá.
35. 1912. Provavelmente, pelo ângulo, esta imagem foi captada do areal da praia.
36. Foto de baixa qualidade datada de 1936. Os dois homens vistos caminham pela Rua Barata Ribeiro ao lado da Praça Cardeal Arcoverde ainda sem jardins. A construção vista no fundo à esquerda é a atual Escola Alencastro Guimarães, localizada na praça, ao lado da Estação do Metrô.
36a. Provável ano de 1935. Lindo casarão da Rua Tonelero aos pés do Pico do Inhangá.
36b. 1933. Linda residência do Sr. Fidélis Junqueira, localizada na Rua Tonelero, nº 90, esquina com atual Rua Marechal Mascarenhas de Moraes (à direita). No alto estão o Pico da Agulhinha e o Morro de São João.
37. Foto ao redor de 1935 vendo-se o cruzamento da Rua Barata Ribeiro (com divisória central) com a Rua República do Peru (antiga Rua Nove de Fevereiro), esta no sentido da pedreira.
38. A mesma via é vista nesta imagem de 1928, após a Av. N. Sra. de Copacabana.
39. Linda imagem colorizada dos anos 30 captada da areia da praia na altura da Av. Princesa Isabel. Na extrema esquerda vemos o Ed. Petrônio localizado na Rua Ronald de Carvalho na Praça do Lido, vizinho do famoso Ed. OK (fora da foto). Na sua direita está o Pico do Inhangá e acima da barraca vemos a entrada da Av. Prado Junior.
40. Fotografia da ressaca de 1919 na orla de Copacabana com visíveis estragos causados na Rua da Praia (futura Av. Atlântica), na altura do Leme. No alto ao fundo vemos a ponta do Pico do Inhangá.
41. Outra imagem captada do Leme.
42. Curiosa foto de 1940 após forte temporal que alagou o começo da Rua Tonelero, na altura da Praça Cardeal Arcoverde. No alto, atrás do prédio, está o Pico do Inhangá.
43. Anos 30. Apresentamos agora uma imagem incomum do Pico do Inhangá visto do lado oposto ao normalmente apresentado. No centro da foto está o terreno da futura Praça Edmundo Bittencourt, no Bairro Peixoto. As casas lado à lado mais abaixo estão na Rua Santa Clara. Os prédios mais altos, ao fundo, estão no entorno da Praça do Lido.
44. Fotografia do final dos anos 60 mostra obras de contenção na encosta do Pico.
45. Imagem mais recente, infelizmente também sem data. O Pico do Inhangá é um ponto de referência de destaque neste trecho de Copacabana, embora muitas pessoas ignorem sua existência. Há, neste blog, diversas fotos em outras postagens do bairro com o pico ao fundo.
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