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sábado, 18 de abril de 2020

PRAÇA MAUÁ e arredores

1. Foto sem data da antiga Doca de D. Pedro. Situava-se onde hoje há o píer do Museu do Amanhã. Ao fundo vemos a Rua Acre (antiga Rua da Prainha) e, à esquerda, os prédios da Casa Mauá (ou castelinho dos Beneditinos) e Guinle. À direita uma parte do Liceu Literário Português. As velhas construções em primeiro plano logo desaparecerão.
 
1a. Antigo Cais da Prainha ao redor de 1895. A construção de teto arredondado visto à esquerda parece ser o mesmo à  direita da foto anterior. Logo será demolido assim como as demais ao redor para o alargamento da região da futura praça. O local hoje é ocupado pelo Museu do Amanhã.

1b. Cerca de 1905. As obras do novo porto da cidade alargaram grandemente a região da Praça Mauá. Eis seu aspecto obtido a bordo de um navio atracado no cais. Ao fundo está o começo da Av. Central.

1c. Cerca de 1905. Passageiros da terceira classe aguardam o momento do embarque em algum navio encostado ao cais, fora da foto. No fundo, à esquerda, vemos o Mosteiro de São Bento.

1d. Foto da mesma série anterior mostra o embarque no transatlântico Frísia.
 
1e. Foto rara sem data, mas decerto após a abertura da Av. Central (1905). Vemos a urbanização da praça com o coreto já instalado. Vide fotos 6 e 7.

1f. Anos 10. Portão de entrada do cais sem o coreto.
 
1g. 1914.

1h. 1919.
 
1i. 1906. Trapiche Mauá, local de onde partiam os barcos para Petrópolis, passando antes pelo porto de Vila Estrela (território incorporado posteriormente ao município de Magé) de onde se embarcava em trem até a Raiz da Serra (atual Inhomirim). Dalí em diante era por estrada de terra até a cidade Imperial.
 
2. Fotografia ao redor de 1915 mostrando a Praça Mauá (antiga Praça Vinte e Oito de Setembro), já urbanizada em primeiro plano, seguida da Av. Central em profundidade. 
 
2a. 1913. A praça ainda não está totalmente urbanizada. Notar ao longe, na Av. Rio Branco, o prédio alto do Jornal do Brasil. Vide foto 1e.

2b. Foto do provável ano de 1910 obtida das águas diante do cais da praça.

3. Uma montagem colorida retratando muito bem o ano de 1910.

4. O Liceu Literário Português, de 1868, é uma instituição de ensino sem fins lucrativos que fornece cursos de extensão universitária. Em 1884 passou a ocupar o antigo prédio da Academia da Marinha (1849), no Largo da Prainha, hoje Praça Mauá. No final dos anos 20 o prédio foi demolido para a construção do Ed. Joseph Gire, mais conhecido como Ed. "A Noite". A sede do Liceu transferiu-se para a Rua Senador Dantas, mas um terrível incêndio em 1932 arrasou o prédio. Então foi construída a sede definitiva na Rua Almirante Barroso, quase na esquina da mesma Rua Senador Dantas, onde permanece ainda hoje.

4a. Ao redor de 1885.
 
4b. 1906. A via à esquerda é a antiga Rua da Prainha, atual Rua Acre.

5. Esta aproximação de sua fachada frontal, embora de baixa qualidade, nos permite ler: instrucção gratuita e aulas nocturnas.
 
5a. Foto sem data.

5b. Foto ao redor de 1907 mostra o início da Av. Central (atual Av. Rio Branco), a Rua da Prainha (atual Rua Acre) e o Liceu. Notar o pedestal do monumento ao Barão de Mauá ainda sem sua estátua. O quiosque visto à direita pode ser observado no pé da foto 5.
 
5c. Consta ser cerca de 1904, mas parece a sequência da foto anterior.

5d. 1910.

6. Foto ao redor de 1915. Curioso coreto em primeiro plano. Vide foto 1a.

7. Imagem de 1919 das docas com a praça ao fundo. Pela multidão vista, parece que um navio de grande porte vai atracar.
 
7a. 1921. A praça e toda a região do seu entorno. Destaque para a Av. Rio Branco em quase toda sua extensão. Vide foto 12b em aproximação.

7b. Foto ao redor de 1922 dado que alguns pavilhões da Expo 1922 são vistos na lateral esquerda em área aterrada com o rejeito do desmonte do Morro do Castelo. Destaque novamente para a Av. Rio Branco do começo (Praça Mauá) ao fim (Palácio Monroe). Chama a atenção também a Ponte Almirante Alexandrino no canto inferior esquerdo.
 
 
 7c. Visita do Rei Alberto I da Bélgica ao Brasil em 1920.
 
8. Cerca de 1922, comparar com a foto 2. A construção baixa com telhado em triângulos no lado esquerdo da Casa Mauá pertence ao Arsenal de Marinha.
 
8a. A mesma foto anteior estendida à direita.


9. Imagem invertida de 1920, mostrando o prédio da Inspetoria dos Portos, Rios e Canais erguido entre 1913-1918. A partir de 2013 faz parte de uma edificação agregada onde funciona o Museu de Arte do Rio - MAR.

10. Esta fotografia de 1925 revela toda a extensão da praça e as principais construções ao redor. Clique na imagem para ampliar.

11. Aproximação do prédio da Inspetoria Portuária, antigo Palacete D. João VI, visto na foto anterior nos permite ver os detalhes do casario ao fundo e a circulação de bondes. No alto o Morro da Conceição. A via à direita é a atual Av. Rodrigues Alves (antiga Av. do Cais).

12. Foto aérea, provável anos 10, nos fornece uma perfeita visão da praça.
 
12a. Estes guindastes para transportar cargas são vistos na foto anterior.
 
12b. Foto aérea sem data, contudo contemporânea as duas imagens anteriores.
 
 12c. Anos 20. Um bonde circulando no coração da praça. Ao fundo a Casa Mauá e, à direita, o Liceu.

12d. Cerca de 1910.
 
13. Ao fundo o Arsenal de Marinha e o Morro de São Bento em 1928.

14. Imagem de 1921 oposta a da foto anterior focalizando frontalmente o prédio da Inspetoria dos Portos, Rios e Canais. No lado direito deste, vemos a atual Av. Rodrigues Alves em profundidade e os guindastes de movimentação de cargas para os navios.

14a. Cerimônia militar na praça em 1918.
 
14b. Homens trabalhando na urbanização da praça
 
15. Outra imagem do belo prédio ao redor de 1925. Palacete D. João VI, construído entre 1913 e 1918.

15a. 1935. Um estranho ônibus parado em seu ponto final, na praça. Ao fundo, atrás das árvores, o prédio da Inspetoria dos Portos.

16. Rara fotografia cerca de 1923 mostrando o interior do logradouro e um monumento não identificado. Ao fundo a Rua do Acre ladeada pelos prédios Guinle e Liceu, no início da Av. Rio Branco.

17. 1928. O Ed. Joseph Gire sendo construido no local do extinto Liceu Literário Português.
 
17a. 1928.

18. Em 1929 o gigantesco prédio ficou pronto, considerado, à época, o maior arranha-céu da América Latina e o primeiro da cidade. Por abrigar a sede do Jornal A Noite, ficou mais conhecido por Ed. "A Noite". Após 1937 os estúdios da Rádio Nacional se instalaram ali e a emissora alcançou grande sucesso com programas de auditório e novelas, marcando época na história do rádio no Brasil.
 
18a. 1929. PraçaMauá, nº 7.
 
18b. Cerca de 1930 em foto de ângulo pouco comum: Ed. A Noite de perfil. À direita vemos a Rua Sacadura Cabral e ao lado o Largo de São Francisco da Prainha com seus casarões antigos ainda hoje existentes.

18c. 1934. Locomotiva Baroneza passando em fente ao Ed. "A Noite".
  
19. O prédio e a praça nos anos 30. Com 102 metros de altura, 22 pavimentos e seis elevadores, o gigante de concreto armado recebeu o nome do arquiteto que o projetou, Joseph Gire, o mesmo do Copacabana Palace e do Palácio Laranjeiras. Em 2016 foi tombado pelo IPHAN. Atualmente pertence a União, encontrando-se em processo de venda.


19a. Anos 40. 
 
19b. Toda a imponência do prédio vista em foto do começo da década de 40.
 
19c. Década de 50.

19d. Foto aérea de 1936 destaca o prédio de fundos. No canto inferior direito está o começo da Av. Rio Branco, ao lado da Casa Mauá.

20. Nos anos 50 a Praça Mauá, assim como em outros locais do centro, carecia de estacionamento para a crescente quantidade de automóveis.
 
20a. O mesmo ângulo anterior em 1960.

21. Uma foto aérea do centro da cidade em 1929, com a praça em primeiro plano.
 
21a. Outra imagem panorâmica do entorno da Praça Mauá em 1930.

21b. 1934. Foto aérea extraída de cartão postal.
 
22. Foto sem data da Estação de Passageiros de Navios, arrendado pelo Touring Club do Brasil em 1930.

22a. Provável anos 20.

23. Foto colorida da estação nos anos 40. Ainda hoje continua de pé.

23a. Década dos anos 30.
 
23b. Foto contemporânea a anterior.

24. Anos 50. Esta foto, provavelmente, clicada do alto do Ed. "A Noite" nos mostra o exato posicionamento da estação na praça, à direita do começo da Av. Rodrigues Alves. O prédio atrás da Inspetoria dos Portos é a atual sede da Polícia Federal do RJ, antiga Imprensa Nacional.
 
24a. Fotografia de ângulo incomum, sem data, provavelmente obtida a partir de algum ponto do Morro de São Bento.
 
24b. 1968. Na extrema esquerda vemos uma parte do prédio da Capitânia.

24c. Foto aérea com a praça ao fundo e o Elevado da Perimetral sobre a Av. Rodrigues Alves (antiga Av. do Cais) ao lado dos armazéns do Porto do Rio de Janeiro. No canto superior esquerdo está a Ilha das Cobras.
 
25. 1957. A praça marca o início da Av. Rio Branco assim como a região portuária a partir de 1910 quando foi inaugurado o novo porto da cidade.

26. Bela montagem colorida de 1956. Observar a estátua do Barão de Mauá à direita. Já "passeou" por vários pontos da praça desde sua inauguração em 1910, ocasião na qual o logradouro foi rebatizado de Largo da Prainha para Praça Mauá.
 
26a. 1955. O mesmo trecho da foto anterior, visto de outro ângulo. Muitas imagens desta postagem se confundem com a postagem do começo da Av, Rio Branco (Trecho I), portanto convidamos o caro visitante a também abrir esta postagem aqui.

27. 1910. Fotografia do dia da inauguração do Monumento ao Barão de Mauá, patrono do Ministério dos Transportes. Esta é a entrada da Av. Central vista da praça, o fotógrafo está de costas para o mar.
 
28. Outra imagem da inauguração do monumento.

29. Dia do Trabalhador em 1919.
 
29a. A irreverência dos cariocas durante o Carnaval de 1941. O mundo estava em guerra.

29b. 1942. A praça era também local de protestos.
 
29c. Sem data conhecida. Casa Mauá.

30. Data não conhecida.

30a. A Praça Mauá, no período dos anos 30 à 80, transformava-se, à noite, num local tipo "barra pesada", onde marinheiros chegavam ao Porto do Rio em busca de divertimento fácil e rápido. Diversos bares e restaurantes, night clubs, hotéis baratos, casas de diversão, etc. se estabeleceram nas redondezas procurando atender esta clientela pouco exigente. Era muito comum a circulação de "mulheres de vida fácil" por ali, além de malandros e desocupados. Esta foto, de meados da década de 50, destaca o Flórida Bar, o mais famoso da região, localizado no térreo do Ed. "A Noite". O bar sobreviveu, embora no endereço de um velho sobrado reformado, ao lado, nº 9, incluindo um night club no segundo andar que funcionava quase o dia inteiro. Mais recentemente, entre 2016-17, o bar foi totalmente repaginado para atender outro tipo de cliente: os turistas que visitam o Porto Maravilha.
 
30b. Anos 50. Bar Rio, no final da Rua Sacadura Cabral, já na praça.

30c. Café e Bar Odalisca, sito também à Rua Sacadura Cabral.

31. Uma fotografia panorâmica da praça em 1957 revelando a enorme quantidade de veículos estacionados na entrada do píer.
 
31a. O Píer Mauá começou a ser construído em 1948 com o objetivo de ser o ancoradouro de enormes transatlânticos que desembarcariam turistas para a Copa do Mundo de 1950, contudo foi inaugurado somente em 1953. A área de 45 mil m² transformou-se num depósito de carros importados de forma ilegal. Nesta foto, de 1958, vemos diversos navios atracados no píer.

31b. O Pier Mauá em 1948.
 
31c. Anos 50.

31d. 1973.

32. Década de 60. Observar na lateral direita um cargueiro atracado no pier.

32a. Foto obtida do alto do Ed. "A Noite".
 
32b. Foto da década de 60 tirada do mesmo local anterior. Na lateral direita é possível identificar um parte do começo do pier, em frente a um transatlântico atracado no cais.
 
33. Grande parte do Píer Mauá tomado por veículos em 1962. Hoje no local funciona o Museu do Amanhã, parte integrante da revitalização do Porto Maravilha.

33a. Anos 50. Numa época que a indústria automobilística no Brasil ainda era incipiente, a maioria dos automóveis eram importados. Nesta foto notamos o pier repleto de carros que acabaram de chegar de navios.
 
33b. Anos 50.
 
34. Foto colorizada de 1909 mostra este lindo, mas intrigante, relógio situado no centro da praça com o prédio da inspetoria ao fundo. Derrubado para a passagem da Av. Perimetral. Vide fotos 2 e 12d.

Estação Rodoviária Mariano Procópio

35. Anos 50. Estamos atrás do prédio da Inspetoria dos Portos. Por mais de 60 anos, até 2011, existiu ali a plataforma de um terminal rodoviário muito frequentado. A construção branca ao fundo é a Estação de Passageiros do Porto do RJ (vide fotos 22 e 23).
 
35a. Estação Rodoviária Mariano Procópio. A plataforma de embarque em detalhes.

35b. Anos 50.
 
35c. 1957. Mesmo ângulo da imagem anterior. 
 
35d. Sem registro de data. Desconforto e confusão.

36. Fotografia oposta a anterior. Ao fundo passa a Av. Venezuela, em seu trecho final antes de alcançar a Praça Mauá. Inaugurada em 1950 a estação, considerada a pioneira do país, já nasceu sobrecarregada, pois contava com plataforma para apenas 20 ônibus. No final de 1965, após a inauguração da Rodoviária Novo Rio, o movimento da Mariano Procópio despencou e, em 1973, passou a atender apenas aos passageiros da Baixada Fluminense.

37. Outra foto de ângulo semelhante nos anos 50. O fotógrafo está na Av. Rodrigues Alves. Surge à direita o prédio da atual Superintendência da Polícia Federal do RJ (ex Imprensa Nacional) e no alto, ao fundo, o Morro da Conceição. À esquerda fica os fundos do antigo prédio da Inspetoria dos Portos. Hoje a estrutura da cobertura da antiga plataforma ainda existe, contudo a via foi fechada ao trânsito desde as obras de revitalização do Porto Maravilha. Vemos ainda o antigo prédio da rodoviária ao lado da inspetoria. Hoje a construção está interligada ao prédio lateral formando um só conjunto onde funciona o Museu de Arte do Rio - MAR, inaugurado em 2013.
 
37a. 1955.

37b. Anos 50.
 
37c. Idem.

38. Data desconhecida, possivelmente anos 60.

39. Anos 50. Ao fundo a Estação de Passageiros do Porto do RJ.
 
39a. Provável anos 70.

Outros locais

39b. Av. Rodrigues Alves em foto da década de 40. Vemos da esquerda para a direita: Inspetoria dos Portos, a cobertura da futura Rodoviária Mariano Procópio e o prédio da Polícia Federal.

40. A exemplo das fotos 24 e 32 esta também foi tirada do alto do Ed. "A Noite", nos anos 70, mostra a construção do Viaduto da Perimetral no trecho ao lado da Praça Mauá dirigindo-se sobre a Av. Rodrigues Alves.
 
40a. Anos 70.

40b. Anos 70. Ponto da linha C-10, da CTC, rumo ao Bairro de Fátima em frente ao prédio da Inspetoria.
 
40c. Mesmo local anterior no anos 60. A praça era, e ainda é, ponto final de diversas linhas de ônibus.
 
41. Começo dos anos 60 com o viaduto quase pronto.
 
42. Anos 70. O fotógrafo está de costas para o Ed. "A Noite" e de frente para o mar, vendo-se ao fundo o Elevado da Perimetral e, à esquerda, o antigo prédio da Capitania dos Portos.
 
43. Uma linda panorâmica do entorno da praça em foto aérea de 1954.
 
44. Foto aérea extraída de cartão postal de 1933 mostrando toda região ao redor da Praça Mauá. Indicações:
1) Praça Mauá;
2) Ed. "A Noite";
3) Casa Mauá (atual Ed. RB1);
4) Prédio Guinle & Cia. (demolido);
5) Cia. de Navegação Lamport & Holt (demolido);
6) Caixa de Amortização (atual Banco Central);
7) Mosteiro de São Bento;
8) Antigo Arsenal de Marinha (extinto);
9) Inspetoria dos Portos (atual Museu de Art do Rio - MAR);
10) Estação de Passageiros do Porto do RJ;
11) Av. Rodrigues Alves;
12) Rua Acre;
13) Rua Beneditinos;
14) Rua Mayrink Veiga;
15) Rua Alcântara Machado;
16) Av. Visconde de Inhaúma;
17) Av. Rio Branco;
18) Rua São Bento;
19) Rua Dom Gerardo;
20) Morro da Conceição;
21) Av. Venezuela;
22) Rua Edgard Gordilho;
23) Rua Sacadura Cabral;
24) Rua do Escorrega;
25) Ladeira do João Homem;
26) Ponte Almirante Alexandrino (atual Ponte Arnaldo Luz); e
27) Rua Conselheiro Saraiva.

45. 1971. Aspecto da Rua do Jogo da Bola, localizada no Morro da Conceição. Na foto acima, ela é a continuação da Ladeira João Homem (nº 25), no pé da imagem.
 
46. Anos 50. Beco João José, no mesmo morro, bem próximo ao Largo de São Francisco da Prainha.

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