1. Para o visitante ter a noção exata do ângulo desta foto, de 1911, basta observar no canto superior esquerdo a fachada lateral da Igreja da Ordem Terceira do Carmo, após o Beco dos Barbeiros. O fotógrafo está quase na esquina da Rua do Ouvidor (não visível) com sua câmera apontada para as lojas da calçada onde hoje existe um ponto de táxi. Os prédios vistos à direita do carro, com portas em arcos, ainda existem! Nº 17 (Ed. Giffond) e nº 19 (Restaurante Espaço Gourmet).
1a. 1911. Esta outra foto, embora pareça do mesmo quiosque, não é. Veja que o poste de iluminação é de outro modelo. Talvez seja um pouco adiante, na mesma calçada já que a silhueta do torre sineira da igreja pode ser vista no alto à esquerda. Neste trecho havia pelo menos três quiosques.
2. Esta imagem ao redor de 1870, mostra a mesma calçada de uma ângulo mais aberto, entretanto revela o grande comércio existente neste trecho da Rua Primeiro de Março (antiga Rua Direita). É possível visualizar na mesma calçada a Igreja da Ordem Terceira do Carmo, a Igreja de N. Sra. do Carmo e o Convento dos Carmelitas. Ao fundo, a Igreja de São José e o Morro do Castelo.
3. Imagem bem antiga, de 1861, mostrando a mesma calçada das fotos anteriores, porém obtida da calçada oposta com a câmera voltada para a esquina da Rua do Ouvidor. Ampliando a foto é possível ver a entrada desta rua próxima de onde os trilhos de bonde puxados à burros fazem retorno. No canto superior direito observamos as torres sineiras da Igreja da Candelária. Segundo consta este trecho da Rua Primeiro de Março, com o tempo, passou a ser conhecido como "Carceller", em razão do nome de uma sorveteria ali estabelecida, considerada pioneira da cidade. Dizem alguns historiadores que até o Imperador D. Pedro II frequentava o local.
3a. Confeitaria Carceller. Foi a pioneira no Brasil a adotar o estilo de mesas e cadeiras na calçada, seguindo a tradição parisiense. Logo a nova moda se espalharia pela cidade. Fundada em 1824 na Rua do Ouvidor e transferida para a Rua Direita (depois Primeiro de Março) em 1847. Ampliação da foto 2.
3b. 1908. Não conseguimos identificar com precisão este trecho.
4. 1865. Aqui está a entrada da Rua do Ouvidor, em direção a futura Av. Central. No prédio mais a direita funcionou, por algum tempo, o Union Hotel. O da esquina com, um lampião, era a Casa Leuzinger do famoso fotógrafo Georges Leuzinger.
6. Aqui a imagem oposta as fotos 1 e 2, em 1905, obtida provavelmente de uma janela lateral da Igreja da Ordem Terceira do Carmo. Observar o movimento de pessoas neste famoso trecho, os quiosques ali existentes, a entrada da Rua do Ouvidor e os trilhos de bonde em retorno, já citados na foto 3. Na calçada oposta, ao lado da Rua do Ouvidor, vemos a Igreja Santa Cruz dos Militares, o belo prédio do antigo STF, na esquina da Rua do Rosário e, por fim, o prédio dos Correios e Telégrafos.
7. Esta foto, de 1903, é em ângulo oposto ao anterior (numeração par), com a câmera voltada para a Praça XV. Observar o comércio também existente na calçada oposta e os trilhos de bonde em retorno. Ao fundo, parte lateral do Paço Imperial, a Cadeia Velha (atual Palácio Tiradentes - ALERJ), a Igreja de São José e o Morro do Castelo. Na calçada, à direita, os quiosques sempre presentes e a lateral da Igreja da Ordem Terceira do Carmo. Quase todas estas construções ainda existem. Magnífico registro. Clique na imagem para ampliar.
7a. Fotografia ao redor de 1890 mostra ao fundo a Igreja de São José com o Morro do Castelo no alto adiante. Na extrema esquerda está a Igreja Santa Cruz dos Militares (com grades), na esquina da Rua do Ouvidor.
7b. Sem data.
7b. Imagem extraída de cartão postal sem data conhecida.
7b. Consta ser de 1877 esta foto obtida da esquina da Rua do Rosário. À esquerda vemos a Igreja Santa Cruz dos Militares cercada por grades e, ao fundo, o Morro do Castelo.
8. Mesmo ângulo, dia do funeral do Ex-presidente do Brasil Marechal Floriano Peixoto em 1895.
9. Mais uma imagem do local, agora em 1905. Vide foto 7a.
9a. Ainda em 1905 ocorreu o desabamento de um prédio localizado em frente à Igreja da Ordem Terceira do Carmo. Segundo consta houve vítimas.
9b. 1888. A centenária Farmácia Granado, de 1870. Rua Primeiro de Março, nº 12.
9c. Foto sem data do mesmo local acima. Ao que parece houve modificações no prédio. A construção vista aqui ainda existe, contudo a Casa Granado atual (nº 16) não ocupa mais as duas numerações.
9d. Em destaque a Casa Granado em foto recente da outrora movimentadíssima rua. Sucessivas crises econômicas, implantação do VLT e, por fim, a pandemia do Covid-19, afastaram as pessoas do centro do Rio e o comércio perdeu seu antigo vigor. Dificilmente voltará a ser como antes.
10. Uma aproximação da mesma calçada por volta de 1895. À direita o Hotel de France, localizado na esquina da Praça XV (não visível). Ampliar a imagem e verificar a variedade de comércio ali estabelecido, segundo seus letreiros.
11. Esta fotografia, ao redor de 1906, foi clicada com o fotógrafo na pista da Rua Primeiro de Março, de costas para o Morro do Castelo, ao lado da Igreja da Ordem Terceira do Carmo (sua parede lateral é vista na extrema esquerda) com a câmera voltada para a futura Av. Presidente Vargas. Ficou registrado a grande quantidade de estabelecimentos comerciais de ambos os lados da via. Devido ao grande número de pessoas que se dirigiam para o local, havia sempre tilburis (os táxis da época) estacionados a espera de passageiros. Observar a fila deles à esquerda.
11a. 1918.
12. Evento oficial próximo à Catedral em data desconhecida. Não foi possível identificar o trecho da rua.
13. 1911. Embora esta foto não esteja dentro da descrição desta postagem, ela foto foi identificada como sendo o trecho da Rua Primeiro de Março onde anos mais tarde passaria a Av. Presidente Vargas, ou seja tudo foi arrasado. Mas onde está a Igreja da Candelária que foi poupada?
14. Encerramos esta postagem com esta tela atribuída ao pintor alemão Johann Moritz Rugendas. Comparar com a foto 2.
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