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sábado, 28 de março de 2020

PRAÇA 15 - Paço Imperial

1. Segundo consta esta é a fotografia mais antigas da cidade, de 1842! Vemos o Paço Imperial, construção colonial concluída em 1743, após cinco anos de obras, em ângulo quase frontal. Foi erguida para ser a Casa dos Governadores, mas depois foi elevada a condição de Palácio (ou simplesmente Paço) dos Vice-Reis. Em 1808, com a chegada da família real ao Rio de Janeiro, transformou-se em Paço Real e, em 1822, com a independência, finalmente, chamou-se Paço Imperial. Atrás da construção percebemos as torres das igrejas de N. Sra. do Carmo e Ordem Terceira do Monte do Carmo, ambas na Rua Primeiro de Março (antiga Rua Direita). Aqui sempre funcionou a sede do poder no Brasil quando Colônia e Império. Grandes acontecimentos ocorreram ali como a aclamação de D. João VI como Rei de Portugal e Brasil (1818), coroações de D. Pedro I (1822) e D. Pedro II (1841) e assinatura da Lei Áurea (1888). 
 
1a. Este lindo desenho representa a coroação de D. Pedro II em 18/07/1841. Vemos o Paço Imperial no Largo do Paço com o Morro do Castelo ao fundo. É interessante observar ali o semáforo de bandeiras utilizado para comunicação com os navios que chegavam ao porto da cidade.
 
2. Imagem de 1865 mostrando uma Praça XV de Novembro (antigo Largo do Paço) bastante deserta. No fundo, à direita, vemos o Convento do Carmo. Em direção à esquerda o Paço Imperial, a Cadeia Velha e as torres da Igreja de São José atrás. O morro que se vê ao fundo é o antigo Morro de Santo Antônio.

3. Aqui uma excelente foto frontal, ao redor de 1870, mostrando todos os detalhes da fachada.
 
3a. Belíssima imagem sem registro do ano.

3b. 13/05/1888: assinatura da Abolição da Escravatura no Brasil (Lei Áurea) pela Princesa Isabel.

4. Ângulo bem próximo ao da foto 2, mostrando diante do Paço parte de uma praça ajardinada com um coreto no centro. Ao fundo deste, ampliando, é possível observar os fundos da Cadeia Velha e a torre da Igreja de São José acima. Sem data.

4a. O citado coreto, de 1903, em destaque. Consta que ao sair daaqui foi instalado em Sepetiba em 1949.

5. Imagem lateral completa voltada para a praça. Observar os bondes por tração animal circulando na via.

6. Foto semelhante à anterior em dia de maior movimento. Na extrema direita parte da fachada do Convento do Carmo voltado para a Rua Primeiro de Março.
 
6a. 1887.
 
7. Uma foto bastante esclarecedora de 1904. Da esquerda para a direita: prédio do Ministério da Agricultura, Viação e Obras Públicas, o Paço Imperial e a Igreja N. Sra. do Carmo. Todas as construções com profundidades distintas. Observa-se, ainda, a praça diante do Paço com seu coreto característico, visto na foto 4.

8. Imagem sem data, contudo com setas indicando os pontos de referência da foto anterior. Mais detalhes observados: Atrás do prédio do Ministério há uma outra praça. Observar a direção dos trilhos de bonde vistos aqui e nas fotos 5 e 6. Dirigem-se, em linha reta, para o Cais Pharoux (não visto) e contornam em direção à Estação das Barcas (também não visível).
 
8a. 1904. O mesmo ângulo das duas fotos anteriores. As pessoas caminhando na direção das  igrejas parecem ter saido da estação das barcas.

9. Aqui uma bela imagem dos anos 20. Observar que o Paço sofreu acréscimo em sua fachada.
 
9a. Um ângulo pouco comum do paço em 1922 obtido da Rua Dom Manuel. Vemos os festejos comemorativos do "Dia do Fico". No canto superior esquerdo vemos as torres das Igrejas do Carmo e Ordem Terceira do Carmo, na Rua Primeiro de Março. No canto oposto identificamos a entrada da Rua do Mercado na Praça XV e no canto inferior esquerdo o terreno existente nos fundos da Cadeia Velha.

9b. Data aproximada: cerca de 1925.
 
10. 1929. É possível ver, no fundo à esquerda, a cúpula do Palácio Tiradentes. Nesta época o prédio funcionava como Departamento de Correios e Telégrafos, situação que se manteve até 1982.

10a. Cerca de 1932.
 
10b. Uma ângulo pouco comum em foto de 1930. O fotógrafo está em plano elevado na Rua Primeiro de Março diante da Igreja São José. No centro da imagem vemos a estátua de Tiradentes no sopé das escadas da atual Assembleia Legislativa do RJ.

11. 1957.

12. Bela foto de 1951, ao que tudo indica, obtido do prédio que foi construído no local do antigo Ministério da Agricultura. Observar, no alto, as torres das famosas igrejas da Praça XV, na Rua Primeiro de Março.

13. Outra imagem da década de 50 revelando o intenso movimento de pessoas e veículos ao redor do Paço.
 
13a. As quatro últimas fotos desta década de 50 mostram trânsito e estacionamento nos quatro lados do paço.

14. Nos anos 70 ainda abrigava uma agência dos Correios. Somente em 1985 a edificação voltou a ter sua configuração original de 1818, quando ainda era chamada de Paço Real. Após esta última reforma foi inaugurado no local o Centro Cultural Paço Imperial.

15. Foto panorâmica ao redor de 1894 mostrando todo o entorno do Paço. A via à direita é a Rua Primeiro de Março onde ficam os fundos do Paço Imperial e a Cadeia Velha. Atrás desta, na Rua Dom Manuel, observamos o belo prédio do Ministério da Agricultura com suas palmeiras e, na extrema esquerda, a Estação das Barcas. Por fim, destacamos, no centro da Praça XV de Novembro, uma obra que provavelmente é para a instalação do Monumento ao General Luiz Osório.

16. Outra imagem semelhante à anterior, de 1904, entretanto vendo-se a estátua de Osório já instalada em seu lugar, onde permanece até os dias atuais.

17. Fotografia aérea, em ângulo invertido. Vemos o Paço Imperial cercado por pontos de referência bastante conhecidos. À esquerda deste o Palácio Tiradentes (ALERJ) com o Ministério da Agricultura (depois demolido) atrás. No alto o Convento dos Carmelitas na Rua Primeiro de Março esquina com Rua Sete de Setembro (antiga Rua do Cano). Em primeiro plano o Cais Pharoux e, em sua direita, parte do antigo Cais do Peixe. Destacamos ainda os dois chafarizes da Praça XV de Novembro. O do Mestre Valentim, aqui visto entre as árvores e preservado no mesmo local até hoje. E o Chafariz do Monroe, próximo ao Cais Pharoux, não mais existente ai. Depois de passar anos na Praça da Bandeira foi transportado no final dos anos 70 para o local onde existia o Palácio Monroe, na Cinelândia.

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