1. Há registro de que esta foto seja ao redor de 1865, contudo é difícil acreditar considerando a boa qualidade da mesma. O início das operações de transporte de passageiros pela Baía de Guanabara começou, efetivamente, em 1835, ou seja existe há 188 anos. É considerado o serviço de transporte de massa mais antigo do país.
2. Curiosa tela de 1862 mostrando o aspecto da estação da Cia. Ferry (inaugurada em 1861) e o trânsito de barcas à vapor. O relógio no topo era a sua marca, afinal o relógio de pulso era um luxo ainda inalcançável.
3. Imagem ao redor de 1860 tomada de perfil. Observar a barca atracada no cais. Além de ser à vapor, ainda possuíam velas.
4. Fotografia sensacional, de 1877, revelando que a estação já se expandira para as laterais e em profundidade, em função, é claro, do aumento de passageiros que atravessavam a baía com destino à Niterói, e vice-versa.
5. Outra excelente imagem de perfil, de 1894, oposta a foto 3. Ao que tudo indica soldados e cargas também faziam a travessia. Notar o casario à direita, decerto, bem próximo ao Hotel Pharoux, aqui não visível.
6. Observem esta foto, de 1904, obtida, ao que parece, de alguma barca afastada do estação. Ampliem, clicando na imagem, para ver os detalhes. O grande prédio, no centro, é o Ministério da Agricultura, Viação e Obras Públicas, visto aqui de fundos. Colado à sua esquerda vemos uma das torres da Igreja de São José. Um pouco mais à esquerda vemos a Estação das Barcas pela sua lateral. Observar que seu característico relógio tinha duas faces. Não confundir com o prédio à direita do Ministério, bastante semelhante.
7. Foto de 1905 com detalhes importantes ao redor da estação. Bem no cantinho inferior direito uma pequena parte alta do Paço Imperial e a praça com o coreto nos fundos. No mesmo lado direito, um pouco mais acima, a parte de trás do Ministério da Agricultura. No centro da imagem, a Estação das Barcas vista frontalmente. Pelo ângulo visto, é possível que esta foto tenha sido clicada do alto de uma das torres da Igreja da Ordem Terceira de N. Sra. do Monte do Carmo, na Rua Primeiro de Março.
8. Cerca de 1907. Bondes por tração animal fazem parada diante da estação.
9. Barca se aproximando para atracar na estação em foto de 1904. As proteções laterais de madeira, no cais, são as mesmas vistas à esquerda da foto 6. Ao fundo observamos as famosas igrejas vizinhas na Praça XV e à esquerda do relógio da estação o prédio do Ministério da Agricultura.
10. Foto sem data, mas sabemos que parte da nova estação, aqui vista, ao lado da velha, foi inaugurada em 1906.
10a. Excelente foto de 1908.
11. Aqui um raro registro, sem data, da construção da segunda parte da nova estação no exato local da antiga.
11a. Imagem extraída de cartão postal circulado em 1915.
12. Uma bela foto de 1910. Esta construção foi preservada e resiste até os dias atuais. Um marco turístico sempre muito visitado.
12a. Anos 20.
13. 1930.
13a. Desembarque de passageiros em 1929. Quiosques no alto da barca ...
13b. Flagrante do interior da barca. Parece ser uma sala de refeições.
13c. 1915. As condições de segurança eram mínimas. Havia coletes salva-vidas em compartimentos suspensos à bordo e nada mais. Viajava-se de pé em qualquer lugar. Isto durou décadas.
13d. 1934.
13e. Anos 50. Desembarque de passageiros.
14. Uma panorâmica dos anos 50 mostrando, além do trânsito intenso diante da estação, um dos torreões do Mercado Municipal atrás e parte do Aeroporto Santos Dumont ao fundo.
15. Em 1958 as obras de construção do Elevado da Perimetral se aproximavam do trecho próximo à estação. Observar, no canto inferior esquerdo, o Chafariz do Monroe ainda no local.
15a. 1965. Filas de passageiros à espera de ônibus em direção à Central e Zona Norte.
16. Aqui uma foto aérea e colorida de 1967. Vemos, no canto superior direito, o Elevado já aberto ao trânsito e, ao lado, o terreno onde existia o Mercado Municipal sendo utilizado para estacionamento de veículos.
16a. Imagem extraída de filme de 1966, obtida das pistas do Viaduto da Perimetral.
16b. Foto contemporânea a anterior.
17. Foto sem data, contudo contemporânea a anterior em sentido oposto. Observar em ambas as fotos a estátua equestre de D. João VI dominando a área. Foi instalada ali em 1965 e permanece ali ainda hoje.
17a. Uma bela foto de 1972 abrangendo todo o em torno da estação: a Perimetral, o prédio do antigo Ministério da Agricultura, o Restaurante Albamar e o estacionamento ao redor.
17b. Esta foto, também de 1972, mostra bem a confusão que era em frente à Estação das Barcas (fora da foto à esquerda) para as pessoas que buscavam ônibus ou somente atravessar a rua. As duas pistas aqui vistas, cujo canteiro central está em obras, seguem o trânsito rumo à Av. Presidente Vargas. A da direita, embora não apareça, está encoberta pelo Elevado da Perimetral (vide foto 17). Esta situação, meio caótica, desapareceu quando foi construído o "Mergulhão" que deslocou o trajeto dos ônibus para o seu interior, sob as pistas. Vide também comentários da foto 18.
17c. Anos 70. Embora este trecho não seja próximo à Estação das Barcas, apresentamos porque é a continuação do trânsito da foto anterior. O fotógrafo está sobre o Viaduto da Perimetral, na descida rumo à Candelária/Av. Presidente Vargas. Os veículos abaixo seguem o mesmo trajeto na Av. Alfredo Agache (atual Orla Prefeito Luis Paulo Conde), após passar diante da estação, fora da foto, ao fundo. A construção à esquerda pode ser vista na lateral direita da foto 18.
17d. Foto de 1988 obtida do alto da passarela vista na foto 18. Este ângulo é o lado oposto da foto anterior, pista sentido Aterro/Zona Sul. No canto inferior direito está a entrada da Rua da Assembleia. Os prédios à direita são, pela ordem: anexo a Alerj (ex Ministério dos Transportes, local do extinto Ministério da Agricultura); Museu Naval (antigo Clube Naval); Escola de Magistratura do RJ - EMERJ e Centro Cultural do Poder Judiciário (antigo Tribunal de Justiça).
17e. Anos 70. O mesmo ângulo da foto anterior, porém obtida ao nível da pista. No canto superior esquerdo está o Viaduto da Perimetral e, acima do ônibus, a passarela de pedestres citada antes. Muitos pedestres não a respeitavam.
17f. Barca "Ipanema" em 1970. Este tipo de embarcação, produzida em 1958, fez o serviço de transporte de passageiros entre Rio e Niterói até os anos 90. Comparar com o modelo da foto 13b.
17g. Provável anos 80. Barca "Icaraí" se aproximando do deck para desembarque.
17h. Cena comum nos anos 70: fila para falar nos "orelhões". Estes dois estão em frente à Estação das Barcas (à direita, fora da foto). Observar, ao fundo, a estátua equestre de D. João VI, citada na foto 17.
17i. 1976.
18. Em meados dos anos 70 foi construída uma passarela abaixo da Perimetral para evitar que pedestres atravessassem as pistas (Av. Alfred Agache, vide foto 15a) com tráfego pesado. Pelo outro lado do elevado, aqui não visível, esta passarela tinha a rampa de acesso a poucos metros do portão de entrada do Paço Imperial! Nos anos 90 foi aberta uma passagem subterrânea para os veículos nos dois sentidos, o chamado "Mergulhão" (Túnel Engenheiro Carlos Marques Pamplona), liberando a superfície somente para transeuntes. A passarela, então, perdeu a razão de ser e foi demolida. Um alívio para a estética local. Como curiosidade destacamos o prédio mais à direita onde funcionava, na ocasião, a Superintendência do Desenvolvimento da Pesca - Sudepe, criada em 1962 e, do outro lado, colado ao elevado, está o extinto prédio da Bolsa de Valores do RJ, de 1938.
19. Uma foto contemporânea a anterior, todavia oposta. Observar, caro visitante, que um "puxadinho" (visto aqui à esquerda) foi adicionado a fim de se adaptar à crescente demanda de passageiros à estação, ficando o prédio antigo para o desembarque. Veja que a passarela termina/começa em frente às bilheterias. Comparar com a foto 16. Em 2014 o "Mergulhão" foi fechado a fim de fazer parte da grande obra de revitalização de toda a região portuária, a qual, inclusive, previa a derrubada completa da Perimetral. Abriu-se o novo Túnel Prefeito Marcelo Alencar, ligando a Av. Rodrigues Alves ao Aterro do Flamengo incorporando o trecho do antigo "Mergulhão".
19a. 1991.
20. Não devemos esquecer que até 1974, quando a Ponte Costa e Silva (Rio-Niterói) foi inaugurada, havia transporte de veículos pela baía através de barcaças apropriadas. Pagava-se por veículo, portanto era comum alguém pedir "carona" em algum carro somente com o motorista. A travessia era sem a frequência das barcas de passageiros e só zarpava com a lotação completa, ou seja, demorava mais. Ao fundo vemos a ponte em final de construção e a Ilha Fiscal na extrema esquerda.
21. Início dos anos 70, próximo à Niterói.
22. Veículos de todas as espécies dividiam, apertados, o espaço e, as pessoas, não tinham qualquer conforto. Era preciso sair do carro para fugir do calor insuportável. Observem, existiam apenas duas balsas salva-vidas que deveriam comportar, no máximo, dez pessoas cada.
23. 1971. Foto de acervo familiar tirada do interior de uma barcaça. Na lateral direita vemos o torreão remanescente do extinto Mercado Municipal que se transformou no Restaurante Albamar.
24. 1962. Rampa de chegada.
24a. 1959. Após a Revolta das Barcas, o serviço de transporte marítimo entre as cidades ficou muito deficiente. Nesta foto vemos uma barcaça exclusiva para transporte de veículos sendo utilizada também por passageiros. Observar a superlotação e o risco ininente de acidentes.
25. Veículos em fila aguardam para embarcar nas barcaças em imagem de 1969. Ao fundo a Ilha Fiscal.
26. 1969.